SOBRECARGA É a aplicação coerente da carga de treinamento, de modo que haja uma progressão controlada e metódica. Fundamento da Supercompensação: Assimilação Compensatória = período de recuperação + restauração ampliada PRINCÍPIO DA SOBRECARGA Muitas pessoas fazem suas atividades físicas dentro do que é conhecido como zona de conforto. Em consequência apresentam pouca ou nenhuma melhora na performance, se refletindo no baixo desenvolvimento do corpo. Por isso é importante sempre ultrapassar essa zona de conforto e provocar uma sobrecarga. A condição física apresenta uma melhora toda vez que a intensidade do exercício for um pouco maior que a habitual. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA 21
Evolução do desempenho 64 Manutenção do desempenho 65 Diminuição do desempenho 66 22
SOBRECARGA A sobrecarga poderá ser aplicada das seguintes formas: Diminuindo- se o intervalo de recuperação; Aumentando- se o volume; Aumentando- se a intensidade; Aumentando- se volume e intensidade. 67 Supercompensação 68 Sobretreinamento (overtraining). 69 23
CONTINUIDADE A progressão pedagógica do treinamento tem como regra geral começar o treino seguinte durante um estado de recuperação de uma sessão anterior Aspectos principais: Ø Interrupção do treinamento controlada; Ø Interrupção do treinamento prolongada. (MATVEEV, 1981) CONTINUIDADE Ø INTERRUPÇÃO CONTROLADA Ø A interrupção é importante para a recuperação metabólica. Ø Repouso Ø Sono Ø Metabolismo da nutrição (DANTAS, 1998) CONTINUIDADE Ø INTERRUPÇÃO PROLONGADA Ø Efeitos do treinamento - transitórios e reversíveis; Ø Regressão mais lenta que a aquisição; Ø Indivíduo com ap1dão melhor: queda mais lenta. (DANTAS, 1998) 24
Con1nuidade x Reversibilidade 73 O tempo necessário para reverter os efeitos do treinamento é proporcional ao tempo de treinamento. Quanto maior for a base de treinamento, mais lenta será a queda de rendimento. Treinamento Suspensão do treinamento Aumento da aptidão (%) TREINAMENTO OCASIONAL NENHUM TREINAMENTO INDIVÍDUO A IMOBILIZAÇÃO INDIVÍDUO B NENHUM TREINAMENTO 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 SEMANAS 25
INTERDEPENDÊNCIA VOLUME - INTENSIDADE Ø Deve sempre respeitar a qualidade zsica visada e o período de treinamento do atleta. Ø CARGA DE TREINAMENTO Ø Carga é a dosagem de volume e intensidade no trabalho zsico. Ø Volume (quan1dade) - são esforços, repe1ções, quilometragem. Ø Intensidade (qualidade) - é a especificação do treinamento num período de tempo. INTERDEPENDÊNCIA VOLUME - INTENSIDADE Ø SOBRECARGA NO VOLUME Ø Quilometragem Percorrida Ø Número de repe1ções Ø Duração do trabalho Ø Número de séries Ø Horas de treinamento. (DANTAS, 1998) INTERDEPENDÊNCIA VOLUME - INTENSIDADE Ø SOBRECARGA NA INTENSIDADE Ø Quilagem u1lizada; Ø Velocidade; Ø Ritmo; Ø Redução dos intervalos; Ø Amplitude de movimentos. (DANTAS, 1998) 26
79 INTERDEPENDÊNCIA VOLUME - INTENSIDADE Ø CONTROLE DA CARGA DE TREINAMENTO Ø GERAL Ø Periodicidade de testes zsicos, médicos e laboratoriais. Ø DIÁRIA: Ø Frequência Cardíaca (basal, esforço e recuperação); Ø Pressão Arterial; Ø Peso Corporal; Ø Temperatura Corporal. ESPECIFICIDADE As modificações fisiológicas do treinamento são específicas do grupo muscular, sistema energé1co e gesto despor1vo treinados. 27
Princípio da Especificidade Princípio da Especificidade 83 Princípio da Especificidade 84 28
ESPECIFICIDADE Constatação nos dias de hoje Ø Métodos de treinamento são adaptados aos desportos. Exemplos: Ø Trabalho muscular na piscina; Ø Intervalado c\ bola no futebol; Ø Treinamento de força do judoca c/ companheiro. PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 86 PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 87 29
1. PARTICIPAÇÃO ATIVA Envolvimento do atleta Par1cipação consciente e a1va do planejamento do TD Responsabilidade no treino e nas ações externas Definição comum dos obje1vos e metas Dedicação, esforço comum Tarefas complementares: mo1vação leva a maior taxa de desenvolvimento das capacidades 88 PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 89 2.Desenvolvimento MULTILATERAL/ MULTIFACETADO Geral, base ampla, mul1lateral de desenvolvimento Preparação zsica geral como base para a1ngir a especializaçã Pré- requisito para especialização Longo prazo x especialização precoce 90 30
Relação entre estágio de desenvolvimento e nível de treinamento ADULTOS ALTO DESEMPENHO JUVENIS E JUNIORES TREINAMENTO ESPECIALIZADO INFÂNCIA DESENVOLVIMENTO MULTILATERAL 91 A especialização precoce causa: Rápido desenvolvimento do desempenho; Alcançando pico entre 15 e 16 anos; Inconsistência dos resultados; Perda do interesse aos 18 anos; Mais suscebvel as lesões. 92 O programa mul?lateral gera: Baixo desenvolvimento inicial do desempenho, Picos acima de 18 anos, acompanhando a maturação fisiológica e psíquica, Desempenho consistente, Longa vida atlé1ca, Baixo índice de lesões. 93 31
PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 94 3. ESPECIALIZAÇÃO O carga de treinamento só é eficaz quando é específica para o desporto ou ato motor a que se des?na. A capacidade de transferência das adaptações fisiológicas para outras finalidades é limitada no organismo. Caracterizar o Desporto: sistema energé?co predominante, segmentos corporais u?lizados, gesto técnico. Reilly et al., 2009 95 Os cien?stas do esporte devem saber: dos determinantes do esporte, da complexidade das respostas adapta?vas, da natureza dos essmulos de treinamento; Avaliação. Contribuição significa?va ao treinador e atleta Reilly et al., 2009 96 32
PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 97 4. INDIVIDUALIZAÇÃO OU INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Considerar no indivíduo: habilidades potencial caracterís?cas de aprendizagem especificidade do desporto Compreender as necessidades e maximizar as habilidades 98 CAMPEÃO Treinamento deficiências qualidades Gené?ca 99 33
4. INDIVIDUALIZAÇÃO As cargas de treinamento dependem: Idade cronológica e biológica Experiência ou idade de iniciação no desporto Capacidade individual de trabalho e desempenho Estado de treinamento Estado de saúde Velocidade de recuperação (considerar os fatores extra- treinos) Considerar o estado emocional e mo?vacional 100 4. INDIVIDUALIZAÇÃO Diferenças Sexuais (*puberdade): Maturações biológicas Necessidades específicas da estrutura Diferente grau de intensidade de treinamento para igual volume Diferenças relacionadas ao ciclo menstrual/ hormonal:pós- menstrual (>rendimento), gestação, pós- parto, outros. 101 PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 102 34
5. VARIEDADE Das a?vidades desenvolvidas diante das exigências do treinamento: Horas Volume Intensidade crescente Repe?ções numerosas Criar e conhecer amplo repertório de exercícios (alternando- os) Obje?vos da variação: manter interesse e evitar monotonia Enriquecer o conteúdo do programa preparatória) (especialmente fase 103 PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 104 6. MODELANDO O TREINAMENTO DESPORTIVO Modelação = imitação simulação da realidade análoga à compe?ção modelo a ser evoluído e analisado para a?ngir o ideal (deve ser reajustado nas fases de transição) 105 35
PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO 1. Par?cipação a?va 2. Desenvolvimento mul?lateral/ mul?facetado 3. Especialização 4. Individualização 5. Variedade 6. Modelando o TD 7. Progressão da carga (Bompa, 2002) 106 7. PROGRESSÃO DA CARGA é Desempenho relacionado a qualidade e quan?dade do trabalho. é é Desempenho requer longo período de treinamento e adaptações. (Morfo- funcionais e psíquicas) é Gradual da carga é base do planejamento do desempenho (do micro ao macrociclo) independentemente do nível de desempenho. 107 Sumário da aula Indicação de Leitura: Planejando as A,vidades Espor,vas (MSc. Ronaldo Pacheco) Esporte Na Escola: Mas É Só Isso, Professor? (Dra. Irene Conceição Rangel BeI) O treinamento a longo prazo e o processo de deteccão, selecão e promocão de talentos espor,vos. (Dra. Maria Tereza Bohme) Relevância do conhecimento cienofico na prá,ca do treinamento Rsico (Barban1, Tricoli e Ugrinowitsch). do Treinamento Despor1vo; Meios do treinamento despor1vo; Métodos do treinamento despor1vo; Considerações finais; Questões de concursos anteriores; 108 36
Meios do treinamento despor1vo O que se u1liza no processo de obtenção dos obje1vos propostos no planejamento. Assim, o exercício zsico representa o meio. Seleção dos meios de intervenção Definição do obje1vos principais e secundários; Capacidades motoras; 109 Meios Melhorias: Físicas (morfo- funcionais) Técnica Tá1ca Psicológica Individual Cole1va 110 Obje?vos Física Técnica Tá?ca Psicológica Meios Grau de especificidade Preparação geral e preparação especial 111 37
Meios Equipamentos especiais Fatores Ambientais Alimentação Modos recuperação Feedback 112 Meios Cíclicos Repe1ção con1nuada dos ciclos de movimento: correr, nadar, remar, etc.. Acíclicos - variação no final do movimento em comparação ao estado inicial, e impossibilita a reprodução sistemá1ca: esportes cole1vos. Mistos são os que combinam o cíclico e o acíclico: arremessos e saltos em distância. (Zatsiorski, 1970) 113 Meios Localizados: exercícios que envolvem até um 1/3 da massa do corpo (apenas com membros superiores ou inferiores); Regionais: ~2/3 da mobilização de músculos; Gerais: > 2/3 músculos envolvidos: a natação e remo; 114 38
Meios Exercício Especial/Específico Alta semelhança técnica e metabólica ao exercício compe11vo; Exercício Geral Pouco se assemelham sobre sua execução técnica e ou metabolismo envolvido da modalidade; Exercício Compe??vo Semelhante a ação motora realizada durante a compe1ção da modalidade. 115 Sumário Entrega da resenha do ar1go: Relevância do conhecimento cienofico na prá,ca do treinamento Rsico (Barban1, Tricoli e Ugrinowitsch 2004). do Treinamento Despor1vo; Meios do treinamento despor1vo; Métodos do treinamento despor1vo; Considerações finais; Questões de concursos anteriores; Material de apoio; 116 Métodos do Treinamento Despor?vo Os métodos de treinamento representam o modo de execução dos exercícios (meios). MÉTODOS OBJETIVOS 117 39
Treinamento aeróbio Método consnuo uniforme extensivo Intensidade da carga * 60 a 80 % da velocidade de compe1ção; * 45 a 90 % do VO 2 max; * FC = 125-170 bpm. Duração da carga * 20' até 2 horas ou mais U,lizado principalmente no período preparatório geral e em atletas em formação. 118 Treinamento aeróbio Método consnuo uniforme intensivo Intensidade da carga * 90-95 % da velocidade de compe1ção; * > 90 % do VO 2 max; * FC = 170-190bpm. Duração da carga * 12-20 atletas de nível intermediário a avançado de desempenho. preparatório geral e especial. não deve ser u,lizado mais de 3 vezes por semana, senão o tempo dedicado à reposição das reservas de glicogénio será demasiado curto. 119 Treinamento aeróbio Método de carga consnua variável fartlek Esforços prolongados com expressivas variações de intensidade, Sem pausa efe1va; Fatores ocasionais, externos (o relevo do terreno) ou internos (a vontade do atleta). Jogo de velocidades Busca- se: a adaptação à variação da solicitação metabólica; a capacidade de compensação da fadiga anaeróbia durante as fases de carga de intensidade baixa e média; a percepção e aprendizagem de ritmos diversos em variação frequente; 120 40