COMPETIÇÃO FISCAL E DESIGUALDADES REGIONAIS FEDERALISMO E ASPECTOS DA GESTÃO PÚBLICA DO PARÁ Belém-Pará-Brasil Agosto/2005
OBJETIVO Apresentar no contexto do tema Competição Fiscal e Desigualdades Regionais questões relacionadas às condições que Estados primários-exportadores, como é o caso do Pará, têm para implementar políticas de desenvolvimento e de gestão fiscal responsável, em ambiente de competição fiscal, agravado pela perda de recursos transferidos da União.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS Aspectos do Federalismo Brasileiro Desigualdades Regionais Desafios do Desenvolvimento
EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DA UNIÃO (1992 a 2004) 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 RECEITAS COMPARTILHADAS DEMAIS RECEITAS 100.000 TOTAL DAS RECEITAS ADMINISTRADAS PELA SRF 50.000-1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
EVOLUÇÃO DAS RECEITAS COMPARTILHADAS x NÃO COMPARTILHADAS (1988 a 2004) 80,00 70,00 76,19% 76,19% 60,00 57,19% 57,53,8 1% 50,00 40,00 42,81 23,81% RECEITAS COMPARTILHADAS DEMAIS RECEITAS 30,00 20,00 23,81% 10,00 0,00 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
DISTRIBUIÇÃO DA ARRECADAÇÃO FEDERAL 33,67% DESPESAS C/PESSOAL 50,38% TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E MUNICÍPIOS RECEITA DISPONÍVEL 15,95%
DISTRIBUIÇÃO DA ARRECADAÇÃO ESTADUAL 10,19% 26,79% 63,02% DESPESAS VINCULADAS DESPESAS C/PESSOAL * exceto Saúde e Educação RECEITA DISPONÍVEL
PERDAS DO FPE COM A CONCENTRAÇÃO DE RECEITAS NÃO COMPARTILHADAS R$ milhões 1) % de Receitas Partilhadas 1988 (IR e IPI) 76,18% 2) Receitas Adm. pela Receita Federal- 2004 293.410 3) Valor a Partilhar ( 2 x 1) 223.520 4) Valor a Partilhado em 2004 125.623 5) Perdas (4-3) 97.897 6) FPE ( 5 x 21,5%) 21.048 7) PARÄ (6 x 6,1120) 1.286
DADOS ESPECÍFICOS DO Extensão Territorial: 1,24 milhões de km²; ESTADO DO PARÁ Representa 14% do território nacional; É o segundo maior estado brasileiro; 70,8% de sua área é de domínio da União. Demografia: 6,9 milhões de hab. (*IBGE, 2005); Ocupa o 9 lugar em população do país; Taxa de crescimento populacional de 2,40% a.a. (1990 2005) - 50% maior que a média do país nos últimos 20 anos.
Economia: DADOS ESPECÍFICOS DO ESTADO DO PARÁ PIB (2002) R$25,3 bilhões 11º /Brasil Referência Mundial pela imensa base de recursos naturais Vocação primário-exportadora: 35% do PIB 43% população na faixa de pobreza 143 municípios: 23 > 50.000 habitantes 120< 50.000 habitantes
GESTÃO PÚBLICA DO PARÁ PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO O NOVO PARÁ GOVERNO DO PARÁ Visão da Administração Pública Estadual QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS INDUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL AUTO-SUSTENTADO REDUÇÃO DA POBREZA E DAS DESIGUALDADES COM INCLUSÃO SOCIAL AMPLIAÇÃO E FORTALECIMENTO DAS REDES DE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO SOCIAL MUNICIPALIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
GESTÃO PÚBLICA DO PARÁ INDICADORES/P ERÍODO 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Realizado Meta Realizado Meta Realizado Meta Realizado Meta Realizado Meta Realizado Meta Resultado Primário - em milhões 99 16 124 73 137 71 147 51 134 109 197 156 Dívida/Receita Líquida Real 0,89 <1 0,73 <1 0,72 <1 0,67 <1 0,68 <1 0,66 0,61 Gastos com Pessoal/Receita Líquida Corrente Receitas de Arrecadação Própria em R$ milhões Investimentos/Re ceita Líquida Real 57,67 60 54,17 60 53,48 60 51,78 60 54,26 60 52,31 56 1.165 1.158 1.424 1.307 1.799 1.588 2.121 1.898 2.645 2.447 3.024 2.894 17,34 20 17,18 18 17,95 19 17,76 19 11,18 10 13,49 14
PERDAS DO ESTADO DO PARÁ DECORRENTES DA DESONERAÇÃO DE ICMS NAS EXPORTAÇÕES (segmento estratégico) (VALORES CORRIGIDOS PELO IPC-A BASE JUN/2005) PERÍODO: SETEMBRO DE 1996 A JULHO DE 2005 DISCRIMINAÇÃO MILHÕES DE REAIS Arrecadação realizada 17.504,81 Projeção da arrecadação 22.981,81 Perdas de arrecadação 5.477,00 Seguro receita recebido 2.235,20 Perdas não ressarcidas 3.241,80 FONTE: BALANÇO CONTÁBIL SEFA / SEPOF
CONSIDERAÇÕES FINAIS Implementar uma política nacional de Desenvolvimento Regional inclusive revendo o papel das Agências de Desenvolvimento Regional
CONSIDERAÇÕES FINAIS Rever a política fiscal no Brasil para estimular o desenvolvimento de Estados que possuem base produtiva assentada em produtos primários e semi-elaborados
CONSIDERAÇÕES FINAIS Propor ao Governo Federal um Grupo de Trabalho* com a participação dos Estados para efeito de revisão e acompanhamento da metodologia de cálculo do FPE.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Rever o projeto de Reforma Tributária*, ora em tramitação para, dentre outras propostas, incorporar o princípio do destino : desoneração das exportações; cobrança do tributo no local do consumo e importação tributada com regras idênticas aos da operação interna.
FIM TERESA LUSIA MARTIRES COELHO CATIVO ROSA tcativo@prodepa.gov.br gabseges@prodepa.gov.br Fone: 55-91-3084-3767/3777