Lazer e cultura: reflexões sobre o senso comum

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Transcrição:

Resumo Lazer e cultura: reflexões sobre o senso comum Este trabalho tem como objetivo analisar o lazer e o senso comum a partir de um referencial cultural e apresentar possibilidades de investigação relacionada ao tema lazer e cultura. Tradicionalmente o lazer foi compreendido a partir de uma visão funcionalista e compensatória, como forma de recuperação dos sujeitos para o trabalho. A partir de revisão de literatura e de uma análise eminentemente qualitativa, apresentamos três pesquisas que foram fundamentadas no referencial cultural para o estudo de temas do lazer com a participação dos seguintes sujeitos: 1) profissionais de Educação Física que atuam na escola e apresentam certa visão sobre a cultura corporal de movimento e lazer, 2) estudantes de Educação Física que estão em processo de formação para atuação no âmbito do lazer e 3) frequentadores de um parque público na cidade de Piracicaba, tendo como finalidade a realização das práticas corporais. Como resultado, identificamos que nas três pesquisas é possível identificar respostas que reforçam a visão compensatória de lazer, mas também identificamos indícios de tensionamento dessa visão de senso comum. Espera-se com este trabalho contribuir para novos estudos e pesquisas relacionadas a esse tema, de modo que os diferentes sujeitos possam rever valores e sentidos. Palavras-chave: Atividades de lazer. Cultura. Pesquisa.

Introdução Tradicionalmente o lazer foi compreendido a partir de uma visão funcionalista e compensatória, como forma de recuperação dos sujeitos para o trabalho. Além disso, temos também estudos que a população quando questionada em centros culturais e esportivos, mantidos pela prefeitura, aponta para a necessidade de um profissional de Educação Física como promotor da iniciação esportiva e com a função de manter a ordem quando da realização das atividades. Diante disso, consideramos que o referencial cultural é uma contribuição no sentido de viabilizar o acesso aos significados produzidos pelos diferentes sujeitos e grupos sociais. Analisamos o lazer a partir de um referencial cultural e apresentamos três pesquisas produzidas pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Lazer, Práticas Corporais e Cultura (GELC), concluídas no ano de 2013. Espera-se com essa discussão fornecer subsídios teóricos para os profissionais de Educação Física que irão atuar nos diferentes setores (público governamental, público não governamental, privado e corporativo). Iniciamos o texto com a análise do lazer a partir do referencial cultural e, em seguida, apresentamos um resumo das três pesquisas desenvolvidas pelo GELC. Ao final do texto fazemos algumas considerações e apontamentos para novos estudos e pesquisas no campo do lazer. Objetivo Analisar o lazer e o senso comum a partir de um referencial cultural e apresentar possibilidades de investigação relacionada ao tema lazer e cultura. Procedimentos metodológicos Neste trabalho foi realizada uma revisão de literatura. Para o tratamento dos textos tivemos como referência os quatro tipos de análise sugeridos por Severino (2007), que são análise textual, análise temática, análise interpretativa e análise crítica. Essas análises foram realizadas com o intuito de produção e de uma reflexão eminentemente qualitativa, tendo como base Minayo (1994, p. 21), que afirma que a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes. Fundamentação teórica Falar em cultura como elemento base para os estudos do lazer na atualidade não é uma novidade, já que temos vários autores clássicos e contemporâneos que fazem referência à cultura como categoria de base para seus estudos (MAR- CELLINO, 2003b; MAGNANI, 1984; GOMES, 2004; STIGGER, 2009; entre outros), como já mencionado em estudo anterior (FERREIRA et al., 2013). A novidade talvez seja compreender como se dá a dinâmica cultural de grupos e sujeitos inseridos em determinado contexto, de modo a avaliar como a visão tradicional do lazer forma de compensação e como o senso comum se mantém em circulação na cultura. Para Marcellino (2003b), a cultura é definida pela produção de símbolos que circulam de forma dinâmica na sociedade, nesse sentido o autor entende a cultura como produto e processo. Ao nos referirmos a autores da antropologia como Geertz (1989) também temos acesso a um referencial que contribui para a análise dos significados que são produzidos em determinados contextos culturais. Isso pode ser observado no clássico estudo do mesmo autor sobre a briga de galos balinesa. A partir do convívio com os balineses foi possível identificar como se dava a hierarquia social nesse contexto, a briga de galos em si se tratava de uma representação social dos homens desse local. Desse mesmo modo, ou melhor, a partir do olhar cultural, nos estudos dos significados que circulam em determinados locais da sociedade brasileira, podemos ter acesso ao que os sujeitos pensam, compreendem, significam, vivenciam o lazer. Em Marcellino (2003a), podemos identificar um estudo realizado com a população que frequentava centros culturais e esportivos mantidos pela prefeitura de Campinas, São Paulo. Para essas pessoas o papel do profissional de Educação Física se restringia à iniciação esportiva e a manter a ordem quando da realização das atividades. Essa forma de compreensão pode ser proveniente da tradição no campo do lazer, sendo frequente a atuação de profissionais de Educação Física

nesse campo, geralmente a partir de uma perspectiva funcionalista do lazer e raramente preocupada com seu duplo aspecto educativo (educação para o lazer e pelo lazer). Marcellino (2004) define a abordagem funcionalista do lazer como: 1) Moralista, que visa preservar a ordem estabelecida, os valores dominantes da sociedade manutenção do status quo caráter de ambiguidade do lazer (lazer como faca de dois gumes ); 2) Romântica, que desvaloriza o presente e mantém os valores da sociedade tradicional como ideais passado intocado valor idílico da sociedade (nostalgia do passado); 3) Compensatória, que tem característica de compensação das insatisfações e da alienação do trabalho contrapõe trabalho-lazer vivência do lazer como válvula de escape ; e 4) Utilitarista, que tem como característica manter a ordem estabelecida através de um lazer que traga mais produtividade redução do lazer à função de recuperação da força de trabalho ou sua utilização como instrumento de desenvolvimento. O senso comum compreende o lazer de forma compensatória e funcionalista, relacionando-o, em geral, ao divertimento e descanso, desconsiderando o desenvolvimento social e pessoal. O lazer, porém, possui outros interesses ou conteúdos além do físico-esportivo e artístico: intelectual, social, manual (MAR- CELLINO, 2006) e turístico (CAMARGO, 2006). Dessa forma, acreditamos que para uma verdadeira compreensão da discussão de lazer seja necessário o encontro e confronto de conhecimentos entre o senso comum e o conhecimento sistematizado. O senso comum é o conhecimento inicial que os sujeitos possuem, Geertz (2001) considera este tipo de conhecimento como uma forma de expressão cultural, sendo a base para a construção cultural. O senso comum abrange um território gigantesco de coisas que são consideradas como certas e inegáveis (GEERTZ, 2001, p. 114). O senso comum, considerado pelo autor como o primeiro subúrbio de conhecimento, é caracterizado por ser empírico e incompleto, passado de uma geração a outra, onde a tradição é a força simbólica do senso comum; nas palavras do autor, o bom senso é uma forma de explicar os fatos da vida (GEERTZ, 2001, p. 127). O autor diz ainda que para este saber não existe conhecimento esotérico, nem técnicas especiais ou talentos específicos, a não ser aquilo que é chamado de experiência, maturidade. Assim, o senso comum é uma forma de expressão cultural. Nesse sentido, compreendemos como fundamental uma mediação de sentidos que vise a identificação do conhecimento provindo do senso comum, de modo a tornar possível aos sujeitos o acesso ao conhecimento sistematizado. Acreditamos que esta mediação tenha espaço nas escolas e em cursos de formação profissional, realizando discussões que partam do conhecimento que o aluno possui e de suas experiências pessoais. O referencial cultural contribui para os estudos do lazer tanto no sentido de compreender a dinâmica das relações sociais por mostrar uma alternativa e relacioná-los a outras dimensões da vida social como do ponto de vista da pesquisa. Como nos indica Magnani (2011), este referencial situa o tema da pesquisa num quadro conceitual e oferece uma perspectiva metodológica através das categorias analíticas e do método etnográfico. A seguir apresentamos três estudos do GELC concluídos em 2012 e 2013 que poderão fornecer elementos para a análise do lazer e do senso comum a partir do referencial cultural, sendo que a partir de tais estudos teremos acesso aos significados que diferentes grupos atribuem ao lazer, às práticas corporais e à Proposta Curricular do estado de São Paulo. Lazer e educação física escolar na perspectiva de professores atuantes em escolas públicas estaduais da cidade de Piracicaba Em 2008, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo lançou a Proposta Curricular como uma das iniciativas do Programa São Paulo Faz Escola. A intenção era o de promover uma homogeneização do currículo em todo o estado, inclusive com material didático próprio. Essa iniciativa se estende também a uma Rede de Formação que unificaria as atividades de formação continuada do corpo gestor e docente. Os objetivos desse trabalho (CARVALHO, 2013) foram: identificar os conceitos básicos da proposta curricular e como estes se relacionavam com a produção acadêmica contemporânea no Brasil; identificar junto a professores da rede o que significou este processo de implantação da nova Proposta Curricular. Os

problemas geradores destes objetivos surgiram a partir da vivência do professor da rede na disciplina de Educação Física. Para esta pesquisa qualitativa, baseada em Minayo (1994), realizamos uma pesquisa bibliográfica, segundo Severino (2007), acerca dos conceitos de Cultura Corporal e de Lazer, que nos chamaram atenção pelo caráter inédito de institucionalização dos mesmos. Também entrevistamos sete professores da rede estadual na cidade de Piracicaba, a escolha da cidade foi pela acessibilidade para a pesquisa por parte dos pesquisadores. Para melhor delineamento da pesquisa, identificamos os sete entrevistados com letras de A a G, sendo os três primeiros homens e as quatro últimas mulheres. Não foram percebidas diferenças relacionadas ao gênero dos entrevistados. Constitui-se um grupo bastante heterogêneo com relação à idade e às experiências profissionais. Os professores A e B e a professora D têm mais de 20 anos na rede, a Professora E, está no estado há aproximadamente 15 anos, o professor C e a professora G ingressaram há sete anos e a professora F, há apenas três anos. Além da experiência profissional, perguntamos aos professores sobre sua concepção dos conceitos de Cultura Corporal de Movimento e de Lazer e avaliação da Proposta Curricular. Para efeito de análise, no que se refere ao primeiro conceito, nos baseamos em Daolio (2004), e no que tange ao segundo conceito, em Marcellino (2003b). Dividimos nossos sujeitos em três grupos, devido a sua relação com os conceitos supramencionados e a implantação da Proposta Curricular em 2008. O primeiro grupo é formado por aqueles que permaneceram com seus conceitos iniciais diversos dos utilizados no documento, baseado no senso comum, fazem parte dele os professores A, B e D. O segundo grupo são aqueles que buscaram em sua formação continuada se apropriar dos mesmos conceitos, como o professor C, bolsista do programa de mestrado da SEESP, 1 a professora E que participou da pós lato sensu oferecida pela REDEFOR, 2 em 2010 e a professora G, que participou em 2009 da Rede Aprende com a Rede, também oferecida pela REDEFOR. No terceiro grupo está o professor C e a professora F, que possuem a particularidade de terem estudado na UEPA, 3 estes entrevistados já possuíam conhecimento anterior sobre a perspectiva cultural de Educação Física devido a sua formação na graduação. Sendo assim, no primeiro grupo podemos identificar duas posturas, uma de rejeição da PC, como um todo, e outra de aceitação conformista, por se tratar de um documento oficial do estado. Especificamente sobre o conceito de lazer, este grupo tem uma visão compensatória e funcionalista de lazer. Nos segundo e terceiro grupos os conceitos foram aceitos com algumas ressalvas em sua aplicabilidade, principalmente no que tange aos temas escolhidos para os Cadernos do Aluno. 4 Na avaliação, percebemos uma interligação com o conhecimento dos professores sobre os conceitos da PC. Obtivemos desde respostas pouco criteriosas, como eu não gosto ou eu gosto da PC, e outras que ponderavam acerca da relevância teórica ou material da PC. Com exceção de uma professora, que afirmou o contrário, todos os outros declararam ser um problema o fornecimento de material. Os professores afirmaram não se sentir parte da construção do currículo que lhes foi apresentado, fato incoerente com o discurso de implantação da PC. O conhecimento sobre lazer para estudantes de Educação Física de uma instituição pública de ensino superior Este trabalho (SILVA; SILVA, 2012) teve como objetivo investigar o que os acadêmicos de Educação Física entendem como lazer e suas relações com a prática profissional em educação física. A investigação junto ao grupo de estudantes de Educação Física foi feita por meio de entrevistas semiestruturadas, procedimento considerado por Triviños (1987) como um dos principais meios na pesquisa qualitativa em Ciências Humanas. Essas entrevistas foram baseadas em questionamentos básicos que permitiram ao informante seguir espontaneamente a linha de seu pensamento e de suas experiências. Foram coletados dados de 14 estudantes de Educação Física, divididos em dois grupos, sendo sete do primeiro ano e sete do último ano, sendo estudantes tanto do curso de Bacharelado como de Licenciatura. O tamanho da amostra foi determinado pela saturação dos dados. Optamos por entrevistar dois grupos de alunos com características diferentes, sendo que o grupo dos alunos de primeiro ano ainda não teve nenhum contato com as

disciplinas sobre lazer, dessa forma, seus conhecimentos sobre essa área são provindos de experiências pessoais, do senso comum. Já os alunos do último ano cursaram as disciplinas oferecidas sobre lazer, assim, tiveram acesso a um conhecimento sistematizado de lazer, podendo responder as entrevistas baseando-se em suas experiências e neste conhecimento adquirido. As principais questões abordadas durante a entrevista foram: 1) Você já realizou alguma prática corporal no momento de lazer? 2) Como você entende o lazer? 3) Como você compreende a relação lazer e Educação Física? 4) O que você espera da sua atuação profissional, quais expectativas profissionais futuras? Tem alguma prática que você pensa em realizar? 5) Tem mais alguma coisa que você gostaria de dizer? Notamos que as respostas dadas à questão 1 são muito semelhantes entre todos os estudantes, tanto do primeiro quanto do quarto ano. Nesta questão, todos os entrevistados respondem que sim, que já realizaram alguma prática corporal nos momentos de lazer, as mais citadas são esportes, danças e lutas. Na questão 2, esperava-se que os estudantes do último ano de Educação Física elaborassem uma resposta mais estruturada que os estudantes do primeiro ano, pelo fato de já terem cursado disciplinas referentes ao lazer, porém o que se observa são respostas muito semelhantes. Vemos que suas respostas são, ainda, muito relacionadas ao conhecimento vindo do senso comum, que, como explica Geertz (2001), é a primeira base de conhecimento que os sujeitos possuem, pois quando indagados sobre o lazer suas respostas estão relacionadas com suas próprias experiências em lazer, bem como associadas ao descanso, divertimento e descontração. Na questão 3, que diz respeito a relação entre lazer e Educação Física, dois entrevistados não souberam responder, outros apresentaram dificuldades ao fazerem a explicação sobre esta relação; também foi possível observar respostas muito superficiais sobre o assunto. A quarta questão diz respeito à atuação profissional, as respostas foram bastante variadas, e apenas um entrevistado diz diretamente que gostaria de atuar na área do lazer. Seis entrevistados dizem querer trabalhar na área esportiva, apenas três têm a intenção de atuar na escola; três estudantes pretendem continuar estudando, sendo citados outros cursos de graduação, especialização e mestrado. A última questão foi um momento livre para que os estudantes pudessem dizer mais alguma coisa que quisessem ou complementar alguma das respostas dadas, nesse momento nem todos quiseram dizer algo a mais. Dos entrevistados do primeiro ano do curso apenas um fez mais comentários, defendendo que todos devem ter acesso às práticas de lazer. Dentre os alunos do último ano, três não quiseram acrescentar nada ao final da entrevista, dois alunos criticaram a falta de aulas práticas nas disciplinas que abordam o tema lazer. Esperávamos encontrar respostas relacionadas ao senso comum por parte dos estudantes do primeiro ano, que ainda não tiveram nenhum tipo de contato com as disciplinas acadêmicas que tratam sobre lazer. Porém, observamos que os alunos do último ano do curso de educação física, tanto de licenciatura quanto de bacharelado, deram respostas aproximadas da visão de senso comum, sendo frequente uma visão funcionalista do lazer, onde o relacionam apenas ao conteúdo físico-esportivo, destacando somente o descanso e divertimento como características do lazer. De modo geral, observamos que a área do lazer ainda é vista de modo restrito pelos estudantes de Educação Física entrevistados. Assim, percebemos uma necessidade nos cursos de formação profissional em Educação Física em se ter uma produção teórica que parta do conhecimento dos estudantes e que faça uma mediação de sentidos de modo a ampliar a compreensão que tais sujeitos possuem da realidade de vida. Os significados das práticas corporais para frequentadores de um parque público da cidade de Piracicaba Este estudo (LIBARDI, 2013) teve como objetivo identificar e analisar os significados das práticas corporais para os frequentadores do Parque da Rua do Porto de Piracicaba (SP), que entre as práticas mais comuns estão: a caminhada, a corrida e o alongamento. Obtivemos seus significados, a partir das perguntas e análises realizadas com suas respostas, em um estudo qualitativo. De modo geral, observamos que o Parque da Rua do Porto de Piracicaba, instância de lazer, é visto de maneira agradável pelos entrevistados. Mas também

percebemos que há a necessidade da intervenção na mediação de sentidos produzidos, a partir de suas práticas e também da influência recebida e absorvida dos meios de comunicação de massa, que nas respostas analisadas, parece haver reprodução do que é difundido pela mídia com relação ao corpo, sendo que em alguns momentos das entrevistas a saúde foi associada à aparência física. Nesse sentido, as respostas não se distanciam das influências de um corpo belo e saudável, como nos apresenta o estudo de Silva e Silva (2003). Considerando as análises das entrevistas, assume-se a importância do profissional da área da Educação Física, a fim de ampliar a compreensão que tais sujeitos possuem da sua qualidade de vida, na mediação e reconstrução desses sentidos, considerando que são formadores do conhecimento adquirido na universidade para além do senso comum, e do que é apresentado pela mídia. Com relação ao nosso pressuposto inicial, de que pessoas com idade entre 30 e 40 anos teriam já estabilidade na vida, podendo realizar as práticas no parque sem preocupação excessiva com a aparência física foi parcialmente atingida, a maioria dos entrevistados justificaram a realização das práticas corporais não pela preocupação com a beleza corporal, mas sim pelos fatores saúde e qualidade de vida, embora na visão desses entrevistados tenhamos indicação de restrição com relação a esses fatores, no sentido da saúde e qualidade de vida serem determinadas por questões subjetivas como sensação de se sentir bem, ter prazer, ser um exercício de higiene mental, ausência de doença, não sendo mencionados elementos determinantes como a situação socioeconômica, o acesso, de fato, aos direitos sociais, a possibilidade de se ter opção na vida e o exercício de cidadania. Resultados e discussões Para os atores sociais das três pesquisas, o lazer é compreendido de certa maneira, a partir do papel social de tais sujeitos. Nesse sentido, chega-se à conclusão que o senso comum é um forte elemento no processo de construção cultural do corpo, da formação de profissionais para a atuação no âmbito do lazer e na atuação dos profissionais que trabalham na escola, isso porque para esses três grupos o lazer ainda se mantém como forma de compensação seja ela no âmbito escolar como pôde ser observado pelo grupo um de professores entrevistados; na formação profissional em Educação Física, como pudemos observar na pesquisa que tanto alunos do primeiro como do último ano relacionam o lazer ao descanso, divertimento e descontração e, finalmente, na pesquisa com os frequentadores de um parque público, em que as justificativas para a realização das práticas corporais no parque estão relacionadas à preocupação com a saúde e qualidade de vida, sendo que o entendimento desses fatores é restrito às questões subjetivas como se sentir bem, ter prazer, ser um exercício de higiene mental, ausência de doença. O que pode nos sugerir também uma visão compensatória do lazer ao vivenciarem essas práticas no seu tempo disponível das obrigações sociais. No entanto, ao mesmo tempo, identificamos alguns indícios de tensionamento do senso comum nas três pesquisas: como alguns professores da escola que buscam se apropriar dos conceitos de Cultura Corporal de Movimento e lazer em sua formação continuada (grupos dois e três); um dos alunos entrevistados do primeiro ano do curso de Educação Física que afirma que todos devem ter acesso ao lazer, em que podemos interpretar essa fala como uma forma de se pensar o lazer como direito social e a maioria dos frequentadores do parque não demostraram realizar as práticas corporais em tal local pelo fator de busca por determinados padrões corporais de beleza, já que na sociedade em que se vive as práticas corporais são muitas vezes difundidas como um dos principais meios para se obter um corpo belo e saudável. Considerações finais Como resultado identificamos que nas três pesquisas analisadas é possível identificar respostas que reforçam a visão compensatória de lazer, mas também identificamos indícios de tensionamento dessa visão de senso comum. Espera-se ter contribuído com o debate sobre lazer na atualidade, pela apresentação de um certo olhar para a dinâmica das relações sociais com relação às manifestações do lazer, de modo a instigar a realização de novos estudos e pesquisas relacionados a esse tema, viabilizando aos diferentes sujeitos reverem valores e sentidos.

Notas 1 EESP, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. 2 REDEFOR, Rede de Formação do Programa São Paulo faz Escola. 3 UEPA, Universidade Estadual do Pará. 4 Material didático que faz parte da Proposta Curricular. Referências CAMARGO, L. O. L. O que é lazer. 3. ed., 3. reimpr. São Paulo: Brasiliense, 2006. MARCELLINO, N. C. Lazer e educação. 10. ed. Campinas: Papirus, 2003b. MINAYO, M. C. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: DESLANDES, S. F. et al. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1994. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007. SILVA, C. L.; SILVA, T. P. Lazer e educação física: textos didáticos para a formação de profissionais do lazer. Campinas: Papirus, 2012. STIGGER, M. P. Lazer, cultura e educação: possíveis articulações. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Curitiba, v. 30, n. 2, p. 82-83, 2009. CARVALHO, L. de A. Cultura corporal de movimento e lazer: a proposta curricular do estado de São Paulo na perspectiva de professores da rede estadual de Piracicaba. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Metodista de Piracicaba, 2013. DAOLIO, J. Educação física e o conceito de cultura. Campinas: Autores Associados, 2004. DAOLIO, J. Educação física escolar: olhares a partir da cultura. Campinas: Autores Associados, 2010. FERREIRA, R. A. et al. Lazer e cultura: o papel do profissional de educação física. Licere, v. 16, n. 2, p. 1-19, 2013. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1989. GEERTZ, C. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. GOMES, Christianne Luce. Lazer: concepções. In: GOMES, Christianne Luce (Org.). Dicionário crítico do lazer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. LIBARDI, N. Os significados das práticas corporais para frequentadores do Parque da Rua do Porto-Piracicaba-SP: relatório final de iniciação científica. Piracicaba: Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Metodista de Piracicaba, 2013. MAGNANI, J. G. C. Antropologia e educação física. In: CARVALHO, Y. M.; RÚBIO, K. (Org.). Educação física e ciências humanas. São Paulo: Hucitec: UNESP, 2011. MAGNANI, J. G. C. Festa no pedaço: cultura popular e lazer na cidade. São Paulo: Brasiliense, 1984. MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2006. MARCELLINO, N. C. A formação e o desenvolvimento de pessoal em políticas públicas de lazer e esporte. In: MARCELLINO, N. C. (Org.). Formação e desenvolvimento de pessoal em lazer e esporte: para a atuação em políticas públicas. Campinas: Papirus, 2003a.