Impostos Diferidos e o SNC



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Transcrição:

Impostos Diferidos e o SNC Na vigência do anterior Plano Oficial de Contabilidade (POC) a Directriz Contabilistica (DC) nº 28, da Comissão de Normalização Contabilística (CNC) veio, em tempo, estabelecer para Portugal, o tratamento preconizado pela Norma Internacional de Contabilidade nº 12 do International Accounting Standards Board (IASB) sobre a contabilização dos Impostos Diferidos. Sendo menos comum no dia-a-dia dos profissionais ligados às matérias contabilísticas, o tema dos impostos diferidos é muitas vezes tratado com misticismo e considerado excessivamente teórico e de discutível interesse prático. Consequentemente, na vigência do POC, em muitas médias e grandes empresas, os impostos diferidos eram completamente ignorados e ao nível das PME, não havia praticamente aplicação destes conceitos. No actual Sistema de Normalização Contabilística (SNC), os Impostos Diferidos são tratados na Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) nº 25 - Impostos sobre o Rendimento. Actualmente em Portugal, as entidades sujeitas ao SNC podem optar por usar uma Norma específica, preparada para as Pequenas Entidades (PE), se cumprirem com até 2 dos 3 critérios estabelecidos para tal e não forem obrigadas a aplicar o SNC Geral ( Artº 3º, 9º e 10º do DL 158/2009 de 13 de Julho). Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro para as Pequenas Entidades ( NCRF-PE), pretende, por um lado, simplificar todo o processo Contabilístico e de Relato Financeiro mantendo, por outro lado, um grau mínimo de comparabilidade entre todas as entidades (PEs, as de SNC dito Geral e, até, em última instância, as que aplicam os IAS/IFRS). O SNC prevê que, por opção (quando permitido), uma entidade possa usar a NCRF-PE, limitando-se ao enquadramento da mesma, o que implica alguma redução nas exigências e nas opções que existem no SNC Geral. Para as Pequenas Entidades (PE s) a NCRF-PE proíbe a contabilização de impostos diferidos. No entanto, sempre que uma PE opte por mensurar os seus activos fixos tangíveis pelo modelo de revalorização já é obrigada a contabilizar impostos diferidos e por isso deverá aplicar totalmente a NCRF 25. Temos assim como não obrigatória a aplicação dos impostos diferidos nas PE s e a sua aplicação generalizada para as restantes entidades sujeitas ao SNC. No entanto, a aplicação do regime dos impostos diferidos pode ter impactos materialmente relevantes nas Demonstrações Financeiras e nas matérias comuns a todas as entidades, pelo que as correspondentes DF dos diversos tipos de entidades devem ser minimamente comparáveis.

A contabilidade tem como objectivos elaborar as demonstrações financeiras e que estas apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira, as respectivas alterações e o desempenho das entidades. Por seu lado, os objectivos da fiscalidade são os da cobrança de receitas fiscais e da utilização da contabilidade para o reconhecimento e mensuração dos impostos a cobrar. A contabilidade apura o resultado contabilístico de acordo com as bases de mensuração adoptadas (princípios contabilísticos no POC) e a fiscalidade por sua vez, tendo por base as regras fiscais, apoia-se nesse resultado para apurar o lucro tributável. Como a contabilidade e a fiscalidade têm objectivos diferentes, surgem por vezes, divergências entre as formas de reconhecimento e valorização de activos, passivos, rendimentos e gastos de acordo com as normas contabilísticas e a legislação fiscal aplicável. Por isso, quase sempre o montante do resultado contabilístico apurado antes de impostos, e o montante da matéria colectável, não são coincidentes, sendo utilizado um quadro próprio, (Q07), na declaração Modelo 22 do IRC, em que se ajusta o resultado contabilístico ao resultado para fins fiscais. A correcta periodização do imposto sobre o rendimento implica que no cálculo do resultado líquido do exercício, se considere o montante do imposto que se estime venha a ser efectivamente liquidado, tanto por efeito da liquidação desse exercício quer em consequência das liquidações referentes a outros exercícios. O objectivo da imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e dos resultados, implica que seja efectuada a correspondente periodização do resultado, e o reconhecimento no capital próprio em relação às diferenças entre as quantias e as respectivas bases tributáveis dos vários activos e passivos. O imposto diferido resulta das diferenças entre o montante dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico (quantia escriturada) e os respectivos montantes para efeitos de tributação (base fiscal). Estas diferenças podem ser de dois tipos: Temporárias e Definitivas. As diferenças temporárias são as diferenças entre as quantias escrituradas dos activos ou de passivos e a sua base de tributação. Respeitam a valores susceptíveis de virem a ser compensados em exercícios futuros ou a compensações efectuadas no exercício mas relativas a diferenças apuradas em exercícios anteriores. Por sua vez as diferenças definitivas não têm qualquer compensação relativamente a exercícios anteriores ou posteriores ao qual se verificaram essas diferenças. Podem ser provenientes de:

- Gastos e rendimentos incluídos no resultado contabilístico mas não no lucro tributável; - Gastos e rendimentos incluídos no lucro tributável mas não no resultado contabilístico; e - Outras variações patrimoniais que por força da legislação fiscal devem ser reconhecidas como integrantes desse mesmo resultado fiscal. Exemplos: Regularizações positivas ou negativas relativas à correcção de erros fundamentais, gratificações atribuídas a título de participação nos resultados ; Donativos ao estado e a outras entidades, dedutíveis em percentagem superior ao seu valor contabilístico; Outras variações patrimoniais que por força da legislação fiscal devem ser reconhecidas como integrantes desse mesmo resultado fiscal. As diferenças temporárias podem ser tributáveis e dedutíveis. As tributáveis decorrem de alguns acréscimos registados na declaração M22 do IRC, como por exemplo, os ganhos de venda de bens do activo fixo tangível, reconhecidos no período da venda e cuja quantia se declara reinvestir, beneficiando do crédito fiscal por se reinvestir nos períodos seguintes Exemplos de diferenças temporárias dedutíveis (deduções no Q07 da M22) são o caso das imparidades reconhecidas de forma diferente na contabilidade e para fins fiscais, nos activos ( dividas a receber de clientes, investimentos financeiros correntes e não correntes e inventários) que poderão ser revertidas quando ocorrer o recebimento ou a venda dos activos, ou a redução da(s) quantia(s) inicialmente escriturada(s). Os activos por impostos diferidos são reconhecidos apenas quando existem expectativas razoáveis de obtenção de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Os activos e passivos por impostos diferidos devem ser mensurados usando as taxas fiscais e leis fiscais em vigor à data do Balanço e que se esperam que sejam de aplicar quando as diferenças temporárias reverterem. No SNC, a NCRF 25 vem prescrever o tratamento contabilístico dos impostos sobre o rendimento, nomeadamente no que respeita: À recuperação futura (liquidação) da quantia escriturada de activos (passivos) que sejam reconhecidos no balanço; A transacções e outros acontecimentos do período corrente que sejam reconhecidos nas demonstrações financeiras. Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, com as seguintes três excepções:

i) Reconhecimento inicial do goodwill; ii) Reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que não seja uma concentração de actividades empresariais e que não afecte, no momento da transacção, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável (perda fiscal); iii) Diferenças resultantes de investimentos em subsidiárias, sucursais, associadas e empreendimentos conjuntos (ex: devido a lucros não distribuídos), onde a entidade é capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença e é provável que a reversão não venha a ocorrer num futuro previsível. Um activo por imposto diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis, perdas fiscais não usadas e créditos por impostos não usados, até ao ponto em que seja provável que existam lucros tributáveis futuros disponíveis contra os quais as diferenças temporárias dedutíveis possam ser usadas, com as seguintes excepções: i) Um activo por imposto diferido resultante do reconhecimento inicial de um activo ou passivo que não seja uma concentração de actividades empresariais e que, no momento da transacção, não afecte nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável (perda fiscal); ii) Activos por imposto diferido resultantes de diferenças temporárias dedutíveis associadas a investimentos em subsidiárias, sucursais, associadas e empreendimentos conjuntos, se não for provável a reversão da diferença temporária no futuro previsível ou que não existam lucros tributáveis futuros disponíveis relativamente aos quais a diferença possa ser usada. De referir que de acordo com o SNC os activos e passivos por impostos diferidos não podem ser descontados. Quanto ao reconhecimento, os impostos correntes e diferidos devem ser reconhecidos como um rendimento ou como um gasto no resultado líquido do período, excepto até ao ponto em que o imposto provenha de: Uma transacção ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num período diferente, directamente no capital próprio; Uma concentração de actividades empresariais. Os activos e passivos por impostos diferidos são apresentados no balanço, como activos e passivos não correntes. Relativamente à divulgação, os principais componentes de gasto (rendimento) de impostos devem ser divulgados separadamente e corresponder, nas situações aplicáveis, aos requisitos de informação prescritos na nota 26 do Anexo.

Leiria, 8 de Março de 2011 Manuel Alberto Soares