Cultivo do Morango Orgânico em Unidade Demonstrativa com agricultores familiares do Município de Sete Lagoas MG

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Transcrição:

Cultivo do Morango Orgânico em Unidade Demonstrativa com agricultores familiares do Município de Sete Lagoas MG CARVALHO, Érika. R., EMATER-MG erika.carvalho@emater.mg.gov.br ; SMÕES, Juliana C., EPAMG, jcsimoes@epamig.com.br. Resumo Projeto da EPAMG, financiado pelo CNPq, propôs a implantação de unidades demonstrativas UDs de morangueiros em sistema orgânico, no Norte, Centro Oeste e Sul de Minas, em propriedades de agricultores familiares. Os extensionistas da EMATER-MG e pesquisadores da EPAMG acompanharam as práticas culturais, o preparo do solo, adubação, plantio, controle fitossanitário e colheita, de acordo com a legislação de orgânicos. A integração dos técnicos com produtores teve a finalidade de articular soluções viáveis aos problemas dos agricultores, de forma a minimizar problemas no processo de produção e condução do morangueiro orgânico e estimular arranjos produtivos locais - APL. Nas UDs cada produtor utilizou seu instrumental metodológico, de acordo com cada realidade. Em Sete Lagoas um casal de agricultores familiares da Comunidade Rural de Venceslau Brás: Orlando e Zulma Lopes, com o agricultor urbano Benedito Rafael da Costa, obtiveram expressivos resultados que foram alem do aumento da renda. Relatam que adotaram e adaptaram as tecnologias e por isso dobraram a área de produção em 09. Palavras-chave: Arranjos produtivos locais - ALP, agricultura familiar, alternativa de renda. Contexto A cultura do morango em uma área de 0 m² foi para a família uma nova experiência, a propriedade de 2,5 hectares tem como principal atividade a produção de flores tropicais para corte. A implantação da unidade demonstrativa foi motivadora, pois possibilitou outro arranjo produtivo, proporcionou a parceria entre os agricultores familiares e agricultores urbanos, disponibilizou de tecnologias apropriadas para o sistema de produção orgânico, objetivou estimular o conhecimento e divulgou experiência do cultivo do morangueiro na região Centro Oeste. Neste sentido levou aos que participaram da experiência de produção e no dia de campo ocorrido no pico da produção, a visão de uma nova alternativa de renda que alem da melhoria de qualidade de vida, promoverá o desenvolvimento rural sustentável e fortalecimento da agricultura familiar. Descrição da Experiência Projeto da EPAMG, financiado pelo CNPq, implantou em Sete Lagoas unidade demonstrativa de morangueiros em sistema orgânico, em uma propriedade indicada pela EMATER-MG, de um casal de agricultores familiares da Comunidade Rural de Venceslau Brás: Orlando e Zulma Lopes e o agricultor urbano Benedito Rafael da Costa foi o parceiro. Com orientação dos técnicos da EMATER-MG e pesquisadores da EPAMG, plantaram um coquetel de sementes (adubo verde) que ao final de janeiro incorporaram ao solo (Figura ), com aração e gradagem, ao início de seu florescimento, em torno de 60 dias depois do plantio. A construção dos canteiros foi realizada manualmente, logo após a incorporação dos adubos verdes. Foram levantados os canteiros com aproximadamente 30 cm de altura, com 70 cm de largura na sua parte superior, de forma a permitir que a lona cobrisse adequadamente o canteiro, sobrando cm em cada lateral destes. O composto orgânico e os micronutrientes foram recomendados conforme a tabela, com base na análise realizada no Laboratório de Análise de Solos da Embrapa Milho e Sorgo, indicando as Rev. Bras. De Agroecologia/nov. 09 Vol. 4 No. 2 639

quantidades de 3,77e 0,65 cmolc dm -³ de Ca e Mg; 27 e 2mg dm -³de P-Mehlich e K, respectivamente, 3,37 dag/kg de matéria orgânica e ph em água igual a 7,6 e em função da exigência da cultura, conforme a tabela. A recomendação por m² foi a seguinte: 2,0 quilos de composto orgânico que conforme análise feita na EMBRAPA CNPMS contem os valores médios de (N):,74%, (P): 0,43%, (K): 3,5%, (Ca):2,9%, (Mg):0,58%, (S):0,47%, (C):,26%, (Zn):47,00 mg/kg, (Fe):2985,00mg/Kg, (Cu):28,00 mg/kg, (Mn): 623,00 mg/ Kg, ph : 9,5, Matéria Seca (65 C): 58,38% e relação C/N:,64%; 2,80 gramas de FTE BR 2 com valores de [(Ca): 7,0%,(S):5,7%, (Bo):,8%, (Cu): 0,8%, (Mn): 2,0%, (Mo): 0,%, (Zn): 9,0% ] e 42,0 gramas de yoorin [ (P): 6 (Ca): 6,0%,(S):6,0%, (Bo): 0,%, (Cu): 0,05%, (Mn): 0,5%, (Mg): 6,0%, (Zn): 0,55%, (Si): 9,0]. A mistura dos adubos utilizados para o plantio foi feita antecipadamente e aplicada em linha e no sentido das covas, preparadas sobre o leito depois de levantado o canteiro. As mudas foram compradas com recursos do CNPq de viveirista certificado (Figura 2). As cultivares utilizadas foram: Oso Grande e a Sweett Charlie. Foram plantadas duas linhas de mudas por canteiro, com 30 centímetros de distância entre as plantas e a centímetros da borda do canteiro e 40 cm entre canteiros. Total de 77.000 plantas por hectare com replantio na primeira quinzena após o plantio das mudas. As capinas foram realizadas manualmente, eliminando-se totalmente as plantas espontâneas sobre os canteiros, deixando-as entre os mesmos. As folhas velhas, com sintomas de doenças e estolhos eram retiradas periodicamente. A irrigação foi realizada por gotejamento, num turno de rega diário na primeira semana. Após o pegamento definitivo das mudas, irrigou-se de 2 em 2 dias. A colocação do muching foi realizada torno de 25 dias após a realização do último replantio, logo após o pegamento das mudas (Figura 2). A adição de composto orgânico em cobertura foi feita no pé da planta e iniciou aos trintas dias após o plantio da mudas. Na base de 80 a 00 gramas por planta, dividido em 6 aplicações, uma por semana, num total de 4, 8 a 6 kg por planta. Foi utilizado também o biofertilizante de ervas (0 kg de composto orgânico, 0 kg de mamona triturada, 2 A 3 kg de cinza vegetal e 70 litros de Água) distribuído com regador, aplicado diretamente no solo, numa frequência de vez por semana até o início do pico da frutificação, cerca de 60 dias após o plantio. O controle das formigas cortadeiras e lava-pés foi feito antes e durante a manutenção da cultura. Com o uso de caldas a base de mamona, caldas de creolina e outras. Manteve-se a vegetação espontânea do entorno da cultura para manejar pragas e manter os inimigos naturais. Para a prevenção de doenças usaram-se as caldas bordalesa e sulfocálcica alternadamente, a partir de 30 dias após o plantio, até o inicio do pico da frutificação. Um dia de campo foi realizado no pico da produção, como recurso metodológico para divulgação da cultura, do manejo orgânico e incentivo a produção local (Figura 3). 640 Rev. Bras. De Agroecologia/nov. 09 Vol. 4 No. 2

FGURAS. Ponto de corte e incorporação do coquetel de adubos verdes. FGURAS 2. Plantio das mudas produzidas em bandejas, oriunda de viveiro credenciado e colocação de mulching. FGURA 3. Dia de campo com explanações da equipe: agricultores familiares, técnica da EMATER-MG e de pesquisadores da EPAMG. Resultados A colheita se iniciou quando os frutos apresentarem 70% de coloração avermelhada, de duas as três vezes por semana. Alternativamente usaram-se embalagens retornáveis, no caso de entrega em domicílio, Rev. Bras. De Agroecologia/nov. 09 Vol. 4 No. 2 64

juntamente com a entrega das flores, reduzindo o custo. Considerando uma receita de R$92.000,00 e um custo R$44.65,60 (produtividade de 32 t/ha e preço de venda de R$6,00/kg) o rendimento obtido de hectare de morango foi de R$4,30 para cada real investido, no primeiro ano. No segundo ano R$ 5,46. (TABELA 2). Tendo em vista a construção de soluções de forma participativa, o acompanhamento feito pelos agricultores e pelos técnicos, a parceria entre os agricultores familiares e os da agricultura urbana foi fortalecida e o cultivo de uma nova safra de morangos orgânicos foi programado para 09. TABELA. Recomendação utilizada conforme a análise de solo da área que foi cultivado o morango na Comunidade Rural de Venceslau Brás, Sete Lagoas Minas Gerais, 08. Disponibilidade Dose Total de P e k P2O5 K2O N (00% no plantio) (70% no plantio e o (6% no plantio e o restante dividido em restante dividido em 6 aplicações) 6 aplicações) Baixa 400 3 2 Média 300 2 2 Boa 0 2 Muito Boa 00 80 2 642 Rev. Bras. De Agroecologia/nov. 09 Vol. 4 No. 2

TABELA 2 - Relação entre o custo e a produção em ha de morango produzido em sistema orgânico de produção. Sete Lagoas, Minas Gerais, 08. Especificação Ud Valor unit. Qde. Valor total (R$) (R$). NSUMOS: Plástico polietileno (bobinas/000m) Composto Orgânico Yorim FTE BR 2 Mudas Óleo de Nim ( aplicação) Biofertilizante de ervas Calda Bordalesa (4 pulverizações) Calda sulfocácica (4 pulverizações) 2. SERVÇOS: Plantio do adubo verde Aração e Gradagem Preparo de Solo (canteiro) Distribuição do adubo de cobertura Plantio Capinas Aplicação de biofertilizante Aplicação das caldas Pulverizações rrigações Colheita e Embalagem 3. OUTROS: Embalagens Frete bobinas T Kg kg Ud H/T 590 43 0,98,36 0,25 0,0 0,028 0,06 45 7,5 30 3 2 77000 5600 4000 4000 3 5 6 8 0 8 0 3 4.425,00.290,00 33,60 28,56 9.2,00,00 56,00 08,00 64,00 60,00 225,00.000,00,00 60,00 400,00 0,00 60,00,00 0,00 7.000,00 -,00 CUSTOS - - - 35.8,6 EQUPAMENTOS DE RRGAÇÃO 9.0,00 TOTAL DOS CUSTOS 44.680,6 PRODUTVDADE OBTDA Kg/Ha 32.000 RECETA R$ 92.000,00 RENTABLDADE* R$ 2º ano º ano 5,46** 4,30*** * - Retorno em reais para cada para real investido. ** - Rentabilidade no segundo ano, considerando que os equipamentos de irrigação já foram adquiridos no primeiro ano. *** - Rentabilidade calculada no primeiro ano considerando os gastos de R$ 90,00 com a compra do equipamento de irrigação. Rev. Bras. De Agroecologia/nov. 09 Vol. 4 No. 2 643