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ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS

Supremo Tribunal Federal

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: MIN. MARCO AURÉLIO EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO SÃO PAULO DECISÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Supremo Tribunal Federal

:MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO. 1. Eis as informações prestadas pelo assessor Dr. Vinicius de Andrade Prado:

: MIN. MARCO AURÉLIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECISÃO. 1. O assessor Dr. Rafael Ferreira de Souza prestou as seguintes informações:

Supremo Tribunal Federal

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO. 1. O Gabinete prestou as seguintes informações:

Supremo Tribunal Federal

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Supremo Tribunal Federal

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional

D E C I S Ã O. denominada Operação Rosa dos Ventos, indeferiu os pedidos de deslocamento do paciente até o escrito de advocacia de seus defensores.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

11/09/2017 PRIMEIRA TURMA : MIN. ALEXANDRE DE MORAES PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO

: MIN. MARCO AURÉLIO :ROSANGELA GOMES DA SILVA : MARCELO DINI E OUTRO(A/S) :RELATOR DO HC Nº DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECISÃO.

, da Comarca de Carapicuíba, em que é paciente. JEFFERSON SOARES DE MACEDO, Impetrantes GABRIELA CAROLINA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA - 2ª REGIÃO NÚCLEO CRIMINAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO

04/10/2016 PRIMEIRA TURMA : MIN. MARCO AURÉLIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA A C Ó R D Ã O. Brasília, 4 de outubro de MINISTRO MARCO AURÉLIO RELATOR

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

: DESEMBARGADORA FEDERAL ASSUSETE MAGALHÃES

Supremo Tribunal Federal

Cópia MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS RIO DE JANEIRO : MIN. GILMAR MENDES RELATOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

: MIN. MARCO AURÉLIO :DIOLENO NASCIMENTO LEMOS :MANFREDO BRAGA FILHO :RELATOR DO HC Nº DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O

: MIN. MARCO AURÉLIO :ASSOCIACAO NACIONAL DOS MAGISTRADOS ESTADUAIS :DANIEL JAMELEDIM FRANCO :CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTICA :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

30/09/2014 PRIMEIRA TURMA : MIN. ROBERTO BARROSO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Supremo Tribunal Federal

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO RELATÓRIO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

:LUIS ALEXANDRE RASSI E OUTRO(A/S) :RELATOR DO HC Nº DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO. 1. O Gabinete prestou as seguintes informações:

PETIÇÃO INICIAL MÍNIMA Habeas corpus

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. Hermann Herschander RELATOR Assinatura Eletrônica

VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS

HC 5538-RN ( ). RELATÓRIO

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DESPACHO

Supremo Tribunal Federal

DECISÃO. 1. O assessor Dr. Rafael Ferreira de Souza prestou as seguintes informações:

DECISÃO. Os impetrantes apresentam as seguintes alegações:

DIREITO PROCESSUAL PENAL

Superior Tribunal de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Superior Tribunal de Justiça

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS SÃO PAULO RELATOR :MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :GERSINO DONIZETE DO PRADO IMPTE.(S) :MARCO AURELIO PINTO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO. : SP ANTONIO ROVERSI JUNIOR (Int.Pessoal)

EMENTA. : 1ª Turma Criminal : HC - Habeas Corpus : Órgão Classe Num. Processo Impetrantes Pacientes

ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Habeas Corpus nº , em que é Impetrante o Dr.

Supremo Tribunal Federal

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO

Ação civil pública com pedido de liminar (anulação

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima

Supremo Tribunal Federal

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: MIN. CELSO DE MELLO. Busca-se, com a presente impetração, o reconhecimento, em favor da ora paciente, das seguintes prerrogativas:

29/04/2014 PRIMEIRA TURMA : MIN. ROBERTO BARROSO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

1. Eis as informações prestadas pela Assessoria:

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UNB

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás Gabinete do Desembargador Leandro Crispim C O R T E E S P E C I A L

: MIN. MARCO AURÉLIO :CRISTIANO BELLÉ SARTURI :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DECISÃO. Trata-se de incidente ajuizado pelo Ministério Público Federal objetivando a transferência de presos provisórios para presídio federal.

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIREITO PROCESSUAL PENAL

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :MAURICIO DAL AGNOL IMPTE.

RELATOR: DES. ANTONIO LOYOLA VIEIRA.

A C Ó R D Ã O. ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Legislação da Justiça Militar

Agravo de Instrumento nº Comarca de Sorocaba Agravante: José Antonio Caldini Crespo Agravada: Câmara Municipal de Sorocaba

Supremo Tribunal Federal

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1. A Assessoria prestou as seguintes informações:

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO

Superior Tribunal de Justiça

Transcrição:

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 106.391 PERNAMBUCO RELATOR PACTE.(S) IMPTE.(S) COATOR(A/S)(ES) : MIN. MARCO AURÉLIO :MARIA DA CONCEIÇÃO DA SILVA E SÁ :RODRIGO TRINDADE :RELATOR DO HC 187.396 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECISÃO PRISÃO PREVENTIVA PASSAGEM DO TEMPO SENTENÇA DE PRONÚNCIA NEUTRALIDADE EXCESSO DE PRAZO LIMINAR DEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Vossa Excelência formalizou o seguinte despacho: HABEAS CORPUS ELEMENTOS DILIGÊNCIA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Segundo consta da inicial, a paciente, submetida a prisão preventiva, juntamente com dois corréus, em 21 de outubro de 2008, foi denunciada por suposta prática do crime previsto no artigo 121, 2º, inciso I e IV, do Código Penal (homicídio

qualificado). Veio a ser pronunciada, em 29 de julho de 2009, pelo Juízo de Direito da Comarca de Triunfo/PE (Processo-Crime nº 000477-96.2008.8.17.1520). Transitada em julgada a sentença de pronúncia, o Ministério Público estadual ajuizou pedido de desaforamento perante o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco e requereu, no Juízo Criminal, a suspensão do julgamento pelo Tribunal do Júri, pleito que foi acolhido. A defesa formalizou habeas corpus no Tribunal de Justiça, alegando excesso de prazo de prisão. A ordem foi indeferida, tendo em consideração o Verbete nº 21 do Superior Tribunal de Justiça Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução. Idêntica medida foi impetrada no Superior Tribunal de Justiça de nº 187.396. O Ministro Gilson Dipp, relator, indeferiu a liminar. A inicial deste habeas volta-se contra essa decisão. O impetrante reafirma a tese de excesso de prazo de prisão sem a formação da culpa. Conforme anota, a demora na designação do julgamento pelo Tribunal do Júri decorre do pleito de desaforamento formulado pelo Ministério Público. Diz tratar-se de situação a ensejar a relativização do óbice previsto no Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Pede a concessão de liminar, determinando-se a expedição de alvará de soltura em favor da paciente, assegurando-lhe o direito de permanecer em 2

liberdade até a decisão final do habeas em curso no Superior Tribunal de Justiça. No mérito, pleiteia a confirmação da providência; sucessivamente, requer seja deferida a ordem, caso o Superior Tribunal negue o pedido lá formulado, sem exibir fundamentação idônea, ou, seja declarado o prejuízo desta impetração, se o órgão apontado como coator deferir a ordem. O processo não veio instruído com a cópia do ato atacado. Vossa Excelência, então, determinou a realização de diligência. O Superior Tribunal de Justiça prestou informações mediante ofício expedido em 18 de janeiro de 2011, acompanhado da cópia do pronunciamento impugnado mediante este habeas. Ainda no período de férias forenses, a Secretaria Judiciária encaminhou o processo à Presidência do Supremo. O Ministro Cezar Peluso, em decisão proferida no dia 31 de janeiro de 2011, não vislumbrou situação de urgência a justificar a atuação da Presidência. Instruído o processo com a cópia do ato coator, foram solicitadas informações ao Juízo da Vara Única da Comarca de Triunfo/PE sobre a tramitação da ação ajuizada contra a paciente. O impetrante, antecipando a notícia, reafirmou que a paciente foi pronunciada em 29 de julho de 2009 e aguardava a realização da sessão do Tribunal do Júri, pois o Tribunal de Justiça havia deferido o desaforamento por meio de acórdão proferido em 30 de setembro de 2010. Realçou o fato de a paciente estar sob custódia preventiva há dois anos e cinco meses e o excesso de prazo de prisão sem culpa formada. 3

A manifestação do impetrante, contudo, não se fez acompanhada de documento comprobatório da tramitação do processo-crime nem da cópia do acórdão relacionado ao pedido de desaforamento. Em 16 de março de 2011, o Juízo de Direito da Vara Criminal da Comarca de Triunfo/PE prestou informações e encaminhou cópia da sentença de pronúncia de Carlos Aparecido Martins, Anselmo Pereira Martins e de Maria da Conceição da Silva e Sá, a ora paciente. Na parte final da peça, consta a cláusula obstativa do direito de os agentes recorrerem em liberdade. Ficou consignada a inexistência de qualquer fato novo capaz de justificar a revogação da prisão preventiva. Em 12 de abril de 2011, o impetrante noticiou, por meio de petição eletrônica, que o Superior Tribunal de Justiça, na sessão de 5 de abril, indeferiu o pedido formulado no Habeas Corpus nº 187.396/PE. Reportando-se à inicial deste processo, reiterou o pleito de concessão da ordem, se o STJ denegar o HC 187.396, na hipótese de não exibir fundamentação idônea. Em 23 de maio de 2011, o impetrante informou estar a paciente acometida de câncer renal, necessitando de acompanhamento médico, que, segundo afirma, não estaria sendo adequadamente implementado no presídio. Consoante esclarece, um dos corréus interpôs embargos de declaração contra a decisão mediante a qual foi determinado o desaforamento para a Comarca de Recife Pedido de Desaforamento nº 225.464-4. Presente esse fato, a defesa da paciente buscou o desmembramento do processo-crime, pretensão que ainda estaria 4

pendente de apreciação no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Requer, então, o julgamento do habeas. Anoto que o processo não está instruído com cópia das seguintes peças: do ato mediante o qual determinada a prisão preventiva da paciente, do mandado de prisão devidamente cumprido, do acórdão mediante o qual o Superior Tribunal de Justiça apreciou o mérito do habeas lá impetrado e do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça no pedido de desaforamento. Este processo foi distribuído a Vossa Excelência, por prevenção, ante o Habeas Corpus nº 101.350, impetrado em favor de Carlos Aparecido Martins, corréu da ora paciente, no qual foi indeferida a liminar. Apresentado pedido de reconsideração da decisão, Vossa Excelência, em despacho formalizado em 22 de maio de 2011 e ainda pendente de publicação, deixando de examinar o pleito formulado, consignou encontrar-se o processo aparelhado para julgamento e haver confeccionado relatório e voto. O processo foi incluído em pauta em 26 de maio de 2011. 2. Persiste a deficiência na instrução do habeas corpus. É indispensável ao exame do excesso de prazo que conste do processo o mandado de prisão com a data em que cumprido. Mais do que isso, a esta altura, o habeas formalizado no Superior Tribunal de Justiça já foi julgado. 3. Traga o impetrante não só o documento comprobatório da data em que implementada a preventiva como também o acórdão alusivo ao processo 5

apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça. 4. Publiquem. Brasília residência, 30 de maio de 2011, às 18h55. Por meio da petição transmitida em 14 de junho de 2011, o impetrante afirma que só pode ser um erro da alimentação do processo eletrônico que fez a assessoria de V. Exa. não constatar o Mandado de Prisão devidamente cumprido no dia 21/10/2008 e o respectivo Mandado de Recolhimento. Segundo assevera, reviu o inteiro teor do processo eletrônico e constatou, como Docs. 1 e 2, os respectivos documentos. Após destacar o fato, junta novamente as mencionadas peças, e aponta que a sentença de pronúncia verbera que a paciente está presa preventivamente desde o dia 21 de outubro de 2008. No tocante ao acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça no Habeas Corpus nº 187.396/PE, cuja ordem foi indeferida por maioria, assevera não ter como juntá-lo porque simplesmente aquela Corte até hoje não o publicou, o que é um verdadeiro abuso. Prosseguindo, afirma ser abusiva a demora na publicação do acórdão, em face de o referido habeas ter sido julgado há quase três meses e, assim, estaria a Corte Infraconstitucional (...) olvidando (...) uma das Metas Prioritárias estabelecidas em 2010, pelo CNJ, que é lavrar e publicar todos os acórdãos em até 10 (dez) dias após a sessão de julgamento. Destaca ser abuso porque é imprescindível, para V. Exa. examinar a controvérsia, saber os motivos que levaram o STJ, por maioria, a denegar a liberdade da paciente. Anota, portanto, não ser possível atender a todas as reivindicações do despacho transcrito, mas fica a questão a ser analisada por V. Exa.: pode uma pessoa permanecer presa indefinidamente aguardando a boa-vontade de um Tribunal em 6

publicar ou não um acórdão? O impetrante entende que a custódia da paciente é ilegal, razão por que insiste no pedido de liminar. Com a petição vieram ao processo as cópias do mandado de prisão expedido e do mandado de recolhimento da paciente, implementado em 21 de outubro de 2008. Saliento que consultei mais uma vez o link referente à transmissão de processo eletrônico no sistema de informática do Supremo, e pude constatar que as peças mencionadas na diligência determinada por Vossa Excelência somente agora, com a presente manifestação do impetrante, vieram para complementar a instrução do habeas. Não há registro de transmissão das referidas peças em momento anterior. 2. Consta da decisão mediante a qual o Superior Tribunal de Justiça indeferiu a liminar no Habeas Corpus nº 187.396 que a paciente está presa preventivamente desde 21 de outubro de 2008. Ao contrário do que revelado no Verbete nº 21 da Súmula daquele Tribunal, a sentença de pronúncia não é marco interruptivo do excesso de prazo no tocante à custódia provisória. 3. Defiro a medida acauteladora. 4. Expeçam o alvará de soltura, a ser cumprido com os cuidados próprios, vale dizer, caso a paciente não se encontre presa em razão apenas da preventiva formalizada no Processo-Crime nº 000477-96.2008-8.17.1520, em curso no Juízo de Direito da Comarca de Triunfo/PE. 5. Nesta data, prolatei despacho determinando a solicitação de informações ao Superior Tribunal de Justiça quanto ao julgamento 7

definitivo do Habeas Corpus nº 187.396, devendo ser remetida ao Supremo a cópia de eventual acórdão ou, se ainda não confeccionado, das respectivas notas taquigráficas. Após a vinda da peça ao processo, colham o parecer da Procuradoria Geral da República. 6. Publiquem. Brasília residência, 18 de junho de 2011, às 16h50. Ministro MARCO AURÉLIO Relator 8