Estratégia Mensal 30/06/2016

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COMENTÁRIO ECONÔMICO Primeiro trimestre (1T18): Mais uma queda dos juros e crescimento moderado

Transcrição:

Estratégia Mensal - Julho Bom mês e excelente primeiro semestre de 2016. O Ibovespa teve alta de cerca de 6% em reais no mês de junho e de 20% em dólares. No acumulado do ano, o índice da bolsa brasileira segue ocupando a posição de liderança de desempenho entre os principais índices acionários do mundo (+50% em dólares e +19% em reais), enquanto o real (+24%) também representa a moeda com maior apreciação frente ao dólar. Em junho, 47 ações subiram, enquanto 12 tiveram recuo. Por valor de mercado, as small caps superaram na margem o desempenho das mid e large caps. O valor de mercado da BM&FBovespa atingiu US$ 665 bilhões Performance Índices Junho 2016 Ibovespa 6,3% 18,9% Dow Jones 0,8% 2,9% S&P 500 0,1% 2,7% FTSE 100 4,4% 4,2% PCAC -6,0% -8,6% DAX -5,7% -9,9% Font e: Bloomberg (dos quais Ambev representa 14%), mas ainda encontra-se bem abaixo do valor máximo registrado em abril de 2011. Seguimos com uma visão positiva sobre o que estamos vendo no Brasil, inclusive ofuscando o Brexit. Como já ressaltamos em outras oportunidades, apesar do Brexit, os atuais fundamentos, o valuation e o FED mais dovish, ou seja, menos propício a aumentar os juros, continuam sustentando um bom desempenho do Ibovespa. Ressaltamos as perspectivas de melhoria do crescimento, através de uma forte equipe econômica, medidas fiscais positivas (mais notadamente a questão do limite dos gastos), combate à corrupção (que tem aspectos positivos estruturais de longo prazo), a redução da inflação, a melhora dos índices de sentimento domésticos, desalavancagem/reestruturação corporativa e redução de custos. Notamos ainda que a recente onda de fusões e aquisições (M&A) é um indicador otimista. Valuation com pequeno prêmio, mas em posição mais sólida. O desempenho da bolsa no mês de junho levou o múltiplo P/L (Preço/Lucro) para cerca de 12x, acima da média de 11,0x dos últimos 5 anos, embora ainda abaixo de patamares vistos em meses anteriores, mais em linha com o MSCI (índice de mercados emergentes). Usando as estimativas do consenso (que achamos que podem se mostrar baixas), o mercado negocia com múltiplo P/L para 2017 em torno de 10,5x. Continuamos acreditando que o Ibovespa tem potencial para chegar ao nível de 57 mil a 60 mil pontos ao final do ano. Uma valorização adicional poderia vir de notícias positivas/reformas estruturais no Brasil, crescimento consistente dos lucros, além de uma flexibilização dos fatores de risco globais. Performance Histórica 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 jun/16 Ibovespa 32,9% 43,6% -41,1% 82,7% 1,0% -18,1% 7,4% -15,5% -2,9% -13,3% 18,9% 6,3% Arrojada 33,3% 41,6% -55,7% 124,4% 19,0% -13,6% 17,7% 17,4% 11,9% -7,9% 12,5% 10,0% Dividendos 37,2% 47,2% -19,3% 52,0% 39,0% 26,8% 20,2% 3,5% 11,1% -23,3% 28,5% 13,2% Top 10 - - - 123,2% 28,5% -13,6% 33,7% 15,3% 4,5% -3,0% 17,6% 8,9% Fonte: Ágora Corretora de Valores e Bradesco Corretora de Valores. José Cataldo* *Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art.16 da Instrução CVM 483/10. 1

Conteúdo GRÁFICOS MENSAIS 3 CARTEIRAS RECOMENDADAS 5 Carteira Top 10 5 Carteira de Dividendos 10 Carteira Arrojada 13 VISÃO MACROECONÔMICA 14 Projeções Econômicas 14 2

GRÁFICOS MENSAIS IBOVESPA P/L próximos 12M Média de 5 anos e intervalo de um desvio padrão EV/Ebitda próximos 12M 15,0 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 Média de 5 anos e intervalo de um desvio padrão MSCI EM P/L próximos 12M Média de 5 anos e intervalo de um desvio padrão EV/Ebitda próximos 12M 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 Média de 5 anos e intervalo de um desvio padrão Minério de Ferro Minério de Ferro (US$/Ton) Média de 5 anos e intervalo de um desvio padrão 180 150 120 90 60 30 Petróleo Brent (US$/barril) 115 105 95 85 75 65 55 45 35 25 WTI (US$/barril) 3

5 80 0 0 4 80 0 0 3 80 0 0 2 80 0 0 1 80 0 0 8 0 0-2 0 0 0 1 3 1 1 9 7 5 3 1-1 -3-5 -7 3 0, 0% 2 5, 0% 2 0, 0% 1 5, 0% 1 0, 0% 5,0 % 0,0 % 2 0% 1 5% 1 0% 5 % 0 % -5 % -1 0 % -1 5 % Estratégia Mensal Desempenho Setorial Retorno em Junho (%) Retorno em 2016 (%) Desempenho por Valor de Mercado Retorno em Junho (%) Retorno em 2016 (%) Financeiro 3,0% 12,0% 27,3% Serviços 1,5% 3,4% Petróleo e Gás Energia e Saneamento Materiais Básicos 1,2% 3,0% 0,8% 2,3% 0,7% 1,5% 17,8% 13,8% Telecom 0,1% 0,6% Industrial Bens de Consumo Todos os Setores -0,1% -0,4% -0,2% -0,2% 7,0% 22,2% 4,3% 4% 0% Large Caps Mid Caps Small Caps Fluxo de Investidores Estrangeiros Preços-Alvo Capital Externo (R$ bi) Ibovespa Ibovespa Focus Média ponderada List IBOVESPA dos preços-alvo (Sell Side) 54.477 53.081 53.081 50.865 50.055 49.051 51.527 46.626 45.059 45.120 43.350 8,391352 40.405 42.793 4,43248 2,596656 2,322584 1,109224-0,56786-0,418536-0,8154-3,314592-4,310184 2,95368 0,5-1,444392 70.000 65.000 60.000 55.000 2,0% 0,6% 50.000-0,5% 45.000-3,4% -4,2% -5,0% 40.000 35.000 17,0% 8,4% 8,9% 7,4% 7,5% 7,7% 5,8% 6,0% 6,0% 2,8% 1,8% -1,6% -3,9% -5,1% -4,4% -6,8% -9,0% -8,3% -8,6% -10,1% CDS CDS Média de 5 anos e intervalo de um desvio padrão 550,0 450,0 350,0 250,0 150,0 50,0 4

CARTEIRAS RECOMENDADAS Em junho, nossas três carteiras recomendadas superaram a performance do Ibovespa. A Carteira Dividendos voltou a ter o melhor desempenho, subindo 13,2%. A Carteira Arrojada teve alta de 10,0%, enquanto a Carteira TOP 10 subiu 8,9%. O Ibovespa, por sua vez, teve valorização de 6,3% no período. Com isso, no acumulado do ano, a Carteira Dividendos lidera os ganhos, com alta de 28,5%. Carteira Top 10 Constituída por 10 ações e com revisão da composição realizada ao final de cada mês, a Carteira Top 10 possui um nível de risco intermediário entre o perfil defensivo (dividendos) e o arrojado. As ações da Hypermarcas lideraram as quedas no mês de junho. O fluxo de notícias, envolvendo um exexecutivo da empresa, justificou a queda das ações. No entanto, apesar do movimento recente, seguimos confiantes na tese de investimentos da companhia e, desta forma, mantemos seus ativos em nossas carteiras recomendadas. Do lado positivo, as ações da Estácio tiveram um mês de excelente desempenho, em reação as possibilidades de M&A. Apenas durante o mês de junho a empresa foi alvo de duas ofertas para combinação dos negócios, sendo uma delas da Kroton e outra da Ser Educacional. Como vínhamos destacando nos últimos meses, as ações da Estácio estavam sendo negociadas com desconto em relação aos seus pares no setor e também em relação aos seus múltiplos históricos, o que acabou abrindo uma oportunidade de fusão entre a empresa e outro player. Ainda que possamos vislumbrar um quadro positivo para a empresa à frente (dado o potencial ganho de sinergias em caso de algum M&A), acreditamos que as ações ESTC3 já estão sendo negociadas com um valuation mais justo. Desta forma, optamos por retirar suas ações das nossas Carteiras recomendadas para o mês de julho. Para o mês de julho, optamos por retirar as ações da Localiza (RENT3) e Estácio (ESTC3). Em seus lugares incluímos BR Malls (BRML3) e Cielo (CIEL3). 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% -25% -18,1% -1,2% Performance Top 10 Junho 3,1% 3,4% 3,8% 4,4% 6,3% 8,9% 9,6% 13,7% 15,6% Fonte: Broadcast 56,2% Empresa Ticker Recomendação Vol. Méd Peso na Preço Potencial de P/L EV/EBITDA Yield 3m R$ mn carteira Último Alvo Valorização 2016 2017 2016 2017 2016E BB Seguridade BBSE3 COMPRA 151,0 10,0% R$ 28,11 R$ 35,00 25% 13,3 12,6 - - 6,0% BR Malls BRML3 NEUTRO 76,0 10,0% R$ 12,85 R$ 14,00 9% 18,2 14,8 11,6 11,1 1,2% BRF BRFS3 COMPRA 122,0 10,0% R$ 45,13 R$ 60,00 33% 25,3 12,0 10,5 7,8 1,6% Cielo CIEL3 NEUTRO 155,0 10,0% R$ 33,86 R$ 36,00 6% 17,9 16,5 13,4 12,1 1,7% Hypermarcas HYPE3 COMPRA 73,0 10,0% R$ 23,34 R$ 36,00 54% 19,3 14,0 12,3 10,1 1,3% Lojas Renner LREN3 COMPRA 73,0 10,0% R$ 23,69 R$ 27,00 14% 22,7 18,4 12,0 10,1 1,8% M. Dias Branco MDIA3 COMPRA 15,0 10,0% R$ 105,90 R$ 100,00-6% 21,4 16,8 16,9 13,2 1,4% MRV MRVE3 COMPRA 35,0 10,0% R$ 10,81 R$ 13,00 20% 7,9 7,3 7,7 5,3 6,3% Rumo Logística RUMO3 COMPRA 52,0 10,0% R$ 4,90 R$ 9,00 84% neg 23,6 6,5 5,6 - SulAmérica SULA11 COMPRA 13,0 10,0% R$ 15,64 R$ 21,00 34% 7,7 7,0 - - 3,9% Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora 5

BB Seguridade (BBSE3) Preço-alvo: R$ 35,00 As principais fontes de crescimento para a BB Seguridade são os seguros de vida, os títulos de capitalização e os planos de previdência, que possuem margens e crescimento em linha com o mercado. Além disso, a empresa captura integralmente o potencial de rentabilidade do segmento de seguros, sem assumir os riscos, através da BB Corretora. Acreditamos que os principais direcionadores no curto/médio prazos para o papel são os balanços trimestrais e os dados mensais dos órgãos reguladores. Os principais riscos vêm da volatilidade potencial trazida pelo Banco do Brasil e sua necessidade de reforço de capital para atender os novos parâmetros do Acordo de Basileia, além da potencial redução da taxa básica de juros (penalizando o resultado financeiro das seguradoras). BRF (BRFS3) Preço-alvo: R$ 60,00 Consideramos a BRF como um dos melhores ativos no Brasil, uma vez que a empresa tem: (i) fortes barreiras à entrada de concorrentes, dada a preferência pela sua marca forte e escala/complexidade de distribuição; (ii) perspectiva de crescimento sustentável para as carnes processadas no Brasil, e (iii) oportunidades de diversificação através do crescimento de seus negócios internacionais. Atualmente, a produção internacional representa cerca de 8% dos volumes e é esperado um aumento entre 20% e 25% nos próximos 3 anos. Como principais direcionadores, destacamos: (i) melhoria da margem doméstica; (ii) ganhos de market share; e (iii) operações de fusões e aquisições. Entre os riscos a serem acompanhados: (i) as pressões de custos de grãos, (ii) sustentabilidade da margem internacional, e (iii) a concorrência. BR Malls (BRML3) Recomendação: NEUTRO Preço-alvo: R$ 14,00 As ações de shoppings são comparáveis à um título de renda fixa, considerando seus fluxos de caixa mais previsíveis e a correlação negativa com a taxa de juros (Selic). Tal fato faz com que o setor seja beneficiado em um possível ciclo de alívio monetário. Historicamente, as ações da BR Malls são as mais correlacionadas (negativamente) com a taxa de juros. Os resultados da empresa também devem se beneficiar da queda dos juros, já que aproximadamente 55% da dívida corporativa é atrelada à Selic (incluindo os bonds perpétuos emitidos em dólar, que possuem um swap com a Selic até 2020). De fato, nossas projeções são de que para cada corte de 1,00 p.p. na taxa básica de juros, o lucro líquido da BR Malls cresce 3,6%. Os principais direcionadores para as ações são: (i) sensibilidade à taxa de juros; (ii) foco na redução do endividamento, com a liquidação dos passivos mais onerosos; (iii) a combinação entre queda de juros e redução do endividamento deve impulsionar os resultados; e (iv) novos membros do conselho de administração da companhia aprimorando as políticas de governança corporativa. Entre os riscos, podemos elencar: (i) a população brasileira ainda apresenta elevado endividamento, especialmente os consumidores das classes B e C, aos quais a BR Malls tem maior exposição; (ii) um avanço da inflação poderia adiar/reduzir o ciclo de 6

afrouxamento monetário; e (iii) uma recuperação mais lenta da atividade econômica e da confiança do consumidor. Cielo (CIEL3) Recomendação: NEUTRO Preço-alvo: R$ 36,00 Trata-se de uma empresa sólida e com ótimo histórico de resultados, obtidos a partir de um posicionamento estratégico adequado. Vemos as ações da empresa como uma boa alternativa para as carteiras recomendadas, dada a sua típica resiliência. Como pontoschave para esta indicação, consideramos: (i) o crescimento esperado para o segmento de cartões de pagamento no Brasil em 2016 (entre 5,5% e 7,5%, mesmo no atual ambiente econômico desafiador); (ii) o virtual adiamento do processo de redução de juros no Brasil (o que favorece seus ganhos gerados pela antecipação de recebíveis); e (iii) novas parcerias com instituições (exemplo: com a Caixa) poderiam estimular ainda mais os negócios. Dentre os riscos, apontamos: (i) deterioração do cenário macroeconômico; (ii) eventuais alterações no ambiente regulatório e concorrencial. Hypermarcas (HYPE3) Preço-alvo: R$ 36,00 Em nossa opinião, a Hypermarcas atua em um setor atraente, em que tem vantagens competitivas sólidas. Estimamos que a companhia tenha custos de produção 30% mais baixos do que os de seus principais concorrentes, algo especialmente importante no segmento de medicamentos genéricos. Portanto, acreditamos que uma maior concentração no setor de farmácia é positiva para a Hypermarcas. Principais direcionadores para a empresa: (i) aumento de preços para compensar a pressão nos custos causada pela depreciação cambial; (ii) aumento de concentração na divisão de farmácia, que traz retornos mais elevados; e (iii) potenciais vendas de novos ativos. Entre os principais riscos estão: (i) possíveis alterações regulatórias ou fiscais; (ii) o aumento dos custos devido à depreciação do real, e (iii) aumento na percepção de risco na governança corporativa. Lojas Renner (LREN3) Preço-alvo: R$ 27,00 A Lojas Renner vem apresentando resultados operacionais robustos, e acreditamos que a empresa está bem posicionada para continuar superando seus pares de varejo de vestuário, se beneficiando de seu modelo de negócios de fast fashion, o que aumenta a assertividade das coleções. Embora as vendas de mesmas lojas (SSS) da companhia já enfrentem uma forte base de comparação, acreditamos que os seus ativos de qualidade e uma boa execução deverão permitir-lhe continuar a registrar resultados, pelo menos, em linha com a inflação e consistentes ganhos de market share. Os principais direcionadores para a empresa são: (i) contínuo crescimento sólido das SSS e ganhos de market share; (ii) a maturação das lojas abertas recentemente (incluindo o novo formato Youcom) impulsionando maiores margens e retornos; e (iii) diminuição do custo de financiamento e redução potencial da inadimplência, com a melhora do ambiente 7

macroeconômico. Riscos: (i) vinte por cento dos lucros vêm da sua divisão de serviços financeiros; e (ii) a melhoria contínua no cenário macroeconômico no Brasil não se provando sustentável. M. Dias Branco (MDIA3) Preço-alvo: R$ 100,00 A empresa oferece uma vantagem competitiva atraente: os custos da principal matéria prima (trigo) são entre 20% e 25% mais baixos do que os dos seus principais concorrentes, devido à sua estrutura de produção verticalmente integrada e seu acesso a incentivos fiscais. Como resultado, a M. Dias Branco pode vender os seus produtos a preços mais competitivos, o que lhe garante ganhos de participação de mercado. Em decorrência de sua contínua ampliação de market share, a empresa desenvolve sua rede de logística e cria fortes barreiras à entrada de concorrentes. A empresa está atualmente sendo bastante impactada pela depreciação do real (40% do CPV é em dólar) e pela forte desaceleração macroeconômica na região Nordeste (75% das vendas). Ainda assim, a M. Dias Branco deve continuar ganhando participação de mercado e, ao mesmo tempo, trazendo gradualmente a sua margem de volta para o nível histórico que é de cerca de 19%. Além disso, esperamos que a empresa retome a taxa de crescimento anual do lucro de 15%-20%, passado o período de desaceleração da economia. Os principais direcionadores da ação são: (i) entrada da companhia em novos segmentos relacionados ao trigo; (ii) aquisições no Sudeste; (iii) ganhos de participação de mercado (impulsionando os volumes); e (iv) recente apreciação do Real. Entre os riscos destacamos: (i) volatilidade dos preços do trigo; (ii) alta exposição dos seus custos à variação cambial; e (iii) dependência de incentivos fiscais. MRV (MRVE3) Preço-alvo: R$ 13,00 As ações da MRV Engenharia são atualmente as mais descontadas no setor de construção civil. Além disso, a empresa se beneficia: (i) da melhor relação entre a oferta e demanda no segmento de baixa renda; (ii) da maior disponibilidade de crédito; e (iii) das mudanças no foco do programa Minha Casa, Minha Vida (com maior concentração de projetos para classes superiores do programa). Além disso, seguimos com a percepção de que as ações de players voltados à baixa renda são as melhores opções entre as incorporadoras brasileiras listadas em bolsa, ainda em um ponto de entrada atrativo para os investidores. Os principais direcionadores para as ações são: (i) o fluxo de caixa livre; (ii) o crescimento constante do retorno aos acionistas (ROE); e (iii) que os ganhos adicionais de market share no MCMV devem permitir o crescimento de volumes e o aumento de preços, em um momento em que a demanda retraí. Dentre os riscos, podemos elencar: (i) a dependência do MCMV; (ii) perdas com participações em outras empresas impactando os resultados mais que o previsto; e (iii) os bancos públicos e/ou o FGTS tornando-se mais restritivos em relação ao financiamento imobiliário. 8

Rumo (RUMO3) Preço-alvo: R$ 9,00 Vemos bom potencial de valorização para RUMO3. A empresa é um caso de reestruturação, e acreditamos que poderá chegar a um ROE (retorno sobre patrimônio) da ordem de 16% em 2020, tendo por base seu plano de investimento (R$ 5,4 bilhões para o período entre 2016 e 2020), para aumentar a capacidade e melhorar o desempenho operacional, através dos seguintes projetos: (i) duplicação e melhoria dos trilhos de trens; (ii) aquisição de novas locomotivas e vagões, e (iii) construção e ampliação de terminais. Além disso, a empresa pretende renovar as concessões da Malha Paulista e Malha Sul por mais 30 anos em troca de investimentos (e potencial pagamento das taxas de concessão). O recente aumento de capital de R$ 2,6 bilhões, combinado com os R$ 2,5 bilhões da reestruturação da dívida, reforçou o balanço da empresa. Também ressaltamos que o BNDES aprovou R$ 2,5 bilhões em novas dívidas para financiar o plano de investimento. Entre os principais direcionadores, destacamos: (i) a renovação das concessões da Malha Paulista e Malha Sul; (ii) melhora nos resultados operacionais através dos investimentos; e (iii) novo plano de financiamento do BNDES. Entre os riscos, ressaltamos: (i) decisões finais desfavoráveis sobre aspectos regulatórios; (ii) a ANTT pode não conceder a renovação das Malhas Paulista e Sul; (iii) estouros de orçamento; (iv) a possibilidade de o BNDES não financiar integralmente o plano de investimentos da companhia; e (v) os riscos relacionados à demanda. SulAmérica (SULA11) Preço-alvo: R$ 21,00 Não é novidade que o seguro de saúde representa a maior parcela dos prêmios da SulAmérica. No entanto, algo que nos parece não totalmente reconhecido pelo mercado é que o recente bom desempenho do segmento de saúde aumentou de forma significativa a sua relevância nos ganhos totais da empresa, atingindo 83% dos resultados acumulados dos quatro últimos trimestres (12 meses encerrados em março), ante 68% no ano de 2015. Apesar das preocupações do mercado sobre as suas perspectivas, devido ao aumento do desemprego, vemos razões para os negócios da SulAmérica continuarem com bom desempenho, com base: (i) nas melhores condições competitivas, com aumentos de preços de cerca de 20%; (ii) na sua alta exposição ao segmento de varejo (cerca de 70% dos prêmios de saúde), que é mais diluído e com isso tende a sentir de forma menos intensa os efeitos da retração econômica; e (iii) no amadurecimento das iniciativas de gestão de custos que foram realizadas nos últimos anos. Os principais riscos são: (i) o desempenho do segmento de veículos se mostrar pior do que o esperado nos próximos trimestres; e (ii) potencial redução da taxa básica de juros, penalizando seu resultado financeiro. 9

Carteira de Dividendos Focada na alta previsibilidade do fluxo de caixa gerado pelas empresas de sua composição, a carteira é a mais indicada para o investidor com perfil conservador. Ressaltamos a expectativa de retorno médio via dividendos de 6,2% para 2016 (medida pelo dividend yield médio da carteira). No mês de junho, praticamente todas as ações da Carteira tiveram desempenho positivo, com destaque para ESTC3. A exceção ficou por conta de ABEV3, que 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% -5% 0% 5% -0,3% Performance Dividendos Junho 13,2% 3,1% 5,0% 6,3% 7,5% 56,2% acabou encerrando o mês de lado. Fonte: Broadcast Para o mês de julho, optamos por retirar as ações da Estácio (ESTC3) e Telefônica Brasil (VIVT4). Em seus lugares, incluímos Cielo (CIEL3) e Smiles (SMLE3). Empresa Ticker Recomendação Vol. Méd Peso na Preço Potencial de P/L EV/EBITDA Yield 3m R$ mn carteira Último Alvo Valorização 2016 2017 2016 2017 2016E ABC Brasil ABCB4 COMPRA 3,0 21,1% R$ 13,07 R$ 16,00 22% 5,7 5,4 - - 8,8% Ambev ABEV3 NEUTRO 246,8 21,1% R$ 19,05 R$ 20,00 5% 20,4 18,0 12,5 11,2 4,8% BB Seguridade BBSE3 COMPRA 151,0 18,2% R$ 28,11 R$ 35,00 25% 13,3 12,6 - - 6,0% Cielo CIEL3 NEUTRO 155,0 20,4% R$ 33,86 R$ 36,00 6% 17,9 16,5 13,4 12,1 1,7% Smiles SMLE3 COMPRA 31,8 19,2% R$ 47,99 R$ 53,00 10% 12,5 11,8 10,7 10,0 8,0% Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora 10

ABC Brasil (ABCB4) Preço-alvo: R$ 16,00 O ABC Brasil mantém um sólido histórico em termos de retorno patrimonial (ROE na sigla em inglês), desde a sua abertura de capital em 2007, mostrando uma notável resiliência. A estratégia do banco tem sido bem-sucedida nos últimos anos, o que se confirma na comparação com os retornos de alguns concorrentes (negativos ou com flutuações erráticas ao longo dos anos). Em nossa opinião, a melhor originação de crédito do ABC Brasil explica, em grande parte, a sua boa performance, com exposição do banco a setores que não estão sendo tão atingidos pelo cenário em curso. Como fator de risco, destaque para um aspecto natural em bancos de menor porte, que é a concentração de clientes na carteira de crédito, gerando um ponto de atenção especial em eventuais casos de dificuldades em setores específicos, ou na economia em geral. Ambev (ABEV3) Recomendação: NEUTRO Preço-alvo: R$ 20,00 A Ambev possui posição de liderança, marcas bem estabelecidas, fortes fundamentos e características que fazem da ação uma opção defensiva. Entre os principais direcionadores para as ações, podemos destacar: (i) apesar dos desafios de volume, a companhia deve apresentar crescimento do lucro da ordem de 18% no ano de 2016; (ii) a empresa distribui todo o caixa que gera na forma de dividendos; (iii) a ação tem sido ajudada pela fuga para a qualidade para nomes defensivos. Os principais riscos são: (i) uma piora na situação macroeconômica; (ii) aumento dos custos das matérias-primas; e (iii) aumento da tributação sobre os lucros no exterior. BB Seguridade (BBSE3) Preço-alvo: R$ 35,00 As principais fontes de crescimento para a BB Seguridade são os seguros de vida, os títulos de capitalização e os planos de previdência, que possuem margens e crescimento em linha com o mercado. Além disso, a empresa captura integralmente o potencial de rentabilidade do segmento de seguros, sem assumir os riscos, através da BB Corretora. Acreditamos que os principais direcionadores no curto/médio prazos para o papel são os balanços trimestrais e os dados mensais dos órgãos reguladores. Os principais riscos vêm da volatilidade potencial trazida pelo Banco do Brasil e sua necessidade de reforço de capital para atender os novos parâmetros do Acordo de Basileia, além da potencial redução da taxa básica de juros (penalizando o resultado financeiro das seguradoras). 11

Cielo (CIEL3) Recomendação: NEUTRO Preço-alvo: R$ 36,00 Trata-se de uma empresa sólida e com ótimo histórico de resultados, obtidos a partir de um posicionamento estratégico adequado. Vemos as ações da empresa como uma boa alternativa para as carteiras recomendadas, dada a sua típica resiliência. Como pontoschave para esta indicação, consideramos: (i) o crescimento esperado para o segmento de cartões de pagamento no Brasil em 2016 (entre 5,5% e 7,5%, mesmo no atual ambiente econômico desafiador); (ii) o virtual adiamento do processo de redução de juros no Brasil (o que favorece seus ganhos gerados pela antecipação de recebíveis); e (iii) novas parcerias com instituições (exemplo: com a Caixa) poderiam estimular ainda mais os negócios. Dentre os riscos, apontamos: (i) deterioração do cenário macroeconômico; (ii) eventuais alterações no ambiente regulatório e concorrencial. Smiles (SMLE3) Preço-alvo: R$ 53,00 Já faz algum tempo que as preocupações sobre a Gol (sua controladora) ficaram mais brandas, contribuindo para uma boa escalada do preço das ações da Smiles em 2016. Continuamos preferindo sua indicação no segmento pelas seguintes razões principais: (i) valuation com características atrativas de crescimento; (ii) expectativa de ganhos de market share; e (iii) margens estimadas de geração operacional de caixa ( margem Ebitda ) mais elevadas e mais resilientes. É verdade que os esperados ganhos de fatias de mercado devem ser mais lentos daqui por diante, mas o suficiente para compensar o quadro geral de desaceleração da economia e dos setores com ligação mais direta com as empresas de programas de fidelidade. O dividend yield da ordem de 8% para 2016 e 2017 representa um apelo adicional para a escolha da ação para a composição de portfólios. 12

Carteira Arrojada Constituída por cinco ações, é a carteira que normalmente apresenta o maior nível de risco e também o maior potencial de valorização em um cenário positivo para a bolsa. Na Carteira Arrojada, no mês de junho, os destaques de alta e de baixa foram os mesmos da Carteira TOP 10. Adotando o mesmo racional pelo qual retiramos as ações da Estácio da Carteira Top 10, também optamos por retirá-las da Carteira Arrojada para o mês de julho. Para o mês de julho, retiramos Estácio (ESTC3), e em seu lugar incluímos Cielo 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% -5% 0% 5% -10% -15% -20% -25% -18,1% Performance Arrojada Junho 13,7% 10,0% 3,4% 6,3% -1,2% 56,2% (CIEL3). Fonte: Broadcast Empresa Ticker Recomendação Vol. Méd Peso na Preço Potencial de P/L EV/EBITDA Yield 3m R$ mn carteira Último Alvo Valorização 2016 2017 2016 2017 2016E BRF BRFS3 COMPRA 122,0 20,0% R$ 45,13 R$ 60,00 33% 25,3 12,0 10,5 7,8 1,6% Cielo CIEL3 NEUTRO 155,0 20,0% R$ 33,86 R$ 36,00 6% 17,9 16,5 13,4 12,1 1,7% Hypermarcas HYPE3 COMPRA 73,0 20,0% R$ 23,34 R$ 36,00 54% 19,3 14,0 12,3 10,1 1,3% Lojas Renner LREN3 COMPRA 73,0 20,0% R$ 23,69 R$ 27,00 14% 22,7 18,4 12,0 10,1 1,8% Rumo Logística RUMO3 COMPRA 52,0 20,0% R$ 4,90 R$ 9,00 84% neg 23,6 6,5 5,6 - Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora 13

VISÃO MACROECONÔMICA Que diferença um mês pode fazer? A posse do governo interino do presidente Temer e a nomeação do novo gabinete, incluindo uma das melhores equipes econômicas vistas no país ao longo das últimas duas décadas, seja no Ministério da Fazenda ou no Banco Central, trouxe expectativas mais auspiciosas para os mercados. Isso está acontecendo apesar do ambiente extremamente desafiador na frente fiscal. Há evidências de que o atual governo está conseguindo um bom termo de negociação no Congresso, tendo obtido aprovação superior à necessária nas primeiras votações de matérias importantes, onde eram requeridas maioria constitucional de 308 votos. Isto é muito positivo para o mais importante dos projetos a alteração do teto de gastos públicos. Esta medida será provavelmente o evento mais relevante no que diz respeito à política fiscal nos últimos 30-35 anos. Nós acreditamos que o projeto deverá ser finalmente aprovado nos próximos meses. O caminho para a recuperação é um pouco mais complexo, pois o desemprego e a dinâmica do mercado de crédito permanecem obstruindo uma recuperação no curto prazo. Nossa previsão de PIB de 1% de crescimento para 2017 representa uma forte aceleração, partindo de -3% em 2016 e provavelmente tem algum viés positivo. Todavia, ainda é cedo para apostas muito mais otimistas no ano de 2016, uma vez que o novo presidente do Banco Central tem que pavimentar o caminho para a consolidação da inflação. A este respeito, a postura um pouco mais conservadora do novo presidente do Bacen sugere o adiamento do ciclo de redução da taxa Selic (acreditamos que o primeiro corte seja anunciado em outubro), ou até mesmo um ciclo de redução da taxa um pouco mais gradual a partir de agora. Mantivemos em 11% a previsão de meta para a Selic para 2017 (nossa previsão de inflação também está inalterada em 5,8% para o próximo ano). Ironicamente, a reação ao Brexit (saída do reino Unido da União Europeia) seria um fator adicional negativo para o processo de tomada de risco global ao redor do mundo, mas, por outro lado, as menores chances de uma retomada das elevações da taxa de juros dos EUA ajudam muito o Brasil nesse momento delicado. O real pode se beneficiar indiretamente pela postergação do aperto monetário nos EUA, e isto é efetivamente o que está acontecendo. Nós estimamos a paridade cambial em R$ 3,50/US$ 1 ao final de 2016 com um viés para baixo. Projeções Econômicas Projeções Econômicas Indicador 2011 2012 2013 2014 2015 2016E 2017E Crescimento Real do PIB (%) 2,7 1,0 2,5 0,1-3,8-3,0 1,0 Taxa de câmbio - Final (R$/US$) 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 3,50 3,80 IPCA (% aa) 6,50 5,84 5,90 6,40 10,70 7,20 5,80 Meta SELIC - Final (%) 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,25 11,00 Fonte: Bradesco e Ágora Corretoras 14

Este relatório foi preparado pelas equipes de análise de investimentos da Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. ( Ágora ) bem como da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários ( Bradesco Corretora ), sociedades controladas pelo Banco Bradesco BBI S.A. ( BBI ). O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Ágora e da Bradesco Corretora. Este relatório é distribuído somente com o objetivo de prover informações e não representa uma oferta de compra e venda ou solicitação de compra e venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data de sua publicação. Entretanto, as informações aqui contidas não representam por parte da Ágora ou da Bradesco Corretora garantia de exatidão dos dados factuais utilizados. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração ( analistas de investimento ) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O Relatório Estratégia Mensal, contendo as Carteiras Recomendadas por analistas da Ágora e Bradesco Corretora e que é divulgado no último dia útil de cada mês, contém ativos financeiros que poderão ser utilizados por gestores de carteiras do Grupo Bradesco ou por gestores de clubes de investimentos administrados por empresas do grupo Bradesco, no próximo dia útil subsequente à sua divulgação. Destacamos que todas as informações presentes nos relatórios seguem políticas internas de Compliance, e portanto são divulgadas simultaneamente para toda a base de clientes, incluindo clubes de investimento ou empresas do Grupo Bradesco. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 17 da Instrução CVM 483: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Ágora, à Bradesco Corretora, ao BBI e demais empresas do Grupo Bradesco. A remuneração do(s) analista(s) de investimento está, direta ou indiretamente, influenciada pelo resultado proveniente dos negócios e operações financeiras realizadas pela Ágora, Bradesco Corretora e BBI. Declarações nos termos do art. 18 da Instrução CVM 483: O Banco Bradesco S.A. tem participação acionária indireta, por meio de suas subsidiárias, acima de 5% nas empresas: Cielo S.A., Fleury S.A., IRB Brasil Re. A BRADESPAR S.A., cujo grupo controlador é composto pelos mesmos acionistas que controlam o Bradesco, tem participação acima de 5% na VALE S.A.. Ágora, Bradesco Corretora, Bradesco BBI e demais empresas do grupo Bradesco têm interesses financeiros e comerciais relevantes em relação ao emissor ou aos valores mobiliários objeto de análise. Nos últimos 12 meses, o Bradesco BBI participou como coordenador nas ofertas públicas de distribuição de títulos e valores mobiliários das companhias: Comgás, Telefônica, Vale, FPC Par Corretora, Valid, Metalúrgica Gerdau e Rumo Logística. Nos últimos 12 meses, a Ágora e/ou a Bradesco Corretora participaram, como instituições intermediárias, das ofertas públicas de títulos e valores mobiliários das companhias: AES Tietê, Comgás, Telefônica, Vale, FPC Par Corretora e EDP Energias do Brasil. A Bradesco Corretora recebe remuneração por serviços prestados como formador de mercado de ações da Alpargatas (ALPA4), General Shopping (GSHP3) e Helbor (HBOR3). 15

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS Diretor de Research Daniel Altman daltman@bradescosecurities.com Economista-chefe Dalton Gardimam dalton@bradescobbi.com.br Estrategista de Análise Varejo José Francisco Cataldo Ferreira +55 11 2178 5468 Cataldo@bradescobbi.com.br Analista de Investimentos Sênior Aloisio Villeth Lemos +55 21 2529 0807 aloisio.lemos@agorainvest.com.br Analista de Investimentos Ricardo Faria França +55 11 2178 4202 ricardo.franca@bradescobbi.com.br Assistentes de Análise Flávia Andrade Meireles +55 11 2178 4210 flavia.meireles@bradescobbi.com.br Renato Cesar Chanes +55 11 2178 4063 renato.chanes@bradescobbi.com.br BRADESCO CORRETORA Área Comercial PRIME/VAREJO corretora@bradescobbi.com.br +55 11 2178-5710 Thiago Gabriel de Paula Carla Helena Bontempo Otero Carla Rachel Queiroz de Carvalho Mariana Dias da Silva Marina Neves Almeida Sarai Elizabeth Vega Molina Sonia Regina Gomes Moura Costa Mesa de Operações BM&F/VAREJO bmfvarejo@bradescobbi.com.br Mesa de Operações BM&F mercadofuturo@bradescobbi.com.br +55 11 3556-3350 Home Broker faq@bradescobbi.com.br +55 11 2178-5757 Mesa Alta Renda +55 11 3556-3000 Espaços Bradesco Corretora Acesse o site da Bradesco Corretora e encontre o atendimento mais próximo de você. ÁGORA CORRETORA MESA DE OPERAÇÕES REGIÃO METROPOLITANA (RJ e SP) 4004-8282 MESA DE OPERAÇÕES DEMAIS REGIÕES DO BRASIL 0800 724 8282 MESA DE OPERAÇÕES LIGAÇÕES INTERNACIONAIS +55 21 2529-0810 16