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45 mm. Av. Colombo, 5.790, Bloco J-12, Zona 7, Maringá, Paraná, Brasil. Fone: (44)

CAPÍTULO 8 ESTUDO HIDROGEOQUÍMICO COMO SUBSÍDIO PARA A CONSOLIDAÇÃO DO MODELO HIDROGEOLÓGICO E DE CONCENTRAÇÃO DE FLUORETO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Transcrição:

SISTEMA AQUÍFERO: BACIA DE ALVALADE (T6) Figura T6.1 Enquadramento litoestratigráfico do sistema aquífero Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 641

Identificação Unidade Hidrogeológica: Maciço Antigo Bacia Hidrográfica: Sado Distritos: Beja e Setúbal Concelhos: Aljustrel, Ferreira do Alentejo, Odemira, Ourique e Santiago do Cacém Enquadramento Cartográfico Folhas 497, 507, 508, 518, 519, 527, 528, 529, 536, 537 e 546 da Carta Topográfica na escala 1:25 000 do IGeoE Folhas 42-B, 42-C, 42-D, 45-A e 45-B do Mapa Corográfico de Portugal na escala 1:50 000 do IPCC Folhas 42-C e 42-D da Carta Geológica de Portugal na escala 1:50 000 do IGM Grândola 497 Ferreira do Alentejo 42B 507 Santiago do Cacém 42C 518 42D 508 519 527 528 Aljustrel 529 45A 536 537 45B Odemira 546 Ourique Figura T6.2 Enquadramento geográfico do sistema aquífero Enquadramento Geológico Estratigrafia e Litologia O suporte deste sistema aquífero consiste em duas formações terciárias: Formação de Vale do Guiso, de idade paleogénica e Formação de Esbarrondadoiro, do Miocénico. O substrato é formado pelas formações de Mira e de Mértola, que pertencem ambas ao Grupo do Flysch do Baixo Alentejo. Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 642

A Formação de Vale do Guiso é constituída, na base, por conglomerados com elementos angulosos e outros mal rolados. Para o topo da série encontra-se argilas, margas com concreções calcárias, calcários gresosos, às vezes concrecionados, com seixos, e, ainda, arenitos argilosos, rosados ou avermelhados (Zbyszewski, in Oliveira et al., 1984). A espessura desta formação pode ir até 90 m. Arenitos mais ou menos argilosos, argilitos e cascalheiras são as litologias que se podem encontrar na Formação de Esbarrondadoiro. Também se encontram bancadas calcárias muito fossilíferas (ibidem). As espessuras conhecidas não ultrapassam os 80 m. Esta formação apresenta uma grande variação lateral de fácies o que reflecte as grandes alterações do meio de sedimentação (desde depósitos francamente marinhos e mesmo mar aberto, até depósitos litorais ou mesmo continentais detríticos e grosseiros). A cobrir as formações do Miocénico e Paleogénico, encontram-se depósitos detríticos de idade plio-plistocénica, constituídos por arenitos acastanhados e avermelhados com seixos e com intercalações de argilas amarelo-avermelhadas ou acastanhadas. Uma das características principais destes depósitos, é a presença de abundantes pisólitos, impregnações e crostas limoníticas, por vezes com aspectos de lateritos (Zbyszewski, in Oliveira et al., 1984). Estes depósitos de cobertura apresentam uma espessura variável que em geral não ultrapassa os 20 m. Tectónica De acordo com a Notícia Explicativa da Folha 7, da Carta Geológica de Portugal na escala 1/200 000, os sedimentos que se depositaram na bacia do Sado são unicamente afectados por falhas que se agrupam em três sistemas principais: NE-SW, N-S e WNE-ESW. Destes três sistemas o mais importante é, sem dúvida, o que apresenta orientação NE-SW. É precisamente esta orientação que apresenta a falha de Messejana, que limita a bacia do Sado a sudeste. A falha de Messejana apresenta um rejeito esquerdo de 3 km e ao longo desta estrutura instalou-se o filão dolerítico do Alentejo. Ainda de acordo com a mesma fonte, a falha terá continuado a rejogar desde o Cenozóico até à actualidade. Na zona de Ermida do Sado é possível observar falhas com direcção N-S que afectam os sedimentos miocénicos e plio-quaternários. Hidrogeologia Características Gerais Este sistema é multiaquífero, complexo, e, nalguns locais, apresenta aquíferos multicamada, uma vez que se observam várias intercalações de formações menos permeáveis. Os aquíferos podem ser livres, confinados, ou ainda, semiconfinados. Uma vez que existe uma grande variação de fácies, estas proporcionaram ambientes hidrogeológicos muito heterogéneos que controlam as relações hidráulicas, ocorrendo, ao mesmo nível e numa pequena extensão, aquitardos e aquicludos (Esteves Costa in Inverno et al., 1993). Este aspecto faz com que o insucesso das captações de água subterrânea seja muito grande, em especial nas formações do Miocénico e nos bordos da bacia, dado o teor argiloso dos materiais em consequência das variações de ambiente na deposição (ibidem). Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 643

Nalgumas regiões o sistema é constituído por aquíferos multicamada, podendo existir ou não, conexão hidráulica entre as várias camadas, enquanto noutras regiões existem pequenos aquíferos descontínuos, livres ou confinados. Conhecem-se casos de artesianismo repuxante na altura da construção de algumas captações (por exemplo, a sul de Ermidas). A recarga faz-se por infiltração da precipitação directamente caída nas formações aflorantes e possivelmente através da rede hidrográfica. Estes depósitos mais recentes devem recarregar as formações mais profundas que constituem o suporte dos vários aquíferos. A área deste sistema aquífero é da ordem dos 702 km 2. Parâmetros Hidráulicos e Produtividade As estatísticas principais da produtividade, calculadas a partir de 22 dados, apresentam-se no quadro T6.1: Média Desvio padrão Mínimo Q 1 Mediana Q 3 Máximo 5,3 4,2 0 1,4 4,9 7,2 15,0 Quadro T6.1 - Estatísticas dos caudais Figura T6.3 - Distribuição cumulativa de caudais Dados obtidos no âmbito do projecto ERHSA, para este sistema aquífero, num total de 10, mostram valores de caudal a oscilar entre 0,05 L/s e 2,9 L/s, com os valores mais frequentes entre 0,07 L/s e 2,1 L/s. Análise Espaço-temporal da Piezometria Relativamente à piezometria não se dispõe de dados suficientes para se traçar uma superfície piezométrica. Existem algumas medições de nível efectuadas no âmbito do projecto ERHSA e relativamente à campanha de 1999 que decorreu no mês de Julho e onde foram Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 644

objecto de medição 28 pontos. Dos valores obtidos, verifica-se que oscilam entre 45 e 88 metros, não havendo qualquer tendência de distribuição ao longo do sistema aquífero. Balanço Hídrico As entradas no sistema provêm fundamentalmente da recarga directa da precipitação e, eventualmente, de alguns troços influentes dos cursos de água que o atravessam. A precipitação na região situa-se em torno dos 550 mm/ano. Dadas as características dos materiais que constituem o aquífero, é provável que a recarga se situe perto dos 10% da precipitação, pelo que, tendo em conta a área do sistema, os recursos hídricos subterrâneos renováveis se situariam em cerca de 40 hm 3 /ano. No entanto, estas estimativas deverão ser verificadas logo que se disponha de mais dados sobre o funcionamento do sistema. De momento não se dispõe de informação sobre as extracções, quer para abastecimento quer para regadio. No entanto, é provável que, no total, sejam inferiores às entradas, pelo que o sistema será excedentário, sendo os excessos escoados para a rede de drenagem superficial. Qualidade Considerações Gerais Dispõem-se de um conjunto de análises realizadas durante o ano de 1999, no âmbito do projecto ERHSA, não se tendo utilizado mais do que uma análise por ponto de água. As águas deste sistema apresentam uma qualidade fraca, quer para abastecimento, quer para regadio. De facto, os VMR estabelecidos para água para consumo humano, são ultrapassados na maioria das análises de todos os parâmetros, com excepção do cobre. Verifica-se violações dos VMA na maioria das análises referentes à dureza (100%), sódio (72%), magnésio (26%) e também algumas violações para os nitratos, manganês, ferro e potássio. As fácies dominantes são a cloretada e bicarbonatada sódicas e mistas (ver Figura T6.4). Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 645

Figura T6.4 - Diagrama de Piper relativo às águas do sistema da Bacia de Alvalade No quadro T6.2 apresentam-se as principais estatísticas para alguns dos parâmetros analisados. Condutividade (µs/cm) n Média Desvio Padrão Mínimo Q 1 Mediana Q 3 Máximo 39 1784 1852 248 850 1083 2462 10644 ph 39 7,3 0,7 5,8 7 7 8 9 Bicarbonato (mg/l) 39 327 143 48 279 316 418 597 Cloreto (mg/l) 39 333 392 16 116 192 406 1541 Sulfato (mg/l) 39 55 50 8 15 35 80 191 Nitrato (mg/l) 35 11,4 30,8 0,2 0,4 1,4 8,0 175,1 Dureza Total (mg/l) 39 312 244 31 116 215 377 850 Sódio (mg/l) 39 211 128 29 112 186 342 478 Potássio (mg/l) 39 7,44 5,91 0,04 3,75 6,25 9,38 28,75 Cálcio (mg/l) 39 78 100 5 22 55 79 493 Magnésio (mg/l) 39 41 31 6 18 33 51 129 Ferro (mg/l) 39 0,12 0,16 0,01 0,05 0,08 0,11 0,99 Cobre (mg/l) 37 0,0035 0,0037 0,0009 0,0014 0,0024 0,0040 0,0185 Manganês (mg/l) 32 0,0503 0,1667 0,0023 0,0054 0,0136 0,0273 0,9492 Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 646

Alumínio (mg/l) 39 0,0560 0,0429 0,0094 0,0178 0,0399 0,0910 0,1461 Quadro T6.2 - Estatísticas principais dos parâmetros físico-químicos do sistema da Bacia de Alvalade Qualidade para Consumo Humano A apreciação da qualidade face aos valores normativos consta do quadro seguinte (T6.3). Anexo VI Anexo I Categoria A1 Parâmetro <VMR >VMR >VMA <VMR >VMR >VMA Ph 92 8 0 92 8 Condutividade 10 90 26 74 Cloretos 8 92 56 44 Dureza total 100 Sulfatos 39 62 0 97 3 0 Cálcio 79 21 Magnésio 54 46 26 Sódio 0 100 72 Potássio 82 13 8 Nitratos 94 6 6 94 6 6 Ferro 23 62 15 69 26 5 Manganês 66 34 13 88 13 Alumínio 56 44 0 Cobre 100 0 43 57 16 Quadro T6.3 Apreciação da qualidade da água face aos valores normativos Uso Agrícola A maioria das águas deste sistema pertence às classes C 3 S 2 (30,8%), C 4 S 2 (25,6%), C 2 S 1 (20,5%) e C 3 S 1 (12,8%) pelo que representam um perigo de salinização dos solos médio a alto e perigo de alcalinização dos solos médio a alto, conforme a Figura T6.5 o demonstra. As classes C 1 S 1, C 2 S 2, C 4 S 1 e C 4 S 3 estão também representadas, cada uma com 2,6% das análises. Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 647

Figura T6.5 - Diagrama de classificação da qualidade para uso agrícola Bibliografia Inverno, C. M. C.; Manuppella, G.; Zbyszewski, G.; Pais, J.; Ribeiro, M. L. (1993) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 42-C SANTIAGO DO CACÉM. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 75 pág. Oliveira, J. T. (coord.) (1984) - Carta Geológica de Portugal na escala 1/200 000 e Notícia Explicativa da Folha 7. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 77 pág. Oliveira, J. T.; Pereira, E.; Ramalho, M.; Antunes, M. T.; Monteiro, J. H. (1992) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1:500 000. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. Schermerhorn, L. J. G.; Zbyszewski, G.; Veiga Ferreira, O. (1987) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 42-D ALJUSTREL. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 55 pág. Sistema Aquífero: Bacia de Alvalade (T6) 648