PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO



Documentos relacionados
Qualificação técnica. A documentação relativa à qualificação técnica limita-se a:

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR

Feito: Recurso Adesivo objetivando a exclusão da empresa Contécnica Consultoria Técnica Ltda.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ALEXANDRE LAZZARINI (Presidente) e THEODURETO CAMARGO.

P O D E R J U D I C I Á R I O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA 267 REGISTRADO(A) SOB N

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente sem voto), VIVIANI NICOLAU E CARLOS ALBERTO DE SALLES.

VIGÉSIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

*"i AGRAVO DE INSTRUMENTO n /2-00, da Comarca de. CUBATÃO, em que é agravante MINISTÉRIO PUBLICO sendo agravado

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Decisão de Pregoeiro n 0032/2009-SLC/ANEEL. Em 14 de julho de 2009.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL

AUTARQUIA EDUCACIONAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO AEVSF

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Soraya Helena Coelho Leite. Procuradora Federal Procuradora-Geral da UNIFAL-MG

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

* * Vistos, relatados e discutidos estes autos de. APELAÇÃO CÍVEL n /9-00, da Comarca de GUARULHOS, em

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 37ª Câmara de Direito Privado

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Seção de Direito Privado 31ª CÂMARA ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FRANCISCO LOUREIRO (Presidente sem voto), ENIO ZULIANI E MAIA DA CUNHA.

P O D E R J U D I C I Á R I O

O julgamento teve a participação dos Desembargadores BORIS KAUFFMANN (Presidente) e ELLIOT AKEL. São Paulo, 01 de junho de 2010.

: Município de Cascavel, Prosegur Brasil S.A. Transportadora de Valores e Segurança.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

1 I SABE LA GAMA DE MAGALHÃES Relatora

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SAO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA REGISTRADO(A) SOB N

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO - DAD COORDENAÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS CGADM COORDENAÇÃO DE INFRAESTRUTURA COINF SERVIÇO DE LICITAÇÃO - SELIC

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

EMB. DECL. EM AC CE ( /01). RELATÓRIO

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO AUDITORIA INTERNA SECRETARIA DE ORIENTAÇÃO E AVALIAÇÃO PARECER SEORI/AUDIN-MPU Nº 2.266/2014

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA "2 ACÓRDÃO REGISTRADO(A) SOB N

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MARCOS RAMOS (Presidente), ANDRADE NETO E ORLANDO PISTORESI.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

35 a Câmara A C O R D A O * *

ACÓRDÃO i mm mu iii iiiii mil um pi mu mi 111

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Características das Autarquias

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ESTADO DE RONDÔNIA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DOCUMENTAÇÃO: JULGAMENTO VIRTUAL

PODER JUDICIÁRIO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores ANTÔNIO CARLOS MALHEIROS (Presidente) e LEONEL COSTA.

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ª

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PAULO ALCIDES. São Paulo, 12 de julho de 2012.

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções.

Informações e Despachos

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Ivan Lira de Carvalho (convocado)

ACÓRDÃO. (Presidente sem voto), FRANCISCO BIANCO E NOGUEIRA DIEFENTHALER. São Paulo, 17 de setembro de 2015.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e EGIDIO GIACOIA.

JUSTIFICATIVA PARA A ELABORAÇÃO DE UM NOVO DECRETO REGULAMENTANDO A ATIVIDADE DAS COOPERATIVAS DE TRABALHO JUNTO AO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de. APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n /9-00, da Comarca de

PROCURADORIA-GERAL DO TRABALHO CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

Impetrante: Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO S E N T E N Ç A

Câmara Municipal de Rio Branco do Sul ESTADO DO PARANÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de. APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n /0-00, da Comarca de

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 1ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO

Apreciação de Recurso Administrativo Pregão Eletrônico nº. 03/2009

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores VICE PRESIDENTE (Presidente sem voto), MARIA OLÍVIA ALVES E MARTINS PINTO.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

RELATÓRIO. Dentro do prazo legal, a empresa STE Serviços Técnicos de Engenharia S/A apresentou impugnação ao Edital às fls. 349/375.

EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE ATIVIDADE DE GUARDA VOLUMES

DIREITO ADMINISTRATIVO

IMPUGNAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO

Em face do acórdão (fls. 1685/1710), a CNTU opõe embargos de declaração (fls. 1719/1746). Vistos, em mesa. É o relatório.

ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO TOCANTINS. Pedido de Esclarecimento cumulado com Impugnação de Edital

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO

APTE: FLAVIO COELHO BARRETO (Autor) APTE: CONCESSIONÁRIA DA RODOVIA DOS LAGOS S.A. APDO: OS MESMOS

OITAVA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SAO PAULO - SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO. 30 a Câmara

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PROJETO DE LEI 4330 DISCUSSÃO ACERCA DA TERCEIRIZAÇÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO

"** AGRAVO DE INSTRUMENTO n /1-00, da Cornar ca de SÃO. PAULO-FAZ PUBLICA, em que é agravante PREFEITURA MUNICIPAL DE

Transcrição:

Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante BANCO NOSSA CAIXA S A, é apelado SESVESP SINDICATO DAS EMPRESAS SEGURANÇA PRIVADA SEGURANÇA ELETRONICA CURSOS FORMAÇAO DO ESTADO DE SAO PAULO. ACORDAM, em 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FRANKLIN NOGUEIRA (Presidente), DANILO PANIZZA E VICENTE DE ABREU AMADEI. São Paulo, 11 de setembro de 2012. Franklin Nogueira RELATOR Assinatura Eletrônica

VOTO Nº: 27342 APEL.Nº: 9066515-49.2009.8.26.0000 COMARCA: SÃO PAULO APTE. : BANCO NOSSA CAIXA S/A APDO. : SESVESP SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA DO ESTADO DE SÃO PAULO LICITAÇÃO serviços de vigilância e segurança patrimonial para unidades do Banco Nossa Caixa S/A irregularidade no edital determinação para inclusão de algumas disposições específicas no edital proibição de participação de cooperativas legalidade segurança concedida em parte recurso improvido. 1. Mandado de Segurança impetrado contra licitação para contratar empresa especializada em serviços de vigilância e segurança patrimonial para unidades do Banco Nossa Caixa S/A foi parcialmente concedido pela r. sentença de fls., cujo relatório se adota. Apela a vencida. Inicia dizendo haver inserido no edital disposições específicas para verificar a idoneidade das sociedades cooperativas que pretendessem participar do processo licitatório, de modo a afastar a possibilidade de falsas cooperativas concorrerem. Batese, desta forma, pela participação das Cooperativas no procedimento licitatório. Em seguida, insurge-se contra as demais determinações da sentença, quanto à exigência de que os atestados de capacidade técnica devam compreender a execução de vigilância armada, quanto à inexigência de documentos imprescindíveis às licitantes. Tece outras considerações e conclui pedindo a denegação da segurança. Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000 - São Paulo - VOTO 27342 - Ivone/Carmen 2

O recurso processou-se regularmente. É o relatório. 2. Ao conceder parcialmente a segurança, o magistrado de primeiro grau determinou fosse o edital da licitação retificado para: a) impedir a participação de Cooperativas no certame; b) incluir a prova de capacidade técnica em vigilância armada; c) incluir o dever de vistoria nas unidades de negócios em que serão prestados os serviços; d) incluir prova da inscrição no programa de alimentação do trabalhador-pat, a de regularidade no Ministério do Trabalho no que refere ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e prova de regularidade junto aos sindicatos de classe. A primeira questão a ser enfrentada se relaciona com a possibilidade ou não de participação de Cooperativas no certame. Segundo o magistrado de primeiro grau, na licitação de que se cuida, relacionada com serviços de segurança, dada a natureza de tais serviços, a exigir execução de tarefas em estado de subordinação, com hierarquia, tal participação não é possível. Saliente-se, num primeiro momento, com Marçal Justen Filho, que a discriminação entre situações pode ser uma exigência inafastável para atingir-se a igualdade 1. É ainda o insigne administrativista quem, com base em lição de Bandeira de Mello, aponta a necessidade de três elementos para que a discriminação no procedimento licitatório possa ser admitida: a) existência de diferenças nas próprias situações de fato 1 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, Dialética Editora, 5ª Ed., p. 57. Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000 - São Paulo - VOTO 27342 - Ivone/Carmen 3

que serão reguladas pelo direito; b) correspondência (adequação) entre tratamento discriminatório e as diferenças existentes entre as situações de fato; c) correspondência (adequação) entre os fins visados pelo tratamento discriminatório e os valores jurídicos consagrados pelo ordenamento jurídico 2. Por último, o julgamento do STJ, referido na sentença, dando como válido acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a Advocacia Geral da União, pelo qual a União se obrigou a não contratar trabalhadores por meio de cooperativas de mão-de-obra para prestação de serviços ligados às suas atividades fim ou meio, quando o labor, por sua natureza, demandar execução em estado de subordinação, quer em relação ato tomador, quer em relação ao fornecedor de serviços (fls. 413). Ora, Cooperativa, que segundo De Plácido e Silva 3, é a terminologia jurídica para designar a organização ou sociedade, constituída por várias pessoas, visando melhorar as condições econômicas de seus associados, não se coaduna mesmo com a prestação de serviços de segurança, que exigem um estado de subordinação, de hierarquia, entre os seus membros. Correta a assertiva da r. sentença no sentido de que numa Cooperativa não se encontra uma estrutura organizacional vocacionada para o serviço de vigilância armada. Além do que a lei n. 7.102, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das 2 Op. E p. cits. 3 Vocabulário Jurídico, Ed. Forense, 18ª Ed., p. 222 Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000 - São Paulo - VOTO 27342 - Ivone/Carmen 4

empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, exige que tais serviços sejam prestados por empresa privada (art. 3º, I). Mais ainda. Como bem salientou o ilustre representante do Ministério Público que oficiou nos autos, outra problemática diz respeito à responsabilidade civil inexistente da cooperativa, e um patrimônio insuficiente para responder pelos danos eventualmente causados a terceiros e à própria licitante. Daí a necessidade da exclusão determinada. Por outro lado, a prestação dos serviços a serem contratados necessita de especialização, a exigir mesmo a demonstração de capacidade técnica em segurança armada, como bem determinou o magistrado em sua sentença. Recorro, mais uma vez, ao bem lançado parecer de fls., da digna Procuradoria Geral da Justiça, para manter a decisão de primeiro grau: A sistemática da atividade de prestação de serviços objeto da licitação precisa exigir do contratante o desenvolvimento da sua atividade com maior eficiência e para isso é exigível que mantenha um gerenciamento direito com acompanhamento das unidades onde forem prestados os serviços. Como já ficou dito, a Nossa Caixa é uma instituição financeira e o edital deverá atender a essa circunstância, sem que a contratante tenha de assumir a supervisão direta dos serviços contratados. A exigência feita na decisão apelada não afronta, em absoluto, os princípios insertos no art. 37, caput, da Constituição Federal. Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000 - São Paulo - VOTO 27342 - Ivone/Carmen 5

Correta, também, a r. sentença ao mandar incluir no edital prova da inscrição no programa de alimentação do trabalhador-pat, prova de regularidade no Ministério do Trabalho no que refere ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e prova de regularidade junto aos sindicados de classe. E nem poderia ser de forma diversa tendo em conta as regras especiais que regem a atividade posta em licitação. Impõe-se, dessa forma, o improvimento do recurso. 3. Isso posto, nego provimento ao recurso. MARCIO FRANKLIN NOGUEIRA RELATOR Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000 - São Paulo - VOTO 27342 - Ivone/Carmen 6