HISTÓRIA E RACISMO O BRASIL UMA AFIRMAÇÃO PARA IDENTIDADE

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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS II SIMPÓSIO DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS 13 e 14 de junho de 2013 HISTÓRIA E RACISMO O BRASIL UMA AFIRMAÇÃO PARA IDENTIDADE FREITAS, Madalena Dias Silva 1 Resumo O presente texto pretende mostrar as ações do Projeto de Extensão História e racismo o Brasil uma afirmação para identidade. Desenvolvido na Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Iporá. Inicialmente abordará a importância da pesquisa e da extensão na formação acadêmica e sua contribuição para a sociedade. O Projeto se destina a aprimorar a formação dos alunos do curso de História para trabalhar a questões étnicas raciais. As ações desenvolvidas com as comunidades têm como objetivo discutir a cultura negra brasileira abordando a realidade da população local. As atividades organizadas por meio de interação entre a universidade e comunidade visando atender os anseios dos grupos beneficiados com o Projeto. Palavras-chave: Cultura Afro-bralsileira, comunidade, diversidade Introdução O Projeto de Extensão História e Racismo no Brasil: abordagens para afirmação da identidade, teve como pressuposto; a história do negro e a afirmação da identidade afro-brasileira, através do reconhecimento das influências africanas que recriam, com a linguagem, com a música, com as festas, com os ritos religiosos, com a culinária e com inúmeras práticas culturais. A fundamentação teórica tem como base autores que debatem questões raciais, através do reconhecimento da cultura negra e da participação dos negros na formação da sociedade brasileira. Nas abordagens pedagógicas foram usados estudos com materiais elaborados pelo Ministério da Educação: 1 Professora. Mestre. do Curso de História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Iporá, coordenador geral do Projeto de Extensão História e Racismo no Brasil: abordagens para afirmação da identidade. Maueg.puc@gmail.com 204

Secretaria da educação Continuada, Alfabetização e Diversidade e cadernos de textos A cor da Cultura. Os estudos contemplaram um importante universo cultural, a capoeira visou à demonstração da sua construção, uma luta que existia desde os tempos coloniais, jogada nas senzalas, nos terreiros nas matas usadas pelos escravos e permaneceram entre os negros livres. A dança e os batuques dos negros que foram controlados no período colonial, depois conseguiram espaço na cultura brasileira, a culinária africana elemento de grande riqueza da cultura negra brasileira vai além da comida, pois atinge vários outros com costumes dos próprios rituais de preparação. O projeto teve como objetivo desenvolver espaços para reflexão sobre a cultura afro-brasileira interagindo a Universidade com o cotidiano das comunidades e escolas de Iporá. Viabilizando condições para discutir a importância do combate ao racismo através do conhecimento da história e por meio das atividades culturais dos negros. Desse modo o projeto tem visado cumprir o papel social da universidade construindo uma parceria que além de contribuir com a formação da cidadania colabora também com a formação dos monitores que são alunos/professores. É relevante ressaltar que o desenvolvimento deste projeto resultou no fortalecimento de diversas ações nas comunidades inclusive a parceria e o fortalecimento do Grupo Negro em Ação, grupo formado na Comunidade da Vila Itajubá que participou dos eventos realizados. A Universidade tem uma função política de articular os saberes acadêmicos com a sociedade contribuindo com estratégias de aprendizagem e de formação da cidadania, não interferindo nos valores, mas possibilitando uma reflexão ativa das relações constituídas no meio social. No caso da extensão o que percebemos é que ela produz conhecimento a partir da experiência e assim tem uma capacidade de narrar sobre o seu fazer. O conhecimento narrativo ele não fecha, ele deixa sempre aberto ao final para a possibilidade de se criar outros finais ou se iniciar outros processos. Assim, a forma de produção da narrativa não pretende ser verdadeira objetivamente, mas ser também subjetiva. Além disto, o que se verifica na extensão é um fazer que sempre pressupõe a presença de um outro que não somente o aluno ou professor, mas um ouvinte. (CASTRO 3,4) 205

A interação resultado da extensão proporciona compartilhar os saberes acadêmico e os populares, possibilitando um recíproco conhecimento. Considerando que as ações do projeto aconteceram a partir dos levantamentos de dados da realidade das comunidades, respeitando os princípios e o valores, as propostas não romperam com o que existe mas proporcionaram uma reflexão sobre atitudes pertinente aos grupos envolvidos. Metodologia O projeto de extensão História e Racismo no Brasil: abordagens para afirmação da identidade iniciou suas atividades no mês agosto de 2012 com data prevista de encerramento para o mês de agosto de 2013. As atividades iniciaram com estudos de grupos entre os monitores e a coordenadora da proposta tendo como referência textos norteadores sobre a cultura afrobrasileira visando entender os principais símbolos da cultura e a importância desses na construção da identidade negra. O Primeiro momento do projeto refere se ao levantamento bibliográfico e formação dos monitores cuja metodologia adotada para tal fim se dispõe de pesquisas e estudos dirigidos. Em seguida o projeto foi apresentado nas comunidades, estabelecendo parcerias para a realização e desenvolvimento das ações propostas. Cada comunidade teve a oportunidade de escolher os temas de acordo com os conteúdos previamente selecionados. Os alunos monitores atuaram em interação com os bairros, comunidade e escolas. Após as pesquisas os acadêmicos foram orientados para a organização e realização de minicursos, oficinas, mesa redonda, e cinema. Estas que foram desenvolvidas em cada encontro que vem ocorrendo de forma itinerante. Conclusão 206

Um importante requisito de aprendizado nas propostas da extensão é o aluno retornar para suas comunidades com formação da academia podendo melhorar o convívio no meio em que vive, nesse caso há uma construção da auto-estima por sentir capaz de resolver questões que possa elevar as condições de vida dos seus. Desse modo os encontros entre alunos professores e comunidade foram capazes de construir um modo diferente de ensinar e aprender. Segundo Melo (2009) a extensão faz parte de uma política pedagógica inovadora que transforma as relações entre a universidade e sociedade dando diferentes alternativas de aprendizagem. Desse modo projeto de extensão atingiu os resultados esperado de modo a integrar a universidade à setores da comunidade contribuindo para formação da cidadania por meio dos estudos sobre a cultura africana que resultou em participação da sociedade que puderam reconhecer hábitos, costumes e crenças como elementos da cultura, valorizando a história e o conhecimento dos negros brasileiro. Como resultado parcial das atividades do projeto de extensão foi criado um banco de dados contendo, fotografias, entrevistas, vídeos, trabalhos produzidos nas comunidades e um caderno de receita da culinária afrobrasileira. Além das palestras, e grupos de debates previstos no cronograma, que proporcionou uma inesperada visibilidade e aceitação junto à comunidade. Referências Bibliográficas CASTRO, Luciana Maria Cerqueira UERJ. A UNIVERSIDADE, A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS EMANCIPADORES GT: Política de Educação Superior /n.11. Apresentada ao Instituto de Medicina Social/UERJ como requisito para a qualificação do Doutorado em Saúde Coletiva. Acessado em 31 de maio de 2013. www.anped.org.br/reunioes/27/gt11/t1111 CAVALLEIRO, Eliane. Do silêncio do lar, ao silêncio escolar. Racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. Ed. Contexto, São Paulo, 2000. (org.).- Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. Selo negro, São Paulo, 2001. 207

DIRETRIZES, Curricular Nacionais para a Educação das Étinico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasilia, 2004. MELO, Alex Fiúza de; FILHO, Naomar de Almeida; RIBEIRO, Renato Janine. Por uma Universidade socialmente relevante. Forum Nacional de Educação Superior. Brasilia, 2009. MINISTÉRIO, da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais, Brasília 2006. MUNANGA, Kabengele, organizador. Superando o racismo na sala de aula. Ministerio da Educação, Secretaria da educação continuada e diversidade. Brasilia, 2005. 208