Perspectivas da Economia Brasileira. GUSTAVO LOYOLA

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Transcrição:

Perspectivas da Economia Brasileira GUSTAVO LOYOLA gloyola@uol.com.br

Índice 2 1. Cenário Internacional 2. Cenário Doméstico 3. Conclusões

Cenário internacional 3 Há importantes fatores de incerteza globais para o curto e médio prazo que merecem particular destaque EUA - normalização da política monetária China ritmo de desaceleração Europa Consequências do Brexit sobre a CE Estas questões irão definir alguns aspectos cruciais: ritmo de crescimento da economia mundial, preços de commodities e taxas globais de juros e de câmbio

Cenário internacional Cenário básico Crescimento moderado observado no póscrise é mantido Soft-landing na China Ajuste gradual dos juros nos EUA Europa mantém recuperação lenta, mas sem rupturas Cenário pessimista Recuperação global não é mantida e expansão segue ritmo bastante modesto China passa por hard-landing Condições monetárias seguem frouxas Brexit representa risco adicional 4 Média de crescimento 2017-2026 Básico: 3,18% Pessimista: 2,09%

Estados Unidos 5 País deve manter crescimento ao redor de 2%, próximo ao potencial avaliado atualmente. Desemprego baixo é desafio a partir de agora. Há contingente de mão de obra ociosa, como sugere taxa de participação próxima das mínimas em 40 anos. Porém, parte da saída de pessoas da força de trabalho é definitiva. Fonte: BEA e BLS (Elaboração e projeções Tendências)

Cenário Internacional 6 EUA 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 1,6% 2,2% 1,5% 2,4% 2,4% 2,0% 2,3% 2,2% Euro 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 1,6% -0,9% -0,3% 0,9% 1,6% 1,5% 1,5% 1,5% 3,7% 0,6% 0,4% 1,6% 1,5% 1,5% 1,6% 1,4% 2,0% 1,2% 2,2% 2,9% 2,2% 2,0% 2,0% 2,2% Asia 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 9,5% 7,7% 7,7% 7,3% 6,9% 6,4% 6,0% 5,8% 6,6% 5,6% 6,6% 7,2% 7,3% 7,2% 6,7% 6,5% -0,5% 1,7% 1,4% 0,0% 0,5% 0,7% 0,2% 0,9% LatAm 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 3,9% 0,9% 3,0% 0,1% -3,8% -3,5% 1,2% 2,3% 8,4% 0,8% 2,9% 0,5% 2,1% -2,0% 3,5% 3,0% 5,8% 5,5% 4,0% 1,8% 2,1% 1,8% 2,2% 2,5% 4,0% 4,0% 1,3% 2,3% 2,5% 2,5% 2,5% 2,3% Mundo 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 4,2% 3,5% 3,3% 3,4% 3,1% 3,2% 3,3% 3,3% Fonte: FMI (Projeções: Tendências)

Índice 7 1. Cenário Internacional 2. Cenário Doméstico 3. Conclusões

Cenário político 8 90% de probabilidade de interrupção definitiva do mandato de Dilma. Reversão em 2018 O cenário econômico para o governo Temer pressupõe melhora do relacionamento Executivo-Congresso, retomando ao padrão típico do presidencialismo de coalizão. Nova equipe econômica tem viés liberal e pró-mercado e é comprometida com o ajuste fiscal e com as reformas estruturais. Cenário Doméstico pior: Dilma permanece no cargo e promove guinada heterodoxa na economia Crise econômica ganha intensidade Inflação segue em dois dígitos Alternância de poder em 2018, mas crise de governabilidade persiste, limitando o espaço para reformas necessárias No cenário mais provável, Temer será capaz de aprovar as medidas de ajuste no Congresso, embora sem aprofundamento de reformas mais complexas. Operação Lava Jato segue como fator de risco para governo de transição, diante da possibilidade do surgimento de fatos novos que impliquem nomes da nova gestão

PIB Melhora dos índices de confiança reforçam expectativa de estabilização da atividade no segundo semestre. Embora movimento tenha que ser visto com cautela, melhora de ambiente em conjunto com maior ociosidade de fatores e base frágil compõem cenário esperado de retomada moderada do crescimento em 2017 e 2018. Três elementos cruciais para manutenção da trajetória: (i) aprovação definitiva do impeachment; (ii) aprovação do teto de gastos e (iii) encaminhamento da reforma da previdência. Fonte: IBGE e FGV (Elaboração e projeções: Tendências)

Abertura do PIB 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 PIB 7,5% 3,9% 1,9% 3,0% 0,1% -3,8% -3,5% 1,2% Agropecuária 6,7% 5,6% -3,1% 8,4% 2,1% 1,8% 1,2% 2,1% Indústria 10,2% 4,1% -0,7% 2,2% -0,9% -6,2% -5,2% 2,3% Serviços 5,8% 3,4% 2,9% 2,8% 0,4% -2,7% -2,5% 0,8% Famílias 6,2% 4,7% 3,5% 3,5% 1,3% -4,0% -4,1% -0,2% Governo 3,9% 2,2% 2,3% 1,5% 1,2% -1,0% -1,2% 0,0% FBCF 17,9% 6,7% 0,8% 5,8% -4,5% -14,1% -12,5% 2,3% Exportações 11,7% 4,8% 0,3% 2,4% -1,1% 6,1% 4,0% 0,4% Importações 33,6% 9,4% 0,7% 7,2% -1,0% -14,3% -12,4% -0,2% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 PIB Industrial 10,2% 4,1% -0,7% 2,2% -0,9% -6,2% -5,2% 2,3% Extrativa 13,6% 14,9% 3,3% -2,1% 8,6% 4,9% -7,4% 5,5% Transformação 10,1% 9,2% 2,2% -2,4% -3,9% -9,7% -5,2% 2,5% Construção Civil 11,6% 13,1% 8,2% 3,2% -0,9% -7,6% -9,0% 1,2% Eletricidade, água e gás 8,1% 6,3% 5,6% 0,7% -2,6% -1,4% 5,0% 0,9% Fonte: IBGE (Elaboração e projeções: Tendências)

BRASIL Destaques regionais Índice 2015-16 Média 2017-18 CO -2,1% N -2,3% NE -3,4% PIB Total BR: -3,7% S -4,0% SE -4,1% (+) N: bom desempenho da ind. extrativa, compensando parte da evolução muito ruim da ind. de transformação. (+) CO: bom desempenho da agropecuária atenua impactos da crise. (+) NE: Forte seca prejudica a agropecuária; renda e consumo fortemente afetados pela contração da Bolsa Família e alto grau de informalidade do mercado de trabalho. ( ) SE: peso elevado dos setores mais impactados pela crise. ( ) S: peso elevado dos setores mais impactados pela crise. N 4,6% CO 2,3% NE 1,9% PIB Total BR: 1,6% SE 1,6% S 1,5% (+) N: grandes projetos em mineração, usinas hidrelétricas, linhão de energia e gasoduto. (+) CO: principal região de fronteira agrícola do País. Melhoras importantes na infraestrutura (rodovias). (+) NE: região deixa de ser forte destaque (com PIB apenas marginalmente acima do BR), por conta de diversos cancelamentos de investimentos. ( ) SE: região deve mostrar desempenho bem próximo da média nacional. Recuperação de setores pró-cíclicos. ( ) S: câmbio deve favorecer um pouco a região, mas especialização em setores pouco dinâmicos impede melhor desempenho; sofre migração de atividade para o CO.

Mercado de trabalho Pnad Contínua Taxa de desemprego medida pela PNAD contínua atingiu 11,2% no trimestre encerrado em maio (de 8,2% há um ano). Com ajuste sazonal, desemprego está em 10,8%. Para dezembro projetamos taxa de 13,0%, fechando 2016 com média de 11,4%. Taxa de desemprego (média) Taxa de desemprego (fim de período) Ocupação 2013 7,1% 6,7% 1,4% 1,2% 2014 6,8% 7,0% 1,5% 1,1% 2015 8,5% 9,7% 0,0% 1,9% 2016 11,4% 13,0% -1,4% 1,3% 2017 13,1% 13,0% 0,0% 1,2% PEA Fonte: IBGE (Elaboração e projeções: Tendências)

Inflação - IPCA Após atingir dois dígitos em 2015, inflação mantém trajetória de gradual desaceleração ao longo deste ano. Mudança de bandeira em energia elétrica e a lenta desaceleração dos preços de serviços favorecem baixa, mas choque de preços de alimentos e fim do bônus da Sabesp levaram à revisão da projeção do IPCA em 2016, para 7,4%. Taxa de câmbio e política fiscal agregam incertezas à dinâmica da inflação, estando relacionadas ao contexto político. (Q/Q-4) Fonte: IBGE (Elaboração e projeções: Tendências)

Política Monetária 14 BC reiterou que não há espaço para corte de juros no curto prazo e reafirmou objetivo de alcançar a meta de 4,5% em 2017. Expectativas acima da meta, inflação corrente pressionada e incertezas fiscais justificam cautela. Ao sinalizar objetivo de convergência da inflação para o centro da meta no final de 2017, BC adia início da queda de juros para o final de 2016 ou início de 2017. Apreciação cambial pode antecipar a convergência. Fonte: Banco Central (Elaboração e projeções: Tendências)

Política Fiscal Medida que impõe limite para expansão de gastos vai na direção correta. Entretanto, é incapaz de reverter quadro extremamente grave no curto prazo. Resultado primário deve continuar fortemente negativo ao menos até 2017. Ações adicionais são fundamentais para reverter situação crítica de forma mais rápida. Ainda assim, projeções para contas públicas nos próximos anos são amplamente adversas. Fonte: Banco Central (elaboração e projeções Tendências)

Taxa de câmbio Forte queda recente é justificada por expectativa de nova onda expansionista global e pela leitura positiva sobre a condução da economia doméstica, com destaque para a nova postura menos intervencionista do Banco Central. Porém, fundamentos não fornecem suporte para taxa de câmbio nos patamares atuais. Além disso, incertezas persistem e risco fiscal segue presente. Posição de swaps do BC é outro fator limitante para a queda. Com isso, esperamos gradual volta do câmbio até final do ano, para níveis ao redor de R$ 3,50/US$. Fonte: Banco Central (elaboração e projeções Tendências)

Índice 17 1. Cenário Internacional 2. Cenário Doméstico 3. Conclusões

Perspectivas para o Agronegócio Demanda mundial por proteínas deve continuar crescendo a taxas elevadas, não obstante a queda do crescimento da China. Agronegócio brasileiro continua com boas perspectivas no médio e longo prazos, mas sua lucratividade depende do equacionamento do custo Brasil Crise política atrasou as necessárias reformas e o ritmo de investimento em infraestrutura. Mudança de governo é positiva para o setor. Os investimento em infraestrutura devem aumentar. A política comercial deve favorecer mais o agronegócio. A incógnita maior está no campo tributário.

Conclusões Economia global deve manter ritmo moderado, embora percepção siga desfavorável diante das fragilidades e riscos em boa parte das regiões. No Brasil, estrago econômico dos últimos anos pode ser revertido, mas processo de recuperação será lento e custoso. Mudança de governo permite melhora de ambiente econômico e abre perspectiva de estancamento da recessão até final do ano. Porém, desempenho da economia em 2016 está comprometido. Retomada no cenário básico será gradual e irá se defrontar com restrições estruturais e fiscais. Nesse sentido, agenda de reformas, abertura e concessões será fundamental para ampliar espaço da retomada. No cenário básico, taxa de crescimento do PIB converge para pouco mais de 2,0% no prazo de 10 anos. No cenário otimista, com mudanças mais profundas, economia converge para ritmo mais acelerado na casa de 3,0%.

Economia deve iniciar recuperação em 2017, mas reformas são necessárias para acelerar o crescimento. Gustavo Loyola gloyola@uol.com.bri