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Transcrição:

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de Planejamento Financeiro SUPLA 1

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre 2013 Setor Externo O saldo da balança comercial vem apresentando uma forte trajetória de queda desde meados de 2012, no acumulado em doze meses. No período de janeiro a novembro, o saldo comercial ficou negativo em US$ 93 milhões. No período de janeiro a novembro deste ano, as exportações somaram US$ 221,3 bilhões, apresentando retração de 1,1% sobre igual período de 2012, pela média diária. As importações somaram recorde de US$ 221,4 bilhões no acumulado de 2013 até novembro, representando um aumento de 7,2% sobre igual período do ano anterior, na mesma métrica de comparação. O balanço de pagamentos (BP) apresentou déficit de US$ 3,2 bilhões no período de janeiro a novembro de 2013 e de US$ 8,1 bilhões no acumulado em doze meses. O saldo do BP vem mantendo sua trajetória de queda desde meados de 2011. 2

As reservas internacionais totalizaram US$ 376,1 bilhões em novembro, no conceito de liquidez, apresentando certa estabilidade desde meados de 2012. Em relação ao câmbio, as incertezas sobre o início da redução do programa de estímulos à economia dos Estados Unidos, pelo Fed, trouxe volatilidade às moedas de países emergentes, como no caso do Real. Por outro lado, o Banco Central do Brasil, por meio dos leilões diários de dólares e da rolagem dos contratos de swap cambial (que fazem parte do seu programa de injeção de liquidez), tem conseguido minimizar volatilidades mais excessivas. Atividade Econômica Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2013 contraiu 0,5% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2012, o PIB avançou 2,2% e, no acumulado dos últimos quatro trimestres, a economia cresceu 2,3%. 3

Fonte:IBGE Elaboração: SUPLA/CAIXA/GECEN Alguns fatores importantes devem ser considerados para explicar a queda do PIB no último trimestre. Um deles é de ordem metodológica, uma vez que a revisão periódica do IBGE incluiu a Produção Agrícola Municipal (PAM), dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), além da inserção da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Com isso, o resultado de 2012 passou de crescimento de 0,9% para 1,0%, contribuindo para essa mudança o maior crescimento do quarto trimestre daquele ano em relação ao anterior, de 0,8% para 0,9%. Ademais, a revisão mudou o comportamento de alta do primeiro trimestre desse ano de 0,6% para 0,0%. Por último, a reavaliação modificou o resultado do segundo trimestre de 2013 tido à época como acima das expectativas de 1,5% para 1,8%, o que implicou uma elevada base de comparação para o terceiro trimestre, contribuindo para a queda na margem. No horizonte de 2014 espera-se que a economia avance em ritmo um pouco melhor, tendo em vista que a depreciação do real incentivará as exportações em um contexto de demanda internacional em recuperação, influenciada pela retomada do crescimento mais vigoroso da economia norte-americana. Além disso, há expectativa de elevação da produção de petróleo e o aumento do investimento Mercado de Trabalho A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) revelou que o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo) foi de 4,6% em novembro. A taxa é a menor da série história e se igualou ao registrado em dezembro do ano passado. O resultado surpreendeu o mercado, que esperava uma taxa mais elevada, em torno de 4,9%, conforme pesquisa da Bloomberg. 4

No que se refere à qualidade do trabalho, nota-se uma melhora, devido ao menor número de pessoas subocupadas por horas insuficientes no trabalho. De fato, na comparação com novembro de 2012, houve queda de 26,9% nesse grupo. Ainda no que se refere ao aumento da qualidade do trabalho, observou-se redução em 5,8% das pessoas com rendimento inferior ao salário mínimo na comparação com o mesmo período do ano passado. Inflação Embora tenha mantido a tendência de desaceleração em doze meses, a inflação ao consumidor voltou a subir no trimestre encerrado em novembro de 2013. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou variação acumulada em doze meses de 5,77% em novembro de 2013, frente a 5,53% em novembro de 2012 e a 5,84% em outubro de 2013. 5

Política Monetária No que concerne à condução da política monetária, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, manter o ritmo de ajuste das condições monetárias e promover, na reunião de novembro, um ajuste de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, levando a taxa básica de juros ao patamar de 10,0% ao ano. Diante das alterações observadas na ata da última reunião do Copom em 2013, entendemos que o fim do ciclo de ajuste monetário está próximo. Em linha com este entendimento projetamos uma última elevação, de 0,25 ponto percentual, na reunião de janeiro de 2014. Na reunião realizada em 26 e 27 de novembro, por decisão unânime, o Comitê de Política Monetária realizou um ajuste de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, elevando-a ao patamar de 10,0% ao ano. Em relação ao ritmo de atividade doméstica, o Banco Central alterou sua perspectiva a partir do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do ano. o Comitê informou que o ciclo de ajuste monetário iniciou-se em abril deste ano, o que poderia sugerir uma duração já bastante extensa do ajuste em curso. Além disso, destaca-se a ponderação por parte da autoridade monetária de que a transmissão dos efeitos das ações de política monetária para a inflação ocorre com defasagens. Diante disso, acreditamos que as mudanças sinalizadas nesta Ata sugerem que o fim do ciclo de ajuste pode estar próximo. Este entendimento está em linha com o nosso cenário, que prevê uma última elevação, de 0,25 ponto percentual, na reunião de 14 de janeiro, o que levaria a taxa Selic a 10,25% ao ano. Cenário do Setor automobilístico no Brasil 6

Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores 7