GERENCIAMENTO DE CAPITAL

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Transcrição:

GERENCIAMENTO DE CAPITAL Estrutura e Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil Belo Horizonte Junho de 2016

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL MERCANTIL DO BRASIL... 4 2.1 ABRANGÊNCIA DA ATUAÇÃO... 4 2.2 PAPÉIS E RESPONSABILIDADES... 6 3 POLÍTICA INSTITUCIONAL DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL MERCANTIL DO BRASIL... 12 3.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E MERCADOLÓGICO MERCANTIL DO BRASIL... 13 3.2 PLANO DE CAPITAL... 15 3.3 GESTÃO DE RISCOS... 16 3.4 PROJEÇÕES E SIMULAÇÃO DE EVENTOS SEVEROS (STRESS TESTING)... 16 3.5 LIMITES OPERACIONAIS... 17 3.6 MODELO DE RENTABILIDADE DE NEGÓCIOS... 17 3.7 RELATÓRIOS GERENCIAIS... 19 4 SISTEMAS... 20 5 PERIODICIDADE DE ATUALIZAÇÃO... 20 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 20 2

1 INTRODUÇÃO Em decorrência das crises econômicas internacionais, a tendência em fortalecer a legislação responsável por regular o Gerenciamento de Capital e de Riscos nas Instituições Financeiras se consolidou definitivamente no mercado financeiro global. Com o objetivo de dar continuidade ao aprimoramento e padronização das medidas prudenciais que regem as Instituições Financeiras, o Comitê de Basileia finalizou uma nova versão do Acordo de Capital, conhecido como Basileia III. Esse acordo se baseia em pilares que asseguram a confiabilidade do Sistema Financeiro Internacional, quais sejam: Requerimentos de Capital; Processo de Avaliação e Planejamento de Capital (Estrutura de Gerenciamento de Capital); e Transparência e Disciplina de Mercado (Divulgação de Informações); somados a medidas que visam aumentar a qualidade e a quantidade de capital das Instituições Financeiras, bem como garantir a solidez do Sistema Financeiro Internacional face às crises bancárias. O Banco Central do Brasil segue de forma bastante alinhada com as recomendações do Comitê de Basileia. A principal mudança trazida com o Basileia III está na composição do capital exigido, tendo sido definido um cronograma de implantação dos novos requerimentos de capital. Em atendimento ao estabelecido pela Resolução do CMN nº 3.988/2011, que dispõe sobre a implementação do Gerenciamento de Capital por parte das Instituições Financeiras, este documento apresenta a Estrutura e a Política de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil, revisadas em junho de 2016. Em conformidade com o artigo 2º dessa Resolução, define-se o Gerenciamento de Capital como o processo contínuo de (i) monitoramento e controle do Capital mantido pela instituição, (ii) avaliação da necessidade de Capital para fazer face aos riscos a que a Instituição está sujeita, e (iii) planejamento de metas e de necessidade de Capital, em conformidade com os objetivos estratégicos e mercadológicos da Instituição; além da adoção de uma postura prospectiva que antecipa a necessidade de Capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado. 3

2 ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL MERCANTIL DO BRASIL Em conformidade com os artigos 1º e 9º da Resolução CMN nº 3.988/2011, a Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil é compatível com a natureza das operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, e a dimensão da exposição a riscos. Está constituída em uma unidade única, responsável pelo Gerenciamento do Capital do Conglomerado Financeiro Mercantil do Brasil e pela avaliação de possíveis impactos no Capital oriundos dos riscos associados às empresas não financeiras integrantes do consolidado Econômico-Financeiro. O gerenciamento centralizado resulta em maior agilidade e assertividade na tomada de decisões. Nesse sentido, a Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil está centralizada na Gerência de Gestão da Estratégia e Orçamento, subordinada ao Comitê Diretivo do Mercantil do Brasil, e tem como diretor responsável o Vice Presidente Executivo, Dr. Marco Antônio Andrade de Araújo. Com o intuito de garantir a efetividade do Gerenciamento de Capital, a organização estrutural contempla uma atuação compartilhada de responsabilidades e controles, em que todos os envolvidos devem acompanhar a conformidade de seus processos, estabelecendo e praticando controles internos e planos de ação que minimizem os riscos e corrijam as deficiências. 2.1 ABRANGÊNCIA DA ATUAÇÃO A Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil abrange todas as Instituições do Conglomerado Financeiro, conforme o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF), e considera também os possíveis impactos oriundos dos riscos associados às demais empresas integrantes do Consolidado Econômico-Financeiro. Atualmente, contempla as seguintes empresas: 4

Conglomerado Econômico-Financeiro Mercantil do Brasil Conglomerado Financeiro Mercantil do Brasil Financeira S.A. Mercantil do Brasil Imobiliária S.A. Mercantil do Brasil Leasing S.A. BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. Banco Mercantil de Investimentos S.A. Sansa Serviços e Negócios Imobiliários S.A. Mercantil do Brasil Administradora e Corretora de Seguros e Previdência Privada S.A. Mercantil do Brasil Corretora S.A. Mercantil do Brasil Distribuidora S.A. COSEFI Cia Estipulante de Seguros Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. Mercantil do Brasil Empreendimentos Imobiliários S.A. Diagrama 1 5

2.2 PAPÉIS E RESPONSABILIDADES Os papéis e as responsabilidades da Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil estão distribuídos em diferentes níveis hierárquicos: Conselho de Administração ou Diretoria; Comitês Diretivo e Executivo; Diretor responsável pelo Gerenciamento de Capital; Gerência de Gestão da Estratégia e Orçamento e demais áreas envolvidas no processo de Gerenciamento do Capital. 2.2.1 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OU DIRETORIA Aprovar a Estrutura e a Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil, que estabelecem as estratégias e as diretrizes para o Gerenciamento de Capital nos níveis considerados adequados para o Mercantil do Brasil, além de fixar atribuições e responsabilidades para os Comitês Diretivo e Executivo, e para o Diretor responsável pelo Gerenciamento de Capital; Aprovar o Plano de Capital Mercantil do Brasil, observada a sua consistência com o Planejamento Estratégico e Mercadológico em vigor; Aprovar a revisão da Estrutura e da Política Institucional de Gerenciamento de Capital e do Plano de Capital Mercantil do Brasil, observada a sua compatibilidade com o Planejamento Estratégico e Mercadológico e com as condições de mercado, na periodicidade mínima anual; Ter compreensão dos riscos que podem impactar o Capital alocado; Responsabilizar-se pelas informações divulgadas em relatório de acesso público, no mínimo anualmente, contendo resumo da descrição da Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. 2.2.2 COMITÊ DIRETIVO OU DIRETORIA Analisar e aprovar a Estrutura e a Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil; Analisar e aprovar o Plano de Capital Mercantil do Brasil; 6

Analisar e aprovar a revisão da Estrutura, da Política Institucional de Gerenciamento de Capital e do Plano de Capital Mercantil do Brasil, em periodicidade mínima anual; Garantir que os processos de controle do Gerenciamento de Capital, a tolerância a riscos e os limites estabelecidos estejam sendo considerados em todo o Mercantil do Brasil; Acompanhar o Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil por meio do recebimento periódico de informações (Relatórios de Gerenciamento de Capital) que sinalizem aspectos qualitativos e quantitativos em relação aos riscos identificados, oportunidades e retornos esperados, assegurando a eficácia na rentabilização do Capital alocado; Ter ciência do processo de alocação de Capital decorrente das atividades inerentes ao negócio; Ter compreensão abrangente e integrada dos riscos que podem impactar o Capital alocado; Responsabilizar-se pelas informações divulgadas em relatório de acesso público, no mínimo anualmente, contendo o resumo da descrição da Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. 2.2.3 COMITÊ EXECUTIVO OU DIRETORIA Conhecer a Estrutura e a Política Institucional de Gerenciamento de Capital, bem como o Plano de Capital Mercantil do Brasil; Apoiar a Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil; Garantir que os processos de controle do Gerenciamento de Capital, a tolerância a riscos e os limites estabelecidos estejam sendo considerados em todo o Mercantil do Brasil; Ter ciência do Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil por meio do recebimento periódico de informações (Relatórios de Gerenciamento de Capital) que sinalizem aspectos qualitativos e quantitativos em relação aos riscos identificados, oportunidades e retornos esperados, assegurando a eficácia na rentabilização do Capital Alocado; Ter ciência do processo de alocação de Capital decorrente das atividades inerentes ao negócio; 7

Ter compreensão abrangente e integrada dos riscos que podem impactar o Capital alocado; Responsabilizar-se pelas informações divulgadas em relatório de acesso público, no mínimo anualmente, contendo o resumo da descrição da Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. 2.2.4 DIRETOR RESPONSÁVEL PELO GERENCIAMENTO DE CAPITAL MERCANTIL DO BRASIL Propor a Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil e garantir que esta esteja contemplando as melhores práticas de Governança Corporativa e as regras de segregação de funções; Propor a Política Institucional de Gerenciamento de Capital e o Plano de Capital Mercantil do Brasil, e garantir sua conformidade com o Planejamento Estratégico e Mercadológico e com as condições de mercado; Propor a revisão da Estrutura e da Política Institucional de Gerenciamento de Capital e do Plano de Capital Mercantil do Brasil, em periodicidade mínima anual; Divulgar e fazer cumprir a Estrutura e Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil, observadas as atribuições específicas, as responsabilidades claramente definidas e os instrumentos apropriados de gestão; Acompanhar a implementação dos processos, procedimentos, sistemas, metodologias e modelos adequados ao gerenciamento de capital, em conformidade com os dispositivos legais aplicáveis; Verificar o nível de aderência das metodologias e procedimentos de avaliação, mensuração e controle do Gerenciamento de Capital conforme descrito na Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil; Garantir que os processos de controle do Gerenciamento de Capital tenham os riscos identificados, avaliados, monitorados e controlados pela Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil; Analisar as informações (Relatórios de Gerenciamento de Capital) que sinalizem aspectos qualitativos e quantitativos em relação aos riscos identificados, oportunidades e retornos esperados, e a eficácia na rentabilização do Capital Alocado; 8

Reportar ao Conselho de Administração as informações relevantes quanto ao Gerenciamento de Capital e seu grau de aderência à Estrutura e Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil; Acompanhar e validar o processo de alocação de Capital decorrente das atividades inerentes ao negócio; Ter compreensão abrangente e integrada dos riscos que podem impactar o Capital alocado; Assegurar que o conceito do Gerenciamento de Capital, bem como sua gestão, sejam únicos para o todo o Conglomerado Econômico-Financeiro Mercantil do Brasil; Atender ao Órgão Supervisor e à Auditoria Interna quanto ao cumprimento da Resolução CMN nº 3.988/2011; Responsabilizar-se pelas informações divulgadas em relatório de acesso público, no mínimo anualmente, contendo o resumo da descrição da Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. 2.2.5 GERÊNCIA DE GESTÃO DA ESTRATÉGIA E ORÇAMENTO Adotar e praticar as diretrizes da Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil; Implementar e gerenciar processos, procedimentos, sistemas, metodologias e modelos que garantam a aderência às políticas internas e às regulamentações externas sobre o Gerenciamento de Capital; Documentar, divulgar e disponibilizar as metodologias, os modelos e as ferramentas que proporcionem a efetividade no Gerenciamento de Capital, em conformidade com as melhores práticas; Identificar, avaliar e controlar os riscos relevantes e as oportunidades identificadas que impactem o Capital do Mercantil do Brasil; Elaborar as projeções de Capital para compor o Plano de Capital Mercantil do Brasil, em consonância com o Planejamento Estratégico e Mercadológico e com o Orçamento Plurianual Mercantil do Brasil; 9

Elaborar relatórios periódicos sobre a adequação do Capital, abordando os aspectos qualitativos e quantitativos do Gerenciamento de Capital e disponibilizando-os ao Diretor Responsável pelo Gerenciamento de Capital, aos Comitês Executivo e Diretivo, e ao Conselho de Administração; Interagir com as áreas envolvidas no processo de gestão do Capital para garantir a aplicação eficiente das metodologias, modelos e ferramentas adotados para o Gerenciamento de Capital; Difundir o conceito do Gerenciamento de Capital e consolidar o seu gerenciamento, que são únicos para o todo o Conglomerado Econômico-Financeiro Mercantil do Brasil; Responder, em conformidade com o Diretor responsável pelo Gerenciamento de Capital, pelas informações sobre o Gerenciamento de Capital ao Órgão Supervisor. 2.2.6 DEMAIS ÁREAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL MERCANTIL DO BRASIL 2.2.6.1 ÁREAS DE SUPORTE A integração das atividades consideradas complementares ao Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil deve constituir-se em uma mobilização de esforços para que os objetivos sejam alcançados concomitantemente às atividades das áreas, permitindo o aprimoramento dos processos, procedimentos, sistemas, metodologias e modelos de gestão do Capital. Gerência de Risco de Crédito: responsável pela consolidação das informações que compõem o cálculo do Índice de Basileia e divulgação do DLO (Demonstrativo de Limites Operacionais) junto ao Órgão Supervisor, além da apuração da alocação de Capital decorrente do Risco de Crédito (RWACPAD); Gerência de Demonstrações Financeiras: responsável pela apuração da alocação de Capital decorrente do Risco Operacional (parcela RWAOPR) por meio da metodologia Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada ; 10

Gerência de Riscos: responsável pelo cálculo da alocação de Capital decorrente do Risco de Mercado (parcelas RWAJUR, RWACAM, RWAACS, e RWACOM) por meio da metodologia padronizada, e RBAN este por meio de metodologia própria; Gerência de Retaguarda de Tesouraria e Câmbio: responsável pela apuração das informações para alocação de Capital referente à exposição em Títulos e Valores Mobiliários e Derivativos (CVA); Gerência de Desenvolvimento de Negócios: responsável por implementar em nível tático as regras de negócios aos produtos em resposta ao desempenho relativo ao capital alocado, como por exemplo, alterando prazos máximos de contratação, redefinindo parcelas mínimas para renovações, taxas praticadas, entre outros. 2.2.6.2 ÁREA DE VALIDAÇÃO A Estrutura e a Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil estão sujeitas à efetiva e abrangente Auditoria Interna, cuja atuação é independente, isenta e autônoma. Cabe à Auditoria Interna verificar se as práticas de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil estão sendo conduzidas em conformidade com a Estrutura e a Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. Nesse sentido, a Auditoria Interna poderá aconselhar, apoiar ou até mesmo contestar as decisões relacionadas ao Gerenciamento de Capital, sem tomar como sua responsabilidade, a qual é atribuída à própria Estrutura de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. Além do trabalho conjunto de monitoração, a Auditoria Interna deve realizar revisões regulares com o objetivo de avaliar o ambiente de controle, testar a eficácia dos procedimentos implementados e assegurar que as atividades do Conglomerado Econômico-Financeiro Mercantil do Brasil estão sendo conduzidas em conformidade com a Estrutura e a Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. 11

3 POLÍTICA INSTITUCIONAL DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL MERCANTIL DO BRASIL O Capital deve ser componente indispensável no processo decisório dos negócios, sendo seu gerenciamento fator de diferenciação competitiva e de avaliação da relação risco-retorno. A agregação de valor que ele confere ao Mercantil do Brasil assegura a otimização dos recursos e da alocação de Capital em benefício dos clientes, acionistas, funcionários e da sociedade. Com as novas exigências advindas das recomendações do Basileia III, o uso eficiente do Capital torna-se foco da gestão, em um ambiente em que o importante é a capacidade da Instituição em rentabilizá-lo. A gestão do Capital possibilita à Instituição uma avaliação consistente do Capital necessário para suportar o crescimento projetado, além da adoção de uma postura prospectiva, antecipando a necessidade de Capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado. Neste sentido, como principais objetivos do Gerenciamento de Capital, o Mercantil do Brasil visa: Utilização eficiente do Capital, por meio da alocação em negócios que considera o binômio risco versus retorno; Otimização do Capital alocado em segmentos de negócios e produtos de maior rentabilidade; Projeções de metas de Capital para atendimento aos objetivos estratégicos definidos no Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil; Gestão integrada de riscos, considerando os pilares I e II do Basileia II; Garantir sua posição de solidez no mercado financeiro, ao adotar as melhores práticas de gestão e mitigação de riscos, em atendimento aos requisitos do Basileia III. A Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil apresenta os requisitos, mecanismos e procedimentos que compõem o gerenciamento de Capital, mantendo-o compatível com os riscos incorridos. Deve integrar-se às estratégias e aos negócios de cada Instituição do Conglomerado Econômico-Financeiro Mercantil do Brasil, com o intuito de alinhar todos os processos existentes e praticados com as políticas vigentes. 12

3.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E MERCADOLÓGICO MERCANTIL DO BRASIL O Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil é composto das principais estratégias, diretrizes e objetivos a serem adotados para os anos seguintes. Na sua elaboração são considerados aspectos como cenário macroeconômico projetado, oportunidades e ameaças de negócios, riscos inerentes, participação projetada no mercado e metas de crescimento em negócios / segmentos. O Planejamento Estratégico e Mercadológico é ferramenta fundamental no processo de gestão do Capital, haja vista as diretrizes nele contidas, e cujas projeções são detalhadas em documento complementar, o Orçamento Plurianual. Considera-se o potencial de cada negócio / segmento e define-se metas para ativos, passivos, receitas e despesas para o respectivo período em análise, sustentadas pela consequente projeção da necessidade de Capital. 3.1.1 APURAÇÃO DO REQUERIMENTO DE CAPITAL Com a introdução das novas regras recomendadas pelo Comitê de Basileia, o Basileia III, a apuração do requerimento mínimo de capital passa a ser feita por meio de requerimentos independentes para cada conceito de Capital (Capital Principal, Nível I e PR). Além dos valores mínimos, espera-se que as Instituições mantenham montantes adicionais de Capital Principal, cujos limites são variáveis ao longo do tempo e definidos pelo Banco Central do Brasil como elemento de política prudencial frente a riscos sistêmicos. Foi estabelecido um cronograma de implantação dos novos requerimentos de capital, o qual se estende até janeiro de 2019. Como principal indicador do grau de capitalização do Mercantil do Brasil, é adotado o Índice do PR, um dos requerimentos mínimos de capital implantados pelas novas regras do Basileia III. Ele é apurado a partir da expectativa de crescimento dos ativos ponderados pelo risco (RWA), em relação à evolução dos níveis de capitalização, PR Patrimônio de Referência, seja ela orgânica por meio dos resultados projetados ou por demais fontes de Capital disponíveis. O PR (Patrimônio de Referência) é composto do Nível I o qual consiste do somatório do Capital Principal e Capital Complementar e Nível II. Os ativos ponderados pelo risco (RWA) estão dispostos em três parcelas conforme a natureza do risco: 13

A metodologia de cálculo adotada para cada parcela atende às respectivas metodologias padronizadas do Banco Central do Brasil, descritas nas Políticas Institucionais de Risco de Crédito, Risco de Mercado e Risco Operacional. Índice PR = PR / RWA * 100 14

3.2 PLANO DE CAPITAL O Plano de Capital Mercantil do Brasil contempla as estratégias relacionadas à Estrutura e Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil, e tem como objetivo principal nortear as diretrizes e procedimentos relacionados ao tema, estando em linha com o Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil. É composto pelos seguintes documentos: 3.2.1 ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE CAPITAL MERCANTIL DO BRASIL Nesse documento estão expressas as principais estratégias, procedimentos e diretrizes no que se refere ao Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil, contemplando: Metas e projeções de Capital para o período mínimo de 3 anos; Principais fontes de Capital disponíveis, ou seja, as alternativas de capitalização a serem acessadas; Plano de Contingência de Capital, com medidas de ajuste de caráter preventivo e restritivo; Política de Distribuição de Resultados. 3.2.2 ORÇAMENTOS PLURIANUAL E ANUAL MERCANTIL DO BRASIL O Orçamento Plurianual Mercantil do Brasil é um documento complementar ao Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil, e contempla as projeções financeiras para um prazo mínimo de 3 anos. Este documento, desenvolvido em conformidade com o Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil, é atualizado anualmente conforme Orçamento Anual Mercantil do Brasil. Permite uma gestão mais próxima da realidade das projeções de Capital e contém: Ameaças e oportunidades relativas ao ambiente econômico e de negócios traduzidos nas projeções das operações de crédito; Projeções dos valores de ativos e passivos, bem como das receitas e despesas; Metas de crescimento ou participação no mercado; e Distribuição de resultados. 15

O impacto das projeções plurianuais no nível de capitalização do Mercantil do Brasil por meio da evolução do Índice do PR e, consequentemente, da necessidade de Capital para sustentá-las, gera as Metas e Projeções de Capital Mercantil do Brasil para o período. 3.3 GESTÃO DE RISCOS O Gerenciamento de Capital no Mercantil do Brasil está diretamente relacionado ao nível de risco incorrido, havendo uma integração com a Gestão dos Riscos seja ele de liquidez, crédito, mercado e operacional. São utilizados mecanismos que possibilitam a identificação e avaliação dos riscos relevantes incorridos, inclusive os não cobertos pelo RWA Ativos Ponderados pelo Risco. A gestão integrada aprimora a otimização do Capital alocado perante os riscos, bem como facilita a identificação de momentos de estresse. Ferramentas como Testes de Estresse de Riscos (liquidez, mercado e operacional), gerenciamento de Garantias e da Inadimplência (mitigação de riscos de crédito), monitoramento de liquidez e de ativos líquidos disponíveis, além de Planos de Contingência, estão intimamente relacionados ao Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil. 3.4 PROJEÇÕES E SIMULAÇÃO DE EVENTOS SEVEROS (STRESS TESTING) Uma das funções da gestão de Capital é a identificação e o acionamento de ações que impeçam a ocorrência de uma crise de Capital. O monitoramento do nível de capitalização é uma ferramenta fundamental para este fim, considerando não apenas a avaliação dos impactos dos eventos ocorridos no período em análise, mas também a sensibilidade do nível de capitalização frente a cenários adversos futuros. Nesse contexto, o Gerenciamento de Capital utiliza ferramentas típicas de gestão de riscos, conhecidas como Testes de Estresse. Os Testes de Estresse de Capital têm como objetivo avaliar o impacto potencial de alterações extremas e adversas nas variáveis econômicas e financeiras, em especial no nível de capitalização do Mercantil do Brasil. Inclui a construção de cenários adversos frente a projeções orçamentárias, bem como a sensibilidade nas alterações em componentes importantes, podendo citar: Crescimento da carteira de crédito de forma diversa à originalmente projetada, impactando no volume de Capital alocado (RWA), e nas receitas esperadas; 16

Variação na estrutura de funding projetada (captações internas e externas) e seus respectivos custos, impactando nas despesas de captação; Mudanças no cenário de taxa de juros (Selic) e seus impactos dada a constituição de uma carteira prioritariamente pré-fixada, bem como no aumento das despesas de captação; Efeitos adversos quanto a crises de inadimplência, traduzidos pelo aumento em percentuais de atraso ou na reclassificação da carteira de crédito em níveis superiores aos atuais. A avaliação periódica de Testes de Estresse, no mínimo semestral, que devem constar do relatório de Acompanhamento da Estrutura de Capital, auxilia na antecipação de problemas relacionados ao Capital, o que acarretaria no acionamento de medidas de ajuste de caráter preventivo e restritivo, constantes do Plano de Contingência de Capital, conforme definido no Plano de Capital Estratégia para Gestão de Capital Mercantil do Brasil. 3.5 LIMITES OPERACIONAIS Dado que o Índice do PR, acrescido do Adicional de Capital Principal é o principal indicador de gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil, fica estabelecido um limite mínimo de 1,0 ponto percentual acima do mínimo estabelecido pelo Órgão Supervisor para acionamento das medidas de caráter preventivo e de 0,5 ponto percentual para as medidas de caráter restritivo. Ressalta-se que de acordo com o cronograma de implantação de Basileia III, esses limites mínimos variam ao longo do tempo (phase-in), reduzindo-se na medida em que mais Capital é exigido das Instituições a título de Ajustes Prudenciais. Esses Ajustes Prudenciais referemse em sua maioria a alocação por Crédito Tributário, Ativo Intangível e Participação de Não Controladores. 3.6 MODELO DE RENTABILIDADE DE NEGÓCIOS A metodologia de apuração do desempenho dos segmentos de negócio adotada pelo Mercantil do Brasil considera o nível de rentabilidade mínimo que os acionistas desejam obter sobre o Capital alocado. Com essa metodologia, tornou-se possível distinguir os segmentos de negócio que proporcionam resultados satisfatórios daqueles que não proporcionam, ou seja, a identificação clara e precisa dos negócios que agregam valor ao Mercantil do Brasil. 17

Esta metodologia está em linha com os pré-requisitos do Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil, que trata do uso eficiente do Capital no processo de decisão e de negócio, tornando-o componente explícito das decisões e dos negócios. A metodologia considera, para medição dos segmentos de negócios, dois indicadores: Margem de Contribuição e Retorno sobre Capital Alocado. Margem de Contribuição é resultado de: Receita Líquida de Aplicação: Margem de Captação: Receita de Tarifas: Receita Bruta ( ) Despesa Financeira correspondente às operações de ativos de crédito da carteira comercial, empréstimos consignados, veículos, etc. Margem de retorno dos produtos de captação de recursos. Receita de prestação de serviços, garantias prestadas, corretagem de seguros, etc. Provisão para Risco de Crédito: Variação da provisão mensal para risco de crédito pela Resolução CMN nº 2682/1999. Despesas Administrativas: Despesas Administrativas (pessoal, transporte, aluguel, vigilância, entre outros) geradas pelo custeio direto dos centros de negócios (+) despesas de rateio das áreas de gestão e suporte comercial. Capital Alocado é o capital exigido pelos segmentos de negócios para cálculo do Índice de Basileia, dada sua exposição ao risco de crédito. O capital alocado para os riscos de Mercado e Operacional são absorvidos pelo Acionista na meta do Retorno Mínimo. Retorno Sobre Capital Alocado é resultado de: Margem de Contribuição Capital Alocado para Riscos de Crédito* 18

Este indicador resume a rentabilidade de um segmento, tendo como meta um percentual suficiente para remunerar o Capital alocado. Esta meta é calculada considerando o retorno mínimo exigido pelo acionista, dados o custo do dinheiro no médio prazo, associado a uma estrutura de custos administrativos e despesas de caráter corporativo, ou seja, não relacionadas aos segmentos comerciais de negócios. O modelo de rentabilidade gerencial adotado pelo Mercantil do Brasil permite mensurar o nível de retorno dos segmentos ajustado ao risco, ou seja, a eficiência da utilização do Capital. Considera o impacto das decisões estratégicas e a estrutura de funding e de custos do Mercantil do Brasil, conferindo agilidade e legitimidade ao processo de decisão quanto aos segmentos de negócios. 3.7 RELATÓRIOS GERENCIAIS O monitoramento do nível de capitalização do Mercantil do Brasil é suportado por relatórios gerenciais periódicos, no mínimo trimestrais, com informações que sinalizem os aspectos qualitativos e quantitativos. Eles permitem avaliar os impactos resultantes dos eventos ocorridos no período a que se referem, além de projeções futuras, objetivando sempre uma avaliação executiva da performance dos negócios, considerando o binômio risco versus retorno, e seu impacto na utilização eficiente do Capital. Acompanhamento da Estrutura de Capital: relatórios periódicos, no mínimo trimestrais, com foco na gestão do Capital, contemplando a composição e evolução do Índice de Basileia, mudanças na regulamentação, Testes de Estresse, resumo do desempenho gerencial dos segmentos e demais itens que impactam no nível de capitalização do Mercantil do Brasil; Acompanhamento da Estratégia: relatórios periódicos, no mínimo trimestrais, de acompanhamento do Planejamento Estratégico e Mercadológico, incluindo análises relacionadas à rentabilidade dos segmentos de negócios do Mercantil do Brasil; Acompanhamento do Orçamento: acompanhamento mensal do Orçamento, com avaliações referentes às projeções dos resultados orçados e seus impactos no Índice de Basileia em consequência das movimentações ocorridas no mês. 19

4 SISTEMAS No Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil são utilizadas diversas ferramentas e sistemas que suportam os processos a ele relacionados, tais como a apuração dos Índices de Basileia (Capital Principal, Nível I e PR), o cálculo da Rentabilidade dos Segmentos de Negócios, as Projeções Orçamentárias, as simulações dos Testes de Estresse, e demais análises correlatas. Em cada processo, são utilizados dados de bases corporativas (CRB, DAT, WAT, AGD e Demonstrações Contábeis Eletrônicas) e sistemas de apoio gerenciais incluindo soluções Business Intelligence (BI), cuja integridade é verificada periodicamente pelas áreas responsáveis. 5 PERIODICIDADE DE ATUALIZAÇÃO A Estrutura e a Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil vigoram a partir de sua aprovação pela Diretoria e pelo Conselho de Administração, se houver, do Conglomerado Econômico-Financeiro Mercantil do Brasil, ficando à disposição dos Órgãos de Fiscalização e Supervisão. Sua revisão tem periodicidade mínima anual, podendo haver alterações quando necessário. Sua atualização deve garantir a conformidade com o Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil e com as condições de mercado. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Estrutura e Política Institucional de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil contemplam a variação dos diversos cenários de exposição a riscos, refletindo o ambiente de negócios, o comportamento da concorrência e o compromisso com os resultados junto a clientes, acionistas, funcionários e a sociedade. O Gerenciamento de Capital é um processo dinâmico que requer constante aprimoramento, devendo estar integrado ao Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil. 20