Componente Curricular: Microbiologia e Parasitologia I Profª Mônica I. Wingert Módulo I Turma 101E INFECÇÃO HOSPITALAR

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Transcrição:

Componente Curricular: Microbiologia e Parasitologia I Profª Mônica I. Wingert Módulo I Turma 101E INFECÇÃO HOSPITALAR Infecção hospitalar ou infecção nosocomial é qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia. Infecção nosocomial é considerada é considerada a causa de maior morbidade e mortalidade. A taxa de infecção elevada evidência a má qualidade de atendimento nas instituições de saúde e leva há gastos inevitáveis, gerando processos judiciais. Vários fatores contribuem para a freqüência das infecções nosocomiais: pacientes imunodeprimidos, submetidos à exames invasivos, cirurgias, práticas de prestação de serviços, como também o tempo de internação, assim como o ambiente hospitalar é propício para a transmissão de microorganismos. TIPOS DE INFECÇÕES Infecção Comunitária; Infecção Hospitalar; Infecção Exógena (causadas por microorganismos que não fazem parte da flora humana normal, habitam o solo, água e alguns animais); Infecção Endógena (causadas pela flora humana normal, colonizam a pele e mucosas, só causam infecção quando há condições predisponentes). SUSCETIBILIDADE Quando: -Idade (criança e idoso); -Doença de base; -Condições de imunização precárias; -Desnutrição; -Procedimentos diagnósticos (biópsias, aspiração de fluídos); -Doenças de longa duração; -Câncer; - Diabetes; -Cirurgias. -Medicações (corticóides, antibióticos, imunossupressores); -Terapêutica (radiações, quimioterapias); -Procedimentos invasivos (cateterização vesical, venosa, entubações); INFECÇÃO COMUNITÁRIA É aquela que se detecta no período de incubação, na admissão do doente, desde que esteja relacionada com a internação anterior na mesma instituição.

INFECÇÃO HOSPITALAR É qualquer infecção adquirida após a admissão do doente na instituição hospitalar em que se manifesta durante a internação e/ou após a alta. Considera-se infecção hospitalar: -Se não existir evidência da infecção presente ou incubada no momento da admissão do doente; -A infecção adquirida no hospital torna-se evidente após a alta do doente; -Não se considera infecção hospitalar; -Infecções associadas a uma complicação ou extensão de infecções já presentes na admissão, exceto que presentes na admissão, um novo agente patogênico ou sintomas fortemente sugestivos de uma nova infecção; Principais agentes patogênicos: -Escherichia coli; -Staphylococcus aureus; -Staphylococcus epidermidis; -Pseudomonas Enterococcus -Candida albicans -Acinetobacter ISOLAMENTOS Objetivo: - Prevenir a transmissão de infecções em meio hospitalar. - Estabelecimento de barreiras físicas, de modo a limitar ou mesmo suprimir a transmissão dos agentes infecciosos: ;ortuo o arap etneod mu ed ;sodadiuc ;sodadiuc ed serodatserp so arap setneod sod ;setneod so arap sodadiuc ed serodatserp sod Tipos de isolamentos Isolamento Imunodeprimidos Utilizado para prevenir as infecções em doentes imunodeprimidos, quer pela natureza da sua própria, quer por terapêutica imunossupressora, os pacientes que atravessam períodos longos de neutropenia, são de maior risco para desenvolvimento de infecção por Aspergillus sp e, portanto, devem ser mantidos em ambiente com filtragem absoluta de ar. Isolamento de Contato Infecção localizada em microrganismos resistentes como feridas, úlceras de pressão e urina; Isolamento Aéreo Utilizado no caso de infecções do trato respiratório por microrganismos resistentes

transmite-se o microrganismo pela tosse, expectoração e saliva (Acinetobacter e mrsa- Staphylococcus aureus resistente à ATB, é um tipo de infecção difícil de ser tratada,pode infectar qualquer parte do corpo). Isolamento Respiratório É utilizado em doentes infectados com tuberculose que (utiliza-se a mascara de bico de pato); Precaução Isolamento Imunodeprimidos- São indicados para pacientes imunodeprimidos ou ainda grandes queimados ou prematuros com insuficiência respiratória e pacientes que realizam várias sessões de radioterapia e quimioterapia. É importante que o profissional de radiologia utilize ao entrar no quarto avental estéril luvas estéreis máscara cirúrgica simples Isolamento de Contato 1. Quarto privativo ou enfermaria com pacientes que apresentem infecção pelo mesmo Microrganismo; 2. Usar luvas de não estéreis ao entrar no quarto para atendimento do paciente; 3. Trocar as luvas sempre após contato com material infectante com alta concentração de microrganismos (fezes, secreções de ferida); 4. Retirar luvas antes de deixar o quarto; 5. Lavar as mãos com antisséptico após retirar as luvas; 6. Usar avental limpo ao entrar no quarto (quando se prevê contato substancial com o paciente e com superfícies ambientais ou ítens do quarto); avental plástico para banho; retirar avental antes de deixar o quarto e colocar no hamper; 7. Evitar deslocamento do paciente dentro do hospital; 8. Estetoscópio e termômetro devem ser de uso único do paciente; quando não for possível esta recomendação, esses equipamentos devem ser limpos e desinfetados antes de usar em outro paciente; 9. Manter medidas de Precaução Padrão. Isolamento Aéreo Precauções Respiratórias para Aerossóis A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas. Algumas partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se resseca e fica suspensa no ar, podendo permanecer durante horas e atingir ambientes diferentes, inclusive quartos adjacentes (são carreados por corrente de ar).

Destinam-se às situações de suspeita ou confirmação de tuberculose pulmonar ou laríngea, sarampo, varicela e herpes zoster disseminado ou em imunodeprimidos. Quarto privativo: Obrigatório, com porta fechada. Preferencialmente deverá dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e 6 trocas de ar por hora, com uso de filtro HEPA (central ou portátil). Máscara: É obrigatório o uso de máscara específica (tipo N95) com capacidade de filtrar partículas <0,3 mm de diâmetro, por todo o profissional que prestar assistência ou realizar procedimento a pacientes com suspeita ou confirmação das doenças citadas acima. Deverá ser colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após saída do mesmo, podendo ser reaproveitada pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada. Transporte do paciente: Deverá ser evitado. Quando necessário, o paciente deverá sair do quarto utilizando máscara comum. Artigos e equipamentos: Deverão ser exclusivos para o paciente ou comum para pacientes acometidos com o mesmo microrganismo. Isolamento Respiratório Precauções Respiratórias para Gotículas A transmissão por gotículas ocorre através do contato próximo com o paciente. Gotículas de tamanho considerado grande (>5m) são eliminadas durante a fala, respiração, tosse, e procedimentos como aspiração. Atingem até um metro de distância, e rapidamente se depositam no chão, cessando a transmissão. Portanto, a transmissão não ocorre em distâncias maiores, nem por períodos prolongados. Exemplos de doenças transmitidas por gotículas: Doença Meningocócica e Rubéola. Destinam-se para situações em que existam pacientes sob suspeita ou confirmação da transmissão de microrganismos por via aérea (exceto para M. tuberculosis laríngea e pulmonar, sarampo, varicela e herpes-zóster disseminada ou em imunossuprimido). Quarto privativo: Obrigatório, privativo ou comum para o mesmo microrganismo, mantendo porta fechada. Máscara: É obrigatório o uso de máscara comum (tipo cirúrgica), durante o período de transmissibilidade de cada doença em particular, para todas as pessoas que entrarem no quarto. Deverá ser desprezada ao sair do quarto. Transporte do paciente: Deverá ser evitado. Quando necessário o paciente deverá sair do quarto utilizando máscara comum. Artigos e equipamentos: Deverão ser exclusivos ao paciente ou comum aos pacientes acometidos com o mesmo microrganismo.

Medidas de Precaução Objetivo: Impedir a disseminação de um agente infeccioso do paciente, infectado ou colonizado, para outros indivíduos. A disseminação de infecção dentro do hospital depende de três elementos: uma fonte de microrganismo infectante, um hospedeiro suscetível e um meio de transmissão de microorganismo. A transmissão ocorre principalmente por: CONTATO Contato Direto - com a superfície corporal, com transferência do microrganismo entre o paciente infectado ou colonizado e o indivíduo suscetível. Exemplos: disseminação de microrganismos multirresistentes, Escabiose. Contato Indireto - através da transferência do microrganismo de um objeto contaminado para um indivíduo suscetível. Exemplos: Uso comum de termômetro, esfigmomanômetro e estetoscópio, sem desinfecção, entre pacientes. GOTÍCULAS - são produzidas através da fala, tosse, espirro e durante a realização de alguns procedimentos, tais como: aspiração traqueal e broncoscopia. A transmissão ocorre pela deposição destas gotículas em mucosa nasal ou oral, através de um contato muito próximo (< 90 cm) entre a fonte de infecção e o indivíduo suscetível. Estas gotículas não permanecem suspensas no ar. Exemplo: a transmissão da meningococcemia, caxumba, rubéola. AÉREO - ocorre pela disseminação de micropartículas infectantes, geradas pela fala, tosse, espirro ou por procedimentos como aspiração traqueal e broncoscopia. Estas partículas alcançam rápida dispersão no ar e a maioria permanece em suspensão (aerosol) por períodos prolongados, podendo ser inaladas por um hospedeiro suscetível. As partículas de poeira suspensas por varredura a seco ou agitação de roupa também podem conter estas partículas infectantes. Exemplo: a transmissão de tuberculose pulmonar e laríngea, varicela e sarampo. VEÍCULOS COMUNS - onde os microrganismos são transmitidos por veículos contaminados, tais como: alimentos, água, soluções endovenosas, medicamentos ou dispositivos invasivos. Exemplo: surto de diarréia por alimento ou água contaminada. VETORES modo de transmissão, tais como mosquitos, pássaros, ratos e outros.

Doenças Abscesso ou celulite com drenagem Abundante, incontida pelo curativo PC Precaução específica Duração da medida Até melhorar drenagem Coqueluche PG Até 5 dias de tratamento Colonização ou Infecção por Microrganismos multirresistente. PC Término do tratamento com antibiótico, melhora clínica, culturas negativas ou alta Caxumba PG Até 9 dias após o início do aumento das parótidas Difteria PC - PG Até término do antibiótico e após duas culturas negativas de oro ou nasofaringe com intervalo de 24 horas entre elas Epiglotite por Haemophilus influenzae PG Até 24 horas de tratamento Escarlatina PG Até 24 horas de tratamento Gastroenterite em paciente com incontinência fecal Herpes Zoster disseminado ou localizado em imunodeficiente PC PA, PC Duração do quadro clínico Duração do quadro clínico Impetigo PC Até24 horas de tratamento com antibióticos Influenza (gripe) PG Duração do quadro clínico Meningite PG Até 24 horas de tratamento Pediculose PC Até 24 horas de terapia efetiva Rubéola não congênita PG Até7 dias após o início do exantema Sarampo PA Até 7 dias após o início do exantema Tuberculose pulmonar PA Paciente em tratamento com melhora clínica e 3 culturas de escarro negativos, coletados em dias diferentes Varicela PA - PC Até todas as lesões se tornarem crostas Infecção por Microrganismo PC Pacientes com história de infecção ou colonização por microrganismos Multirresistente multirresistentes AIDS PP - PA sintomatologia respiratória e/ou presença de alteração do parênquima pulmonar de qualquer natureza, observada no exame radiológico do tórax.

VIAS DE TRANSMISSÃO Contato direto (tosse, espirro, conversa, via sexual, transplacentária, mãos) Contato indireto (materiais contaminados, água e alimentos, sangue para transfusões, medicações e soluções contaminadas) Ar (poeira contaminada, ar condicionado) Vetor (através de insetos, roedores ou outro animal) Através de um veículo: sotnemila sotnemacidem sotnemapiuqe ed aiv lapicnirp( soãm transmissão) COMO EVITAR INFECÇÃO Precaução/ barreira *Lavagem de mãos: É a medida isolada mais importante para evitar a transmissão de um microrganismo de um paciente a outro e de um sítio para outro no mesmo paciente. *Luvas: São utilizadas para impedir a contaminação das mãos quando em contato com fluidos orgânicos, mucosa, pele não íntegra e para reduzir a transmissão de patógenos, de profissionais de saúde para pacientes e entre pacientes. As luvas devem ser trocadas após a manipulação de cada paciente e as mãos lavadas após sua retirada. O uso de luvas não substitui a lavagem das mãos, porque as luvas podem apresentar perfurações inaparentes, danificarem durante o uso ou haver contaminação das mãos durante sua retirada. Existem três tipos de luvas em ambiente hospitalar: luvas estéreis ou cirúrgicas, luvas de procedimentos (não estéreis) e as luvas de borracha-pvc. As luvas utilizadas em isolamento são as de procedimentos (não estéreis). *Máscaras: Devem ser usadas durante atividades com risco de respingos de material orgânico em mucosas nasal, oral e durante contato com pacientes portadores de doenças transmitidas por gotículas ou pelo ar. As máscaras utilizadas em isolamento podem ser de dois tipos, as cirúrgicas e as com proteção para micropartículas, chamadas de respiradores. As máscaras cirúrgicas são eficientes no isolamento de patologias transmitidas por gotículas. As máscaras com proteção para micropartículas são utilizadas na prevenção de transmissão aérea de microrganismos como: Mycobacterium tuberculosis, vírus do sarampo e da varicela. Estas máscaras devem ser capazes de filtrar partículas < 1,0 mm com eficiência de pelo menos 95% e serem moldadas para adaptar perfeitamente a face. As máscaras cirúrgicas não estão dentro desta

especificação. Portanto, máscaras não cirúrgicas (máscara com proteção para micropartículas) serão utilizadas no isolamento de pacientes com tuberculose pulmonar e laríngea, sarampo e varicela. *Óculos de proteção: São utilizados durante procedimentos que possam gerar respingos de material orgânico e atingir a conjuntiva ocular. Devem ter anteparo na borda superior, lateral e inferior. *Avental: São utilizados para prevenir a contaminação das roupas e da pele dos profissionais de saúde, quando há risco de exposição a material orgânico. Devem ser de tecido impermeável e de mangas longas. Também são utilizados durante cuidado de pacientes em isolamento de contato, neste caso devem ser retirados com técnica adequada antes da saída do quarto. TIPOS DE ASSEPSIA Assepsia higiênica ou comum: é aquela que é vulgarmente feita em qualquer situação, sempre que se sinta que as mãos estão sujas. Assepsia médica: quando são praticadas ações de enfermagem, especificamente destinadas à prevenção da infecção, em doentes que se sabe ou suspeita que tenham doenças infecciosas chama-se de medidas de isolamento protetor. Assepsia cirúrgica: É usada apenas em circunstâncias especiais, quando é necessária a exposição do doente a todos os microorganismos vivos, cujo objetivo é prevenir a contamina prevenir a contaminação. PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM A taxa de infecção é um dos indicadores que avalia a qualidade hospitalar; A não aplica das técnicas assépticas, médica e cirúrgica corretas, pode sempre provocar infecção. Para isso necessário prevenir (Processo de Enfermagem); A enfermagem deve realizar um exame físico cuidadoso, evitar risco de contaminação, estar sempre atentos a qualquer alteração com o paciente e estar sempre se avaliando e realizar um planejamento em relação aos cuidados. AÇÕES DE ENFERMAGEM Manter a higiene do serviço, de acordo com as políticas do hospital e as boas práticas de enfermagem; Monitorizar as técnicas assépticas, incluindo a lavagem das mãos e a utilização do isolamento;

Iniciar o isolamento logo que as amostras de cultura revelem microrganismos patogênicos; Manter provisões adequadas e seguras de equipamento, fármacos e material para os cuidados aos doentes; Manter o pessoal de saúde informado quanto à importância do controle das infecções; Limitar a exposição dos doentes a infecções provenientes das visitas, dos profissionais, de outros doentes ou de equipamento utilizado para diagnóstico ou tratamento; Evitar isolamentos dentro de enfermarias onde se encontram outros doentes; GUIA DE PREVENÇÃO Os profissionais que atuam diretamente na assistência ao paciente devem seguir as recomendações básicas para a prevenção e o controle de infecção. Uso de avental/guarda-pó sempre fechado, devendo este ser retirado para as refeições; Não utilizar avental/guarda-pó de outra instituição; Não sentar no leito do paciente; Manter cabelos sempre presos, ou usá-los curtos; Não fazer uso de jóias, ou qualquer outro adorno; Manter unhas limpas, curtas e sem esmalte; Não se alimentar no posto de enfermagem; Não usar chinelos e sandálias, apenas sapato fechado; Avisar a chefia se estiver resfriado, com diarréia e com feridas infectadas. Não transitar pelo hospital com alimentos (cafés, pacotes de bolacha, chás, pães, etc). QUANDO LAVAR AS MÃOS -Ao chegar à unidade; -Antes e após utilizar o banheiro, se alimentar, pentear os cabelos, limpar e assoar o nariz, fumar, tocar qualquer parte do corpo; Antes de preparar medicamentos e administrar; -Antes e após curativos; -Antes e após procedimentos no paciente, se sujidade visível ou presença de matéria orgânica; -Antes e após procedimentos diferentes no mesmo paciente; se contaminação com matéria orgânica. - Após o contato com fezes, urina, sangue, saliva, escarro, secreções purulentas ou outras secreções, materiais, equipamentos e roupas contaminadas com esses materiais; Ao final do trabalho. TÉCNICA DA LAVAGEM DAS MÃOS 1. Abrir a torneira com a mão não dominante; 2. Usar 3 a 5 ml de sabão líquido;

3. Lavar a palma, dorso, interdigitais, polegar, unhas, articulações e punho, por pelo menos 15 segundos; 4. Enxaguar; 5. Secar com papel toalha; 6. Fechar a torneira com papel toalha. A eficácia da lavagem das mãos depende da duração e da técnica ANTI-SEPSIA DAS MÃOS Na anti-sepsia utilizamos substâncias denominadas anti-sépticas que aplicadas sobre a pele, removem e impedem o crescimento de microorganismos da flora transitória. A anti-sepsia das mãos com Álcool 70% Gel pode ser realizada nas seguintes situações: Após contato com pele íntegra; Ao passar de uma área contaminada do corpo para uma área limpa durante o cuidado com o paciente desde que não haja sujidade visível; Após contato com objetos presentes nas imediações dos pacientes; Após remoção de luvas; O uso do Álcool 70% Gel é imprescindível, para a garantia de uma boa anti-sepsia deve-se utilizar um volume de no mínimo 2ml (duas pressionadas no dispositivo do dispensador) e realizar a fricção deste nas mãos até a sua secagem. SISTEMA DE PRECAUÇÕES DE ISOLAMENTOS São medidas de controle de infecção que visam à diminuição no risco de transmissão de microorganismos nos hospitais. As precauções são classificadas de acordo com a forma de transmissão das doenças, que são por contato, por gotículas ou via aérea. Os SCIH s dos hospitais utilizam PLACAS para identificação dos pacientes que necessitam de precauções ou isolamento. Estas placas contêm de forma resumida os cuidados a serem tomados durante o atendimento do paciente, e são de cores específicas de acordo com o tipo de precaução, isto para facilitar sua identificação. É dever de todos obedecer às rotinas de precauções e isolamento, independente se forem profissionais da saúde ou familiares. Devemos estar sempre atualizados para podermos trabalhar a prevenção!