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Transcrição:

IV FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL CUSTEIO (continuação). 3. CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO. A contribuição do empregador doméstico (a patronal) é de 12% (doze por cento) do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. 1 O empregador doméstico é responsável pelo pagamento tanto da quota patronal, como pelo desconto e recolhimento da parte do empregado doméstico. Ambas as contribuições devem ser recolhidas na mesma guia (GPS), até o dia 15 do mês seguinte ao da competência e caso não haja expediente bancário, o prazo será prorrogado para o próximo dia útil. 4. CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA Em regra, a alíquota da contribuição patronal é 20% e o recolhimento deve ser feito até dia 20 do mês seguinte ao da competência e caso no dia 20 não haja expediente bancário, o pagamento deverá ser feito no dia útil imediatamente anterior. Ao contrário das contribuições dos segurados, não há valor máximo (teto) a recolher por parte da empresa. Podemos, didaticamente, dividir as contribuições das empresas em: A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais. B- Incidentes sobre remunerações de empregados e segurados avulsos. C- Substitutivas, em relação à parte patronal da regra geral de custeio. 4.1. Contribuições das empresas incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais. A cota patronal da empresa que toma serviço de contribuinte individual é de 20%. O inciso II do art. 201 do RPS trata do recolhimento patronal incidente sobre remunerações do contribuinte individual: Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços. Integra a remuneração, a bolsa de estudos paga ou creditada ao médico-residente participante do programa de residência médica, que é considerado como contribuinte individual. Da mesma forma, a parte patronal será de 20%. O segurado contribuinte individual empresário, recebe, em regra, uma remuneração para exercer sua função. Este pagamento é chamado de pró-labore. Entretanto, não havendo comprovação dos valores pagos ou creditados aos segurados empresários, sócios, diretores de empresas, diretores de cooperativas quando remunerados (de que tratam as alíneas "e" a "i" do inciso V do art. 9 o ), em face de recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a contribuição da empresa referente a esses segurados será de 20% (vinte por cento), sendo aferida sobre 2 : I - o salário-de-contribuição do segurado nessa condição; II - a maior remuneração paga a empregados da empresa; ou III - o salário mínimo, caso não ocorra nenhuma das hipóteses anteriores. Já, no caso de sociedade civil de prestação de serviços profissionais relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, (como por exemplo o dentista, advogado, médico) a contribuição da empresa referente aos segurados contribuintes individuais (que se referem as alíneas "g" a "i" do inciso V do art. 9º, observado o disposto no art. 225 do RPS e legislação específica) será de vinte por cento sobre 3 : I - a remuneração paga ou creditada aos sócios em decorrência de seu trabalho, de acordo com a escrituração contábil da empresa; ou II - os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-se de adiantamento de resultado ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício. A remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou ao auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a vinte por cento do rendimento bruto. 4 4.1.1. Cooperativas de Trabalho A Contribuição de 15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços. O cooperado é considerado contribuinte individual. A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, é de 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. 5 Já a cooperativa trabalho, como vimos no item 2.2.2. letra D, é obrigada a descontar 11% do valor da quota distribuída ao cooperado por serviços por ele prestados, por seu intermédio, a empresas 6. Vimos no item 4.1 que a remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a vinte por cento do rendimento bruto. Da mesma forma os cooperados, que prestam serviços de transporte rodoviário de carga ou passageiro, têm seus gastos de combustível e manutenção de seus veículos, de modo que a base de cálculo é reduzida em até 20% do valor da nota fiscal ou fatura. O valor da alíquota que a empresa utilizará para os cálculos será o mesmo de 15%, a única coisa que muda é que antes de realizar este cálculo, a empresa deverá reduzir a base de cálculo para até 20% do valor da nota fiscal ou fatura. 7 3 Art. 201, parágrafo 5 o do RPS. 4 Art. 201, parágrafo 4 o do RPS. 5 Art. 22, inc IV, da Lei 8.212/91. 6 Quando o serviço é prestado a pessoas físicas esta alíquota sobe para 20%, pois não há a dedução da cota patronal. 7 Art. 201, parágrafo 20 do RPS: A contribuição da empresa, relativamente aos serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho na atividade de transporte rodoviário de carga ou passageiro, é de 15% (quinze por cento) sobre a parcela correspondente ao valor 1 Lei 8.212/91, art. 24. dos serviços prestados pelos cooperados, que não será inferior a 2 Art. 201, parágrafo 9 o do RPS. 20% (vinte por cento) do valor da nota fiscal ou fatura. Atualizada 07/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

Os cooperados de cooperativa de trabalho e produção são os únicos contribuintes individuais que podem obter a aposentadoria especial. A respeito dos cooperados de cooperativa de trabalho, o artigo 1 o, parágrafo 1 o da Lei 10.666/03 diz: Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. 4.1.2. Cooperativas de Produção Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção 8. Os cooperados (no exemplo, as bordadeiras) são considerados segurados contribuintes individuais. Sendo assim, a cooperativa de produção equipara-se a empresa, devendo recolher os 20%, (cota patronal), sobre a remuneração paga ou creditada aos cooperados (que são contribuintes individuais), como toda empresa o faz. Entretanto, será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. 4.2. Contribuições das empresas incidentes sobre remunerações de empregados e segurados avulsos. Conforme o art 201 do RPS: A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, é de 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregado e trabalhador avulso, além das contribuições previstas nos arts. 202 (Gilrat)e 204 (Cofins e CSLL). A regra é esta, a empresa arrecadará 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregado e trabalhador avulso. 4.2.1. Adicional das Instituições Financeiras A Lei 8.212/91, art. 22, parágrafo 1 o, determina que, no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições sociais básicas, é devida a contribuição adicional de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) sobre a base de cálculo dos segurados empregados, avulsos e contribuintes individuais que prestarem serviços a estas instituições financeiras. 4.2.2. Redução de Alíquota Patronal das Empresas dos Setores de Tecnologia de Informação TI e de Tecnologia de Informação e da Comunicação - TIC. Esta redução da alíquota patronal está prevista no art. 14 da Lei 11.774/08, e estão enquadradas as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação - TI e de tecnologia da informação e comunicação TIC. Visa a estimular as exportações dos serviços relacionados abaixo, diminuindo as alíquotas da contribuição das empresas sobre a folha de pagamento dos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais. 9 Consideram-se serviços de TI e TIC: I - análise e desenvolvimento de sistemas; II - programação; III - processamento de dados e congêneres; IV - elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI - assessoria e consultoria em informática; VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. As mesmas regras de dedução aplicam-se também para empresas que prestam serviços de call center. As operações relativas a serviços não relacionados acima não deverão ser computadas na receita bruta de venda de serviços para o mercado externo. Esta redução consiste na subtração de um décimo do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda. A alíquota apurada desta forma será aplicada uniformemente nos meses que compõem o trimestrecalendário, considerando-se as receitas auferidas nos doze meses imediatamente anteriores a cada trimestrecalendário. 4.2.3. Contribuição decorrente do: Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho GILRAT. O Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho GILRAT, também, é chamado por alguns autores como Seguro de Acidentes no Trabalho SAT. Porém, o termo técnico atual que está presente na Lei 8.212/91 é o Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho GILRAT. O termo utilizado na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP - é RAT Risco Ambiental do Trabalho. Segundo o inciso II, art. 22 da Lei 8.212/91, para financiar a aposentadoria especial e os benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), as empresas deverão recolher sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: 9 Também reduz as contribuições devidas a terceiros, com exceção do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação 8 Conceito dado pela Lei 10.666/03, art. 1 o, parágrafo 3 o. FNDE. 2 Atualizada 07/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. É de responsabilidade da empresa realizar o enquadramento na atividade preponderante, cabendo à Secretaria da Receita Federal do Brasil revê-lo a qualquer tempo. A empresa informará mensalmente, por meio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, a alíquota correspondente ao seu grau de risco, a respectiva atividade preponderante e a atividade do estabelecimento. Haverá, então, uma única alíquota para todos os empregados da empresa, independentemente da atividade exercida. A fim de estimular investimentos destinados a diminuir os riscos ambientais no trabalho, poderá ser alterado o enquadramento de empresa que demonstre a melhoria das condições do trabalho, com redução dos agravos à saúde do trabalhador, obtida através de investimentos em prevenção e em sistemas gerenciais de risco. A alteração do enquadramento estará condicionada à inexistência de débitos em relação às contribuições previdenciárias. As alíquotas (de 1, 2 ou 3%) poderão ser reduzidas em até cinqüenta por cento ou aumentadas em até cem por cento, em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção FAP. As alíquotas constantes de 1%, 2% ou 3% serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. Este acréscimo incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 4.3. Contribuições Substitutivas das Empresas, em relação à parte patronal da regra geral de custeio. Abordaremos as contribuições substitutivas, que são: A- da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional; B- do Produtor Rural. 4.3.1. Contribuição substitutiva de associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional Dec. 3.048/99 - Art. 205. A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, destinada à seguridade social, em substituição às previstas no inciso I do caput do art. 201 e no art. 202 (contribuição patronal sobre empregados e avulsos e o GILRAT), corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que participe em todo território nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos. Esta contribuição substitui, APENAS, a contribuição patronal sobre trabalhadores empregados e avulsos (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho 1, 2, ou 3%) 10. Porém, não substitui as demais contribuições patronais, como a incidente sobre os contribuintes individuais (20%), sobre notas fiscais ou faturas das cooperativas de trabalho (15%) e, muito menos, as contribuições descontadas dos segurados empregados e avulsos. Caberá à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de 5% da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo recolhimento, no prazo de até dois dias úteis após a realização do evento. Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional informar à entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente. No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional receber recursos de empresa ou entidade, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos, esta última ficará com a responsabilidade de reter e recolher o percentual de 5% da receita bruta decorrente do evento, inadmitida qualquer dedução. 4.3.2. Contribuição substitutiva do Produtor Rural. Esta modalidade diferenciada de contribuição é importante para o produtor rural, pois incide sobre a comercialização de seus produtos. Isto respeita os períodos entre safra, período em que não há entrada de receitas, os quais trariam muitas dificuldades no recolhimento das contribuições previdenciárias patronais. Passaremos a estudar a contribuição substitutiva de três espécies de produtores rurais: A Produtor Rural Pessoa Física; B Produtor Rural Pessoa Jurídica; C Agroindústria. As contribuições a serem substituídas, semelhantemente aos clubes de futebol profissional, são referentes a APENAS, a contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados e avulsos (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho 1, 2, ou 3%) 11. Porém, não substitui as demais contribuições patronais, como a incidente sobre os contribuintes individuais (20%), sobre notas fiscais ou faturas das cooperativas de trabalho (15%) e, muito menos, as contribuições descontadas dos segurados empregados, avulsos ou contribuintes individuais. 4.3.2.1. Produtor Rural Pessoa Física É a pessoa física, proprietária ou não, que explora a atividade agropecuária ou pesqueira, em área urbana ou rural, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua. 10 Conhecido como Seguro de Acidente de Trabalho. 11 Conhecido como Seguro de Acidente de Trabalho. Atualizada 07/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho 1, 2, ou 3%), é de: I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho. Desta forma, esta contribuição substitutiva será de 2,1% sobre a comercialização de sua produção rural. 12 Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos. O art. 25, parágrafos 3 o, 10 e 11, da Lei 8.212/91, traz o que integra a base de cálculo da contribuição do produtor rural pessoa física, que é idêntico ao segurado especial: 3º Integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos 11 Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados IPI. 13 10 Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos valores decorrentes da comercialização da produção relativa aos produtos a que se refere o 3 o deste artigo, a receita proveniente: I da comercialização da produção obtida em razão de contrato de parceria ou meação de parte do imóvel rural; II da comercialização de artigos de artesanato de que trata o inciso VII do 10 do art. 12 desta Lei; Obs.: inciso VII do 10 do art. 12 da Lei 8.212/91: atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. III de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais; IV do valor de mercado da produção rural dada em pagamento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que seja o motivo ou finalidade; e V de atividade artística de que trata o inciso VIII do 10 do art. 12 desta Lei. Obs.: Inciso VIII do 10 do art. 12 da Lei 8.212/91: atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. O responsável pelo recolhimento da contribuição do produtor rural pessoa física, a exemplo do segurado especial, é, em regra, aquele que adquire sua produção. Por exemplo: o restaurante, a indústria alimentícia, o mercadinho. São as empresas adquirentes que têm a responsabilidade do recolhimento à previdência. Desta forma, a contribuição do Produtor Rural Pessoa Física, da mesma forma que o segurado especial, será recolhida: I - pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa, que ficam sub-rogadas no cumprimento das obrigações do segurado especial, exceto nos casos do inciso III; II - pela pessoa física não produtor rural, que fica subrogada no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física, quando adquire produção para venda, no varejo, a consumidor pessoa física; ou III - pelo próprio segurado especial, caso comercializem sua produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial. O próprio produtor rural pessoa física será obrigado a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente 14 : a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar; b) de comercialização de artesanato ou do exercício de atividade artística; e c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais. O produtor rural pessoa física continua obrigado a arrecadar e recolher a contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, nos mesmos prazos e segundo as mesmas normas aplicadas às empresas em geral. A Lei 5.889/73 alterada recentemente pela Lei 11.718/08 traz novidades a respeito da possibilidade de contratação de trabalhador rural por pequeno prazo, pelo produtor rural pessoa física. Assim, o produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. 15 A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo não poderá exceder 2 meses dentro do período de 1 (um) ano. Caso isto ocorra, esta relação de trabalho fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. 12 Nota-se que a alíquota de 2,1% é semelhante ao segurado especial, mas esta contribuição nada tem a ver com este tipo de 14 Art. 30, inc XII, da Lei 8.212/91, incluído pela Lei 11.718/08. segurado. 15 Art. 14-A da Lei 5.889/73 alterada recentemente pela Lei 13 Incluído pela Lei 11.718/08. 11.718/08. 4 Atualizada 07/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

A contribuição do segurado trabalhador rural contratado para prestar serviço na forma deste artigo é de 8% (oito por cento) sobre o respectivo salário-de-contribuição. Neste caso, não segue a regra da aplicação das alíquotas de 8%, 9% ou 11%. A alíquota será única de 8% para este tipo de empregado. Esta forma de contribuição substitutiva não se aplica às operações relativas à prestação de serviços a terceiros, cujas contribuições previdenciárias continuam sendo devidas na forma estabelecida pela regra geral de recolhimento patronal 16. Esta modalidade de contribuição não se aplica às 4.3.2.2. Produtor Rural Pessoa Jurídica. sociedades cooperativas e às agroindústrias de É a empresa legalmente constituída que se dedica à atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, em área urbana ou rural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais. Conforme o art. 25 da Lei 8870/94, com redação dada pela Lei 10.256/01, a contribuição devida à seguridade social pelo empregador, pessoa jurídica, que se dedique à piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura. Não se aplica, também, este regime substitutivo à pessoa jurídica que, relativamente à atividade rural, se dedique apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica. produção rural, em substituição à contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade 5. Contribuição sobre a Receita de Concursos de Prognósticos. Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho 1, 2, ou 3%), é de: I - dois e meio por cento da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção; II - um décimo por cento da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção, para o financiamento da complementação das prestações por acidente de trabalho. Desta forma, esta contribuição substitutiva será de 2,6% sobre a comercialização de sua produção rural. Note que, esta contribuição não é substitutiva da parte patronal quando da contratação de contribuinte individual. Neste caso, deverá contribuir da forma convencional, ou seja, com 20% sobre o salário de contribuição do contribuinte individual e 15% sobre a nota fiscal ou fatura no caso de contratação de serviço de cooperativa de trabalho. A responsabilidade pelo recolhimento desta contribuição social é do próprio Produtor Rural Pessoa Jurídica, não havendo, neste caso, a sub-rogação, como ocorre com o Produtor Rural Pessoa Física. 4.3.2.3. Agroindústria É o produtor rural pessoa jurídica, cuja atividade econômica é a industrialização de produção própria ou a Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos concursos de prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo 17. Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis. A contribuição de que trata este artigo constitui-se de: I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo; II - cinco por cento sobre o movimento global de apostas em prado de corridas; e III - cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos. 06. Receitas de Outras Fontes. O artigo 27 da Lei 8.212/91, traz outras receitas para a Seguridade Social: I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; II - a remuneração recebida por serviços de industrialização de produção própria e adquirida de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros, desenvolvendo duas atividades em um mesmo empreendimento econômico com departamentos, divisões ou setores rural e industrial distintos. Por exemplo, uma empresa que planta cana-de-açúcar e produz álcool em sua própria usina. A contribuição devida pela agroindústria, definida, para os efeitos desta Lei, como sendo o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de terceiros, incidente sobre o valor da receita bruta terceiros. (tacitamente revogado) Hoje, a Receita Federal do Brasil é quem arrecada e fiscaliza as contribuições ditas de terceiros, são estes, aqueles participantes do sistema S, quais sejam: Sesi, Senac, Sesc, Senai, Senar, etc. Este inciso está tacitamente revogado pela Lei 11.457/07, art. 3o, parágrafo 4o. Por este serviço prestado, é a Receita Federal do Brasil quem recebe 3,5% do montante arrecadado, que será creditado ao Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de proveniente da comercialização da produção, em Fiscalização. substituição à contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho 1, 2, ou 3%), é de: I 2,5% destinados à Seguridade Social; II 0,1% para o financiamento do benefício aposentadoria especial e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos ambientais da atividade (GILRAT). Desta forma, esta contribuição substitutiva será de 2,6% sobre a comercialização de sua produção rural. III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens; IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras. Por exemplo, receita de aluguel de prédio pertencente ao órgão fiscal; V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais; VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos decorrentes de tráfico de entorpecentes e drogas na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, in verbis: A agroindústria, também, deverá recolher 0,25%, sobre sua comercialização, para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR. 16 Art. 22-A, parágrafo 2 o da Lei 8212/91. Art. 212 do RPS. Atualizada 07/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias. VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; VIII - outras receitas previstas em legislação específica. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinqüenta por cento) do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência médicohospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito. 6 Atualizada 07/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores