A imagem como diferencial no cotidiano da Web



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A imagem como diferencial no cotidiano da Web Thiago MARINHO 1 Resumo A Internet implantou diversas modificações a cultura geral do ser humano, fazendo surgir uma dinâmica diferenciada, que ainda continua em processo de evolução. Essa dinâmica da Internet também está contribuindo para uma reformulação da nossa maneira de agir nos ambientes virtuais, diariamente. Hoje nos atemos muito mais a imagem, a representação cognitiva daquilo que vemos, do que as outras informações que algum tempo atrás eram fundamentais, como por exemplo, os textos, que por mais objetivos que fossem, faziam a diferença, já hoje não fazem tanto. Para essa nova maneira de vivenciar o cotidiano, servem as estruturas de navegação e por isso é necessário uma organização de alto nível das informações, para que elas cada vez mais sejam acessíveis a todos, contribuindo para a existência de uma ideografia globalizada na Web. Palavras-Chave: Imagem. Internet. Ideografia. Introdução A imagem é parte fundamental da comunicação a milhares de anos, desde os primórdios da escrita. Durante todo o processo de desenvolvimento mais recente dos meios de comunicação, juntamente com as tecnologias de informação, a imagem veio novamente crescendo em nível de importância. Da era das cavernas à digital, a imagem tem seu lugar de destaque nas diversas mídias audiovisuais, como o cinema, a televisão, a publicidade e, atualmente, nas mídias digitais. Na fase que nos encontramos hoje, do desenvolvimento da comunicação na Internet, a imagem está voltando a ganhar uma maior importância devido à dinâmica dos processos que exigem ações cada vez mais rápidas. Os usuários da Web precisaram se adaptar a novidade de acompanhar o ritmo de circulação das informações e hoje com todo esse processo de desenvolvimento bem mais estabilizado, as informações se tornaram mais acessíveis a todos que as buscam pela Internet. 1 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB.

As mídias digitais utilizam muito da comunicação visual para simplificar e facilitar não apenas os processos de comunicação, mas também influenciar de forma positiva a relação entre o homem e a máquina, corroborando para uma melhor acessibilidade. Essa nova forma de comunicação se adapta a cada dia em busca de mais rapidez e eficiência. A imagem, principalmente quando ligada as mídias digitais passou a precisar de um melhor nível de organização para que cada estrutura cognitiva seja assimilada com mais facilidade, sendo identificável com a rapidez exigida pela velocidade com que circulam as informações através da Web. Segundo Agner (2006, p. 87), as tecnologias de informação e comunicação têm alterado substancialmente o modo como a informação é organizada e acessada, assim como a quantidade de informação disponível. Para auxiliar no processo de estruturação e lidar diretamente com essas questões, passou a se usar a Arquitetura de Informação (AI). Também inserida no contexto da AI vamos encontrar a Usabilidade que hoje é uma das ferramentas mais utilizadas no processo de produção de uma página da internet que mais contribui para a simplificação e acessibilidade das informações de um site. Tudo isso devido a uma boa caracterização da imagem, seja no contexto geral do site ou em um destaque específico de uma notícia, cada fator visual da tela deve ser pensado, para que no momento em que a imagem estiver sendo apresentada na tela, faça sentido e contribua para o resultado do processo de comunicação. De acordo com Nielsen e Loranger (2007, p. xvi): A usabilidade é um atributo de qualidade relacionado à facilidade do uso de algo. Mais especificamente, refere-se à rapidez com que os usuários podem aprender a usar alguma coisa, a eficiência deles ao usá-la, o quanto gostam de utilizá-la. Se as pessoas não puderem ou não utilizar um recurso, ele pode muito bem não existir. A usabilidade é utilizada para simplificar a comunicação entre usuários e os ambientes virtuais, ou seja, dificilmente um portal de informações com baixa usabilidade conseguirá manter ou atrair usuários. As pessoas exigem praticidade dentro de uma página da internet, portanto quanto mais atrativa, simples de ser utilizada e cheia

de recursos ela for, se tornará fácil de ser lembrada, criando uma relação de confiabilidade com cada um que passar por aquele espaço. Portanto se em um portal de comunicação, o visual, as cores, os banners, as fotos e toda apresentação gráfica contribuir e facilitar o processo de comunicação e navegação dos usuários e navegantes, isso vai representar e comprovar a importância da imagem no contexto e na estruturação das mídias digitais. É através da configuração visual que se consegue perceber o quanto a estética e visual dos portais, ou seja, a imagem deles evoluiu e se desenvolveu ao longo desses poucos anos em que a internet passou a fazer parte e não apenas isso, mas também de ditar o ritmo das mídias, sejam elas digitais ou não. É também perceptível a representação cognitiva propiciada a partir da utilização de imagens, que não apenas simplifica substancialmente o processo de navegação, mas também atribui objetividade na forma de dispor as informações na tela dos computadores, até por muitas vezes uma imagem servir de matéria, apenas com uma pequena legenda explicando o que representa a imagem. A evolução da imagem hoje representa para a internet certo nível de padronização da apresentação das noticias e informações, onde a linguagem cognitiva através dos mais diversos ícones e símbolos funciona como base direta para a concretização do processo de comunicação. Segundo Nielsen e Loranger (2007, p.344): A medida que a Web amadurece, emergem aspectos comuns em Websites que moldam as expectativas das pessoas. Por exemplo, os links para informações corporativas são comumente localizados na parte superior e inferior das homepages. Colocá-los em outro lugar pode causar confusão desnecessária. (...) não há necessidade de design excessivo por receio de não ser notado. Simplesmente colocar os itens onde as pessoas esperam encontrá-los garante que eles serão vistos. Independente da fonte que gera as informações, mas sim fundamentalmente para o lado mais importante, que é o usuário, o receptor, é possível se localizar facilmente dentro dos portais e sites da internet, devido à grande quantidade de imagens e informações iconográficas, criando assim certo padrão dentro da rede mundial de computadores e fazendo com que exista uma facilidade que contribui cada vez mais com a acessibilidade das informações e com a web como meio de comunicação.

Os três paradigmas da imagem A imagem passou por muitas transformações em seus processos de produção ao longo da história, todas essas modificações contribuíram e muito para o processo de qualificação das imagens e de suas diversas formas de serem produzidas. As formas de produção das imagens foram surgindo com o tempo e com as evoluções tecnológicas. Mesmo com o surgimento da tecnologia auxiliando e muito os meios de produção de imagens mais atuais, onde foi necessário dividir as imagens em paradigmas diferenciados por características de produção, ainda hoje podemos encontrar produções de imagens manuais, sem depender de máquinas ou tecnologias, onde essas passaram a ter características mais artísticas, mas que ainda são uma realidade em nossa sociedade que não para de se modernizar. Concretamente podemos dividir os processos de produção das imagens em três paradigmas: o pré-fotográfico, o fotográfico e o pós-fotográfico. (Santaella e Noth, 2009, p.157) A partir dessa divisão temos a facilidade de compreender melhor que a imagem sempre esteve junto dos processos de evolução da sociedade, desde os primeiros processos de industrialização até o nosso atual processo de evolução tecnológica, o qual tem consciência que ainda não parou e continuará se modificando e buscando uma qualidade ainda melhor do que podemos encontrar hoje. O paradigma pré-fotográfico A principal característica do paradigma pré-fotográfico é a produção manual da imagem, dependendo fundamentalmente das habilidades manuais do indivíduo que a produz. Entre alguns exemplos que podemos dar, são dos mais antigos que encontramos na sociedade, desde pinturas em pedras feitas pelos nossos ancestrais, pinturas artísticas belíssimas que muitos artistas nos presentearam ao longo dos séculos, simples desenhos e até gravuras e esculturas. A produção artesanal da imagem depende, assim, de um suporte, quase sempre uma superfície que possa servir de receptáculo às substâncias, na maior parte das vezes tintas, que um agente produtor, neste caso o artista, utiliza para nela deixar

a marca de sei festo através de um instrumento apto. (SANTAELLA e NOTH, 2009, p.164) Certamente o que se relaciona a uma imagem pré-fotográfica está muito mais ligado a algo artístico e o maior exemplo disso é a pintura que ainda sobrevive em nossa sociedade ainda hoje, mesmo que com alguns meios de produção mais tecnológicos, o principal instrumento de produção é o corpo humano, criando prolongamento com pinceis para o auxílio da expressão corporal em conjunto com a criatividade da mente. As mais valorizadas pinturas e obras de arte são bem antigas e muitas produzidas inclusive em período realmente pré-fotográfico, onde são valorizadas exatamente por ser produto do corpo e da mente, sem auxilio de qualquer processo tecnológico, onde são representação apenas do brilhantismo do trabalho manual e intelectual de que os produz. O paradigma fotográfico Neste segundo paradigma a imagem tem como principal característica depender de uma máquina de registro, implicando a existência de objetos reais preexistentes. Entre os principais exemplos dessa forma de produção da imagem podemos citar a fotografia, o cinema, a televisão. Embora tenha maravilhado nossos antepassados, a fotografia não nasceu de uma invenção súbita, pois ela é a filha mais legítima da camara escura, tão popular no Quattrocento, cujo aperfeiçoamento permitiu estender a automatização até a própria inscrição da imagem, afastando do pintor a tarefa de nela colocar sua mão. (SANTAELLA e NOTH, 2009, p.164) A partir da fotografia o homem passou a usar de processos tecnológicos para produção de suas imagens, sem esquecer as formas de produção do passado, mas diversificando com novas formas de produção que passaram a usar não apenas máquinas para captura dessas imagens, mas também utilizando processos químicos e eletromagnéticos no auxílio da produção dessas novas imagens.

O paradigma pós-fotográfico O terceiro e último paradigma da imagem se refere às imagens sintéticas ou infográficas, produzidas com o auxílio de programas e processos computacionais, sem a necessidade da utilização de processos óticos, onde ela de fato são a transformação de uma matriz de números em pontos elementares que chamamos de pixels, vistos através de monitores ou jê impressos em papel. O suporte das imagens sintéticas não é mais matérico como na produção artesanal, nem físico-químico e maquínico como na morfogênese ótica, mas resulta do casamento entre computador e uma tela de vídeo, mediados ambos por uma série de operações abstratas, modelos, programas, cálculos. O computador, por sua vez, embora também seja uma máquina, trata-se de uma máquina de tipo muito especial, pois não opera sobre uma realidade física, tal como as máquinas óticas, mas sobre um substrato simbólico: a informação. Na nova ordem visual, na nova economia simbólica instaurada pela infografia, o agente da produção não é mais um artista, que deixa na superfície de um suporte a marca de sua subjetividade e de sua habilidade, nem é um sujeito que age sobre o real, e que pode transmutá-lo através de uma máquina, mas se trata agora, antes de tudo, de um programador, cuja inteligência visual se realiza na interação e complementaridade com os poderes da inteligência artificial. (SANTAELLA e NOTH, 2009, p.166) O que se modifica de fato com o computador é a possibilidade de se fazer novas experiências que não podemos realizar em tempo e espaços reais, mas através da virtualidade e de alguns processos de simulação podemos criar imagens sintéticas com as características e formas que desejarmos. Para melhor visualizar as diferenças entre os três paradigmas vamos colocar abaixo uma tabela que podemos encontrar no livro de Santaella e Noth (2009, p.168), mostrando exatamente as diferenças dos três meios de produção: PRÉ FOTOGRÁFICA PÓS Expressão da visão via mão Autonomia da visão via próteses óticas Derivação da visão via matriz numérica Processos artesanais de criação Processos automáticos de Processos matemáticos de da imagem captação da imagem geração da imagem Suporte matérico Suporte químico ou Computador e vídeo modelos, eletromagnático programas Instrumentos Extensões da mão Técnicas óticas de formação da imagem Números e pixels

Processo monádico Processo diádico Processos triádicos Fusão: sijeito, objeto e fonte Colisão ótica Modelos e instruções Modelos de visualização Pixel na tela Imagem incompleta, inacabada Imagem corte, fixada para Virtualidade e simulação sempre A imagem como influência das estruturas de navegação Tudo que é novidade precisa de tempo para adaptação, o que certamente não foi diferente com as mídias digitais que continuam e vão continuar em pleno processo de evolução. Foi difícil para a sociedade se adaptar a lidar com a Internet como meio de comunicação, já hoje conseguimos observar um número cada vez mais freqüente de usuários de computadores com acessos de Internet cada vez mais facilitados. O computador clássico, com seu monitor monocromático e sem nenhum apelo visual ou sonoro nos oferecia uma leitura linear, muito conhecida por todos nós nos tradicionais livros impressos. Até o início dos avanços tecnológicos na área da informática, não encontrávamos nada de novo em nossa forma de ler. Os elementos visuais com os quais temos trabalhado tradicionalmente a partir do design gráfico sofreram uma importante transformação que influi tanto na sua forma como no seu significado e função. O surgimento do meio digital e da interatividade proporcionaram uma mudança substancial na linguagem visual que utilizamos. (ROYO, 2008, p.131) Com o advento do hipertexto, fomos apresentados a uma rede multidimensional onde qualquer ponto está conectado potencialmente a outro nó do texto. Os links possibilitam um passeio por múltiplos textos, os programadores determinam uma palavra para fazer esta ligação. O link é na verdade, uma ponte, um encontro entre produções textuais diferentes, propicia o fim das rígidas fronteiras entre os textos. Segundo Santaella (2004, p. 38) as linguagens do ciberespaço são linguagens hipermidiáticas. Inteirar-se da natureza palinódica da semiose na hipermídia, que se expressa na sua estrutura reticulada, nodal, constitui porta de entrada para o conhecimento do ciberespaço.

A imagem tem um papel importante na instrumentalização do conhecimento, a leitura de imagens possibilitou a revolução teórica mais profunda da realidade da física: a relativização do espaço e do tempo. A imagem constituiu-se no paradigma mais significativo para o desenvolvimento do conhecimento no século XX, as mais diversas áreas da ciência moderna baseiam seus estudos nas imagens obtidas, quer por um telescópio ou sonda espacial, quer por microscópios eletrônicos. Como a imagem não é linear, talvez por esse motivo tenha se adequado tão bem ao ambiente hipertextual. Para Lévy pela palavra não atingimos mais que uma pequena parte do mundo sensorial daquele a que nos dirigimos (1998, p.29), por isso partimos então para a produção daquilo que parecia muito complicado ser possível dentro de um ambiente hipertextual, sensorial e imagético, fazer então à combinação de palavras, os sons, às cores, as animações e as imagens disponíveis no ambiente digital. O que algum tempo atrás assustou hoje já esta se tornando cotidiano, ou seja, a geração de jovens atual já lida perfeitamente com todas as inovações estabelecidas pelo processo de comunicação na web, afinal eles nasceram e evoluíram em paralelo com as mídias digitais. Já as próximas gerações irão interagir e se comunicar através das mídias digitais com mais rapidez e facilidade do que hoje é possível, até porque não é possível se determinar os limites da evolução das tecnologias de informação. Quando correlacionamos à imagem com o a evolução dos meios de comunicação, podemos até lembrar que antes das mídias digitais e até no início da grande revolução tecnológica que aconteceu no inicio da década de noventa com a popularização da internet, os processos de comunicação eram muito mais cadenciados e lineares, totalmente diferente da dinâmica exigida dos meios de comunicação de hoje em dia. A partir do momento que a internet já havia se tornado um espaço que todos sabiam de sua existência por mais que apenas poucos tivessem acesso, passamos a lidar com o conceito de ciberespaço, um espaço virtual que é possível de ser navegado através dos sites, e que procura se assemelhar ao nosso espaço real constantemente, buscando assim uma semelhança simplificadora das barreiras que dificultariam a comunicação em âmbito geral. Na verdade, esse ciberespaço é representação daquilo que é real em uma plataforma que não é física, no entanto ele também é real e foi a partir daí que o

conceito de espaço assumiu um novo sentido, onde o que era aceito apenas como algo físico, também estava sendo representado virtualmente, sendo assim o ciberespaço passou a ser aceito como genuíno. De acordo com Santaella (2004, p.40) o ciberespaço consiste de uma realidade multidirecional, artificial ou virtual incorporada a uma rede global, sustentada por computadores que funcionam como meios de geração e acesso. Nessa realidade, da qual cada computador é uma janela, os objetos vistos e ouvidos não são nem físicos nem, necessariamente, representações de objetos físicos, mas que têm a forma, caráter e ação de dados, informação pura. Foi nesse momento que a imagem passou a ser estabelecida como base efetiva para o contínuo desenvolvimento da comunicação através da internet. Caso a imagem que vislumbrássemos na tela do computador não tivesse o mínimo de organização e estruturação, seria cada vez mais complicado passar a lidar com as tecnologias da informação e a web como plataforma e meio de comunicação. Por isso que com o passar do tempo a Arquitetura de Informação se tornou fundamental para atribuir responsabilidades aos criadores de sites diante da dificuldade que os usuários dos sites vinham encontrando em lidar com a quantidade de informações desestruturadas na tela do computador. Portanto com a implantação dos processos de arquitetura de informação e de usabilidade, a imagem passou a ser mais valorizada e utilizada, ocorrendo até uma evolução na qualidade. Com isso o visual dos portais passou não apenas a agradar àqueles que já eram adeptos da internet como meio de comunicação, mas também passou a atrair cada vez mais usuários e a diversificar e dinamizar a maneira como as informações eram repassadas. Dessa forma a imagem passou a ser um diferencial, não apenas como visual, mas sim como algo que agrega valor a estrutura da página, funcionando diretamente para todos os sites, mas principalmente para os portais de comunicação que se tornaram grandes fontes de informação, além de terem assumido a responsabilidade de informar uma grande parcela da população que os utiliza como base de informações de seu cotidiano. Daí por diante, sabendo do nível de exigência de seus usuários que vinha aumentando, os portais através de seus produtores passaram a implantar medidas

estruturais que atendiam não apenas as exigências de objetividade e facilidade durante a navegação, mas que através desse conjunto de medidas e de suas conseqüências as imagens passaram cada vez mais a fazer diferença desde o processo de produção dos sites e portais. De acordo com Agner (2006), anteriormente as cores e formas das estruturas dos sites eram pensadas a partir do gosto dos donos da página Web ou até pelo próprio webdesigner. Hoje isso já é inadmissível, pois todo um estudo tem que ser feito para que o design visual e estrutural de cada página de um portal tenha sentido e corrobore com as intenções e necessidade daqueles que chegaram até aquela determinada página. Ou seja, todo o estudo de cada aspecto da página tem que ser feito anteriormente para que seja implantado no processo de produção. Segundo Nielsen e Loranger (2007), as características estando estabelecidas, e sendo aplicado no processo de produção que também estarão baseados nos conceitos da arquitetura da informação e de usabilidade, dificilmente tal site terá grandes problemas em sua navegabilidade, pois certamente aqueles que entrarem no portal não terão muitas dificuldades em se adaptar aos processos utilizados. Afinal já existe uma noção globalizada de produção de sites, que por mais diferentes que possam parecer, devido à aparência de cada site ter uma personalidade própria, os processos estruturais e de distribuição de conteúdo serão sempre semelhantes, isso será melhor explicado no próximo seguimento de nosso artigo que tratará sobre ideografia dinâmica. A rede mundial de computadores é acessada diariamente por usuários que dominam os mais variados idiomas, com a utilização de ícones e imagens associados aos textos, temos a possibilidade de atingir um número muito maior de leitores, a imagem é universal. Sem dúvida podemos afirmar que, sim, a imagem influencia a internet como um todo, afinal o que podemos encontrar na internet é meramente, virtual, digitalizado na tela de computadores, ou seja, é imagem, é um visual com diversas características, muitas próprias da imagem pura, muitas adquiridas ao longo do processo de evolução, mas outras também são apenas construções estruturadas para atingir um objetivo específico daquele que estiver olhando para ela.

Portanto cada cor de hiperlink, cada caixa de distribuição de conteúdo, cada forma como os diversos menus estão distribuídos fazem parte do contexto de influência da imagem sobre a estrutura de um portal de comunicação. Mas a influência da imagem não se restringe aos aspectos estruturais e organizacionais de um portal. Muitas vezes podemos já encontrar notícias que são basicamente uma imagem com uma pequena legenda explicativa. Em outras ocasiões se formos querer saber como foi um jogo de futebol que não tivemos a oportunidade de acompanhar, estaremos lá lendo na internet como foram os detalhes do jogo e no decorrer do texto encontramos pequenos trechos em vídeos que representam exatamente aquilo que estávamos lendo. Já com um usuário de maior nível de experiência, ele poderá muito bem recorrer diretamente aos vídeos e acompanhar os melhores momentos da partida, interagindo de forma mais dinâmica e objetiva com o site. É através de ações como essa, onde sites contribuem através de seu aspecto visual, proporcionando mais objetividade, rapidez e eficiência para os leitores, que conseguimos perceber a real influência da imagem dentro de uma página da internet. Com o nível de interatividade que tem se alcançado a cada dia, a tendência é evoluir cada vez mais, a imagem está se tornando ponto fundamental do cotidiano da relação de comunicação entre homem e máquina, entre o nosso real e o virtual digitalizado. A estrutura ideográfica da internet É através da imagem que as mídias digitais são caracterizadas pela simplificação da informação e pela capacidade da Web de manter um nível de padronização que muitas vezes não percebemos. Se passarmos a navegar por diversos sites de notícias vamos conseguir identificar muitas características visuais que se assemelham. Mesmo que algumas outras características que identificam os sites como as cores e a forma como as notícias são distribuídas na tela sejam diferentes, conseguimos identificar as semelhanças através das notícias propriamente ditas, no entanto o que mais se assemelha entre os sites são as estruturas utilizadas para apresentação das informações.

Essas semelhanças não foram implantadas propositalmente, mas a partir do processo de evolução das tecnologias da informação aplicadas à internet, afinal, mesmo o desenvolvimento ocorrendo naturalmente, houve e sempre haverá quando necessária uma nova etapa de evolução, portanto, existirá a necessidade de intervenção técnica dos programadores que sempre se baseiam no cotidiano de navegação dos usuários de cada site específico, independente de língua e tecnologia utilizada. Com isso, através da prática de navegação e da aplicação dos princípios da usabilidade nos sites, os usuários também adquirem seus padrões de navegação. Tem havido um esforço permanente por parte dos programadores no sentido de criarem softwares cuja linguagem supere as barreiras impostas pela diferença das línguas provenientes de cada cultura, permitindo a compreensão e manipulação comum desses programas, por parte dos usuários, quer eles sejam franceses, russos, alemães ou brasileiros, a partir do princípio da usabilidade. Ou seja, os usuários que hoje navegam e produzem informação no ciberespaço têm necessidade de compreender e interagir com os conteúdos provenientes das mídias digitais - para tanto precisam decodificar os comandos de entendimento das informações e mensagens. (NICOLAU, 2009 p.7) Para compreende melhor as semelhanças que estão passando por um processo de padronização na rede mundial de computadores, vamos começar entendendo o que é Ideografia a partir da definição do dicionário Michaelis que afirma o seguinte: Sistema de escrita em que as idéias são expressas diretamente por sinais gráficos que são a imagem figurada do objeto. Portanto a ideografia trabalha diretamente da imagem como linguagem, e isso aplicado na Web resultou no surgimento da Ideografia Dinâmica. A partir de Pierre Lévy (1998) a ideografia dinâmica ganhou credibilidade com a proposição de que é uma linguagem próxima do pensamento humano. De acordo com Nicolau (2009, p. 4), é importante entender as considerações de Pierre Lévy (1998, p. 14), uma vez que, além de estabelecer relações com as linguagens anteriores, tem demonstrado caminhos para essa nova ideografia: Com a inteligência artificial, os instrumentos de simulação de predominância visual, a síntese de imagens, o hipertexto e a multimídia interativa, o final do século XX está reinventando a escrita, talvez de modo ainda mais profundo que o fim do século XV, com a imprensa.

De acordo com Hélia Vannucchi (2006) a ideografia dinâmica de Lévy propõe a construção de uma linguagem icônica, construída por imagens que, combinadas, permitam comunicar idéias, conceitos, de uma forma muito próxima aos modelos mentais. Em sua proposta, a ideografia dinâmica necessita de suporte do computador, pois ele permitirá animar essas combinações, transformando e gerando novos ideogramas. Segundo Lévy (1998), por prescindir das palavras, essa nova linguagem possibilitaria a comunicação entre pessoas que não dominem mesmos idiomas, sendo assim, translinguística. Ora, a tela de computador é um meio de comunicação capaz de suportar ao mesmo tempo a imagem animada, a interação e, como veremos, a abstração. Pela primeira vez na história, a informática contemporânea autoriza a concepção de uma escrita dinâmica, cujos símbolos serão portadores de memória e capacidade de reação autônomas. Os caracteres dessa escrita não significarão apenas por sua forma ou disposição, mas também por seus movimentos e metamorfoses. Trata-se de algo bem diferente do hipertexto ou da multimídia interativa, que se satisfazem em mobilizar e dispor em rede os antigos modos de representação que são o alfabeto e a imagem gravada. (LÉVY, 1998, p. 17). Para este autor, a ideografia dinâmica não se concebe como pura e simples projeção do imaginário de seus exploradores de telas, mas muito mais com tecnologia e auxílio à imaginação. Por um lado, a ideografia dinâmica traduzirá, semiotizará e reificará os quase-objetos indeterminado na imaginação; por outro, fabricará signos destinado a ser introjetados e retomados pela atividade imaginante de sujeitos e coletivos. De acordo com Nicolau (2009, p.5) não existem indícios de que as linguagens vão parar de crescer, mas sim o oposto, elas ao terem se espalhado através da web tendem a buscar novos habitats, afinal as linguagens se baseiam nos signos que estão em constante evolução, assim como as línguas. Ambos estão em constante evolução devido o surgimento de novos interpretantes dinâmicos que são os sujeitos da compreensão dessas linguagens. O processo de evolução irá continuar em atividade constante até que um dia as tecnologias da informação parem de se desenvolver, algo que por sinal não existe uma

previsão para acontecer e da mesma forma observamos na comunicação e as mídias digitais. Com isso podemos perceber que qualquer ponto de evolução da rede mundial de computadores também se espalha rapidamente, independente de língua ou linguagem, tempo ou espaço. Portanto será possível que em algum momento que o mundo realmente esteja conectado e interagindo em velocidades cada vez maiores, isso influenciado por essa ideografia dinâmica, onde cada vez mais a imagem estará interferindo na nossa capacidade de navegação e de compreensão dos processos midiáticos que ocorrem através da internet. Isso sempre acontecerá com auxílio dos princípios da arquitetura de informação e da usabilidade que sem dúvida evoluirão juntamente com o surgimento das novidades que estarão por vir. Conclusão Pudemos observar através desse artigo um pouco sobre a influência da imagem no cotidiano da internet, como foi possível evoluir e desenvolver a internet com o auxilio das imagens e das estruturas de organização delas, muitas das ações através dos princípios da arquitetura de informação e da usabilidade. Com a evolução das tecnologias da informação a imagem foi sendo cada mais utilizada pelo seu nível de praticidade e rapidez de compreensão, e com tudo isso além do advento da digitalização, a qualidade dessas imagens também evoluíram rapidamente através dos softwares que cada vez mais passaram a dar uma dinâmica diferenciada a todos os tipos de imagens desejadas pelos usuários das mídias digitais. Em pouco tempo de evolução, os processos de qualificação e estruturação de sites e portais atingiram as expectativas dos usuários que sempre se adaptam com facilidade as inovações, afinal a utilização das imagens ajudaram muito e cada vez mais interagem com usuários e sistemas, sempre em busca de melhorar os níveis de comunicação. Com o tempo e através do cotidiano de navegação na internet, os usuários passaram a interagir melhor com os sites e começaram a descobrir que os sites passaram a ter semelhanças e não apenas nas estruturas de navegação, mas na própria distribuição dos conteúdos.

Essas semelhanças são uma base ideográfica que se aprofundou com o tempo e hoje já existe um nível de interação entre sites e navegantes que possibilitam cada vez mais a capacidade de navegar em qualquer site, independente de língua. Afinal as estruturas de navegação e a organização dos sites estão cada vez mais semelhantes e possibilitam que o usuário, independente de nível de experiência e conhecimento de outras línguas, possa navegar por qualquer site que desejar. Podemos afirmar, portanto, que as imagens são realidade em muitos sentidos do cotidiano da internet, seja ela utilizada a partir das estruturas dos sites ou como características visuais, mas tudo isso faz diferença na hora de fazer com que o site se comunique e interaja com o usuário e por isso que mesmo passando despercebido pela grande maioria das pessoas, a imagem é a realidade do cotidiano da Web e seja através de características visuais ou estruturais, a imagem faz a diferença e contribui e muito com os processos de comunicação das mídias digitais. Referências AGNER, Luiz. Ergodesign e arquitetura de informação: trabalhando com o usuário. Rio de Janeiro: Quartet, 2006. KRUG, Steve. Não me faça pensar: uma abordagem de bom senso à usabilidade na web. 2. ed. Rio de Janeiro: Alat Books, 2008. LEÃO, Lúcia. O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2005. LÉVY, Pierre. A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? São Paulo: Edições Loyola, 1998., Pierre. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Ed. 34, 2000. MCLUHAN, Marshal. Os meios de comunicação como extensão do homem. São Paulo: Cultrix, 1988. NICOLAU, Marcos. A ideografia global doa aplicativos de computador: uma linguagem funcional que transcende culturas no ciberespaço. In: Revista Culturas Midiáticas. Vol. II, n 1, João Pessoa, 2009. NIELSEN, Jacob; LORANGER, Hoa. Usabilidade na web: projetando websites com qualidade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. ROYO, Javier. Design digital. São Paulo: Edições Rosari, 2008.

SANTAELLA, Lúcia. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Palus, 2004., Lúcia e NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, 1999. VANNUCCHI, Hélia. Metafórica-Mente: um jogo para a criatividade. In: Revista Técnica IPEP, São Paulo, SP, v. 6, n. 1, p. 83-93, jan./jun. 2006.