A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: VIVÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: VIVÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Marina Marcos Costa Universidade Federal do Piauí marina.mcosta@hotmail.com Débora Tamires de Oliveira Gomes Universidade Federal do Piauí debora_oliveira1991@hotmail.com Este trabalho é resultado de uma pesquisa originada nas vivências referente ao Estágio Curricular Regência em Educação Infantil, da Universidade Federal do Piauí UFPI, ocorrido no período de 12 de maio a 09 de julho de 2014, em uma escola da prefeitura do município de Teresina. Quando se fala do estágio supervisionado remetemos a articulação teoria e prática, pois é o momento do graduando aliar toda a teoria vista no decorrer do curso com o momento da prática. É importante reconhecer o ser e o fazer-se professor, no qual, o aluno adquire nas vivências das regências. Esta prática é essencial para a formação do professor, pois não envolve apenas uma racionalidade teórico-técnica (OSTETTO, 2008, p. 128), mas também é marcada pelas aprendizagens conceituais e procedimentos metodológicos. Assim é também um momento de ação-reflexão para o graduando. Esta pesquisa tem como objetivo geral o de relatar as principais contribuições do Estágio Curricular para a formação inicial do professor. E como objetivo específico, o de relatar a vivência na turma do I Período da Educação Infantil. Metodologia Trata-se de uma pesquisa de intervenção, no qual, segundo Moreira (2008), consideramos as realidades sociais e cotidianas e o compromisso ético e político de práticas inovadoras, no caso na Educação Infantil. Nesse tipo de pesquisa, o pesquisador atua como mediador, onde organiza uma série de atividades e encontros em busca de interagir com os sujeitos da pesquisa.

O pesquisador primeiramente observa o espaço e os sujeitos da pesquisa (neste caso, a escola, as salas de aula, os professores, crianças e funcionários) e após o período de observação, o pesquisador propõem com os sujeitos por meio de um diálogo, atividades que possam melhorar o processo educativo do ambiente pesquisado. Inicialmente foi feita a observação da rotina da escola e das salas de aula, foram propostas juntamente com as professores e equipe gestora da escola as atividades de intervenção já explanadas pelas estagiárias no período da regência na escola. Sobre a importância do estágio curricular Tornar-se professor é ir além do domínio teórico, da competência técnica e do compromisso político. É na prática que o professor encontra e vivencia histórias de vida, crenças, valores, afetividade, e aprende que cada professor tem um modo diferente de enfrentar uma situação didática que depende do contexto no qual ele está inserido. Assim, o estágio de regência se faz importante quando observamos que este: Não pode ser outra coisa senão uma aventura pessoal, o que pressupõe escolhas e envolve viagens interiores e exteriores. Não é apenas fazer, dar conta do conteúdo, planejar e executar um plano de ensino perfeito, lindo e maravilhoso, com ideias inovadoras. (OSTETTO, 2008, p.128) O estágio curricular também abre possibilidades de observar a nossa prática a partir da prática do outro, e na regência, aprendemos a olhar, e a ampliar nosso foco de visão para a diversidade da sala de aula, construindo um olhar implicado. O graduando no estágio curricular aprende a planejar, executar e avaliar seus alunos com os conhecimentos que adquiriu na universidade, pois o professor enquanto sujeito que não reproduz apenas, por ser também sujeito do conhecimento pode por meio de uma reflexão crítica, fazer do seu trabalho em sala de aula um espaço de transformação (LIMA, 2001, p. 14). É o que podemos chamar de práxis docente, uma ação refletida, na qual o professor é o agente de mudanças da sua escola e da sociedade. Outro ponto importante nos estágios curriculares são os registros das ações significativas do cotidiano escolar e sua socialização que enriquecem a

formação do aluno como docente. A partir do contato com a escola, o aluno percebe nas regências o que fazer para contribuir para escola e para sua própria prática. Relato de vivência no I Período da Educação Infantil Nos dias de hoje é mais frequente que crianças de 2 a 5 anos sejam inseridas no contexto da Educação Infantil, a qual tem finalidade o desenvolvimento integral da criança. A jornada de crianças nessa idade é orientada pelas atividades da vida cotidiana, como alimentação, asseio, sono e momentos de brincadeiras (PANIAGUA, p.152, 2007). É importante que se crie um clima de afeto e segurança, que haja uma certa estabilidade nas referências, que ocorram interações personalizadas adulto-criança, que se potencialize realmente a atividade conjunta entre iguais (PANIAGUA, p. 18, 2007). O I Período da escola pesquisada possui 23 crianças de 4 a 4 anos e meio de idade. Os dias de vivência nesta turma aconteceram duas vezes na semana durante os meses de maio, junho e julho de 2014. Antes das regências, houve um período para observamos as práticas das professoras titulares e nos familiarizarmos com o ambiente, as crianças, as professoras e os funcionários da escola. Observando a estrutura física e a disposição das carteiras no I Período da escola, percebemos que esta limita muito os movimentos entre as crianças. Pois estão organizadas quase sempre em fileiras e estão em grande quantidade para o pequeno espaço da sala, assim, as dinâmicas das atividades ficavam comprometidas (cujas se prendiam muito ao quadro), como a própria comunicação do professor com a turma. O excesso de mobiliário e a má adaptação do local são pontos negativos na sala de aula observada. A falta de espaço limita a prática pedagógica do professor, assim como a interação das crianças. Em busca de uma melhor interação entre as crianças, propomos atividades diferenciadas para as mesmas durante o período de regência. Algumas destas atividades serão relatadas a seguir:

Proporcionamos alterações na organização das carteiras para que as crianças pudessem desenvolver atividades no chão e interagir em grupos. Orientamos as crianças na produção de instrumentos com sucata, atividade, na qual, elas descobriam sons, aprendiam sobre reciclagem e criatividade. Uma das primeiras atividades proposta era relacionada com o meio ambiente e os seres vivos, no qual levamos um vaso de planta e o colocamos no meio de uma roda com as crianças, e perguntamos o que elas achavam que estavam vendo. Identificamos cada elemento da planta, depois de ter sido contada uma historinha infantil chamada A Árvore e a Semente. As crianças ficaram muito curiosas com a atividade e comentaram que havia vasos de plantas também em suas casas. Em outra atividade foi exposto as comidas típicas da festa junina, classificando-as em doce ou salgada a partir do conhecimento prévio das crianças em relação ao sabor desses alimentos e da experimentação da pipoca e bolo de milho que foram preparados na escola para tal atividade. Através desta atividade, as crianças conheçam a cultura da cidade e os elementos que dela fazem parte. Reconhecendo sabores e conhecendo assim a função do paladar. As atividades propostas no decorrer do estágio trabalharam a criatividade, a imaginação e curiosidade das crianças. Trabalhamos a motricidade também em atividades, como cantigas de rodas, com movimentos de acordos com as músicas, brincadeiras de movimentos em colchonetes e brincadeiras de roda utilizando a bola e balão. Conclusão O estágio curricular é uma fase primordial na formação de professores, pois na prática podemos observar e vivenciar o trabalho pedagógico e educativo além dos teóricos estudados na universidade. Entendemos que ser professor é saber se reinventar constantemente e criar sempre novas estratégias para as diversidades que são encontradas em sala de aula. Nas regências foram realizadas atividades diferenciadas e dirigidas propostas nos diálogos com os professores e gestores da escola para que

houvesse uma intervenção no processo educativo da turma do I Período da Educação Infantil. Observamos a importância do planejamento, e que este não deve ser fechado, mas sim pronto para ser adaptado, pois trabalhar com crianças é trabalhar com múltiplas diversidades. Também enfatizamos a importância da criatividade de atividades diferentes para as temáticas variadas da turma, pois a criança precisa de algo que estimule sua imaginação e movimentos, e atividades repetitivas as deixam enfadadas. Para que haja um bom trabalho na escola é preciso da participação de todos, das professoras, da gestora e da pedagoga, pois o trabalho coletivo é essência da competência e do sucesso escolar. Na educação infantil toda atenção é necessária aos pequenos que estão em fase de desenvolvimento e descobertas de si mesmo, do outro e do mundo. Por fim, enfatizamos que o estágio curricular é essencial para a formação do professor, não só como experiência, mas também como produção de conhecimentos, onde temos a oportunidade de conhecer nossas limitações e as dos outros, e procurar cada vez mais se informar com novidades que possam melhorar o ambiente escolar. Referências Bibliográficas: LIMA, Maria do Socorro Lucena. Nosso Jeito de Caminhar pelo Estágio Supervisionado. IN:. A hora da prática: reflexões sobre o estágio supervisionado e a ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha. 2001. MOREIRA, M. I. C. Pesquisa-intervenção: especificidades e aspectos da interação entre pesquisadores e sujeitos da pesquisa. In: CASTRO, L. R de e BESSET, V. L. (Orgs.) Pesquisa-intervenção na infância e juventude. NAU: Rio de Janeiro, 2008. OSTETTO, Luciana Esmeralda (org). Educação Infantil: saberes e fazeres da formação de professores. Campinas, SP: Papirus, 2008. PANIAGUA, Gema (org). Educação Infantil : resposta educativa à diversidade. Porto Alegre : Artmed, 2007.