Aberdeen (UK): um olhar para um futuro pós-petróleo

Documentos relacionados
A influência do petróleo na dinâmica econômica das cidades: um estudo comparativo entre Macaé (Brasil) e Aberdeen (Reino Unido)

FACT SHEET. BP Statistical Review of World Energy 2016

IMPACTOS DAS ATIVIDADES OFFSHORE

Panorama e perspectivas do setor de O&G nas regiões N/NE. Salvador, 19 de julho de 2018

Perspectivas da Indústria de Óleo e Gás no Brasil

Segundo o Relatório 2010 do EIA, no grupo que não integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Brasil, o Cazaquistão e a

MUDANÇA CLIMÁTICA E CRESCIMENTO VERDE

Classificação das Fontes de Energia

ATRATIVIDADE DO UPSTREAM BRASILEIRO PARA ALÉM DO PRÉ-SAL Prof. Edmar de Almeida. Grupo de Economia de Energia

Classificação das Fontes de Energia

CENTRO DE ESTUDOS PSICOPEDAGÓGICOS DE MACEIÓ PROFA. MÔNICA GUIMARÃES GEOGRAFIA - 9º ANO

Seminário Brasil-Alemanha de Eficiência Energética. A escassez de água no Brasil e o impacto na geração de energia

INVESTIMENTOS NO INTERIOR PAULISTA

COM O APOIO DE S. EX. JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA AFRICA ENERGY SERIES CONFERÊNCIA E EXPOSIÇÃO 2019 ANGOLA 2019

Petróleo e Gás: Investimentos, Oportunidades e Desafios

O PETRÓLEO E A INDÚSTRIA MINERAL BRASILEIRA

ENERGIAS RENOVÁVEIS. Prof. Jean Galdino IFRN São Paulo do Potengi

Tipos de Fontes Energéticas

HISTÓRICO FETQUIM-CUT/SP FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DO RAMO QUÍMICO DA CUT NO ESTADO DE SÃO PAULO

O PETRÓLEO E A INDÚSTRIA MINERAL BRASILEIRA

PERSPECTIVAS DO SETOR DE GÁS NATURAL NO RIO DE JANEIRO

Plano Estratégico Petrobras 2020 e Plano de Negócios

O SETOR DE ÓLEO E GÁS EM MOÇAMBIQUE. Data: Julho/2016

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

Petróleo e Região no Brasil o desafio da abundância

POTENCIAL ONSHORE DE PETRÓLEO E GÁS NO BRASIL

O Paradoxo da Sustentabilidade Ambiental versus Competitividade Econômica: o exemplo do Complexo Hidroelétrico de Simplício

Desafios, Necessidades e Perspectivas na Formação e Capacitação de Recursos Humanos para Exportação, Refino e Distribuição de Produtos Existentes nas

14º Encontro de Energia São Paulo - 05/08/2013

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

A ENERGIA QUE MOVIMENTA O MUNDO. As fontes de energia e o meio ambiente

Opção estratégica da Petrobras em 2017: empresa menor e desintegrada

FONTES DE ENERGIA PROFESSOR : DANIEL DE PAULA

Cenário Atual do Setor de Petróleo & Gás e suas Perspectivas

Painel I Cenário Político: Posição do Governo e Planejamento Energético

Sessão Especial Petróleo e Pré-Sal: Janela de oportunidades e novos paradigmas na indústria energética brasileira

Única dos Petroleiros

1 Introdução Justificativa


Bioeletricidade - a energia elétrica da cana: Evolução e perspectivas

José Sergio Gabrielli de Azevedo Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores. Julho de 2004

PANORAMA DA EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO BRASIL

Perspectivas da Energia Eólica offshore

Energia das Ondas do Mar. Laboratório de Tecnologia Submarina COPPE/UFRJ

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISICIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 1º 1 PERCURSO 26 (PARTE 3) A PRODUÇÃO MUNDIAL DE ENERGIA

O shale gas à espreita no Brasil: desmistificando a exploração de recursos não convencionais. Fernanda Delgado 21/02/2019

PARNAÍBA GÁS NATURAL. Gas onshore Desafios e Oportunidades de Exploração em Bacias de Nova Fronteira

Fonte: CLARKE, Robin & KING, Janet. Atlas da Água. São Paulo: Publifolha, 2005.

Oportunidades dos Produtores Independentes de Petróleo Um mercado pouco explorado. FIEMG Câmara da Indústria de Petróleo e Gás Setembro de 2010

ATIVIDADE ON-LINE DISCIPLINA: Redação. PROFESSOR: Dinário Série: 2ª Série Ensino Médio Atividade para dia: / /2017

RESUMO. Apresentação oral, tema: Energia Nuclear, perspectivas: Econômica

Exploração dos recursos naturais Prof. Paulo Santana

Valor Econômico - SP 30/06/2010 Opinião A13

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NO ESPÍRITO SANTO PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS E REFLEXOS ECONÔMICOS

Os Regimes de Concessão e Partilha de Produção de Petróleo e Gás Natural no Brasil

Colégio Santa Dorotéia

Criação de um indicador de diversificação produtiva, como ferramenta de avaliação do uso das receitas do petróleo

EDP - Motor de arrastamento para projetos internacionais

CUSTOS E BENEFÍCIOS DA ATUAL POLÍTICA DE CONTEÚDO LOCAL Prof. Edmar de Almeida Grupo de Economia de Energia Instituto de Economia - UFRJ

Exercícios de Fontes de Energia

Universidade Federal Fluminense, Escola de Engenharia, Departamento de Engenharia Química e Petróleo

4ª CNCTI Seminário Temático

Antecipação de situações de crise que envolvem risco de redução de empregos associados aos projetos de investimentos da Petrobras, possibilitando, a

Exercícios on line Geografia Prof. Dinário Equipe Muriaé

PETROBRAS EMPRESA ÂNCORA

Política Brasileira de Conteúdo Local. Propostas de aprimoramento

Ministério de Minas e Energia Ministro Bento Albuquerque

Grupo de Estudos de Geografia Histórica. A REGIÃO NORTE FLUMINENSE COMO OBJETO DE ESTUDO Prof. Dr. JoséLuis Vianna da Cruz

ECONOMIA DO PETRÓLEO

Situação da Energia Elétrica no Brasil e a Solução para a Crise

Perspectivas para Exploração e Desenvolvimento do Pré-Sal

UM OLHAR SOBRE A MATRIZ ENERGÉTICA DO FUTURO. Pedro Parente Ethanol Summit 27/06/2017

USO DO GÁS NATURAL EM USINAS TERMELÉTRICAS NO BRASIL

ROTEIRO: 1. RETROSPECTIVA 2. CENÁRIOS 3. OBJETIVO 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5. AÇÕES

As prioridades da Europa em matéria de clima e de energia: o rumo a seguir Apresentação de J.M. Barroso,

Energy Security Insight

Data: /11/2014 Bimestre: 4. Nome: 6 ANO Nº. Disciplina: Geografia Professor: Geraldo

Energy Security Situation Report

TEXTO PARA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Cifras da Catalunha Generalitat de Catalunya Governo de Catalunha

Programa de Aceleração do Crescimento em Rondônia

PANORAMA ATUAL DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

AGENDA MÍNIMA PARA DESTRAVAR OS INVESTIMENTOS NO SETOR DE PETRÓLEO

Para Aon, novas licitações e recuperação de preços Brent indicam melhoras; prêmios caíram de R$ 720 mi para R$ 390 mi desde 2013

CAMPANHA NACIONAL DE VALORIZAÇÃO DA PETROBRÁS/PRÉ-SAL

X EDIÇÃO DA CONFERÊNCIA PCH Mercado & Meio Ambiente

PROPOSTAS DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS (AEPET)

Eficiência Energética nos Setores Público e Privado: Balanço dos Apoios no ciclo e Perspetivas

Ainda há viabilidade do Etanol no Brasil?

O que é uma Energia Renovável?

O AJUSTE FORÇADO DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO: A REDUÇÃO NECESSÁRIA DE CUSTOS NO PRÉ-SAL. Yanna Clara Luciano Losekann Edmar de Almeida Felipe Botelho

Pesquisa realizada pelo Grupo PET ECONOMIA no Laboratório de Economia Aplicada 2

Perspectivas para os Setores Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis

Com a força dos ventos a gente vai mais longe Seminário Internacional Portugal-Brasil: Diversidades e Estratégias do Setor Elétrico

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

Contextualização e Panorama Macro do setor Ieda Gomes

INSTITUTO DE PESQUISA APLICADA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL IPADES ENERGIAS RENOVÁVEIS AVANÇAM

Indústria do Petróleo e Gás Natural: uma vocação desperdiçada

Conteúdo Local. Propostas de aprimoramento

Bases Conceituais da Energia Q1/2017. Professor: Sergio Brochsztain. (sites.google.com/site/sergiodisciplinasufabc)

Transcrição:

Aberdeen (UK): um olhar para um futuro pós-petróleo Rafael Corrêa Borba Palavras-chave: Desenvolvimento. Petróleo. Energias renováveis. Introdução Ao longo do século XX, o petróleo consolidou-se como um dos principais pilares da economia mundial, e se tornou a principal fonte energética no processo da industrialização, transformando-se em uma commodity de alto valor estratégico para o desenvolvimento econômico das nações. A longa crise do petróleo na década de 70 evidenciou a enorme dependência energética dos países ocidentais aos países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), quando a década conheceu dois grandes choques altistas do preço do principal combustível das economias industriais, que passou de menos de dois dólares o barril para quase trinta dólares durante o período (MAGNOLI, 2002, p. 147). Entretanto, o poder da tecnologia estimulou uma reação à crise, que resultou em um acelerado desenvolvimento tecnológico e em uma incessante busca por energias alternativas (nuclear, hidrelétrica, eólica etc.). Além disso, o alto preço do petróleo viabilizou a indústria petrolífera offshore em águas profundas, intensificando o fluxo de pessoas, capitais e tecnologias nas regiões petrolíferas próximas aos grandes campos. O dinamismo das bases desta conjuntura expandiu o meio-técnicocientífico-informacional (SANTOS, 2004) e impulsionou a exploração e produção (E&P) de petróleo offshore em diversas regiões do planeta, provocando profundos impactos socioeconômicos associados a intensas reestruturações produtivas nesses lugares. As áreas produtoras funcionam como campos de fluxos, onde se articulam sofisticadas redes de unidades industriais, portos, dutos, aeroportos, bens, homens e informações (PIQUET, 2007, p. 23). Em conseqüência desta dinâmica, os impactos no processo de desenvolvimento econômico regional e local podem ser notados, principalmente, pelo aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e do número de postos de trabalhos, dentre outras conseqüências. A atual conjuntura indica que a economia mundial está sob o impacto de uma nova crise energética explicitada por diversos fatores, dentre eles: o elevado preço do barril do petróleo (superior ao da crise da década de 70); pressões ambientais por combustíveis alternativos que minimizem os impactos do aquecimento global; e, principalmente, pela redução da oferta global de petróleo, fruto do declínio das atividades de Exploração e Produção (E&P) de petróleo em diversas regiões do mundo, especialmente no Mar do Norte, Reino Unido. Após décadas de intensa E&P de petróleo, o Reino Bolsista do CNPq/PIBIC sob a orientação de Romeu e Silva Neto. Graduado em Licenciatura em Geografia pelo CEFET Campos. Pós-graduando em Ensino de Geografia no CEFET Campos.

Unido sofre, nos últimos anos, com um irreversível declínio na produção de petróleo. Base da exploração britânica de petróleo no Mar do Norte, a cidade escocesa de Aberdeen tem como escopo ser a primeira do mundo a ser abastecida por energias renováveis. Este trabalho tem como objetivo investigar o declínio do volume da produção de petróleo no Mar do Norte e analisar o projeto da cidade escocesa de ser líder no segmento de energias renováveis, expondo a proposta de Aberdeen como um modelo para cidades que sediam atividades offshore de E&P de petróleo como a cidade brasileira de Macaé, base da Petrobras na Bacia de Campos - visando alertar, antecipadamente, para a implementação de políticas públicas que reduzam os possíveis impactos em um futuro pós-petróleo. Mapa 1: Localização de Aberdeen Fonte: http://www.wikipedia.com Mapa 2: Localização de Macaé Metodologia O delineamento da pesquisa adotado é um estudo de caso alicerçado em um levantamento bibliográfico. A metodologia utilizada na realização deste trabalho tem caráter exploratório e descritivo e consiste em três etapas principais. Na primeira etapa, foi realizado um extenso levantamento bibliográfico. Na segunda etapa, foram realizadas coletas de dados em sites governamentais nacionais e internacionais de dados estatísticos de grande relevância para o desenvolvimento da pesquisa. Paralelamente, foram realizadas traduções de textos e de artigos sobre a cidade de Aberdeen. Após a coleta de dados, na terceira e última etapa foi realizada a análise e interpretação dos dados e elaboração dos resultados e conclusões. Resultados Nos últimos anos, o Reino Unido sofre com um acentuado declínio na produção de petróleo. O pico da produção ocorreu no final a década de 1990, com uma produção de 2,9 milhões de barris por dia (bpd), sendo que em 2007 a produção havia caído para cerca de 1,6 milhões bpd. Aberdeen, por ser

base da exploração britânica, é a cidade que mais sofre economicamente com o declínio na produção do Mar do Norte (Royal Bank of Scotland, Oil and Gas Index, 2007). Gráfico 1 Declínio do volume da produção de petróleo no setor britânico do Mar do Norte. Fonte: Gráfico elaborado pelo autor, a partir de dados do Royal Bank of Scotland, Oil and Gas Index (2007). Diante dos dados apresentados, identifica-se, em sete anos (2000/2007) um brusco declínio de aproximadamente 55%, no volume da produção de petróleo no Mar do Norte. Este cenário de crise no setor britânico do Mar do Norte é corroborado por dados da CIA World FactBook (2007), quando afirma que, em 2002, o Reino Unido era o 10 ọ maior produtor de petróleo do mundo. Entretanto com o vertiginoso declínio da produção do Mar do Norte, em 2007 o Reino Unido havia caído para a 17 ọ posição entre os maiores produtores de petróleo do mundo. As previsões e estimativas de E&P de petróleo para os próximos anos no Mar do Norte são sombrias, pois os campos petrolíferos da região são considerados maduros. Diante deste cenário, conclui-se que o Reino Unido já viveu o seu boom do petróleo. À medida que a produção britânica se esgota, a dependência energética da Europa ao petróleo dos instáveis países do Oriente Médio aumentará consideravelmente, pois o Mar do Norte é o principal fornecedor de petróleo do continente europeu. Paralelamente, a cidade mais impactada pelas atividades de E&P de petróleo offshore já sofre as conseqüências do declínio do volume da produção de petróleo no Mar do Norte. As conseqüências desse declínio se refletem numa gradual eliminação de empregos no Nordeste da Escócia, tanto no setor onshore como no offshore, conforme mostrado no Gráfico 2 mais à frente. Entretanto, o setor offshore é o mais impactado pela redução das atividades de E&P. Em 2001, o setor offshore respondia por volta de 18.000 empregos; no ano de 2006 esse número caiu para cerca de 15.000 empregos, ou seja, em 5 anos, o setor sofreu uma significativa perda de 3.000 empregos. Estima-se que, em 2021, o setor offshore empregará cerca de 8.000 trabalhadores, ou seja, em 20 anos, este setor poderá sofrer uma redução de mais de 50% nas taxas de emprego.

Gráfico 2 Declínio do número de empregos nas atividades de E&P de petróleo no nordeste da Escócia 25000 20000 15000 10000 Onshore Offshore 5000 0 2001 2006 2011 2016 2021 Fonte: Gráfico elaborado pelo autor a partir do North East Scotland Economic Research (NESER). Assim, apesar da acentuada redução de empregos no setor energético, a cidade escocesa apresenta uma baixa taxa de desemprego, que gira em torno de 1,8%. Este surpreendente dado é explicado pelo seguinte fato: embora o petróleo seja o principal motor da economia da região, os setores primários de agricultura e pesca na localidade são igualmente fortes, o que estimulou a implantação de indústrias do setor secundário, como a de processamento de alimentos. Empresas de engenharia, do setor têxtil e de produção de papel também têm função importante na geração local de empregos (SANTOS, 2006, p. 36). Porém, em uma ousada alternativa que visa tanto reestruturar a cadeia produtiva da região quanto buscar alternativas que visem minimizar a dependência energética britânica ao petróleo, Aberdeen já se prepara para uma era pós-petróleo. A cidade escocesa fez uma aliança com a Aberdeen Renewable Energy Group (AREG), uma parceria público-privada que tem como objetivo ajudar a identificar e promover novas oportunidades de energia no norte da Escócia. A AREG representa um investimento de 22,5 milhões apoiado pelo Fundo de Crescimento de Cidades da Escócia. Entre um dos principais objetivos da AREG está a construção de um parque eólico offshore ao longo da costa de Aberdeen, gerando oportunidades de emprego neste setor e fornecendo eletricidade verde, contribuindo para reduzir a dependência nacional ao petróleo no setor energético (AREG, 2008). Conclusões No alvorecer do século XXI, o petróleo, principal matriz energética da sociedade capitalista e um dos maiores propulsores e sustentáculos da economia mundial, está em crise. O Reino Unido, uma das principais economias do mundo, sofre com um vertiginoso declínio da principal matriz energética mundial. Visto que o petróleo é um recurso natural não-renovável, a cidade mais impactada pelas atividades de E&P de petróleo no Reino Unido já se prepara para um futuro pós-petróleo. O projeto da

cidade escocesa de desenvolver tecnologias em energias renováveis é um importante exemplo a ser seguido por regiões que têm suas economias altamente dependentes das atividades petrolíferas, como por exemplo, a cidade brasileira de Macaé, que atualmente vive o seu boom do petróleo. É necessário que reflitam e busquem políticas e estratégias que reduzam a dependência energética brasileira ao petróleo, além de visar minimizar os impactos econômicos em uma era pós-petróleo, visto que a economia da cidade de Macaé é bastante dependente das atividades petrolíferas. Destarte, o fomento à diversificação produtiva e o desenvolvimento de tecnologias de energias renováveis, são importantes alternativas para a cidade de Macaé se preparar para um futuro em que o petróleo não mais seja a principal fonte geradora de riquezas. Referências ABERDEEN Renewable Energy Group (AREG). The Future of Energy. 2008. CIA WORLD FACTBOOK (2008). Disponível em: http://www.cia.gov/cia/publications/factbook. Acesso em: 01 mar. 2008. MAGNOLI, Demétrio. O mundo Contemporâneo: Relações Internacionais, 1945 2000. São Paulo: Moderna, 2002. PIQUET, Rosélia. Indústria do Petróleo e dinâmica regional: reflexões teórico-metodológicas. In: ; SERRA, Rodrigo (Orgs.). Petróleo e Região no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. ROYAL Bank of Scotland, Oil and Gas Index. 2007. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo. Razão e Emoção. São Paulo: Edusp, 2004. SANTOS, Renato José Cordeiro. O Declínio da produção de petróleo no Mar do Norte e a estratégia da cidade de Aberdeen. Trabalho de Conclusão de Curso. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2006.