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Transcrição:

LEI Nº. 892, de 03 de outubro de 2002. DISPÕE SOBRE O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A VICE-PREFEITA EM EXERCÍCIO O DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. FAÇO SABER, no uso da atribuição que me confere o art. 54, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a Lei seguinte: PARTE I DO DESENVOVIMENTO URBANO Art. 1º. A Municipalidade promoverá o desenvolvimento urbano de Mato Leitão de modo integrado, com a finalidade de obter a melhoria da qualidade de vida da população e o incremento do bem-estar da comunidade. Art. 2º. São objetivos gerais do desenvolvimento urbano do município: a) ordenação do crescimento urbano do município, em seus aspectos físico, econômico, social e administrativo; b) atendimento das necessidades e carências básicas da população quanto às funções de habitação, trabalho, lazer e cultura, circulação, saúde, abastecimento e convívio com a natureza; c) conservação do patrimônio ambiental do Município, através da proteção ecológica, paisagística e cultural; d) integração da ação governamental municipal com as dos órgãos e entidades federais, estaduais e micro-regionais e, ainda, com a iniciativa particular; e) ordenação do uso e ocupação do solo em consonância com a função social da propriedade urbana; f) cumprimento do sistema viário principal existente conforme Legislação municipal; g) acompanhamento técnico e evolutivo da economia política da urbanização do município. PARTE II DO PLANO DIRETOR TÍTULO I DAS ÁREAS MUNICIPAIS

CAPÍTULO I DAS ÁREAS TERRITORIAIS E DE SUA DIVISÃO Art. 3º. Para fins administrativos, fiscais e do regime urbanístico, o território do município de Mato Leitão é dividido em 1º Distrito - Zona Urbana e 2º, 3º e 4º Distritos - Zona Rural. Parágrafo Único: A zona rural é subdividida em Distritos, estes em localidades e as sedes distritais são intituladas de Vilas. Art. 4º. A zonas Urbanas do município de Mato Leitão são aquelas definidas pela Legislação municipal competente. Art. 5º. A Zona Rural está dividida em: - 2º Distrito, instituído pela Lei nº 499 Vila Santo Antônio; - 3º Distrito, instituído pela Lei nº 500 Vila Arroio Bonito; - 4º Distrito, instituído pela Lei nº 501 Vila Sampaio. CAPÍTULO II DAS ÁREAS ESPECIAIS SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 6º. Áreas especiais são aquelas que requerem Regime Urbanístico Especial, condicionado às suas peculiaridades no que se refere a: a) características de localização, situação, condição topográfica, proteção à saúde pública e ao patrimônio ambiental, nos aspectos ecológicos, paisagísticos e culturais; b) equipamentos urbanos, programas e projetos governamentais implantados em sua área. Art. 7º. As áreas especiais classificam-se em: a) áreas de interesse público; b) áreas de interesse urbanístico; c) áreas de interesse ambiental. Art. 8º. As Áreas Especiais serão regulamentadas por Decreto do Executivo Municipal, mediante proposta dos órgãos municipais e conselhos municipais aprovadas em Leis específicas.

SEÇÃO II DAS ÁREAS DE INTERESSE PÚBLICO Art. 9º. Áreas de interesse público são aquelas onde estão implantados equipamentos urbanos, programas e projetos governamentais, os quais, por suas características, não são passíveis de enquadramento no regime urbanístico estabelecido pelo Plano Diretor, tais como: a) centro administrativo e outros prédios destinados à administração pública, inclusive civil; b) parques, clubes, áreas particulares de recreação de grande porte; c) equipamentos urbanos comunitários e de serviço ao público; d) terminais de transportes de passagens, cargas ou abastecimento; e) cemitérios. SEÇÃO III DAS ÁREAS DE INTERESSE URBANÍSTICO Art. 10. As Áreas de Interesse Urbanístico dividem-se em: a) áreas de recuperação urbana; b) áreas de indução ao crescimento urbano; c) áreas de contenção ao crescimento urbano. Art. 11. Áreas de Recuperação Urbana são aquelas objeto de planos e programas específicos de renovação e recuperação urbanística, tais como: a) núcleos habitacionais carentes de estrutura de equipamentos urbanos; b) núcleos decorrentes de parcelamento clandestino do solo: irregulares, incompletos, abandonados ou carentes de equipamentos urbanos; c) núcleos deteriorados ou sub-habitações. Art. 12. Áreas de Indução ao Crescimento Urbano são aquelas objeto de planos e programas indutores de ocupação e urbanização prioritárias, nas quais os investimentos privados objetivam eliminar os vazios urbanos. Parágrafo Único: A identificação de Áreas Especiais de Indução ao crescimento urbano far-se-á com base nos seguintes critérios: a) a continuidade da área urbanizada; b) a infra-estrutura urbana implantada ou a viabilidade de sua implantação imediata sem ônus para os cofres municipais; c) a existência na área ou nas proximidades de equipamentos comunitários adequados a sua demanda.

Art. 13. Áreas de Contenção ao crescimento Urbano são aquelas situadas em áreas densamente povoadas, cuja ocupação acarretará extensão territorial urbanizada em proporções inadequadas às previsões do crescimento populacional, constantes dos índices demográficos, publicados pelos órgãos oficiais de estatística, e de projeções estabelecidas pelo Setor de Planejamento Urbano Municipal e pelo CONDEUMA. 1º. Nas áreas de Contenção ao Crescimento Urbano nas glebas ou lotes de terreno, os quais não estejam integradas em loteamentos aprovados até a data da instituição da Área Especial, ficam vedados, temporariamente, a edificação e o parcelamento do solo. 2º. Exclui-se do disposto no parágrafo anterior à edificação de habitações unifamiliares. 3º. A instituição de Áreas de Contenção ao crescimento Urbano somente poderá ocorrer uma vez, pelo prazo máximo de 5 (cinco) anos, contados da data de sua instituição. SEÇÃO IV DAS ÁREAS DE INTERESSE AMBIENTAL Art. 14. Áreas de Interesse Ambiental são os espaços físicos que, pelas suas características, devem ter a sua ocupação e utilização reguladas, no sentido de conservar o patrimônio ambiental do município. Art. 15. As atividades governamentais incidem sobre as áreas de interesse Ambiental, quanto ao controle da poluição, preservação de recursos naturais e promoção, proteção ou restauração dos elementos destruídos. Art. 16. Nas Áreas de Interesse Ambiental, o Município estimulará as culturas permanentes, respeitadas a vocação natural do solo, em especial o reflorestamento com espécies nativas. Art. 17. As Áreas de Interesse Ambiental serão regidas pela Legislação Federal, em especial da Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965 e suas alterações, Legislação Estadual, em especial a Lei n. º 11.520, de 03 de agosto de 2000 e a Legislação Municipal pertinente. TÍTULO II DO REGIME URBANÍSTICO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 18. Define-se o regime urbanístico, através de normas relativas a: a) uso e ocupação do solo; b) dispositivos de controle das edificações; c) parcelamento do solo. CAPÍTULO II DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 19. O uso do solo para atividades vinculadas ao desenvolvimento urbano, no território do Município de Mato Leitão, é regulado mediante a instituição de zonas de uso. Art. 20. O município ordenará a ocupação do solo como um dos objetivos básicos do desenvolvimento urbano mediante os seguintes instrumentos: a) elaboração e implantação de plano de prioridades para ocupação do solo; b) utilização do sistema tributário com vistas a estimular ou restringir a ocupação do solo. SEÇÃO II DAS ZONAS DE USO Art. 21. As zonas de uso constituem-se pelo agrupamento de Unidades Territoriais de Planejamento, as quais apresentam as mesmas tendências de uso. SEÇÃO III DO USO DO SOLO NA ZONA URBANA Art. 22. Na área urbana as unidades territoriais denominam-se Zonas de Planejamento, de acordo com a tendência de uso, nas seguintes categorias: a) Zona Residencial (ZR1); b) Zona Residencial (ZR2); c) Zona Residencial e Comercial (ZRC); d) Zona Industrial (ZI); e) Zona de Proteção (ZP).

Art. 23. Nas Unidades Territoriais, que não as Industriais, poderão ser implantadas indústrias, segundo os critérios dos ramos de atividades industriais e porte do empreendimento, fixado pelo grupamento de atividades permitidas, que visam a preservar as características básicas das Zonas Urbanas, atendidas as Leis Ambientais Federais, Estaduais e/ou Municipais e as disposições da Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001, com a devida aprovação conjunta do Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Conselho de Desenvolvimento Urbano de Mato Leitão CONDEUMA. SEÇÃO IV DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE DAS EDIFICAÇÕES SUBSEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 24. Com vistas a sua adequação às características da zona de implantação, a edificação para atividades permitidas, é regulada através dos seguintes instrumentos de controle urbanístico: a) Índice de Aproveitamento; b) Taxa de Ocupação; c) Altura das Edificações; d) Recuo para Ajardinamento. SUBSEÇÃO II DO ÍNDICE DE APROVEITAMENTO Art. 25. Índice de aproveitamento é o instrumento de controle urbanístico que estabelece a relação entre as áreas máximas de construção permitidas e as áreas dos terrenos sobre os quais acedem as construções, como segue: a) Zona Residencial (ZR1) 01 x área do lote; b) Zona Residencial (ZR2) 03 x área do lote; c) Zona Residencial e Comercial (ZRC) 4 x área do lote; d) Zona Industrial (ZI) 02 x área do lote; e) Zona (ZP) o índice de aproveitamento é restrito ao reflorestamento e plantio de jardins e estabelecimentos de parques de finalidade ambiental ecológica. SUBSEÇÃO III DA TAXA DE OCUPAÇÃO

Art. 26. Taxa de ocupação é o instrumento de controle urbanístico, o qual estabelece a relação entre as projeções horizontais máximas de construção permitidas e as áreas dos terrenos sobre os quais acedem as construções, como segue: a) Zona Residencial (ZR1) 60% da área do lote; b) Zona Residencial (ZR2) 70% da área do lote; c) Zona Residencial e Comercial (ZRC) 80% da área do lote; d) Zona Industrial (ZI) 65% da área do lote; e) Zona (ZP) o índice de aproveitamento é restrito ao reflorestamento e plantio de jardins e estabelecimentos de parques de finalidade ambiental ecológica. Parágrafo Único: Todo o prédio construído sobre pilotis não terá computado nos cálculos de índice de aproveitamento, a área livre resultante dos mesmos, desde que observada a taxa de ocupação específica para cada zona urbana, sendo que, nas Zonas Residenciais (ZR1) e (ZR2), onde serão construídas piscinas, a taxa de ocupação de contorno da mesma através de qualquer revestimento que não possua infiltração no solo, só poderá ser utilizado 30% da área prevista para ocupação da piscina. SUBSEÇÃO IV ALTURA DAS EDIFICAÇÕES Art. 27. São critérios para o dimensionamento volumétrico das edificações os instrumentos de controle urbanístico, os quais estabelecem a relação entre as alturas máximas de construção permitidas e os terrenos sobre os quais acedem as construções, na proporção seguinte: a) Zona Residencial (ZR1) 9,00 metros ou três pavimentos. b) Zona Residencial (ZR2) livre; c) Zona Residencial e Comercial (ZRC) - livre; d) Zona Industrial (ZI) 12,00 metros. e) Zona Proteção (ZP) a ocupação liberada após análise de impacto ambiental; Parágrafo Único: Prédios com mais de 04 pavimentos deverão possuir elevador e 01 garagem de estacionamento para cada residência. SUBSEÇÃO V DOS RECUOS PARA AJARDINAMENTO Art. 28. Os recuos para ajardinamento delimitam áreas destinadas a assegurar a predominância dos elementos naturais sobre os de construção com vistas à valorização da paisagem urbana, nas áreas residenciais e a predominância do pavimento e fluidez da circulação de pedestres nas áreas comerciais e de serviços, conforme segue:

a) Zona Residencial (ZR1) 4,00 metros; b) Zona Residencial (ZR2) 4,00 metros; c) Zona Residencial e Comercial (ZRC) recuo isento; d) Zona Industrial (ZI) 6,00 metros; e) Zona Proteção (ZP) recuo liberado após análise de impacto ambiental. Parágrafo Único: Os terrenos de esquina deverão possuir recuo em uma das frentes de 4,00 metros e o outro lado deverá possuir o recuo de 2,00 metros. CAPÍTULO III DO PARCELAMENTO DO SOLO SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 29. O parcelamento do solo para fins urbanos é a divisão da terra, na zona urbana, em unidades juridicamente independentes, dotadas de individualidade própria, com vistas à edificação. Art. 30. O parcelamento do solo para fins urbanos será realizado na forma de loteamento, desmembramento, fracionamento e reparcelamento. SEÇÃO II DO LOTEAMENTO Art. 31. Considera-se loteamento a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. 1º. Para os efeitos desta lei, considera-se: a) LOGRADOURO PÚBLICO mínimo de 20% e máximo de 25%, a área destinada à circulação do tráfego e de utilização pública, que serão oficialmente reconhecidas por denominação própria; b) ÁREA DE RECREAÇÃO - de 5%, a área destinada ao poder público para serviços administrativos em geral e serviços ao público, entre os quais os de segurança, saúde, educação e cultura. c) ÁREA VERDE de 10% a área destinada às praças, parques e espaços de lazer. 2º. O município não poderá alienar as áreas de que trata este artigo, nem destiná-las a outros fins que não os previstos nesta Lei, salvo venda ou permuta para aquisição de outra área equivalente, a fim de melhor relocalizar a atividade pública prevista.

Art. 32. Em função do uso predominante estabelecido pelo zoneamento deste Plano Diretor e das características especiais de seu sítio de implantação, são os loteamentos classificados nas seguintes categorias: a) Loteamentos Residenciais são aqueles adotados para as zonas residenciais de planejamento, onde a atividade residencial é permitida, destinada à implantação de atividades residenciais, comerciais e de serviços; b) Loteamentos de Interesse Social são aqueles realizados com a interveniência do poder público, em que os valores dos padrões urbanísticos são especialmente estabelecidos com o objetivo de estimular a construção de habitação de caráter social, para as classes de população de menor renda; c) Loteamentos Industriais são loteamentos para as zonas industriais, destinados a atividades industriais. Art. 33. A porcentagem de áreas públicas não poderá, em qualquer hipótese, ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento), aceita pelos órgãos técnicos municipais competentes. Art. 34. É de responsabilidade exclusiva do loteador a instalação de redes e equipamentos para abastecimento de água potável, de redes de energia elétrica e esgoto pluvial, a execução das obras de abertura das vias de comunicação e sarjeta, bem como das pontes e dos muros de arrimo necessários. 1º. Todos os quesitos citados no artigo anterior deverão ser elaborados por técnico legalmente habilitado e aprovado pelos órgãos competentes e assinado pelo mesmo e pelo loteador. 2º. Quaisquer outras obras e serviços que venham a ser realizados devem ter seus projetos submetidos à aprovação da prefeitura. 3º. Nos casos de loteamento com mais de 20 lotes o empreendedor deverá apresentar proposta de tratamento de esgoto cloacal, sujeita à avaliação da equipe técnica e do Conselho Municipal do Meio-Ambiente. Art. 35. A aprovação, pela Prefeitura, dos projetos de loteamentos ficará condicionada à assinatura do Termo de Compromisso. Art. 36. Pelo Termo de Compromisso o proprietário obrigar-se-á: a) a executar, às suas expensas, no prazo fixado pela prefeitura, todas as obras constantes dos projetos aprovados; b) a executar e colocar os marcos de alinhamentos e nivelamento, os quais deverão ser de concreto, segundo o padrão estabelecido pela Prefeitura; c) facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura durante a execução das obras e serviços;

d) fazer constar nos compromissos de compra e venda ou outros atos de alienação de lotes, a condição de que os mesmos só poderão receber construções depois de executadas as obras e serviços previstos no Art. 34 desta Lei. 1º. O prazo a que se refere a alínea a deste artigo não poderá ser superior a 02 (dois) anos, podendo a Prefeitura, a juízo do órgão competente, permitir a execução das obras por etapas, desde que se obedeça ao disposto no parágrafo seguinte. 2º. A execução por etapa só poderá ser autorizada quando: a) o Termo de Compromisso fixar prazo total para a execução completa das obras do loteamento; b) sejam executadas na área, em cada etapa, todas as obras previstas, assegurando-se aos compradores dos lotes o pleno uso e gozo dos equipamentos implantados. Art. 37. Para sua aprovação o projeto de loteamento deverá estar acompanhado de planta topográfica do imóvel, em escala 1:1000, em 02 (duas) vias, contendo os seguintes elementos: a) as divisas do imóvel, perfeitamente definidas; b) a localização dos cursos de água; c) as curvas de nível de metro em metro, referidas ao sistema oficial de referencia de nível (RN) adotada pelo Município; d) indicação das vias e logradouros, áreas de recreação e de uso público especial existente no local e nas adjacências do perímetro do imóvel a ser loteado; e) localização de bosques, monumentos naturais ou artificiais e árvores de grande porte existentes no imóvel; f) localização de construções já existentes; g) localização de equipamento urbano e comunitário e de serviço ao público, tais como o lazer, cultura, saúde e abastecimento da população, existente no local e adjacências; h) indicação do tipo de uso predominante a que se destina o imóvel a ser loteado; i) indicação das características, dimensões e localização das Zonas de uso contíguas; j) declaração do órgão responsável de que é viável o abastecimento de energia elétrica no local; k) declaração do órgão responsável de que é viável o abastecimento de água potável no local; l) apreciação prévia do DAER ou Concessionária, quando o imóvel confrontar com rodovias; m) outras indicações que possam interessar à urbanização da gleba. Art. 38. A planta topográfica do imóvel deverá ser elaborada por profissional legalmente habilitado pelo CREA e estar assinada pelo mesmo e pelo loteador ou seu representante legal.

Art. 39. Se a área a ser loteada constituir parte de gleba maior, deverá ser apresentada também a planta de situação da área em relação à totalidade do imóvel. Art. 40. O Município poderá exigir do loteador a extensão do levantamento topográfico ao longo de uma ou mais divisas da área a ser loteada. Art. 41. O Município indicará na Planta apresentada as diretrizes a serem observadas no projeto, quanto: a) as vias existentes ou projetadas que se relacionam com o imóvel a ser loteado; b) a área e a localização aproximada dos espaços que deverão ser destinados à recreação e ao uso público especial; c) ao devolver a planta com as indicações do artigo anterior, a prefeitura fornecerá também a relação dos equipamentos de infra-estrutura que deverão ser projetados e executados pelo loteador; d) quando for o caso, as faixas de terrenos necessárias ao escoamento das águas pluviais; e) a Zona ou Zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis. Art. 42. Ao devolver a planta com as indicações mencionadas no artigo anterior, o Município informará ao loteador, quando for o caso, a relação dos órgãos estaduais e federais, aos quais deverá ser solicitada anuência prévia. Art. 43. O Município terá o prazo de 30 (trinta) dias para fornecer as diretrizes urbanísticas que vigorarão pelo prazo máximo de um ano. Parágrafo Único: O prazo de 30 (trinta) dias poderá ser prorrogado quando a Prefeitura julgar necessário o assessoramento de órgão técnico diferenciado do Município. Art. 44. O projeto do loteamento deverá ser encaminhado ao Município, acompanhado dos seguintes documentos: a) título de propriedade atualizado do imóvel; b) certidão de ônus reais. Art. 45. O projeto deverá atender a orientação fornecida quanto às diretrizes a que refere o art. 39, conforme as indicações na cópia da planta devolvida, devendo ser elaborada na escala 1:1000, em 03 (três) cópias, por profissional habilitado pelo CREA e ser assinado pelo loteador ou seu representante legal, e deverá conter: a) sistema viário com gabaritos e perfis longitudinais das vias de comunicação na escala horizontal de 1:1000 e na escala vertical de 1:100;

b) os espaços destinados à recreação e uso público especial, com quantificação e a localização das respectivas áreas; c) os perfis longitudinais e transversais das áreas de recreação; d) a divisão em quadras e a subdivisão destas em lotes, com a respectiva numeração, suas dimensões e áreas; e) dimensões lineares e angulares do projeto, os raios, as cordas, os arcos, os pontos de tangência e os ângulos centrais das vias em curva; f) as indicações em marcos de alinhamento e nivelamento, localizados nos ângulos ou nas curvas das vias projetadas e amarrados à referência de nível adotado pelo Município; g) indicação das servidões e restrições que, eventualmente, gravem os lotes ou as edificações; h) projeto de drenagem das águas pluviais; i) memorial descritivo do projeto, acompanhado de outros documentos julgados necessários; j) comprovante da anuência prévia dos órgãos estaduais e federais competentes, quando for o caso. 1º. A planta contendo as indicações referidas nos incisos I, II, IV, deverá ser apresentada em 04 (quatro) vias; 2º. Quando o Município dispuser de planta topográfica que inclua o imóvel a ser loteado, poderá fornecer cópia ao interessado que a requerer; 3º. O Município poderá exigir do loteador a extensão do levantamento topográfico ao longo de uma ou mais divisas da área a ser loteada. Art. 46. O projeto deverá ser aprovado pelo Município, no prazo de 30 (trinta) dias, no que lhe diz respeito, ressalvado o prazo exigido pelas autoridades estaduais e federais competentes. Parágrafo Único: Em caso de atraso na liberação do empreendimento por órgãos Estaduais e/ou Federais, o Município poderá prorrogar o prazo definido no Termo de Compromisso. Art. 47. Para a aprovação do projeto mencionado no artigo anterior, o loteador deverá apresentar os projetos de distribuição de água e energia elétrica aprovados pelas devidas concessionárias. Art. 48. A aprovação dada pelo Município aos projetos de Loteamento e/ou Desmembramento ficará condicionada à assinatura do Termo de Compromisso. Art. 49. Para fins de inscrição do loteamento, no Registro de Imóveis, o loteador deverá executar, no mínimo, as vias de circulação, a demarcação dos lotes e das quadras, bem como as obras de escoamento das águas pluviais, ficando as outras obras condicionadas ao Termo de Compromisso.

Parágrafo Único: A inscrição do loteamento no Registro de Imóveis se fará após a verificação e aceitação dessas obras, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias após a aprovação do projeto. Art. 50. Decorrido o prazo estabelecido, através do Termo de Compromisso, para execução das obras do loteamento e tendo havido paralisação ou inexecução das mesmas, deverá o projeto aprovado ser submetido à nova aprovação, sob pena da multa. Parágrafo Único: O disposto neste artigo não impedirá o Município de usar a faculdade de promover Ação Judicial contra o Loteador com vistas à execução das obras de infraestrutura do loteamento. Art. 51. Realizadas todas as obras e serviços exigidos, referentes ao loteamento, o Município, a requerimento do loteador e após vistoria de seu órgão competente, dispensará a garantia prestada, mediante expedição do Termo de Recebimento e/ou Aceitação. Art. 52. Todas as obras e serviços exigidos por lei, bem como quaisquer outras benfeitorias efetuadas pelo loteador nas vias e logradouros públicos em geral e nas áreas destinadas a uso público especial, passarão a integrar o domínio público municipal, desde a data do registro do loteamento, sem qualquer indenização. Art. 53. O Município só expedirá Alvará de Licença para construção, demolição, reconstrução ou ampliação de edificação nos lotes, após haverem sido por ele vistoriadas e aprovadas as respectivas obras de infraestrutura urbana. Art. 54. Nos loteamentos deverão ser definidas áreas para uso público especial que correspondam a, no mínimo, 5% (cinco por cento) da gleba total, e área para recreação correspondente a, no mínimo, 10% (dez por cento) da gleba total parcelada. SEÇÃO II DOS DESMEMBRAMENTOS Art. 55. Considera-se desmembramento a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias ou logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. Art. 56. Além do aproveitamento do sistema viário existente a área objeto de desmembramento deverá possuir abastecimento de água e energia elétrica, com a devida autorização das concessionárias responsáveis.

Art. 57. A aprovação do desmembramento a que se refere o artigo anterior só poderá ser concedida se forem satisfeitos os requisitos exigidos nesta Lei. Art. 58. Nos desmembramentos de glebas com áreas superiores a 3.000 m² (três mil metros quadrados) deverá ser definida área para uso público especial que corresponda a, no mínimo 5% (cinco por cento) da área total desmembrada, e de dimensão nunca inferior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados), e nos desmembramentos superiores a 10.000 (dez mil metros quadrados) aplica-se o disposto no art. 52. Parágrafo Único: Os casos de desmembramento de terrenos oriundos de loteamentos nos quais já foram atendidos os requisitos de 15% (quinze por cento) da área de recreação e uso público especial, ficam isentos das exigências do presente artigo. DOS QUARTEIRÕES Art. 59. Os quarteirões situados em zonas residenciais, deverão atender aos seguintes requisitos: a) área máxima de 12.100 m² (doze mil e cem metros quadrados); b) extensão máxima de 110 m (cento e dez metros) e extensão mínima de 60 m (sessenta metros). Art. 60. O desmembramento do solo que resultar em faixa de lotes contíguos com extensões determinadas pela alínea b do artigo anterior deverá manter uma reserva de área para abertura de via, de acordo com os gabaritos definidos pela legislação municipal. Parágrafo Único: As áreas reservadas de que trata este artigo passarão a integrar o domínio municipal sem qualquer indenização, desde a data de inscrição do desmembramento no Registro de Imóveis. Art. 61. Os lotes deverão atender aos seguintes requisitos: a) quando situados em zonas residenciais ou comerciais deverão possuir testada mínima de 12 m (doze metros) e área mínima de 360,00 m² (trezentos e sessenta metros quadrados); b) quando situados em zonas industriais deverão possuir testada mínima de 30,00 m (trinta metros) e área mínima de 1.500 m² (um mil e quinhentos metros quadrados); c) quando situado em zonas destinadas a sítios de recreio o módulo deverá possuir área mínima de 5.000 m² (cinco mil metros quadrados) e dimensão nunca superior a 03 ha. (três hectares). 1º. Nenhum lote poderá ter profundidade maior que 05 (cinco) vezes sua testada. 2º. Nenhum lote poderá ter frente voltada para passagens para pedestres.

Art. 62. Nos condomínios por unidades autônomas a área de terreno privativa de cada unidade autônoma nunca poderá ser inferior a 1.000 m² (um mil metros quadrados). DAS PENALIDADES Art. 63. A modificação não autorizada, a destruição, a desfiguração ou o desvirtuamento de sua feição original, no todo ou em parte, das áreas de interesse ambiental, sujeitam o infrator às seguintes penalidades: I - interdição de atividades ou utilização incompatível com os usos permissíveis da Unidade Territorial de Preservação; II - embargo da obra; III - obrigação de reparar os danos que houver causado ou restaurar o que houver danificado ou reconstituir o que houver danificado ou reconstituir o que houver alterado ou desfigurado; IV - demolição de construção ou remoção de objeto que interfira com os entornos de proteção e ambientação do local de lazer, recreação e turismo; Parágrafo Único: Apurada a autoria, para fins de aplicação da Legislação Federal, em especial da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o Executivo fará, às autoridades competentes, comunicação de ocorrência danosa a áreas de interesse ambiental. Art. 64. O descumprimento de qualquer etapa estabelecida no cronograma do Termo de Compromisso sujeita o loteador às penalidades previstas na Legislação própria. Art. 65. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, em 03 de outubro de 2002. CARMEN GOERCK VICE-PREFEITA EM EXERCÍCIO REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Evandro Luis Lenhart Chefe de Serviços Administrativos Projeto de lei LDU - ernani

MENSAGEM JUSTIFICATIVA PROJETO DE LEI Nº. 84/2002 Senhor Presidente, Senhores Vereadores: O presente Projeto de Lei dispõe sobre proposta de plano diretor para o Município de Mato Leitão estabelecendo diretrizes para ocupação do solo urbano, melhor destinação do espaço através da malha urbana voltada para a questão ambiental e tendo por meta a melhora da qualidade de vida da população mato-leitoense. O Plano Diretor Urbano, do município-mãe, Venâncio Aires, era constituído de um conjunto de Leis, envolvendo o Código de Obras, Perímetro Urbano, Zoneamento de Uso do Solo, Parcelamento de Solo Urbano, que não mais se adequava à realidade do novo Município emancipado de Venâncio Aires. Durante o período da nova estruturação de município, Mato Leitão sofreu transformações, basicamente, com a elaboração de Legislação estipulando os zoneamentos, perímetro urbano, organização administrativa, entre outras. Uma das metas prioritárias do nosso plano de governo era a de elaborar o próprio Plano Diretor do Município, para que o crescimento de Mato Leitão fosse dirigido de forma mais ordenada. Com o Plano do Sistema Viário Principal já concretizado por legislação específica, o município conseguiu assegurar para o futuro a possibilidade de implantar vias mais largas, que permitirão um fluxo rápido de trânsito e a instalação de atividades comerciais e de serviços em outros pontos da cidade. Outros documentos legais, que, no nosso entendimento clamavam alterações urgentes eram a Lei de Zoneamento, o Perímetro urbano e o Parcelamento do Solo, reunindo a matéria num único compêndio. Depois de meses de estudo e análise de experiências já comprovadas em outras cidades de médio e grande porte, chegou-se a uma proposta que foi enriquecida por sugestões de vários segmentos da comunidade, onde deve merecer destaque especial a dedicação demonstrada pelo Conselho de Desenvolvimento urbano de Mato Leitão, que prestou valiosa colaboração ao trabalho, com sua participação em diversas reuniões para o exame do assunto, aprovando, de forma unânime, conforme parecer favorável, cuja cópia segue em anexo. No que se refere ao zoneamento do uso do solo, foi nossa preocupação manter as zonas residenciais hoje existentes no entorno do centro da cidade, em respeito aos proprietários de residências unifamiliares. Os novos zoneamentos que foram demarcados procuram respeitar os usos já consagrados ou atendem à vocação natural ou dirigida de determinadas frações da zona urbana da cidade. Para atender à nova visão urbanística, hoje em voga, procurou-se dividir a cidade em Zonas Territoriais de Planejamento Zona Residencial (ZR1), Zona

Residencial (ZR2), Zona Residencial e Comercial (ZRC), Zona Industrial (ZI) e Zona de Proteção (ZP), o que facilita o planejamento e possíveis modificações que devam ser implantadas em determinadas postos da cidade. Com as novas diretrizes estabelecidas nesta proposta de legislação urbanística, pretendemos implantar controles e mecanismos atualizados para direcionar com maior rigor o crescimento em nossa cidade. A aplicação das novas regras urbanísticas estará a cargo da Secretaria Municipal de Obra, Viação e Trânsito. Numa próxima etapa, é nossa intenção executar um estudo para reformulação do Código de Obras, que igualmente deve ser adaptado à realidade atual. Com as considerações supra, entendemos justificado o presente Projeto de Lei que esperamos seja apreciado e aprovado por esse egrégio Poder Legislativo. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, em 04 de setembro de 2002. JOÃO AURÉLIO WILDNER PREFEITO MUNICIPAL LEI Nº 1.139, de 11 de março de 2005.

DÁ NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 22, DA LEI MUNICIPAL Nº. 892, DE 03 DE OUTUBRO DE 2002, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. JOÃO AURÉLIO WILDNER, PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. FAÇO SABER, no uso da atribuição que me confere o art. 54, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a Lei seguinte: Art. 1º. Fica alterado o art. 22 da Lei Municipal nº. 892, de 03 de outubro de 2002, para viger com a seguinte redação: Art. 22. Na área urbana, as Unidades Territoriais denominam-se Zonas de Planejamento, de acordo com a tendência de uso, conforme as seguintes categorias: a) Zona Residencial (ZR1); b) Zona Residencial (ZR2); c) Zona Residencial e Comercial (ZRC); d) Zona Industrial (ZI); e) Zona de Proteção (ZP). 1º. As Zonas Residenciais (ZR1) e (ZR2) são caracterizadas pela homogeneidade de uso, em que predominam as atividades residenciais, exercidas em função da habitação ou à ela vinculadas, e as de apoio aos moradores. 2º. A Zona Residencial e Comercial é caracterizada pelo predomínio das atividades residenciais, comerciais e de serviços. 3º. A Zona Industrial é a unidade territorial em que predominam as atividades industriais. 4º. A Zona de Proteção (ZP) é caracterizada pela homogeneidade de uso, em que prevalecem as áreas de preservação ambiental.

5º. A divisão da área urbana do Município em Zonas de Planejamento está devidamente caracterizada no Mapa anexo, que constitui parte integrante desta Lei. Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, em 11 de março de 2005. JOÃO AURÉLIO WILDNER PREFEITO MUNICIPAL REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Evandro Luis Lenhart Chefe de Serviços Administrativos

LEI N.º 1.514, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008. ALTERA O MAPA DE DIVISÃO DAS ZONAS DE PLANEJAMENTO URBANO, DEFINIDO NO 5 DO ART. 22 DA LEI MUNICIPAL N 892, DE 03 DE OU- TUBRO DE 2002. O PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. FAÇO SABER, no uso da atribuição que me confere o art. 54, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a Lei seguinte: Art. 1.º Fica alterado o mapa de divisão da área urbana do Município em Zonas de Planejamento, definido no 5 do art. 22 da Lei Municipal n 892, de 03 de outubro de 2002, que passa a ser o constante no Anexo que integra a presente Lei. Art. 2. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, RS, em 17 de dezembro de 2008. JOÃO AURÉLIO WILDNER PREFEITO MUNICIPAL REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Evandro Luis Lenhart Chefe de Serviços Administrativos

LEI N.º 1.636, DE 08 DE OUTUBRO DE 2009. ALTERA O MAPA DE DIVISÃO DAS ZONAS DE PLANEJAMENTO URBANO, DEFINIDO NO 5 DO ART. 22 DA LEI MUNICIPAL N 892, DE 03 DE OU- TUBRO DE 2002. O PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. FAÇO SABER, no uso da atribuição que me confere o art. 54, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a Lei seguinte: Art. 1.º Fica alterado o mapa de divisão da área urbana do Município em Zonas de Planejamento, definido no 5 do art. 22 da Lei Municipal n 892, de 03 de outubro de 2002, que passa a ser o constante no Anexo que integra a presente Lei. de 2008. Art. 2. Revoga-se a Lei Municipal n 1.514, de 17 de dezembro Art. 3. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, RS, em 08 de outubro de 2009. CARLOS ALBERTO BOHN PREFEITO MUNICIPAL REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Evandro Luis Lenhart Assessor de Gabinete

LEI Nº 2.041, de 18 de julho de 2013. ALTERA O MAPA DO USO DO SOLO DA LEI Nº 892/2002 DO PLANO DIRE- TOR DO MUNICÍPIO DE MATO LEI- TÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. FAÇO SABER, no uso da atribuição que me confere o art. 54, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a Lei seguinte: Art. 1º. Fica Alterado o uso do solo, previsto pelo Mapa do Uso do Solo da Lei Nº 892/2002, que institui o Plano Diretor de Mato Leitão, tomando por base toda a extensão da RSC 453 no Município de Mato Leitão, numa faixa de 150 metros de cada lado, paralela à RSC 453, sendo que a área passa a ser denominada de Zona Urbana com classificação Residencial e Comercial ZRC. Parágrafo Único. A Zona Urbana com classificação Residencial e Comercial - ZRC, ao longo da RST 453 sofre a interferência dos seguintes casos a seguir elencados: I - Tomando por base a RSC 453, lado esquerdo no sentido Cruzeiro do Sul/Venâncio Aires, no Km 14 + 487 m, numa extensão de 385 metros e 295 m de profundidade, sendo a área denominada de Zona Urbana com classificação Industrial ZI. II Tomando por base a RSC 453, lado esquerdo no sentido Cruzeiro do Sul/Venâncio Aires, no Km 13 + 400 m até rua que faz divisa com o município de Venâncio Aires, com 323 metros de profundidade, sendo a área denominada de Zona Urbana, com classificação Residencial e Comercial ZRC. III Tomando por base a RSC 453, lado direito no sentido Cruzeiro do Sul/Venâncio Aires, no Km 12 + 400 m, numa extensão de 130 m, (sendo 40 m do lado esquerdo e 90 m do lado direito da rua), com profundidade de 1.053 m do lado esquerdo e 1.265 m do lado direito, sendo a área denominada de Zona Urbana, com classificação Residencial e Comercial ZRC. Art. 2. Demais disposições da Lei nº 892/2002 e detalhamento do mapa (que é parte integrante desta Lei) permanecem inalteradas, em especial as disposições da Lei n 1.841, de 13 de julho de 2011, que cria área Urbana para implantação do Distrito Industrial do Município de Mato Leitão, e dá outras providências.

Art. 3. Revogam-se as disposições em contrário. Art. 4. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, em 18 de julho de 2013. CARMEN GOERCK PREFEITA MUNICIPAL REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Liege Hickmann Nyland Oficial Administrativo LEI N.º 2.096, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2013.

INSTITUI NOME DE RUA NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO-RS. O PREFEITO MUNICIPAL DE MATO LEITÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. FAÇO SABER, no uso da atribuição que me confere o art. 54, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a Lei seguinte: Art. 1.º Fica denominado Acesso Novo Amanhecer, o trajeto de via pública sem denominação oficial, do Plano Diretor de Mato Leitão, instituído pela Lei Municipal n 193/95, de 22.12.1995 e regulamentada pela Lei n 892/2002, de 03.10.2002. 1. A estrada objeto da denominação do caput deste artigo está assinalada no Mapa de Situação e Localização, que constitui parte integrante desta Lei. 2. O Mapa referido no 1, desta Lei, integra o Plano Diretor, instituído pela Lei Municipal n 193, de 22 de dezembro de 1995. Art. 2.º Integra esta Lei a mensagem justificativa e o abaixo-assinado de moradores que apóiam a denominação. Art. 3. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE MATO LEI- TÃO, em 11 de dezembro de 2013. CARMEN GOERCK PREFEITA MUNICIPAL REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Evandro Luis Lenhart Oficial Administrativo