Relatório e Contas 2003



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Transcrição:

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Relatório e Contas 2003 O Banco Nacional Ultramarino, que iniciou as suas operações em Macau em 1902, é actualmente membro do Grupo Caixa Geral de Depósitos, o maior grupo financeiro português, e é um dos dois bancos emissores da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China. O Banco Nacional Ultramarino passou, a partir de 1 de Julho de 2001, a ser uma sociedade subsidiária detida a 100% pela Caixa Geral de Depósitos, com sede em Macau, tendo incorporado todos os activos e passivos da anterior Sucursal do BNU em Macau. O Banco Nacional Ultramarino disponibiliza aos seus clientes particulares, empresariais e institucionais, uma oferta diversificada de produtos e serviços bancários, que inclui cartões de crédito e de débito, recebimento de depósitos, concessão de empréstimos para aquisição de habitação, crédito pessoal, crédito ao investimento, apoio e financiamento de operações de comércio externo e produtos de investimento. O Banco comercializa os seus produtos através de uma rede de onze agências e de vários canais de distribuição, que incluem um serviço de banca pela internet e pelo telefone, com o apoio de um eficiente e cordial serviço de atendimento a clientes. Este relatório encontra-se também disponível em Português, Chinês e Inglês na página de internet do Banco no endereço www.bnu.com.mo. Cópias impressas em Português e Chinês deste relatório podem ser solicitadas para: Banco Nacional Ultramarino S.A. Av. Almeida Ribeiro, No.22, Caixa Postal 465 Região Administrativa Especial de Macau República Popular da China Tel: (853) 355111 Fax: (853) 355653

índice A. Enquadramento Macroeconómico 8 Enquadramento Externo Economia de Macau B. Principais Áreas de Actividade 18 Banca de Particulares Empresas Recursos Humanos Organização e Sistemas Apoio à Comunidade C. Resultados e Evolução do Balanço 23 Conta de Resultados Proposta de Aplicação de Resultados Balanço - Evolução e Estrutura Orgãos Sociais 28 Demonstrações Financeiras 29 Accionistas com Participação Qualificada 32 Participações 32 Principais Políticas Contabilísticas 33 Parecer dos Auditores Externos 37 Parecer do Fiscal Único 38 Contactos Mais Importantes 39

A. Enquadramento Macroeconómico 1. Enquadramento Externo Evolução Global A recuperação da economia dos EUA, que no princípio do ano foi afectada pelo impacto da guerra do Iraque e das tensões geopolíticas na confiança dos empresários e dos consumidores, acelerou no segundo semestre de 2003, tendo o PIB crescido 3,1 por cento durante o ano, comparado com 2,2 por cento registados em 2002. O crescimento da actividade económica foi estimulado pela adopção de políticas fiscais expansionistas, pela recuperação dos mercados financeiros e por um aumento acentuado da produtividade. A procura interna foi influenciada favoravelmente pela redução das expectativas inflacionistas e das taxas de juro de longo prazo, por uma diminuição na taxa dos "Fed funds" de 25 b.p. para um por cento em Junho e por novas reduções nos impostos, bem como pela recuperação do mercado accionista e por um mercado imobiliário, em particular no segmento das habitações, em alta. O consumo privado, em particular de bens de consumo duradouros, cresceu devido ao aumento do rendimento disponível das famílias que beneficiou com a redução dos impostos e com o aumento do refinanciamento para a compra de habitação, não obstante o número de novos empregos criados ter sido bastante reduzido. O investimento privado, que tinha vindo a diminuir nos últimos dois anos, aumentou em 2003 na ordem dos dois dígitos, influenciado por expectativas positivas quanto à evolução dos resultados das empresas e pelo baixo custo do capital. O aumento da despesa pública e a diminuição dos impostos levou a um crescimento significativo do défice governamental, o que constituiu um estímulo adicional para a actividade económica. A economia beneficiou também de um crescimento das exportações, devido à recuperação da economia mundial, particularmente das principais economias asiáticas, e a uma maior competitividade derivada da depreciação da taxa de câmbio do dólar. A economia da zona euro, que entrou em recessão na primeira metade do ano, cresceu apenas 0,5 por cento em 2003, abaixo ainda do valor de 0,9 por cento registado em 2002. O consumo privado continuou a mostrar um fraco crescimento, devido por um lado ao aumento da taxa de desemprego e por outro ao modesto aumento dos salários. As exportações líquidas e o investimento privado desceram, influenciados pela rápida valorização do euro e por uma diminuição das margens de lucro. O Banco Central Europeu reduziu a taxa de refinanciamento para 2 por cento em Junho, em resposta ao abrandamento da actividade económica e à diminuição da taxa de inflação, que se aproximou do objectivo dos 2 por cento definido pelo Banco Central. 8 A contribuição das políticas fiscais para estimular a economia da zona euro no seu todo foi negativa, apesar de os défices orçamentais da Alemanha e França terem excedido o limite dos 3 por cento definidos pelo Pacto de Crescimento e Estabilidade.

A economia japonesa mostrou sinais de recuperação e a taxa real de crescimento do Produto Interno Bruto atingiu os 2,7 por cento, o valor mais alto dos últimos anos, devido à política fiscal expansionista adoptada e a uma política monetária que tem como objectivos aumentar a massa monetária, manter as taxas de juro a curto prazo próximas do zero e acabar com a deflação. A actividade económica foi apoiada por uma forte recuperação no investimento das empresas, motivada por uma maior confiança da classe empresarial, enquanto outras componentes da procura interna permaneceram pouco dinâmicas. As exportações continuaram a beneficiar com a recuperação da economia americana e com a política adoptada pelas autoridades de intervir nos mercados cambiais a fim de evitar a subida do iene contra o dólar americano. O Governo prosseguiu com a política de reestruturação do sector bancário como forma de reduzir o crédito mal parado, tendo-se registado alguns progressos nesta área, e aumentar a base de capital dos bancos. A maioria das economias asiáticas beneficiou da evolução favorável da economia mundial e em particular da recuperação da economia americana e da importância crescente do comércio inter-regional e com a China. A economia indiana apresentou em 2003, à semelhança do ano anterior, uma taxa de crescimento de 7,5 por cento, enquanto as economias do Sudoeste Asiático apresentaram uma recuperação significativa. Na Tailândia, onde políticas fiscais e de desenvolvimento foram adoptadas para estimular a procura interna, o Produto Interno Bruto em termos reais cresceu 6,7 por cento contra 5,4 por cento em 2002. Na Coreia do Sul, a taxa de crescimento da economia caiu de 7 por cento em 2002 para 3,1 por cento em 2003, apesar do desempenho positivo do sector externo, dado que o consumo privado decresceu, afectado pelo elevado endividamento das famílias e pelo aumento significativo do crédito mal parado na área dos cartões de crédito. Grande China A economia chinesa cresceu 9,1 por cento em 2003, o valor mais alto da última década, impulsionada pela procura interna e exportações, que registaram um aumento mais elevado que no ano anterior. O investimento em capital fixo, um dos factores que mais contribuiu para impulsionar a economia, subiu 26,8 por cento em 2003, representando 45 por cento do PIB, devido ao investimento em imóveis e infra-estruturas, ao crescimento do crédito bancário, bem como ao investimento estrangeiro em novas instalações industriais. A produção industrial registou uma subida de 17 por cento, revelando um grande dinamismo à medida que se torna mais importante o papel da China enquanto centro de processamento de bens para exportação e se acentua a sua crescente integração na economia mundial. As vendas de bens de consumo a retalho sofreram uma quebra em Abril e Maio de 2003 devida à epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), recuperando na segunda metade e registando uma taxa de crescimento de 9,1 por cento, para o que contribuiu o aumento do rendimento disponível das famílias que levou a um forte crescimento da procura de bens de consumo duradouros. Em 2003, o comércio externo da China, tanto nas exportações como nas importações, continuou a apresentar fortes taxas de crescimento. As exportações, que cresceram em 34,6 por cento no ano de 2003, contra 22,4 por cento em 2002, ganharam 9

quota de mercado na maioria dos sectores industriais, em particular nos produtos eléctricos e electrónicos. As reservas cambiais subiram em 41 por cento em 2003, atingindo os 403 mil milhões de USD devido a um forte fluxo de investimento estrangeiro directo, que totalizou 51 mil milhões de USD e ao crescimento do capital a curto prazo, apesar de uma redução no excedente das contas correntes. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu em 1,2 por cento em 2003, após um período de alguns anos de deflação, devido principalmente a aumentos de preço na alimentação, serviços, habitação, combustíveis e serviços públicos. Em meados do ano, foram tomadas medidas para limitar o crédito bancário a alguns sectores que vinham a demonstrar um crescimento excessivo e no último trimestre, a taxa de reservas obrigatórias aplicável aos bancos foi aumentada. O clima económico em Hong Kong melhorou em 2003, em particular na segunda metade do ano após o fim da crise do SARS, com o PIB em termos reais a apresentar um crescimento de 3,2 por cento contra 1,9 por cento no ano anterior. O processo de recuperação económica foi impulsionado pelo desempenho positivo do sector externo e uma retoma rápida em dois mercados-chave, o imobiliário e o accionista, que por sua vez contribuíram para um aumento da confiança dos consumidores e do sector empresarial. As exportações de bens e serviços cresceram 12 por cento em 2003, beneficiando do crescimento económico nos Estados Unidos e, em particular, na China e contribuindo assim para um crescimento no PIB. Apesar de, durante todo o ano, o consumo privado não ter apresentado qualquer aumento, no final do ano as vendas a retalho mostraram sinais de recuperação, ajudadas também por um aumento exponencial do número de turistas da China Continental que visitaram Hong Kong. O forte crescimento económico teve um impacto positivo na taxa de desemprego que começou a decrescer e há indicações que a deflação que tem estado a afectar a economia há vários anos possa vir a terminar com o Índice de Preços no Consumidor a inverter a sua tendência de descida no último trimestre do ano. Hong Kong e a China Continental assinaram o Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Continente e Hong Kong (CEPA) a 29 de Junho de 2003, através do qual muitas exportações de Hong Kong para a China irão beneficiar de tarifa zero, o investimento directo será facilitado e empresas de Hong Kong, na maioria do sector de serviços, serão autorizadas a operar na China. Em Taiwan, o PIB em termos reais cresceu 3,2 por cento, ligeiramente inferior a 2002, enquanto a procura interna, afectada pela epidemia da SARS, elevado desemprego e baixo investimento das empresas, continuaram a pesar na evolução da economia. No final do ano, a economia começou a evidenciar sinais de recuperação devido a uma retoma das exportações de produtos das indústrias das tecnologias da informação e electrónica e à implementação de uma política fiscal mais expansionista e a cortes nas taxas de juro. 10 A taxa de desemprego, que se apresenta ao seu nível mais alto de há vários anos e a deslocalização de muitas fábricas para a China Continental continuaram a restringir a expansão da procura interna, enquanto o Índice de Preços no Consumidor decresceu ligeiramente.

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2. Economia de Macau A economia de Macau continou a registar melhorias com o PIB em termos reais a crescer 15,7 por cento em 2003, o segundo ano consecutivo em que a economia registou um crescimento de dois dígitos. Em 2003 a actividade económica flutuou acentuadamente devido ao impacto, na primeira metade do ano, da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS). O crescimento no PIB em termos reais no primeiro e segundo trimestres foi de 17,1 e -1,7 por cento, respectivamente, mas na segunda metade do ano o PIB cresceu a uma taxa superior a 20 por cento. O sector do turismo, que sofreu com o impacto negativo da epidemia da SARS, em particular na área da Grande China, recuperou no final do ano, fazendo aumentar a taxa de crescimento da economia. O número de turistas que visitaram Macau em 2003 aumentou 3,1 por cento, atingindo os 11,8 milhões, devido a um incremento do número de turistas provenientes da China Continental, que subiu 35,4 por cento. A China Continental tornou-se, em 2003, no principal mercado gerador de turistas para Macau, representando 48 por cento dos turistas que visitaram o Território. O aumento de turistas beneficiou do forte crescimento económico na China Continental e, desde Julho de 2003, de uma política adoptada pelo Governo Chinês em conceder vistos individuais a residentes de várias cidades da província de Cantão, bem como de Pequim e Xangai, que desejem viajar para Macau. O número de turistas de Hong Kong e Taiwan sofreu um decréscimo de 9,4 e 33,3 por cento, respectivamente, em 2003, não recuperando totalmente das quedas acentuadas registadas nos primeiros dois trimestres do ano. A indústria do jogo continuou a registar um forte crescimento em 2003, tendo as receitas brutas aumentado 29,6 por cento, depois de terem aumentado 24,5 por cento no ano anterior. O sector da hotelaria e da restauração foi particularmente atingido pela epidemia da SARS e em média a ocupação dos hotéis em 2003 ficou-se pelos 64,3 por cento, um valor inferior aos 67,1 por cento registados no ano anterior, apesar da forte retoma na procura na segunda metade do ano. A exportação de bens cresceu 9,4 por cento (contra um crescimento de 6,4 por cento em 2002) essencialmente devido a um aumento das exportações para os países da União Europeia (+7,5 por cento) e para o mercado americano (+12,8 por cento), à medida que as economias dos principais países desenvolvidos iniciaram a sua recuperação após um período de fraco crescimento. As exportações de Macau continuam a concentrar-se no sector têxtil e do vestuário, que totalizou 83,1 por cento das exportações em 2003. As importações cresceram 8,7 por cento, com as importações da China Continental e União Europeia a crescerem 11,9 e 10,9 por cento, respectivamente, enquanto as importações de Hong Kong desceram 5,5 por cento em 2003. 12 Espera-se que o comércio externo de Macau seja impulsionado com a assinatura em 2003 do Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Continente e Macau (CEPA), um pacto de comércio

livre e cooperação económica abrangendo as áreas do comércio de bens e serviços e do investimento. Relativamente ao comércio de bens, o CEPA entre a China Continental e Macau define uma lista de 273 produtos que beneficiarão de tarifa zero quando exportados de Macau para o Continente. O CEPA inclui ainda cláusulas que facilitarão o acesso ao mercado da China Continental a um grupo de dezoito subsectores do sector terciário, incluindo a banca e seguros e o investimento directo transfronteiriço, bem como a cooperação e simplificação de processos administrativos para as PMEs. As expectativas apontam para que o CEPA seja um motor para diversificar o sector industrial de Macau e contribuir para um desenvolvimento económico sustentável do Território. A procura interna, dinamizada principalmente pelo aumento da despesa pública e pelo crescimento do investimento em activos fixos, subiu 11,8 por cento, à medida que o Governo aumentou a despesa em infra-estruturas e o investimento no sector da construção cresceu. Vários novos projectos de infra-estruturas foram iniciados ou tiveram a sua aprovação em 2003, tais como: Uma terceira ponte entre Macau e a Taipa - em construção. A ponte estende-se por 2.200 m e tem 2 tabuleiros, um superior para o trânsito automóvel e um inferior que funcionará em caso de tufão. Um metropolitano de superfície circulará no tabuleiro inferior durante todo o ano. Espera-se que esta obra esteja terminada no final de 2004. O complexo de diversões Doca dos Pescadores (Fisherman's Wharf), encontra-se numa fase avançada de construção e espera-se que abra ao público no final de 2004. Várias instalações desportivas que acolherão os 4. os Jogos da Ásia Oriental - algumas das instalações estão já concluídas e as restantes deverão estar terminadas no princípio de 2005. Uma zona industrial transfronteiriça entre Zhuhai e Macau com 0,4 km 2 numa primeira fase. As empresas são incentivadas a instalarem-se nesta área onde poderão beneficiar de baixos custos de produção. Uma ponte que ligará Hong Kong, Zhuhai e Macau - o projecto foi já aprovado. A ponte, que trará inúmeras vantagens para a região do Delta do Rio das Pérolas, terá um comprimento de 29 km e deverá estar concluída em 2008. A construção de uma infra-estrutura deste tipo irá reduzir o tempo de viagem entre estas regiões para apenas 25 minutos, o que trará benefícios para empresários e turistas. Uma nova ligação entre Macau e o aeroporto de Hong Kong - lançada em Outubro de 2003, tornou mais fáceis para os cidadãos de Macau as viagens de avião através de Hong Kong e aos turistas a chegada a Macau. A melhoria da situação económica, baixas taxas de juro dos empréstimos para a habitação e uma procura forte de residentes e não residentes, conduziu a uma subida no volume de transacções, com os preços da habitação a aumentarem 30 por cento em algumas áreas, após um período prolongado de queda. O sector da construção iniciou uma fase de recuperação, com projectos a envolverem uma área superior a 533.016 13

metros quadrados de construção em 2003, contra apenas 157.494 metros quadrados no ano anterior. A economia de Macau registará ainda uma forte injecção de capital à medida que forem sendo implementados os planos de investimento em grande escala das três concessionárias do jogo. A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) de Stanley Ho continuará a remodelação dos seus 11 casinos, incluindo a construção do Grande Lisboa, uma extensão de 40 andares ao emblemático Hotel Lisboa. O casino Sands Macau, do grupo Venetian de Las Vegas tem abertura marcada para a primeira metade de 2004. O grupo Wynn Resorts (Macau) investirá pelo menos 500 milhões de USD na primeira fase de construção do seu casino, nos termos do contrato assinado com o Governo de Macau. O consórcio Galaxy Holdings abrirá um casino na segunda metade de 2004. A taxa de desemprego decresceu ligeiramente para 6 por cento devido essencialmente a um aumento de novos postos de trabalho criados pelas empresas da construção e do turismo e sectores relacionados. Uma economia mais forte e a retoma do mercado imobiliário na segunda metade do ano contribuíram para reduzir as pressões deflacionistas. O Índice de Preços no Consumidor decresceu 1,57 por cento em 2003, contra uma diminuição de 2,65 por cento em 2002. Taxas de Juro As taxas de juro interbancárias a curto prazo para o dólar de Hong Kong (HKD) e a pataca (MOP) mantiveram-se estáveis e muito próximas das taxas do dólar americano até Setembro, altura em que o HKD sofreu uma rápida e inesperada apreciação. O aumento das entradas de capitais a par das várias intervenções da Autoridade Monetária de Hong Kong para levar a taxa de mercado para valores mais próximos da taxa de indexação ao dólar americano de 7,8 levou a uma redução das taxas interbancárias para níveis próximos do zero durante o resto do ano e um crescimento acentuado da liquidez no sistema bancário. O saldo agregado de fundos do sistema bancário, como calculado pela Autoridade Monetária de Hong Kong, ascendeu a mais de 50 mil milhões de HKD no final do ano. A taxa de câmbio a prazo do dólar de Hong Kong contra o dólar americano passou de um prémio de 150 pontos no início do ano para um desconto de menos 620 pontos no final do ano. A "prime rate" para empréstimos em dólares de Hong Kong e patacas manteve-se inalterada nos 5 por cento durante todo o ano e para depósitos de poupança baixou para 0,001%. 14 Mercado Cambial O dólar de Hong Kong permaneceu próximo da taxa de indexação de 7,8 em relação ao dólar americano até Setembro altura em que se valorizou para 7,6920, quando as posições curtas foram invertidas, influenciadas por expectativas acerca de uma possível reavaliação do renmimbi, pela desvalorização do dólar americano nos mercados

cambiais e por um aumento dos fluxos de capital, à medida que os mercados de capitais e o sector imobiliário recuperavam num quadro económico mais favorável. A volatilidade da taxa de câmbio do dólar de Hong Kong aumentou significativamente no último trimestre do ano influenciada também pelo impacto de várias OPVs de grandes companhias chinesas. A Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) fez repetidas intervenções para reduzir as pressões para a depreciação do dólar de Hong Kong e para estabilizar o mercado. A depreciação do dólar americano contra o euro e o iene acelerou em 2003 influenciada pelo aumento do défice comercial e orçamental americano, expectativas de taxas de rentabilidade mais baixas para os activos denominados em dólares americanos e um diferencial negativo de taxa de juro. A depreciação do dólar americano foi menos significativa contra algumas das moedas asiáticas como a rupia indiana e flutuou contra o renminbi numa banda estreita. A pataca, que está ligada ao dólar de Hong Kong, sofreu uma depreciação contra o euro em 19,4 por cento e contra o iene em 14 por cento, reflectindo a depreciação do dólar americano contra estas moedas. Sector Bancário Num quadro económico bastante mais favorável, o desempenho do sector bancário melhorou consideravelmente. Os depósitos de clientes cresceram 8,4 por cento em 2003 contra 8,2 por cento no ano anterior, enquanto os empréstimos a particulares e empresas decresceram 1,4 por cento contra uma queda de 5,4 por cento em 2002. Assim, o sector bancário continuou a acumular liquidez, aplicada em grande parte em Bilhetes Monetários e no mercado interbancário, com o rácio dos empréstimos a clientes sobre os depósitos de residentes a revelar uma tendência de descida para 32 por cento, contra 35 por cento no ano anterior. Apesar de uma descida de 13,5 por cento na margem financeira que se ficou a dever a uma quebra nas taxas de juro e a uma descida do volume do crédito concedido, os resultados do exercício subiram 9,7 por cento, devido a uma redução nas provisões efectuadas e ao acréscimo das comissões recebidas. 15

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B. Principais Áreas de Actividade " Prestar melhores serviços aos clientes é contribuir para o bem comum e esse é o verdadeiro objectivo de qualquer empresa." Konosuke Matsushita (1894-1989), fundador da Matsushita Electric, Japão A nossa actividade tem por objectivo colocar à disposição dos diferentes segmentos do mercado os produtos adequados, no momento certo, através dos canais mais apropriados prestando, ao mesmo tempo, um serviço de qualidade. No BNU, avaliamos o nosso sucesso pela preferência dos clientes e a nossa estratégia e actividade diária baseiam-se nas seguintes linhas de acção: Ter serviços e produtos mais ajustados às necessidades dos clientes Envidamos todos os esforços para oferecer aos nossos clientes produtos de qualidade que vão ao encontro das suas necessidades e expectativas, num mercado bancário cada vez mais competitivo. Um dos pontos críticos da nossa actuação, passa por aumentar e aperfeiçoar o nível dos serviços disponibilizados através dos vários canais de distribuição, de forma a reduzir o tempo de resposta e facilitar o relacionamento do cliente com o Banco. Diversos canais de acesso - Porque todos somos diferentes e, por isso, cada cliente tem necessidades específicas que devem ser satisfeitas, desenvolvemos vários canais de acesso aos nossos serviços, que disponibilizam serviços bancários 24 horas por dia, 7 dias por semana. A par do desenvolvimento de canais electrónicos damos especial atenção àqueles que para o BNU são os locais privilegiados de negócio - as Agências - cujo espaço tornámos mais apelativo e confortável. Apesar da flexibilidade proporcionada pelas ATMs, banca pelo telefone, Internet ou telemóvel muitos clientes continuam a preferir deslocar-se às Agências para efectuar determinadas transacções e obterem conselhos e informações adicionais. Incrementar a venda cruzada dos nossos produtos e serviços - Porque a experiência já demonstrou ser mais fácil fidelizar os clientes que utilizam vários produtos, a venda cruzada de uma gama diversificada de produtos e serviços é um dos aspectos cruciais da nossa actuação. Visando o aumento da rentabilidade do banco, procuramos aumentar a quota-parte das comissões nas receitas do Banco. Melhorar a gestão dos recursos humanos - Incentivar o bom relacionamento entre os empregados do banco reflecte-se, necessariamente, na relação destes com os clientes. 18 Ao preocupar-se com o bem-estar dos seus empregados, o seu capital mais importante, o BNU está convicto que reforça os seus laços de lealdade e fidelização, factores que contribuirão para o aumento de produtividade.

Implementar uma gestão global do risco - Melhorar o sistema de gestão de risco nas áreas do crédito, mercados, liquidez e operacional, de forma a caminharmos na direcção apontada pelo Acordo de Basileia II, e avaliarmos correctamente os custos e riscos envolvidos, com o objectivo de gerar um retorno adequado para o capital do Banco. 1. Banca de Particulares Crédito a Em Abril de 2003, o Banco lançou um novo crédito ao consumo - o Crédito Automóvel BNU - para financiar a compra de carros novos e usados. Uma taxa de juro muito competitiva, um prazo de pagamento alargado e um processo de aprovação rápido, são as características chave deste produto. Particulares Na segunda metade do ano, foram lançadas várias campanhas promocionais com alguns concessionários. Oferecemos condições especiais aos actuais clientes que pediram o Crédito Automóvel BNU e foi desenhado um pacote dirigido em exclusivo aos empregados de uma determinada empresa de Macau. No que diz respeito ao Crédito à Habitação, foram alteradas diversas características do produto de modo a acompanhar e fazer face à concorrência: as taxas de juro foram reduzidas, os pedidos e processo de aprovação foram simplificados e promoveu-se o produto juntamente com os agentes imobiliários. No final de 2003, o saldo era superior em 18% ao do ano transacto. Cartões de Crédito e Débito Em Setembro de 2003, o BNU foi o primeiro Banco de Macau a lançar o Visa Platinum em MOP, um cartão de crédito que garante tratamento diferenciado e dá acesso a benefícios e serviços especiais. O Visa Platinum tem um limite de crédito elevado (mínimo de MOP100.000,00), serviço de concierge pessoal para assistência em viagem e lazer, um generoso pacote de seguros, para além de um conjunto único e exclusivo de programas e acontecimentos. Para os titulares deste cartão especial, o BNU criou o Serviço de Apoio Visa Platinum, disponível 24 horas por dia (telefone n o. 00853-3963963). Continuámos a manter uma posição de liderança na emissão de cartões de crédito. Foram atribuídos ao BNU três prémios pela Visa Internacional relativos ao período de 2002/2003 (Highest Average Card Spend - Gold Card, Highest Average Card Spend - Platinum Card e Largest Platinum Card Issuer) e um prémio pela MasterCard International (Highest Growth Rate in 2003 - Number of Cards in Macau). Entre Maio e Agosto foi lançada uma campanha de promoção, com o objectivo de aumentar o número de cartões emitidos, o volume de vendas, a média dispendida por cartão e os adiantamentos em numerário. Em 2003 o número de cartões emitidos registou um aumento de 9% e o volume de transacções cresceu 3%. A emissão de cartões de débito, designadamente de cartões Maestro, utilizáveis em todo o mundo, cresceu 3%. Canais de Acesso Em Agosto, foi lançado o BNU Mobile, um novo conceito de serviço bancário que dá aos clientes a possibilidade de aceder às suas contas no BNU a partir do telefone móvel ou de qualquer outro dispositivo WAP (Wireless Application Protocol). Este serviço é gratuito e está disponível em Português, Chinês e Inglês, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os nossos clientes passaram a dispôr de um novo canal de acesso que lhes permite, a 19

qualquer hora e em qualquer lugar, consultar o saldo das suas contas e as últimas transacções, fazer transferências, pagar o cartão de crédito e outras contas e despesas. Numa palavra, os clientes do BNU têm agora o seu Banco sempre perto de si. Continuámos a desenvolver as potencialidades do BNU Online - a banca na Internet - tendo-se aumentado e optimizado as suas capacidades e, em simultâneo, tornou-se este serviço de mais fácil utilização pelos clientes. O sistema de processamento ATM foi integralmente substituído pela última versão de uma aplicação com grande flexibilidade e capacidade de resposta, que permite ao BNU atingir e oferecer um maior nível de disponibilidade da rede. Foram disponibilizados na rede ATM novos serviços, tais como o pagamento de impostos, de cartões de crédito e de contas de telefone da CTM nas máquinas ATM de Macau com o logotipo "Jet Payment". Campanhas de Promoção Ao longo do ano, optimizámos e reforçámos o contacto com os nossos clientes, mediante o lançamento de novos produtos e serviços através de vários meios de comunicação (expositores, comerciais na televisão, anúncios nos jornais, correio, correio electrónico, mensagens SMS, etc). Premiámos a utilização dos cartões de crédito, mediante a oferta de bilhetes de cinema e cupões de supermercado e por ocasião do lançamento do Crédito Automóvel BNU, oferecemos cupões de gasolina. 2. Empresas No tocante à área das empresas, continuámos empenhados em apoiar os nossos actuais clientes e novas iniciativas empresarias, nomeadamente as ligadas ao sector do turismo e construção, mediante a concessão de financiamentos e emissão de garantias. A concorrência entre os bancos locais visando o aumento da sua carteira de crédito, levou a uma significativa descida das margens, designadamente nas operações com os clientes de maior credibilidade. O volume de financiamentos concedidos para utilização em Macau registou um aumento de 6,6 por cento em 2003, em virtude do crescimento dos empréstimos para investimento a médio prazo; por outro lado as operações de comércio externo e os financiamentos a curto prazo registaram uma quebra na ordem dos 7,8 por cento. O montante de garantias emitidas registou em 2003 um acréscimo de 31,3 por cento. Em 2003, o número de terminais POS aumentou 13,5 por cento com o volume de transacções efectuadas a crescer na ordem dos 27,7 por cento, o que contribuiu para fortalecer o relacionamento do Banco com os pequenos comerciantes de retalho. O Banco Nacional Ultramarino participou como "co-leader" numa emissão de obrigações de taxa de juro flutuante, no montante de 120 milhões de Dólares Americanos, destinados a financiar a construção do Casino Sands de Macau. O Banco esteve ainda envolvido em operações sindicadas no exterior, para financiamento de empresas fora de Macau, designadamente a Inchroy Credit Corp HK e o Korea Exchange Bank. 20 3. Recursos O Banco tem actualmente 284 empregados (286 no ano anterior), estando 201 nos serviços centrais e 83 distribuídos Humanos pela nossa rede de agências.

Procuramos oferecer a cada empregado as melhores oportunidades possíveis de desenvolvimento pessoal e progressão na carreira. Vários programas de formação e planos de desenvolvimento académico foram preparados, tendo em conta as necessidades do pessoal e também as da organização. Dois hospitais privados de Hong Kong foram incluídos no Esquema de Assistência Médica do banco, o que contribuirá certamente para melhorar a qualidade dos serviços de saúde providenciados aos nossos empregados e familiares. Cuidados especiais e medidas preventivas contra doenças infecciosas, com particular atenção para a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) foram implementados com rigor, de acordo com as orientações dos Serviços de Saúde e de forma a salvaguardar a saúde e segurança do nosso pessoal. 4. Organização e Em 2003 continuámos a desenvolver as diferentes plataformas de processamento das operações do Banco, Sistemas implementando as mudanças exigidas pelas necessidades dos clientes, requisitos regulamentares e avanços tecnológicos. O Banco substituiu os equipamentos de comunicação e de redes que se encontravam obsoletos e melhorou as políticas de gestão da principal base de dados e de backup de forma a assegurar uma infra estrutura estável e sempre disponível no suporte às operações diárias. O sistema de processamento das ATM foi completamente substituído pela versão mais recente de uma plataforma de alta capacidade, sendo nosso objectivo atingir níveis elevados de disponibilidade do sistema ao público. O serviço de banca pelo telemóvel - BNU Mobile Banking - foi lançado, utilizado a última tecnologia WAP (Wireless Application Protocol), o que veio permitir aos clientes o acesso simples e rápido às suas contas no BNU, através do telemóvel ou outros aparelhos que suportem WAP, em qualquer lugar e a qualquer hora. O sistema de cartões de crédito foi modificado para corresponder às novas regras estipuladas pela Visa e MasterCard e a requisitos de gestão da informação. O projecto de integração da rede global foi iniciado com o objectivo de ligar o BNU à Caixa Geral de Depósitos e suas subsidiárias em Portugal e noutras regiões, permitindo uma partilha mais rápida e eficaz de informação. A base de dados da banca a retalho foi melhorada com o fim de assegurar que a informação de clientes seja correcta e se encontre actualizada. Durante o ano, vários manuais relacionados com novos produtos e serviços foram produzidos, nomeadamente para a banca por telemóvel, empréstimo automóvel e Cartão Visa Platinum. Desde Junho, 150 relatórios ficaram disponíveis através da Intranet do BNU, substituindo as versões impressas. A integração e melhoria dos sistemas administrativos internos foi completada de forma a melhorar os circuitos de processamento das transacções e aumentar a produtividade. Um plano de contingência foi desenvolvido com o objectivo de assegurar a disponibilidade dos serviços bancários no caso de uma epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS). 21

5. Apoio à O Banco considera como parte essencial da sua actividade o apoio à comunidade onde os nossos clientes e Comunidade empregados vivem. Em 2003, foram colocadas nas nossas agências caixas de donativos para apoiar as actividades da Tung Sin Tong, World Vision e Cruz Vermelha. O Banco concedeu ainda várias bolsas de estudo a estudantes da Universidade de Macau, Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e Instituto de Formação Turística. O XIV Festival de Artes de Macau e o XVII Festival Internacional de Música de Macau, importantes eventos na cena cultural de Macau, entre vários outros, contaram, uma vez mais, com o apoio do Banco. 22

C. Resultados e Evolução do Balanço 1. Conta de Resultados Resultado do Exercício A actividade do Banco Nacional Ultramarino S.A. continuou a registar uma evolução positiva, tendo os Resultados do Exercício crescido cerca de 12,9 por cento, atingindo 57,1 milhões de patacas, apesar das condições difíceis de exploração, particularmente durante a primeira metade do ano, em que a economia local foi bastante afectada pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), o que teve um impacto negativo na confiança dos consumidores e do sector empresarial. O desempenho financeiro do banco foi igualmente afectado pelas taxas de juro bastante baixas ao longo do ano, que caíram para valores próximos de zero no último trimestre, o que contribuiu para uma diminuição da margem financeira. A diminuição verificada nos custos operacionais e uma menor necessidade de constituição de provisões foram factores positivos que contribuíram para os resultados do banco. Margem Financeira A Margem Financeira ascendeu a 164,9 milhões de patacas, inferior em 0,92 milhões de patacas, ou seja 0,6 por cento, quando comparada com o valor de 165,9 milhões de patacas registado em 2002. Os Juros e Proveitos Equiparados (-19,2 por cento) e os Juros e Custos Equiparados (-32,3 por cento) decresceram significativamente devido à diminuição muito acentuada das taxas de juro activas e passivas. Devido ao facto de grande parte dos activos do banco estarem aplicados no mercado interbancário, a descida acentuada das taxas de juro, que se aproximaram de zero no último trimestre do ano, teve um grande impacto na margem financeira, afectando assim a rentabilização dos depósitos de clientes. O aumento do crédito a médio prazo concedido a empresas e do crédito a particulares, de margem elevada, contribuíram para neutralizar o efeito negativo das baixas taxas de juro. Proveitos de Comissões e Outras Operações Bancárias (líq) Os Proveitos de Comissões e de Outras Operações Bancárias (líq) em 2003 aumentaram em 4,4 por cento, atingindo 46,5 milhões de patacas quando em 2002 foram de 44,5 milhões de patacas, devido aos seguintes factores: Os Lucros em Operações Financeiras (líq) cresceram 12,1 por cento, reflectindo um maior volume de transacções de clientes e maiores margens (spreads) durante o terceiro trimestre do ano em virtude de uma maior volatilidade nas taxas de câmbio do USD/HKD. Os Proveitos de Comissões (líq) decresceram 0,4 pontos percentuais, principalmente devido a uma redução nas comissões cobradas na participação em empréstimos sindicados. Produto Bancário O Produto Bancário aumentou 1 milhão de patacas, ou seja 0,5 por cento, atingindo 211 milhões de patacas, principalmente devido a um aumento dos Proveitos e Comissões de Outras Operações Bancárias. A Margem Financeira contribuiu com 78 por cento para o Produto Bancário, ligeiramente inferior ao registado em 2002. 23

Os Proveitos de Comissões (líq) e os Lucros em Operações Financeiras (líq) contribuíram para o Produto Bancário com 11,6 por cento e 7,6 por cento, respectivamente (11,7 por cento e 6,8 por cento no ano anterior). Custos Operativos Os Custos Operativos diminuíram em 5,7 milhões de patacas durante o ano de 2003, ou seja menos 4,2 por cento quando comparados com o ano de 2002, totalizando 131,4 milhões de patacas, reflectindo as variações verificadas nas seguintes principais componentes: Os custos com o pessoal aumentaram 0,6 por cento, atingindo 84,1 milhões de patacas, reflectindo o aumento dos salários, promoções e outras compensações; Os Fornecimentos e Serviços de Terceiros diminuíram em 13,1 por cento, ascendendo a 31,2 milhões de patacas; As Amortizações tiveram um decréscimo de 11,7 por cento, o que reflecte, basicamente, a diminuição nas amortizações de imobilizado incorpóreo. O rácio cost-to-income 1 situou-se em 62 por cento, três pontos percentuais acima do valor verificado em 2002. 1 (Custos com o pessoal + Fornecimentos e Serviços de Terceiros + Outros Custos Administrativos) / Produto Bancário 24

Provisões As provisões efectuadas no exercício de 2003, líquidas da reposição e anulação de provisões, atingiram 13,2 milhões de patacas, inferior em 8,4 milhões de patacas (- 38,7 por cento) aos 21,5 milhões constituídos em 2002. A constituição de provisões específicas aumentou para 13,8 milhões de patacas, quando em 2002 foi de 8,3 milhões de patacas, devido à necessidade de aprovisionamento de créditos concedidos a várias empresas. As provisões relativas ao saldo em dívida nos cartões de crédito foram inferiores às registadas no ano anterior. Relativamente aos Riscos Gerais de Crédito, cujo aprovisionamento é feito de acordo com as regras da Autoridade Monetária de Macau, registou-se uma reposição de provisões de 0,884 milhões de patacas enquanto no ano de 2002 tinham sido constituídas 7,9 milhões de patacas. A constituição de provisões para outros fins diminuiu 4,9 milhões de patacas, cifrando-se em 0,269 milhões de patacas. 2. Proposta de Aplicação de Resultados Nos termos legais e estatutários, propõe-se para aprovação da Assembleia Geral que o Resultado Líquido de 57.125.671,76 patacas tenha a seguinte aplicação: Para Reserva Legal, nos termos do art.º 60 Do Regime Jurídico do Sistema Financeiro: MOP 11.425.134,35 Para Reservas Livres, o remanescente: MOP 45.700.537,41 3. Balanço - Evolução e Estrutura O Activo Líquido do Banco era, em 31 de Dezembro de 2003, de 13.017 milhões de patacas, registando uma diminuição de 4,3 por cento relativamente a 2002. Em 2003, o peso das aplicações interbancárias em Macau, no total do activo representava 62,6 por cento, enquanto que o peso do crédito a clientes para utilização em Macau subiu ligeiramente, atingindo 16 por cento, mantendo-se praticamente ao mesmo nível de 2002. Crédito a Clientes O crédito a clientes para utilização em Macau totalizou 2,2 biliões de patacas, sofrendo um aumento de 12,2 por cento enquanto o crédito externo diminuiu cerca de 30,7 por cento. O crédito a empresas para utilização em Macau aumentou em 6,6 por cento, principalmente devido ao aumento do crédito a médio prazo, em 11 por cento. 25

Por outro lado, o crédito a particulares aumentou em 21,9 por cento, beneficiando significativamente de um aumento do crédito pessoal e do crédito à habitação. O montante do crédito à habitação aumentou em 18,3 por cento, beneficiando da recuperação verificada no mercado imobiliário. As Aplicações em Instituições de Crédito diminuíram em cerca de 4 por cento, mas as aplicações denominadas em dólares de Hong Kong e patacas continuaram a aumentar. A maior parte dos depósitos interbancários foram feitos em Bancos de Hong Kong e Macau. Depósitos Totais Os depósitos totais de clientes e do sector público totalizaram 10.033 milhões de patacas, registando um decréscimo de 1,9 por cento, tendo-se registado um aumento de clientes em Macau de 6,3 por cento. Os depósitos a prazo totais diminuíram 5,5 por cento e os depósitos à ordem e poupança aumentaram 23 por cento. Os depósitos a prazo totais que ascendiam a 7,6 biliões de patacas em 31 de Dezembro de 2003 representavam 76,3 por cento do total de depósitos contra 79,2 por cento no final de 2002. 26

Recursos de Os Recursos de Instituições de Crédito ascendiam a 1.004 milhões de patacas, menos 583 milhões de patacas em Instituições de Crédito relação ao ano anterior, representando 7,7 por cento do total do passivo, um decréscimo de 4,3 pontos percentuais. Rácio de Adequação do Capital O Rácio de Adequação do Capital é calculado de acordo com o Aviso Nº. 012/93-AMCM e Nº. 013-AMCM de 27 de Agosto de 1993 e as circulares Nº. 003/A/94 e Nº. 004/A/94 da Autoridade Monetária de Macau. O Rácio de Adequação de Capital passou de 13,08 por cento em 2002 para 15,45 por cento em 2003, bastante acima do mínimo exigido de 8 por cento. O capital total atingiu 639 milhões de Patacas, superior aos 589,3 milhões registados em 2002. 27

Orgãos Sociais MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente : Joaquim Jorge Perestrelo Neto Valente Vice-Presidente : Liu Chak Wan Secretário : Maria de Lurdes Nunes Mendes da Costa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente : CAIXA GERAL de DEPÓSITOS, S.A., Representada por Miguel José Pereira Athayde Marques Vice-Presidente : Herculano Jorge de Sousa Vogais : CAIXA - PARTICIPAÇÕES SGPS, S.A., representada por António Luis Neto COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE, S.A., representada por Leonel Alberto Range Rodrigues Artur Jorge Teixeira Santos COMISSÃO EXECUTIVA Presidente : Herculano Jorge de Sousa Vice-Presidente : Artur Jorge Teixeira Santos Vogal : COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE, S.A., representada por Leonel Alberto Range Rodrigues FISCAL ÚNICO : Chui Sai Cheong 28

Demonstrações Financeiras 29

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Accionistas com Participação Qualificada Nos termos do Regime Jurídico do Sistema Financeiro de Macau, participação qualificada é aquela que, por forma directa ou indirecta, representa pelo menos 10 por cento do capital ou dos direitos de voto da instituição participada ou que, por qualquer outro modo, confere a possibilidade de exercer uma influência significativa na gestão desta. Accionistas com participação qualificada: * Caixa Geral de Depósitos, S.A. ----------------------- 97,13 % Participações Lista das instituições em que o Banco Nacional Ultramarino, S.A. detém participação superior a 5% do respectivo capital social ou superior a 5% dos seus fundos próprios, com indicação do respectivo valor percentual. * SEAP - Serviços, Administração e Participação, Lda ------ 25% 32

Principais Políticas Contabilísticas a) - Reconhecimento de Receita Desde que seja provável que os benefícios económicos relativos a uma transação reverterão para o Banco, e que a receita e custos, se aplicável, possam ser quantificados de forma fiável, é reconhecida uma receita, de acordo com as seguintes bases: i. Os juros a receber são reconhecidos na demonstração de resultados à medida que são gerados, excepto no caso de crédito vencido, em que são creditados numa conta transitória. Por crédito vencido entende-se os créditos vencidos e não pagos há mais de 3 meses. Por uma questão de prudência, os juros de créditos vencidos, que haviam sido contabilizados em proveitos, são anulados e transferidos para uma conta transitória, atrás referida, sendo apenas reconhecidos em proveitos se e quando recebidos. ii. As comissões são contabilizadas assim que recebidas, a menos que estejam relacionadas com transações envolvendo risco de taxas de juro ou outros riscos que se estendam para além do período corrente, casos em que são mensualizadas de acordo com o período das transações. iii. Os dividendos são reconhecidos como proveitos quando recebidos. b) - Empréstimos, Adiantamentos e Descontos Os empréstimos, adiantamentos e descontos são indicados no balanço após terem sido deduzidas as provisões específicas e genéricas para possíveis perdas. As provisões são feitas com base nas estimativas feitas pela Direcção do Banco e revistas periodicamente. As provisões específicas são feitas, para se reduzir os valores que ainda se encontram por reembolsar ao banco, liquidas de qualquer colateral e até ao valor que se espera seja real de acordo com a análise dos directores, com referência aos requesitos exigidos para Autoridade Monetária de Macau ("AMCM"). Sempre que necessário, são feitos ajustamentos ou reduções sempre que seja considerado necessário pelos Directores. Quando não haja perpectivas reais de recuperar um crédito, os montantes ainda a receber serão abatidos. c) - Carteira de Títulos e Acções Os investimentos em títulos são registados pelo seu custo menos todas as provisões que tenham sido constituídas para menos-valias. Os investimentos em acções são feitos com finalidade de longo prazo e incluídos no balanço pelo seu custo menos qualquer provisão feita para menos-valias. Os saldos do investimento em títulos e acções são revistos em cada fecho de contas para avaliar o risco de crédito e se os respectivos valores são recuperáveis. São feitas provisões quando se julga que esses valores não serão 33

recuperados, sendo reconhecidos como despesas na demonstração de resultados. As provisões para investimento em títulos e acções são repostas na demonstração de resultados quando as circunstâncias que conduziram aos "write-downs" ou "write-offs" cessam de existir e há uma evidência persuasiva de que essas novas circunstâncias persistirão no futuro. Quando há uma venda ou transferência dos investimentos em títulos, qualquer mais ou menos valia daí resultante é reflectida na demonstração de resultados. d) - Imobilizado O imobilizado é indicado pelo custo, deduzido da amortização acumulada. A amortização é calculada com base no método das quotas constantes, de acordo com as taxas fiscalmente aceites como custo, as quais não diferem da vida útil estimada do bem. As taxas anuais são: Terrenos e edifícios 2% Software e melhoramentos em imóveis arrendados 33,33% Equipamento de escritório, mobiliário e material eléctrico 10% a 50% Quando os bens são vendidos ou chegam ao fim da sua vida útil, o seu custo e amortização acumulada são eliminados das contas e qualquer custo ou ganho resultante da sua alienação é incluído na demonstração de resultados. Em cada exercício é utilizada informação interna e externa para avaliar a eventual desvalorização de qualquer bem do imobilizado. Quando haja tal indicação, se relevante, é reconhecida uma depreciação, a fim de reduzir o bem para o seu valor recuperável. Tal depreciação é reconhecida nas demonstrações financeiras. O lucro ou a perda resultante da venda de imobilizado é reconhecido nas demonstrações de resultados, sendo a diferença entre o produto líquido da venda e o respectivo valor no imobilizado. (e) - Moeda Estrangeira Os livros e os registros são mantidos na moeda original, reavaliada para Patacas de Macau. As transacções expressas em moeda estrangeira são reavaliadas com base nas taxas de câmbio em vigor nas datas em que as mesmas ocorreram. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira à data do balanço, são reavaliados com base nos câmbios em vigor naquela data. As diferenças de conversão são reflectidas na demonstração de resultados. (f) - Locação Operacional 34 Os contratos de locação onde se verifique que todos os direitos e os riscos inerentes à titularidade dos bens são substancialmente retidos pela sociedade locadora, são contabilizados como locação operacional. As respectivas rendas são registadas como encargos na conta de resultados, numa base constante, durante o período do contrato.

(g) - Instrumentos Financeiros Derivados Instrumentos financeiros derivados resultam de contratos de futuros, forward e de swap tomados pelo Banco nos mercados de monetários e cambiais. Os instrumentos financeiros destinados e classificados como operações de cobertura são valorizados e reconhecidos em resultados de acordo com o critério aplicável aos activos e passivos por eles cobertos. Qualquer ganho ou prejuízo é reconhecido de acordo com o critério aplicável aos activos ou passivos por eles cobertas. As transacções de swap de taxa de juros tomados como parte da gestão da carteira de activos e passivos são identificadas separadamente e os respectivos pagamentos / recebimentos líquidos são incluídos em juros pagos ou recebidos. Activos, incluindo ganhos, resultantes de contratos de swap de divisas ou de taxa de juro, reavaliados de acordo com o respectivo valor de mercado, são relevados em "Outras contas". Passivos, incluindo perdas, resultando de tais contratos, são relevados em "Outras contas e provisões". (h) - Desvalorização de Activos Os activos, à excepção dos activos financeiros, são revistos para efeitos de desvalorização, sempre que eventos ou alterações das circunstâncias indiquem que o saldo de qualquer activo possa não ser inteiramente recuperável. Sempre que o valor real de um activo exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por desvalorização que é reflectida na demonstração de resultados como uma menos valia. O valor recuperável é o mais alto de entre o preço líquido de venda do activo e o valor em uso. O preço líquido de venda é o valor recuperável através da venda do activo sem conflito de interesses enquanto que o valor em uso é o valor actual dos cash flows previstos pela continuação em uso do activo e sua alienação no fim da sua vida útil. Os montantes recuperáveis são calculados para cada activo em particular ou, se impossível, para cada centro de custos. A anulação de perdas por desvalorização reconhecidas em exercícios anteriores é efectuada quando há indicação de que a perda por desvalorização para o activo já não existe ou diminuiu. A anulação é registada como proveito ou como aumento das reavaliações. (i) - Provisões para Riscos Bancários Gerais As provisões são criadas a fim de precaver possíveis desvalorizações dos activos financeiros. As provisões são feitas com base nas estimativas do Banco e revistas periodicamente. Sempre que necessário são feitos ajustamentos. 35