CURA ESPIRITUAL DA DEPRESSÃO
PERDAS E DEPRESSÃO
PERDAS E DEPRESSÃO As perdas, em nossa cultura, são fatores intimamente ligados à depressão. A psiquiatria classifica a depressão motivada pelas perdas como reativa ou secundária devido a fatores exógenos, diferente da depressão primária, onde os fatores são endógenos.
PERDAS E DEPRESSÃO Tipos de perdas que podem gerar depressão: de um ente querido, perdas financeiras, de posição social, frustrações amorosas, desemprego, divórcio, aposentadoria, menopausa etc.; situações nas quais a pessoa é convidada a uma mudança em relação ao estado anterior.
PERDAS E DEPRESSÃO Essas perdas são provas que propiciam convites ao desapego, mas que, devido ao despreparo diante da vida, da predominância dos valores materiais em detrimento dos valores essenciais e transcendentes, levam a pessoa a experimentar uma situação bastante comum e frequente: a não-aceitação daquela perda, movido pela rebeldia.
PERDAS E DEPRESSÃO Os fatores exógenos (as perdas) nada mais são do que fatores desencadeantes da rebeldia já existente no espírito, mas que aumenta de intensidade nesse momento, fato que gerará a depressão reativa.
PERDAS INACEITAÇÃO ACEITAÇÃO APEGO DESESPERO DEPRESSÃO DESAPEGO AUTOCONFIANÇA CONFIANÇA EM DEUS
PERDAS E DEPRESSÃO Atitudes diante das perdas de entes queridos: Ignorância do não-saber Ignorância do não-sentir Ignorância do não-vivenciar
PERDAS E DEPRESSÃO A mesma reflexão serve para outras perdas como a financeira, a de posição social etc. Se as recebermos com rebeldia, iremos nos desesperar e fatalmente entraremos em depressão. Se as encararmos como convites para reflexão e transformação, passaremos pela dor natural da perda, mas logo a superaremos, pois estaremos exercitando o amor à vida e às questões essenciais da vida.
CULPA E DEPRESSÃO
A pessoa depressiva quase sempre é atormentada por um sentimento de culpa muito grande. Origem em um fato bastante objetivo. Por exemplo, um aborto cometido, uma traição, um assassinato etc., Origem em algo subjetivo. A pessoa sente culpa sem saber por quê. Esse sentimento de culpa tem como raiz situações criminosas cometidas no passado espiritual da pessoa.
A pessoa com tendência depressiva quer que ela própria e o Universo a sua volta estejam em conformidade ela acredita ser de forma perfeita, resultado de um sentimento de onipotência que ela gostaria de ter, movido pelo seu orgulho, para fazer com que tudo que ela desejasse ser diferente, que assim fosse.
É aí que nasce o sentimento de culpa, pois as imperfeições que ela traz em si e as que existem à sua volta nas pessoas com quem convive e no mundo, não são aceitas por ela, que acaba se rebelando contra essas imperfeições, tanto as reais, quanto as imaginárias.
As imperfeições que geram os erros em si mesma, nos outros e no mundo à sua volta, são grandes produtores de conflitos para a pessoa. Ela não as aceita, pois seu desejo é que não existisse o conflito causado pelas imperfeições. Então, como ela não pode mudar as circunstâncias internas e externas, apenas com base em seu desejo, cai numa posição de impotência com o processo depressivo.
Qual a importância do conflito no processo depressivo? Todo conflito é um convite ao crescimento da criatura. Ela ainda não sabe o que quer, mas já sabe o que não quer. Ela sabe que aquelas imperfeições geradoras de grandes conflitos não são adequadas para ela. A pessoa não queira ainda pagar o preço da mudança, mas já é um avanço não desejar aquilo para si.
O conflito traz uma tormenta e muitas vezes a pessoa não quer sentir aquela convulsão de pensamentos e emoções desencontradas, por isso busca uma zona de conforto psicológico.
A culpa é a zona de conforto daqueles que se rebelam contra o conflito. Os culpados normalmente se tornam rebelados surdos. São os que nutrem uma rebeldia velada, demonstrada em forma de culpa.
Como o conflito é um convite à mudança, para tentarem se livrar dele, entram no sentimento de culpa. As pessoas com esse movimento acreditam que não podem fazer nada para mudar as suas condições de vida, e só lhes restam se culparem pelas suas imperfeições e aquelas que existem à sua volta. Por isso se deprimem, como um movimento de autopunição pela culpa.
As pessoas que se culpam, continuam tendo as mesmas atitudes equivocadas que acham que não deveriam ter tomado, e se penitenciam com a culpa. Repetem, exaustivamente, expressões como: eu não devia ter feito isso... eu deveria ter feito diferente....
Estão sempre focadas no passado, naquilo que fizeram, ou no que deixaram de fazer. Tudo isso gera conflitos, mas que, em vez de gerar mudanças, produzem mais culpa. Repetem essa conduta de errar, se culpar, errar novamente, num círculo vicioso.
É fundamental aceitar o conflito proveniente do erro para não entrar em culpa, mas em arrependimento e reparação. O arrependimento é salutar. O arrependimento é o instante do reconhecimento do erro gerador do conflito. A pessoa reconhece que não agiu bem. Ao reconhecer que não agiu bem, arrepende-se e passa a buscar um modo de reparar o erro.
O conflito é um momento que antecede o arrependimento. É o momento em que a nossa consciência, na qual está inscrita a Lei de Deus, sinaliza que há alguma coisa errada. Isso acontece para que haja o reconhecimento do que está errado, nos arrependamos, nos responsabilizemos pelo erro e o reparemos, porque somos cocriadores da divindade. Errar faz parte do nosso processo evolutivo, mas acertar é a nossa meta maior, até a completa purificação espiritual.
Esse mecanismo natural da vida está pervertido na pessoa depressiva, pois a sua atitude rebelde não permite isso. Ela já quer ser perfeita por autodecreto e não quer ir se aperfeiçoando, aos poucos, como todo mundo.
O depressivo se acomoda na culpa, que é formada pelos movimentos de autojulgamento, autocondenação, autopunição e autopiedade. A pessoa sente a culpa e se pune pelo fato cometido consciente ou subconscientemente.
A autopunição a leva a achar que não merece ser feliz, que tem que sofrer para pagar o delito cometido. Esse pensamento leva à depressão, que funciona como uma sentença, cuja pena ela mesma se impõe. Ela se vitima e sofre.
Ela continua fazendo a mesma coisa e se penitencia com a culpa, repete sempre isso, indefinidamente até cair em si e se cansar desse movimento vão.
Devido a essa constante autopunição surge a autopiedade, pois a pessoa se sente muito infeliz pela situação, gerando pena de si mesma por estar nessa condição. Com esta atitude, ela se acha vítima das circunstâncias, como se o mundo conspirasse contra ela e se sente mais infeliz ainda, sentindo uma culpa ainda maior. Ela cai num círculo vicioso de autojulgamento, autocondenação, autopunição e autopiedade.
Para se conseguir a saúde emocional, libertando-nos da depressão, é necessária a liberação da culpa pelos erros cometidos. Quem se culpa, não assume a responsabilidade pela sua vida. É um movimento de fuga, uma situação cômoda. É mais fácil sofrer e se sentir um coitado, do que tomar nas mãos a responsabilidade por construir a própria felicidade, pois isso só acontece com esforço pessoal.
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