1/31/2013 Apostas na Colômbia, Uruguai e Moçambique Grupo ETE à conquista mercados internacionais O Grupo ETE está a apostar em novos mercados para aumentar o negócio e contornar os efeitos da crise em Portugal e na Europa. Atualmente, Colômbia e Uruguai são os mercados que mais se evidenciam no leque de apostas do grupo. No passado mês de agosto foi constituída a ETE Colômbia, na sequência de um contrato estabelecido com a Sociedad Portuária Rio Córdoba, atualmente detida pela Goldman Sachs, que prevê o carregamento de três milhões de toneladas de carvão por uma grua para navios a sete milhas da costa ao largo do porto de Santa Marta. Aqui, segundo o que Luís Figueiredo, administrador da ETE, explicou à Transportes em Revista, o grupo pretende desenvolver negócios na área do transporte fluvial, das operações logísticas e das operações portuárias. «Existe um plano muito ambicioso do Governo colombiano no sentido de alterar a lógica de transporte e de tirar os camiões das estradas», explicou Luís Figueiredo, adiantando que «neste momento, existem planos para transformar o principal rio da Colômbia numa via navegável numa extensão de 800 km», pelo que «vão surgir muitas oportunidades nesta área». A este respeito, o administrador avançou que, para além do recente contrato, «temos já em vista um negócio para transporte fluvial, para fazer transporte de contentores e cargas gerais».
Face ao interesse demonstrado por outras empresas portuguesas no mercado colombiano,
como foi o caso da Jerónimo Martins, o Grupo ETE não coloca de parte o estabelecimento de novas parcerias. «Poderá haver alguma colaboração, uma vez que um dos nossos objetivos é também desenvolver a área de logística na Colômbia. Já estamos a tentar implementar neste mercado, através de parcerias com locais, a ETE Logística, a nossa empresa que se dedica a toda a área de logística em terra. Nessa medida iremos certamente abordar empresas portuguesas que tenham negócios e interesses na Colômbia e o grupo Jerónimo Martins será, com certeza, um deles». As perspetivas do grupo para este mercado, englobando todos os negócios, apontam para um potencial de 50 milhões de dólares. No Uruguai, a empresa está a realizar uma operação de transporte fluvial de madeira em barcaças para a fábrica de pasta de papel que a Stora Enso e a Arauco terão em funcionamento em 2014, num contrato ganho através de um consórcio em que participam também uma empresa chilena e outra uruguaia. No lado oposto do oceano, o Grupo ETE está também a trabalhar com outros parceiros no desenvolvimento de negócios, nomeadamente em Moçambique. Aqui está a apostar na logística, com a ETE Logística em Maputo. Por outro lado, está a trabalhar no desenvolvimento de corredores em Nacala e na Beira, em conjunto com a Rio Tinto e com a brasileira Vale. Já em Portugal, a ETE está empenhada no projeto do terminal fluvial de Castanheira do Ribatejo. «No início do próximo ano vamos começar com as obras de preparação do terminal», revelou Luís Figueiredo, adiantando que já têm todo o material, sendo apenas necessário proceder à reconstrução da infraestrutura. «Se tudo correr bem, durante o próximo ano teremos o primeiro transporte de mercadorias em Castanheira do Ribatejo», afirmou o responsável, sublinhando que o grupo «é o promotor deste projeto» e que este tem muitas potencialidades: por um lado «é uma alternativa ao transporte rodoviário e ferroviário, que é deficitário», por outro, «está numa zona de grande atividade logística e essas empresas vão ganhar com esta solução».
Primeiros equipamentos enviados para a Colômbia O rio Tejo foi palco de uma megaoperação que consistiu no carregamento de equipamento do Grupo ETE para a Colômbia. A carga era constituída por uma grua, uma barcaça com capacidade para transportar 60 contentores e um rebocador. O equipamento destina-se a ser a ser utilizada em transporte fluvial e marítimo naquele país da América Latina. O transporte foi assegurado pelo navio Tern, propriedade do armador Dockwise especializado neste tipo de operação. A operação de carga decorreu em pleno estuário do Tejo. A parte central do navio submergiu parcialmente para nele serem colocados a grua totalmente recuperada pelo Grupo ETE e com capacidade para operar 12 mil toneladas por dia, a barcaça e o rebocador. A viagem durou cerca de 20 dias e representou um investimento de 2,5 milhões de euros. O Grupo ETE ganhou um contrato que prevê a transfega de batelões de carvão para navios fundeados ao largo da baía de águas pouco profundas do porto de Santa Maria, numa operação que pertenceu aos brasileiros da Vale e recentemente foi vendida à Goldman Sachs. A grua irá operar sete dias por semana, 24 horas por dia, e irá carregar cerca de três milhões de toneladas por ano. O equipamento enviado para a Colômbia estava sem utilização em Portugal, explicou Luís Figueiredo, administrador responsável pela área operacional e comercial do Grupo ETE, tendo adiantado que o negócio foi ganho não pelo preço, mas pelas garantias de fiabilidade da operação, o que nos deixa bastante satisfeitos. Vamos aproveitar esta oportunidade que surgiu na Colômbia para o desenvolvimento de novos negócios na área do transporte fluvial e transporte marítimo. A operação de carga de carvão no porto de Santa Marta deverá proporcionar uma faturação de aproximadamente 50
milhões de dólares. ETE Logística renovou certificações de qualidade segurança alimentar A ETE - Logística renovou este mês a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001:2008) e do Sistema de Segurança Alimentar (HACCP), dando continuidade aos objetivos estratégicos da empresa e do Grupo em que se insere. A curto prazo, a empresa de Logística do Grupo ETE pretende implementar e certificar o seu Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001). Com instalações próprias em Lisboa, Porto, Funchal e Ponta Delgada, a ETE Logística, empresa especializada no transporte de carga pela via marítima, aérea e rodoviária, conta futuramente alargar o âmbito da sua certificação à recentemente formada delegação de Moçambique (na cidade de Maputo), com a qual mantém um serviço regular de contentores completos e grupagem a partir dos portos de Lisboa e Leixões. Por: Fonte: