FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO DEPARTAMENTO DE DIREITO ANTROPOLOGIA GERAL E JURIDICA. GILIARDE EDER PEREIRA RENAN CESAR MASCARI DOUGLAS RIBEIRO NASCIMENTO MONTEIRO EDER NUNES DA SILVA WALLACE MATIELLO DE OLIVEIRA E SILVA CAMPO MOURÃO SETEMBRO DE 2011.
FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO DEPARTAMENTO DE DIREITO TRABALHO DE ANTROPOLOGIA GERAL E JURIDICA Trabalho apresentado à disciplina de Antropologia Geral e Jurídica, para a obtenção da nota parcial do 1º Semestre de 2011 Orientador: Profº Cleuza Poetti Yurassek Turma: 1º ano A Direito. CAMPO MOURÃO SETEMBRO DE 2011.
Introdução O seguinte trabalho de Antropologia Geral e Jurídica tem como objetivo, apresentar aos leitores de forma objetiva como a cultura interfere no plano biológico das pessoas e também debater alguns temas referentes aos fatores culturais e biológicos, bem como seus conceitos e definições, facilitando a compreensão e o entendimento do caso abordado.
A Cultura Interfere No Plano Biológico A cultura interfere na nossa vida, tanto no fator psicológico, quanto no fator biológico, podem e até mesmo decidir sobre a vida e a morte das pessoas que integram o membro dos sistemas. Muitas vezes a apatia é que proporciona a interferência no plano biológico das pessoas, não dão valor a sua própria sociedade e quando estão passando por um momento de crise, abandonam as suas crenças e conseqüentemente, perdem a motivação que os mantém unidos e vivos. Temos muitos exemplos deste tipo de comportamento em nossa própria história. Os africanos que foram removidos de seu continente, transportados como escravos, para uma terra estranha habitada por pessoas de características, costumes, e línguas diferentes, perdiam a motivação de continuar vivos. Muitos praticaram suicídio, outros acabavam sendo morto pelo banzo, que foi traduzido como saudade, o banzo é um exemplo de morte decorrente de apatia. Foi também a apatia que acabou com parte da população Kaingang de São Paulo, quando teve seu território invadido pelos construtores da Estada de Ferro Noroeste. Ao perceberem que seu poder tecnológico e até seus seres sobrenaturais, eram impotentes diante do poder da sociedade branca, muitos índios perderam o a crença em sua sociedade, abandonaram suas tribos, e outros simplesmente esperavam pela morte, que não tardou. Entre os índios Kaapor, grupo Tupi do Maranhão, acredita-se que quando uma pessoa vê um fantasma ela logo morrerá. O protagonista de um filme realizado por Darcy Ribeiro e Hains Forthmann, ao regressar de uma caçada conta que viu a alma de seu falecido pai perambulando pela floresta, o jovem índio deitou em uma rede e dois dias depois estava morto. Muitos procuravam os homens bancos, para que desse um remédio para fantasma (añan-puhan), confiante que se ela tomasse iriam sarar, diante dessas situações, os homens brancos forneceram um comprimido vermelho de vitaminas, que foi considerado muito eficaz para neutralizar o malefício provocado pela visão de um morto. O povo africano confia muito nas suas crenças e é muito comum que ouçamos, ou vemos na história, mortes causadas por feitiçaria. A vitima acredita fielmente no poder do mágico e sua magia e acaba morrendo. Perti Peito descreve esse tipo de morte como sendo conseqüência de um profundo choque psicofisiológico: A vítima perde o apetite, a sede, a pressão sanguínea cai, o plasma sanguíneo escapa para os tecidos e o coração deteriora. Ela morre de choque, o que é fisiologicamente a mesma coisa que choque de ferimentos na guerra e nas mortes de acidente de carro. È possível que todas as mortes tenham sido pelo mesmo motivo. Deixando um pouco de lado esses casos mais drásticos, vamos falar um pouco sobre a doença psicossomática, que é aquelas que as pessoas falam que esta com uma doença no rim, e nem sequer sabe onde estão localizado, outros que acreditam que leite com manga faz mal, depois de ingerir os dois simultaneamente sentem um forte incomodo estomacal. A sensação de fome depende dos horários, pois em muitas sociedades os horários estabelecidos entre as refeições são maiores e os indivíduos não sentem fome. A cultura também é capaz de provocar a cura de doenças, reais ou imaginariam, estas curas ocorrem quando existe a fé do doente na eficácia do remédio ou no poder dos agentes culturais, um desses agentes é o xamã das nossas sociedades tribais (pajé), basicamente a cura é constituída por uma sessão de cantos e danças, alem de defumação ao paciente com a fumaça de seus grandes charutos, e a posterior a retirada de um objeto estranho do interior do corpo do paciente por meio de sucção. O fato é que esse objeto já estava escondido dentro da boca do pajé desde o inicio do ritual, mais isto não é importante dizer, o importante é que o doente tem uma sensação de alivio, e em muitos casos a cura se efetiva, e algumas pessoas guardam os objetos que acreditam ser retirados de seus corpos pelo pajé.
Conclusão Vimos neste trabalho algumas definições que nos ajudam a interpretar algumas definições sobre as discussões que envolvem Antropologia, como nos conceitos pesquisados analisados e no texto, pode-se concluir que os analises dos temas citados neste trabalho são de extrema importância, também vimos que os conceitos teóricos ajudam a compreender a relação dos fatores psicológicos, e de que forma podemos analisar os processos, observando ambas as partes.