Movimentos nativistas e emancipacionistas
Crise do sistema colonial
A Revolta de Beckman (1684) Conflito entre os proprietários de terras, a Companhia de Comércio e a missão jesuítica na região. Atividades econômicas associadas a exploração das drogas do sertão e ao algodão. Foram banidos: Companhia de Comércio e os jesuítas que protegiam os índios e contestavam o escravismo dos mesmos. A guerra justa é autorizada pela coroa portuguesa.
A Guerra dos Emboabas(1708 9) Conflito entre paulistas e forasteiros pela disputa da riqueza mineral na região das gerais. Emboabas, no dialeto indígena, significava ave de pernas cobertas por penas. O ápice das tensões se deu no episódio conhecido como Capão da Traição Muitos bandeirantes paulistas acabaram migrando para Goiás e Mato Grosso.
A Guerra dos Mascates (1710 11) Confronto: proprietários de terras de Olinda e os comerciantes de Recife, chamados de Mascates. Lembremos que com a crise da economia açucareira os Senhores de Engenho tiveram muitas perdas financeiras A emancipação de Recife a condição de vila aprofundou as tensões. Após a Guerra dos Mascates Recife ascende ao papel de centro administrativo de Pernambuco.
A Revolta de Filipe dos Santos (1720) Contestação dos proprietários da região das minas, diante da elevada tributação, combinada a implantação das casas de fundição. As tropas da Coroa reprimiram o movimento em Vila Rica e executaram o proprietário mais pobre, Filipe dos Santos Aplicação do castigo exemplar para que outros rebeldes não se aventurassem em contestar a coroa portuguesa.
Marquês de Pombal Atuação marcada pelo aumento da fiscalização e da arrecadação. Expulsão dos jesuítas do Brasil. Implantou o subsídio literário. Promoveu a extinção das capitanias hereditárias. Criou companhias de comércio, como a do Maranhão e a do Grão Pará, para proteger o monopólio dos produtos portugueses. A morte de D. José, rei de Portugal, somada ao aumento das oposições ao Marquês (considerado um déspota esclarecido) fez com que o ministro se afastasse do governo.
Movimentos Emancipacionistas As idéias iluministas chegavam as respectivas colônias. Os filhos da elite colonial no Brasil e ainda os representantes da classe média, que desenvolviam seus estudos na Europa, começaram a transmitir os ideais iluministas. As ambições da elite colonial e o aprofundamento da carga tributária metropolitana sobre a colônia.
A Conjuração Mineira (1789) Objetivos dos conjurados: o desejo por uma república independente de Portugal, a abertura dos portos. O movimento muito embora heterogêneo conservou um padrão elitista, não fazendo alusão ao abolicionismo ou a um reformismo mais radical. A conspiração eclodiria no dia previsto para a realização da derrama, onde a população furiosa por ter os seus bens apreendidos protestaria contra a coroa portuguesa. A desorganização do movimento, o distanciamento ante as camadas populares e a delação levou o movimento a falência.
A Conjuração Baiana (1798) Movimento popular: soldados, alfaiates, sapateiros, artesãos, escravos. A influência das revoluções: americana, francesa e a independência do Haiti. A Ordem dos Cavaleiros da Luz, de influência maçônica, participou do movimento em um primeiro momento. Objetivos: república, abertura dos portos, abolicionismo, reforma educacional e melhorias salariais para os soldados. Os participantes se manifestaram em Salvador espalhando cartazes pela cidade que divulgariam suas idéias.
Revolução Pernambucana (1817) A capitania de Pernambuco era conhecida pelo fervor revolucionário. Acabam derrubando o governo local e estabelecendo uma república, que de forma imediata cancelava os tributos e decretava plena liberdade política, sendo a sede revolucionária Recife. O caráter libertário do movimento acabou incomodando os aristocratas.