São Paulo, 01/08/2014. À PLANINVEST ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA. A/C: Sr. ROBERTO JOSÉ REGINATO LOFRETA SÃO PAULO/SP

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Transcrição:

São Paulo, 01/08/2014 À PLANINVEST ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA. A/C: Sr. ROBERTO JOSÉ REGINATO LOFRETA SÃO PAULO/SP REF.: RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO - PLANINVEST PREGÃO ELETRÔNICO Nº 02/2014, PUBLICADO NO DOU DIA 25/07/2014 - ITEM 1 E SUBITEM 1.2 DO EDITAL EXIGÊNCIA DE CHIP DE SEGURANÇA NOS CARTÕES ELETRÔNICOS MAGNÉTICOS OU DE TECNOLOGIA SIMILAR Prezados Senhores: É a presente para responder à IMPUGNAÇÃO apresentada pela PLANINVESTI ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA, quanto à exigência de chip de segurança nos cartões eletrônicos magnéticos ou de tecnologia similar, conforme item 1 e subitem 1.2 do edital do pregão eletrônico nº 02/2014, publicado no DOU dia 25/07/2014. Cumpre informar que tal exigência não é excessiva e nem tem o condão de restringir o caráter competitivo do certame e nem tão pouco ferir a lisura do procedimento licitatório, trata-se na verdade de exigência indispensável à garantia da execução do objeto, pois lhe confere maior segurança, uma vez que a tarja magnética não é mais adequada às necessidades de segurança, pois favorece a clonagem e o fenômeno das fraudes, trata-se portanto de tecnologia obsoleta e não condizente com a tendência de mercado. Não pode prevalecer o entendimento de que qualquer empresa que forneça cartão magnético sem chip de segurança teria condições de atender

o objeto licitado, uma vez que não atenderia um requisito essencial, qual seja; segurança, conforme se verificará: As principais diferenças entre as tecnologias com chip de segurança e tarja magnética, conforme pesquisa no site especializado sobre fraudes, golpes, lavagem de dinheiro, corrupção e outros perigos que existem na vida privada, na internet e no mundo financeiro e dos negócios, http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=109, são: Cartões sem chip de segurança: a. Falta de segurança na armazenagem dos dados do proprietário do cartão. Não existe proteção por criptografia. b. Capacidade de memória limitada. c. Fácil reprodução e clonagem das trilhas e dos relativos dados. Cartões com que utilizam chip: a. Tem capacidade de armazenar dados de forma segura (criptografados). b. Tem uma maior capacidade de memória e, graças à presença de um microprocessador interno, podem ser utilizados por múltiplas funções. c. Além disso, os cartões com chip não podem ser clonados, pelo menos não com meios simples. Ainda se assim não fosse, todas as exigências do edital estão em total consonância com a legislação pertinente, conforme abaixo transcrito: PORTARIA Nº. 03, DE 1º DE MARÇO DE 2002 - Baixa instruções sobre a execução do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

VI DOS DOCUMENTOS DE LEGITIMAÇÃO Art. 16. O fornecimento de documentos de legitimação, para as finalidades previstas no art.10, é atribuição exclusiva das empresas prestadoras de serviço de alimentação coletiva, credenciadas de conformidade com o disposto nesta Portaria. Parágrafo único. A pessoa jurídica beneficiária celebrará contrato com a prestadora de serviço de alimentação coletiva visando ao fornecimento dos documentos de legitimação mencionados no caput, que poderão ser na forma impressa, na de cartões eletrônicos ou magnéticos, ou outra forma que se adeqüe à utilização na rede de estabelecimentos conveniados. Art. 17. Nos documentos de legitimação de que trata o artigo anterior, deverão constar: 1º Na emissão dos documentos de legitimação deverão ser adotados mecanismos que assegurem proteção contra falsificação.(grifos nossos) Da análise dos artigos acima transcritos conclui-se que é obrigação das empresas prestadoras de serviço emitir cartões com mecanismos que assegurem proteção contra falsificação. Ademais, o valor do benefício alimentação compõe parte expressiva da remuneração dos servidores, e não são valores de pequena monta conforme alega a IMPUGNANTE. Destarte o objetivo principal do PAT é a melhoria das condições nutricionais dos trabalhadores, de forma a promover sua saúde e a diminuir o número de casos de doenças relacionadas à alimentação e à nutrição. Se o servidor possuir um cartão suscetível à clonagem, a finalidade da LEI (PAT) restará comprometida,

uma vez que, não raras às vezes, o trabalhador não dispõe de outros recursos financeiros para a compra da cesta básica e alimentação. Após consulta realizada na internet, é possível constatar que várias empresas já possuem a tecnologia de chip de segurança disponível em seus cartões para a devida proteção ao usuário e de acordo com as exigências do Programa de Alimentação do Trabalhador - do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Vejamos alguns exemplos: 1. Empresa Alelo (Visa): http://www.alelo.com.br/adquira-nossos-produtos.jsp 2. Empresa Sodexo: 3. Empresa VR Benefícios: http://br.beneficios-incentivos.sodexo.com/empresas/cartaoalimentacao-pass-empresas https://www.vr.com.br/portal/beneficios-vr-refeicao-vr-alimentacao-vrauto-e-vr-cultura-rede-credenciada-e-canais-de-vendas.html 4. Empresa Ticket: http://www.ticket.com.br/portal/portalcorporativo/empresa/produtos/tic ket-car/ticket-car.htm Neste sentido também vem sendo o entendimento dos Tribunais de Contas Estaduais e da União, conforme segue: I. DECISÕES DO TCSP: Observa-se que este assunto já foi debatido por este Egrégio Tribunal em outras ocasiões. Citamos alguns expedientes: EXPEDIENTE: TC - 003731.989.13-3, de 04/12/2013:

REPRESENTANTE: Planinvesti Administração e Serviços LTDA. REPRESENTADA: Departamento de Água e Esgoto de Americana Nesta conformidade, constata-se que aludida exigência, diante do escopo do objeto licitado, não está fornecendo indícios suficientes de afronta à lei de regência, na medida em que a utilização de chip de segurança é usualmente adotada no mercado, em face das vantagens conferidas aos usuários nas transações eletrônicas, como maior rapidez, e combate à fraude e à clonagem. Em face do exposto, INDEFIRO o requerimento de medida liminar de paralisação do procedimento licitatório. De outra parte, não estando configurado interesse no processamento deste feito, por versar sobre questões sujeitas à fiscalização ordinária já realizada pelos órgãos desta Corte, DETERMINO o ARQUIVAMENTO deste processado. Ficam autorizadas, desde já, vista e extração de cópias aos interessados, em Cartório. (grifo nosso) PROCESSO: 2965.989.13-0, de 30/10/2013: REPRESENTANTE: Planinvesti Administração e Serviços LTDA. REPRESENTADA: Fundação da Seguridade Social dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba Delimitado pelo exame não exauriente do rito processual, não me convenço da suscitada restritividade do objeto, não bastando para tanto, com a devida vênia, a mera alegação da representante. Ao contrário e segundo me parece,

a tecnologia eleita é compatível com a segurança almejada para operações eletrônicas de crédito, assemelhadas ou não, bem como decorre do exercício da competência discricionária do Administrador. Insubsistentes os argumentos deduzidos por Planinvesti Administração e Serviços Ltda., INDEFIRO liminarmente o pedido, nego o processamento da matéria como Exame Prévio de Edital e determino o arquivamento do processo. É como decido, conforme me autoriza o art. 220, 1º, in fine, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Ao Cartório, para as demais providências, inclusive para intimação da representante e representada. Dê-se ciência ao Ministério Público de Contas. Publique-se. II. DECISÕES DO TCU: TCU: Acórdão 112/2013, em sessão de 30/01/2013. 5. A argumentação do pregoeiro e do diretorgeral, que apresentaram a mesma resposta para as diligências, para a exigência do cartão com chip está, em síntese, ligada aos benefícios tecnológicos e de segurança, e à não confirmação da alegação de exclusividade, da qual destaco alguns trechos: 23. A opção pela tecnologia de cartões dotados de microprocessador com chip, objeto central do pedido de esclarecimentos de Vossa Senhoria, por sua vez, deveu-se principalmente ao critério da segurança. Nesse ponto, com a devida vênia, discordamos da afirmação de que, comparativamente, não haveria diferença de

segurança entre os cartões sem e com a tecnologia de microprocessador. 24. Aliás, despiciendas maiores digressões para se alcançar essa conclusão, pois já é de senso comum que os cartões com chip, se não impossibilitam, certamente dificultam sobremaneira as fraudes por clonagem, o que não ocorre com os cartões sem essa tecnologia. Tratase de uma tendência irreversível, basta observar que os cartões de crédito comuns atualmente fornecidos pelos bancos aos seus correntistas são, invariavelmente, dotados de microprocessador. VOTO 4. Em resposta à oitiva, o diretor-geral da Câmara dos Deputados e o pregoeiro apresentaram as informações e os esclarecimentos resumidos a seguir: a) a opção pela tecnologia de cartões com microprocessador com chip deveu-se principalmente ao critério da segurança; b) os cartões com chip dificultam as fraudes por clonagem, o que não ocorre com os cartões sem essa tecnologia; c) trata-se de tendência irreversível, sendo que os cartões de crédito atualmente fornecidos pelos bancos aos seus correntistas são dotados de microprocessador; d) informações colhidas na internet comprovariam a existência de outras empresas operando com esse tipo de tecnologia. 8. Na verdade, a tecnologia exigida dos licitantes tem como finalidade ampliar a segurança das transações, permitir o controle total do abastecimento dos veículos e dificultar a

clonagem de cartões magnéticos, além de seguir procedimento utilizado com sucesso por bancos e operadoras de cartões de crédito. 9. Ademais, os esclarecimentos prestados pelos envolvidos indicam que existem outros fornecedores da solução tecnológica, de modo que o requisito não dificulta a competição no procedimento licitatório em exame. 10. Dessa forma, aprovo a proposta de conhecer desta representação para considerá-la improcedente e arquivar os presentes autos. 2. TCDF: Decisão n.º 105/2014 referente ao Processo n.º 36804/201, de 23/01/2014 17. Pesquisa realizada na internet permite constatar a existência no mercado de várias empresas que prestam serviço de fornecimento de auxilio alimentação com catões com chip eletrônico, tais como as empresas elencadas pela Jurisdicionada TICKET, SODEXO, VR, ALELO. 19. De outra sorte, os esclarecimentos prestados pela Jurisdicionada não vieram embasados de justificativas técnicas fundamentando a citada exigência, mas deve-se obtemperar de que assiste lucidez ao se buscar, segundo a tecnologia disponibilizada a ao alcance de todos, um tipo de serviço que ofereça mecanismos de controle e segurança, especialmente contra fraude. 20. De forma que a exigência imposta não se mostra exacerbada ou incompatível com o interesse público, tampouco dificulta a competição licitatória em exame, vez que, conforme provado, existem várias licitantes com condições para executar o serviço licitado mediante a utilização de cartão com microprocessador com chip, demonstrando a viabilidade de disputa de mercado. Nesse pensar,

não se vislumbra potencial restritivo ao caráter competitivo do certame, conforme alegado pela representante. 21. Diante de tudo isso, entende-se que os esclarecimentos prestados pela Terracap, nesse quesito, são satisfatórios, reputando-se improcedente a representação formulada pela Planinvesti Administração e Serviços LTDA. (grifo nosso) TCU: Acórdão 112/2013, em sessão de 30/01/2013. Segundo a melhor intelecção que se faz do 5º, art. 31 da lei nº 8.666/93, os patamares inerentes aos índices econômico financeiros devem ser estabelecidos de acordo com aqueles usualmente aceitos em determinado segmento de mercado que engloba o objeto da licitação, a fim de que se avalie se a situação financeira da licitante é suficiente ao cumprimento das obrigações a ser suportado. (grifo nosso) III. MANIFESTAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM CASO ANÁLOGO. No PREGÃO ELETRÔNICO Nº 13/2013, PROCESSO 350.327, para prestação de serviços de administração e gerenciamento informatizado do abastecimento dos veículos oficiais do STF, através de Cartão Eletrônico com CHIP, uma das licitantes questionou a obrigatoriedade de cartões com chip. Na mesma linha de nossa defesa foi o pronunciamento do STF:

4. A exigência de cartões com chip na forma estabelecida pelo edital visa garantir maior segurança nas transações realizadas no abastecimento da frota de veículos deste Tribunal na vigência do contrato e não se afigura como restritiva visto que o uso de tal tecnologia já é praticada por algumas empresas no mercado. 5. Nesse sentido, o TCU já se manifestou, conforme o excerto a seguir extraído do Informativo do TCU nº 138: A exigência do emprego de cartão contendo microprocessador com chip, como ferramenta de controle na prestação de serviços de abastecimento com fornecimento de combustíveis, afigura-se razoável e não merece ser considerada restritiva ao caráter competitivo do certame. O relator do feito, ao alinhar-se a esse entendimento, considerou que a utilização de cartão com chip não é desarrazoada nem prejudica a competitividade do certame. E mais: Na verdade, a tecnologia exigida dos licitantes tem como finalidade ampliar a segurança das transações, permitir o controle total do abastecimento dos veículos e dificultar a clonagem de cartões magnéticos, além de seguir procedimento utilizado com sucesso por bancos e operadoras de cartões de crédito. Anotou ainda que os esclarecimentos prestados pelo gestor indicam a existência de outros fornecedores capazes de prestar o serviço nos moldes demandados pelo edital do certame. O Tribunal, então, ao acolher a proposta do relator, decidiu considerar improcedente a representação.

Acórdão 112/2013-Plenário, TC 038/520/2012-5, relator Ministro José Múcio Monteiro, 30.1.2013. Vale trazer à baila alguns órgãos que exigem em seus editais o chip de segurança: CÂMARA MUNICIPAL DE COTIA/SP; CONSELHO DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO; CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DO VALE DO RIBEIRA, e DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DETRAN-MA Resta caracterizada, portanto, à necessidade da manutenção das exigências ora impostas, uma vez que está claro e comprovado o respeito aos princípios da igualdade e isonomia, concedendo tratamento igualitário aos que estão em iguais situações de competitividade, logo com atendimento dos requisitos inerentes a execução do objeto, como é o caso do edital em questão. Do exposto, resta indeferido o pedido de reformulação do edital, uma vez que comprovado que seu ato é válido e não feriu a CF/88 e nem tão pouco a legislação pertinente, bem como a forte orientação jurisprudencial neste sentido. Sem mais, Magda Regina Rocha Pregoeira