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ENTREVISTA INTERVIEW PRIORIZAR OS TRILHOS NÃO SIGNIFICA TIRAR ESPAÇO DE NINGUÉM GIVING PRIORITY TO RAILWAYS DOES NOT MEAN TO TAKE SPACE FROM OTHERS Joubert Flores Diretor de Engenharia do Metrô Rio Chief Engineering Officer of Metrô Rio Turbinado pelos grandes eventos esportivos programados para os próximos anos, o Metrô do Rio de Janeiro vem recebendo investimentos da concessionária que opera e do governo do Estado. Aqui, o Diretor de Engenharia do Metrô Rio, Joubert Flores, fala sobre os avanços do transporte sobre trilhos e sua importância na organização do ir e vir das grandes cidades. Nos últimos dez anos a questão dos transportes começou a ser pensada de maneira multimodal por nossas autoridades. Pushed by the important sports events that will take place in coming years, Metrô, the underground company of the city of Rio de Janeiro, is receiving investments from its operator and the State Government. The company s Chief Engineering Officer, Joubert Flores, spoke on the advances of railway transport and the relevance of this modal for the organization of mobility in large cities. In the past 10 years, transportation issues started to be seen in a multimodal manner by government authorities." Série Estudos Ferroviário - Como o Sr. vê hoje a questão do transporte urbano nas grandes capitais? Joubert Flores - Sempre que abordamos o tema é necessário fazer aquela recorrente digressão. As cidades não são as mesmas de 50 ou 60 anos atrás. A população cresceu, mas nem sempre esse cresci- Railway Studies Series - What do you think about urban transportation in large capital cities today? Joubert Flores - Whenever we discuss this issue, we always have to go back in time. Cities have changed if compared to 50 or 60 years ago. The population increased, but this growth was not 58 Série Estudos Ferroviário 2013
mento foi acompanhado de um sistema de transportes compatível com essa transformação. É claro que nossa realidade é muito distinta de algumas das maiores capitais do mundo que resolveram o problema. Série Estudos Ferroviário - Quais são nossas diferenças? Joubert Flores - Temos cidades menores na região metropolitana do Rio de Janeiro que são maiores do que, por exemplo, Paris. A capital francesa, no entanto, dispõe de um sistema metroviário de grande capacidade e trens suburbanos, alimentados por uma rede de ônibus. Lá, os trilhos são responsáveis por 75% da movimentação de passageiros e os outros modais atendem os usuários de acordo com suas necessidades. Série Estudos Ferroviário - Como é essa equação na cidade de Rio de Janeiro? Joubert Flores - Aqui a situação é diametralmente oposta. Nossa rede de metrô ainda é pequena e 75% do transporte urbano é feito pelos ônibus. Os 25% restantes são divididos pelos outros modais. O ideal é que esta relação seja gradativamente reduzida de maneira a organizar melhor o transporte. Priorizar os trilhos não significa tirar espaço de ninguém. Na prática, os ônibus percorreriam trajetos menores para alimentar trens e metrô. Série Estudos Ferroviário - A questão já vem sendo olhada desta forma entre nós? Joubert Flores - Eu diria que, nos últimos dez anos, a questão dos transportes começou a ser pensada de maneira multimodal por nossas autoridades. Afinal de contas, todas as cidades do mundo que são organizadas funcionam dessa maneira. Não estou inventando um paradigma. O caminho é esse. Série Estudos Ferroviário - É possível dizer, então, que estamos avançando? Joubert Flores - Seguramente. As coisas estão começando a mudar. Hoje há um entendimento no poder público de que é preciso investir nisso. Tanto é que existem hoje, no Brasil, mais de 60 projetos, seja de VLT, ferroviários e de ampliação do número de estações de metrô. A diferença é que nas grandes capitais o sistema cresceu junto com elas. always followed by a transport system compatible with this transformation. Of course, our reality is quite different from that of some large capital cities in the world, which managed to solve the problem. Railway Studies Series - And what are the differences? Joubert Flores - We have some smaller cities in the metropolitan region of Rio de Janeiro that are larger than Paris, for example. However, the French capital city has a rail and underground system with large capacity, and its suburban trains are fed by a bus transportation system. There, rail transport accounts for carrying 75% of the city s passengers, as the other modals assist users in accordance with their necessities. Railway Studies Series - How is this situation in the city of Rio de Janeiro? Joubert Flores - It is quite the opposite. Our underground system is still small, and buses account for 75% of urban transportation. The remaining 25% is shared by the other modals. Ideally, this relationship would have to be gradually reduced for us to achieve improved transportation levels. Giving priority to railways does not mean to take space from others. In practice, buses would run shorter lines in order to feed trains and the subway. Railway Studies Series - But is this being considered in Brazil? Joubert Flores - I would say that, in the past 10 years, the subject of transportation started to be seen in a multimodal manner by government authorities. After all, all organized cities in the world function like that. I am not inventing a paradigm. This is the path to be followed. Railway Studies Series - So, can we say that we are making advances? Joubert Flores - Certainly. Things are starting to change. There is an understanding among government authorities that investments must be made. As a proof of that, there are more than 60 projects in Brazil today, including LRTs, railways and underground stations. The difference is that the systems Railroad Study Series 2013 59
ENTREVISTA INTERview Série Estudos Ferroviário - Quais são nossos principais obstáculos? Joubert Flores - Começamos muito tarde. E construir um sistema numa cidade pronta é muito mais caro e complicado porque o volume de intervenções é muito maior. Londres, por exemplo, tem metrô há 150 anos. Paris há 110 anos e o metropolitano de Buenos Aires está completando 100. E o nosso, aqui no Rio, tem apenas trinta e poucos anos. Mas é melhor fazer do que não ir em frente. Felizmente essa consciência já existe. Série Estudos Ferroviário - De que maneira a concessionária vem conduzindo a expansão do metropolitano? Joubert Flores - O Metrô Rio era apenas operador do sistema até 2007, mas naquele ano antecipamos a renovação do contrato e aceitamos um plano de investimentos estipulado pelo governo do estado. Passamos, então, a operar e a investir. À época, o sistema estava perto da saturação e ganhou a oportunidade de crescer. A concessionária, então, investiu recursos próprios da ordem de R$ 1 bilhão, comprou os bens diretamente e criou- -se, assim, uma agilidade no processo. Com isso estamos na iminência de dobrar a capacidade que tínhamos em 2008. Série Estudos Ferroviário - O que já foi feito e quais são as principais obras em andamento? Joubert Flores - Construímos uma ligação entre as duas linhas existentes e isso permitiu suprir uma demanda da ordem de 15% que existia. Assumimos a construção de duas estações. Uma delas, a da Cidade Nova, já está pronta e a segunda, Uruguai, vai operar em março do ano que vem. Outra exigência foi a aquisição de 19 trens que já estão operando e outros investimentos de complementação do sistema. Existem hoje, no Brasil, mais de 60 projetos, seja de VLT, ferroviários e de novas estações de metrô Currently, there are more than 60 projects in Brazil, including LRTs, railways and underground stations of large cities were able to follow their growth. Railway Studies Series - Which are our main barriers? Joubert Flores - We started too late. To build a system in a city that is ready is much more expensive and complicated, with a greater number of interventions. London s underground, for example, is 150 years old. Paris's underground is 110 years old, and the metropolitan of Buenos Aires is 100 years old. Rio's subway system is little more than 30 years old. But this must be done. Fortunately, this awareness already exists. Railway Studies Series - Which is the concessionaire responsible for the underground expansion works? Joubert Flores - Metrô Rio was only the operator of the system until 2007, when we anticipated the renewal of the agreement and accepted the investment plan established by the Rio de Janeiro State government. Then, we started to operate and invest in the system, which, at that time, was close to saturation, but it had the opportunity to grow. So, the concessionaire invested own resources of some BR$ 1 billion and purchased the assets directly, providing agility to the process. As a result, we have almost twice as much as the capacity we had in 2008. Railway Studies Series - What has already been done and which are the major works in progress? Joubert Flores - We built a connection between the two existing lines, supplying an existing demand of 15%. We took over the construction of two stations. One of them, Cidade Nova, has already been concluded; the other one, Uruguay, will start operating in March 2014. Another requirement was the purchase of 19 trains that are already operating, and 60 Série Estudos Ferroviário 2013
EM IMPLEMENTAÇÃO NO BRASIL INNOVIA MONOTRILHO 300 E INTERFLO 250 ERTMS Inovação no transporte de alta capacidade, o Monotrilho-Metrô BOMBARDIER INNOVIA vai aprimorar bairros em São Paulo e melhorar rapidamente a condição de vida dos Paulistanos Inovação nos sistemas de sinalização do Brasil, a solução BOMBARDIER INTERFLO 250 ERTMS, em instalação na SuperVia no Rio de Janeiro, vai operar trens com menor intervalo e maior segurança, aumentando a capacidade da rede.
ENTREVISTA INTERview Série Estudos Ferroviário - O governo do estado do Rio de Janeiro também está investindo? Joubert Flores - Sim. Paralelamente, o Estado está investindo na construção de 16 quilômetros de linha ligando Ipanema até a Barra da Tijuca para cumprir compromissos visando os Jogos Olímpicos de 2016. Nesta intervenção houve, inclusive, uma mudança no projeto original e a demanda, que a princípio era de 130 mil passageiros, passou para 300 mil usuários. Isso vai permitir que a tarifa seja a mesma praticada atualmente. Caberá à concessionária comprar os trens e fazer outros investimentos. Na prática é uma espécie de Parceria Público Privada (PPP) e o Estado está investindo algo em torno de R$ 7 bilhões a 8 bilhões. A operadora paga a outorga do sistema com os investimentos em material rodante, sinalização. Em dezembro, o sistema estará apto a transportar 1,1 milhão de usuários por dia útil In December, the system will be able to carry 1.1 million users per day other investments to complement the system. Railway Studies Series - Is the Rio de Janeiro State Government also investing? Joubert Flores - Yes. Concurrently, the government is investing in the construction of 16 km of lines linking Ipanema to Barra da Tijuca in order to fulfill the commitments aiming at the 2016 Olympic Games. This project, by the way, was changed compared to the original project, and the initial demand, which was 130,000 passengers, jumped to 300,000 users. This will enable to maintain the current fare prices. The concessionaire is responsible for buying trains and making other investments. In practice, it works is like a Public Private Partnership, and the State Government is investing some BR$ 7 or BR$ 8 billion. The operator pays for the granting of the system with investments in rail-borne vehicles, signaling. Série Estudos Ferroviário - E como está o andamento da obra? Joubert Flores - Está bastante adiantada. Tem uma estação na Barra e no segundo semestre o empreendimento chega a São Conrado. Serão sete estações e o tempo gasto entre o bairro da Barra da Tijuca e o Centro da Cidade pode cair de até uma hora e meia para 35 minutos. A ideia é começar com um intervalo de 4 minutos entre a circulação das composições. Série Estudos Ferroviário - Quantos passageiros o sistema está transportando atualmente? Joubert Flores - Transportamos hoje quase 700 mil passageiros em cada dia útil. Nossa capacidade está comprometida porque duas estações em Ipanema estão fechadas por conta da obra de extensão até a Barra da Tijuca. Quando elas voltarem a operar em dezembro o sistema estará apto a transportar 1.100 milhão. Railway Studies Series - And how are the works progressing? Joubert Flores - Construction works are quite advanced. There is a station in Barra, and the project should reach São Conrado in the second half of the year. There will be seven stations, and the time spent from Barra to downtown should drop from 1.5 hour to 35 minutes. The idea is to start with intervals of 4 minutes between the trains. Railway Studies Series - How many passengers is the system transporting today? Joubert Flores - Currently, we transport almost 700,000 passengers on business days. Our capacity is compromised because two stations in Ipanema are closed due to the works on the extension to Barra da Tijuca. When they resume their operations, next December, the system will be ready to carry 1.1 million people. 62 Série Estudos Ferroviário 2013