Manejo Integrado de Plantas Daninhas

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Transcrição:

Gestão sobre Manejo de Plantas Daninhas Weber G. Valério Sócio Diretor Encontro Técnico sobre Manejo e Controle de Plantas Daninhas em Cana-de-açúcar Bebedouro- SP Junho/ 2014

Manejo Integrado de Plantas Daninhas unesp Ações planejadas Dominar e fazer uso do conhecimento Integrar as práticas de controle Planejar pensando à médio a longo prazo (sustentabilidade) Minimizar possibilidade de diversificação de plantas Conter a dispersão, evitando novas entradas e consequentemente reduzindo o banco de sementes Preservar a cultura Preservar a capacidade produtiva preservando o ambiente

Quem são elas, e quais as melhores estratégias para combate-las? MUCUNA MERREMIA MAMONA

E mais... CAPIM-MASSAMBARÁ CAPIM-CAMALOTE

Manejo Integrado Preparo de solo: inclusive com arações inversão do banco de sementes. Ação dos herbicidas potencializada Controle preventivo: evitar disseminação através das operações mecânicas, principalmente a colheita Controle cultural: rápido desenvolvimento da cultura cobrindo o solo de forma uniforme Controle químico: herbicidas X diferentes modalidade de aplicação

Preparo de solo X X

Controle cultural

Controle Químico Mesmo sendo o método mais eficaz não deve ser o único Ontem Alachlor Ametrina Atrazina Clomazone Diuron Glifosato (Hexazinona + Diuron) Imazapyr Msma Tebuthiuron Trifluralina 2,4D 13 moléculas Disponibilidade de Moléculas - Cana-de-açúcar Hoje Amicarbazone Carfentrazone Diclosulam Flumioxazin Hexazinona Isoxaflutole Imazapic Mesotrione Metsulfuron Metolachlor Metribuzin Oxyfluorfen Sulfentrazone (Sulfometuron + Hexaz. + Diuron) 27 moléculas

Aprendizados

Um Desafio Crescente Atingir altos patamares de controle, com seletividade para a cultura

Eficácia Produtos com mecanismo e modo de de ação diferentes Potencializa controle Dificulta surgimento de biótipos resistentes

Estratégia Diferentes modalidades de aplicação FRACIONAMENTO DE DOSES

Diferentes Modalidades de Aplicação Plantios Uso de residuais nas dessecações Pré-plantio incorporado Pós-plantio Nivelamento Soqueiras 1ª aplicação (pós-colheita) 2ª aplicação - sequenciais (extensoras de residual) aplicação dirigida

Diferentes Modalidades de Aplicação PLANTIOS (REFORMAS OU EXPANSÕES)

Controle Químico Dessecação com residual Benefícios Redução do banco de sementes Redução do nº de aplicações com Glifosato Estratégia que pode ser utilizada, principalmente em preparo de solo reduzido ou plantio direto Onde? Áreas de passagem Exemplo: liberação de áreas para reforma, que somente serão plantadas no próximo ano. Produtos Gamit 360, Tebuthiuron, Dinamic, Flumioxazin, Metsulfuron, etc.

Controle Químico Dessecação com Residual Glifosato Glifosato + Provence

Modalidade de Aplicação Pré-Plantio JUSTIFICATIVAS Incorporado Redução do banco de sementes, rizomas e tubérculos na fundação do canavial e consequentemente, alívio de pressão nos cortes subsequentes Flora diversificada e complexa, adaptada a palhada e quebra de dormência, provavelmente também por variações climáticas Redução de mão de obra (escassa, altos custos e pressão da legislação vigente) Fracionamento de doses seletividade Expansões, normalmente pastagens

Controle Químico: Pré-plantio Incorporado Requisito básico: qualidade do preparo de solo Grupo Biosev Unidade Vale do Rosário Morro Agudo/SP

PPI Amicarbazone Resultados PPI: Dinamic 1,0 PP: Boral 1,8 + Gamit 1,25

PPI Amicarbazone Resultados Grupo Cosan: Unidade Costa Pinto Fazenda Rocinha Plantio 12 meses Textura: média Data: 18/11/10 Matologias Predominância: Merremia aegyptia Predominância: Digitaria nuda

PPI Amicarbazone Resultados Tratamentos PPI: Trifluralina (600) 1,8 + Amicarbazone 1,0 (11/11/10) PP: Sulfentrazone1,6 + Metolachlor 3,0 (18/11/10)

Grupo Raízen: Unidade Santa Helena Rio das Pedras -SP Fazenda José Viegas: plantio 18 meses textura média Testemunha (PPI) Testemunha (PP) Trifluralina 600 2,0 + Metsulfuron 0,030 (PPI) Testemunha (PP) Trifluralina 600 2,0 + Metsulfuron 0,030 (PPI) + Sulfentrazone 1,6 + Clomazone (800) 1,3 + Ametrina 4,0 (PP)

Performance - PPI Testemunha Trifluralina 1,8 Atrazina ou Metsulfuron poderia ser misturado a Trifluralina (umidade período)

Plantas Daninhas de Difícil Controle Capim-camalote, capim-massambará, mamona, merremia e mucuna Estratégia: posicionamento PPI Dinamic + Trifluralina (600) (1,0 a 1,5 + 1,8 + 3,0) Dinamic + Gamit (800) c.camalote e c.massambará (1,0 a 1,5 + 1,2 a 1,5) Obs.: Em pós plantio Gamit deve ser novamente posicionado, e no caso de folhas largas o parceiro deverá ser Boral. Visando essas p.d. novas misturas estão sendo avaliadas

Estratégias de controle através de moléculas diferentes mediante a complexidade da flora Herbicidas Trifluralin Clomazone Alvo predominante Gramíneas (c.colonião / c.braquiária / c.colchão / c.marmelada) Grama-seda Sulfentrazone Tiririca Amicarbazone Atrazina Cordas-de-viola, principalmente merremias, mucuna, além de mamona Folhas largas (período úmido) Metsulfuron Folhas largas (semi seco e semi úmido)

Pré-plantio incorporado Tecnologia Operações individualizadas Operações simultâneas Profundidade de incorporação: 10 cm

Trifluralina Profundidade de Incorporação (máximo 10 cm) Incorporação inadequada do herbicida Trifluralina Com raízes secundárias Perfilhos sadios Perfilhos intoxicados Sem raízes secundárias Sem raízes secundárias: absorção reduzida de água e nutrientes.

Trifluralina Carência entre a aplicação e a sulcação Tempo necessário para que o solo seja tratado pelo herbicida

Tratamentos Pós-plantio: Principais Tratamentos Sulfentrazone + Clomazone Sulfentrazone + Tebuthiuron * Clomazone + Diclosulan ** Clomazone + Tebuthiuron * Alvos predominantes Tiririca / Folhas largas / Gramíneas Tiririca / Folhas largas / Gramíneas exceto D. nuda e AI de capim-colonião Tiririca (exceto AI) / Folhas largas / Gramíneas AI de gramíneas Tebuthiuron + Diclosulan * / ** Tiririca (exceto AI) / Folhas largas / Gramíneas exceto D. nuda e AI de capim-colonião Metolaclhor + Diclosulan ** Metolaclhor + Sulfentrazone ** Tebuthiuron + Flumioxazin * Metolaclhor + Flumioxazin ** Clomazone + Flumioxazin Tiririca (exceto AI) / Folhas largas / Gramíneas exceto AI de capim-colonião Tiririca / Folhas largas / Gramíneas exceto D. nuda e AI de capim-colonião Folhas largas e gramíneas Folhas largas e gramíneas Folhas largas e gramíneas * Evitar, quando aplicado Carbofuran no sulco ** Restrição em períodos seco ou veranicos prolongados Obs: Situação de pós-emergência inicial (pd.) acrescentar Ametrina e/ou 2,4D Oxyfluorfen, também deve ser observado como graminicida em períodos úmidos

Pós-plantio: Seletividade Plantio Mecanizado Aplicação pós-emergência da cultura. Aplicação em pré-emergência da cultura Testemunha Testemunha Área tratada Área tratada

Pré-emergência x Pós-emergência da cultura

Pós-plantio: Aplicação durante ou após nivelamento Fundamental: domínio pleno sobre a flora e seus respectivos níveis de infestação, associado as modalidades de intervenção, permite fracionar doses, e consequentemente atingir altos patamares de seletividade Obs: Rotacionar moléculas, e se possível com mecanismo de ação diferentes Exemplo: PPI: Trifluralina + Metsulfuron (inibe a divisão celular e ALS) Pós-plantio: Sulfentrazone + Clomazone (inibe a protox e carotenóides) Nivelamento: Metalachlor + (Hexazinona+ Diuron) (inibidor do crescimento e fotossíntese)

Pós-plantio: aplicação durante ou após o nivelamento Seletividade: preferencialmente deve ser dirigida (uso de pingentes), ou quando ocorrer simultaneamente ao nivelamento, barras que possam ser reguladas quanto à altura Observação: em aplicações simultâneas, controladores de vazão são obrigatórios

Controle químico - Soqueiras Ideal: georeferenciamento = melhor momento Correção, adubação, escarificação, controle de pragas e controle de plantas daninhas em pré-emergência da cultura Obs: vinhaça ou irrigação (água) após todas operações Aplicação de herbicidas: Escarificado / adubado Pré-total da cultura Fertirrigação após herbicidas

Posicionamento: Produtos X Época de Aplicação Período Seco, inclusive sobre a palha Soqueiras (J/J/A) Tebuthiuron + Flumioxazin Tebuthiuron + Isoxaflutole Sulfentrazone + Isoxaflutole Isoxaflutole + Amicarbazone Amicarbazone + Clomazone (360) Clomazone (360) + Sulfentrazone

Acabamento Barra traseira e/ou barra lateral Flumioxazin após tratamento da soqueira Alvo: capim-colchão / capim-carrapicho / folhas largas

Quando fazer? APLICAÇÕES SEQUENCIAIS SOQUEIRAS Início do período chuvoso normalmente em Outubro Importante: * Pré-emergência total das p.d., ou no máximo pós-emergência inicial * Aplicação dirigida Reinfestação de corda-de-viola / trapoeraba Seletividade

Aplicações Sequenciais x Repasses (2ª aplicação) Repasses: não são planejados, são curativos, e normalmente as intervenções são realizadas com pósemergência avançada das plantas daninhas. Reposição de banco de sementes e mato competição chegam ocorrer Aplicações sequenciais / Extensoras de residual: são planejadas e orçadas. As intervenções ocorrem em pré e pós-emergência inicial das plantas daninhas (melhor momento). Equipamentos e produtos deverão estar disponíveis e as aplicações normalmente são dirigidas (seletividade)

Algumas opções utilizadas em aplicações sequenciais Amicarbazone + Diuron Amicarbazone + (Hexazinona + Diuron) Tebuthiuron + Diclosulam Sulfentrazone + Metolachlor Clomazone 360 + Diclosulam

Principais Características Físicoquímicas dos Herbicidas Cana-de-açúcar

Solubilidade (S) mg/l ou ppm Refere-se a quantidade máxima do produto que pode ser dissolvida em água pura a uma determinada temperatura Categoria Insolúvel < 1 Muito baixa 1 a 10 Valores (ppm) Baixa 11 a 50 Média 51 a 150 Alta 151 a 500 Muito alta 501 a 5.000 Extremamente alta > 5.001 * Importância do Diuron na formulação com a Hexazinona (Dizone, Hexaron, Velpar-k, Jump, Advance) Herbicida Solubilidade (ppm) Hexazinona 33.000 Imazapyr 11.272 (ph 7,0) Amicarbazone 4.600 Tebuthiuron 2.500 Imazapic 2.200 (ph 7,0) Clomazone 1.100 Metribuzin 1.100 Sulfentrazone 490 Isoxaflutole DKN 6,2 326 Ametrina 200 Diuron 42 * Trifluralina 0,3 Oxyfluorfen < 0,1

Solubilidade em água (S) Expressa a quantidade de herbicida dissolvido na água para que poderá estar dissolvido na solução do solo, a uma determinada temperatura Kow: refere-se a intensidade da afinidade da molécula pela fase polar (H 2 O) e apolar (óleo) Kow > 10 lipofílicos alta adsorção e < disponibilidade (> absorção radicular) Kow < 10 (> absorção foliar) Quanto > a solubilidade(s) do herbicida, menor o Kow e menor a sorção, o que predispõe o herbicida a movimentar-se no solo com maior facilidade

Força de Adsorção (Koc) ml/g Expressa a tendência de sorção do herbicida pela fração orgânica do solo Força de Sorção Muito forte Koc > 5.000 Forte Koc 600 4.999 Moderado Koc 100 599 Fraco Koc 0,5-99 Herbicida Koc (ml/g) Tebuthiuron 80 Trifluralina 7.000 Amicarbazone 25 Diuron 477 Hexazinona 54 Clomazone 300

Torta de Filtro em Superfície Mal distribuída

Residual dos Herbicidas Meia-vida Indica, para maioria dos herbicidas, o período de eficácia de controle (residual). Define-se meia-vida como o tempo em dias para que 50% das moléculas sejam dissipadas, ou seja degradadas, metabolizadas e absorvidas (Oliveira, 2005) Herbicida Tebuthiuron 360 Sulfentrazone 180 Imazapic 180 Amicarbazone 120 Diuron 80 Ametrina 60 Metribuzin 60 Sulfometuron 55 Hexazinona 90 Isoxaflutole * 30 Meia-vida (dias) * Neste caso a formação de metabólitos tóxicos (DKN) são tão ou mais tóxicos que a molécula original. Sendo assim deve-se levar em consideração a meia-vida dos metabólitos tóxicos

Residual dos Herbicidas -Tebuthiuron 2,5 Meia-Vida de 360 dias Plantio 18M D.A.A.: 170 dias

Pressão de Vapor (P) Incorporação Imediata

Pressão de Vapor (P) Premerlin 600 Perdas durante a aplicação

Redução de Deriva Resultados de Campo

Manejo Ajustado Fatores principais: Flora: espécies e níveis de infestação Condições edáficas e ambientais (solo e clima respectivamente) Sistemas de produção: a) Semeadura: direta ou convencional, sendo que esta última deve estar livre de torrões na superfície b) Palhada: retenção / foto decomposição c) Interferências em períodos seco, associado a característica de produtos d) Fertirrigação / irrigação e) Variedades

Período Seco (Palha) X Fotodecomposição X Retenção= Dose As dosagens dos produtos aplicados nessa condição depende do tempo de exposição

SOBRE A PALHA Usina: Benalcool (Grupo Cosan)- Bento de Abreu- SP Fazenda: São Benedito zona 46 textura arenosa Variedade: RB 83-5486 MATOLOGIA BORAL 1,3 + BUTIRON 1,5 (04/09/08) Capim-braquiária, trapoeraba, Ipomoea nil

SEM PALHA Usina: Benalcool (Grupo Cosan)- Bento de Abreu- SP Fazenda: São Benedito zona 46, talhão 7 textura arenosa Variedade: RB 83-5486 MATOLOGIA BORAL 1,3 + PROVENCE 0,100 Digitaria nuda Trapoeraba

Foto-decomposição

Meia-vida de 84 dias na palha

produto lixiviado da palha (%) Dinâmica do manejo com Flumyzin em cana crua 90,00 80,00 79% disponível > Risco de lixiviação > Fitotoxicidade < Residual 70,00 60,00 50,00 141,5 g/ha 200 g/ha Ipomoea quamoclit (196 g) 40,00 30,00 20,00 10,00 101 g/ha Ipomoea purpurea (117 g) Panicum maximum (96 g) Digitaria horizontalis (64 g) Brachiaria plantaginea (57 g) Liberação programada Extensor residual 0,00 0 20 40 60 80 100 120 140 Adaptado de VELINI & CARBONARI, 2010; CAVENAGHI; NICOLAI, 2009. Chuva (mm) Flumyzin (10 t/ha) Herbic. alta solubilidade (10 t/ha)

Avaliação da Deriva e Uniformidade das Aplicações de Herbicidas na Cultura da Canade-açúcar Relatório de Pesquisa (Sumarização) Responsáveis Prof. Dr. Edivaldo Velini Caio A. Carbonari (FCA UNESP Botucatu-SP) Marcelo Boschiero Weber G. Valério (Agro Analítica)

Objetivo Melhorar chegada de ativo até o alvo, distribuindo de forma uniforme REDUÇÃO DA DERIVA

Principais Fatores que Contribuem para Melhorar a Distribuição e a Chegada de Ativo Boa condição das pontas Tipo de pontas Espaçamento entre pontas Barramentos redução de balanços (vertical e horizontal) Altura do barramento Velocidade de deslocamento Condições do solo (preparo) Condições Climáticas (UR%, T ºC e velocidade do vento) Uso de adjuvantes específicos

Gotas Satélites Classe de Tamanho de Gotas Muito Fina Fina Média Grossa Muito Grossa < 119 119 a 216 217 a 353 354 a 464 > 464 DMV em micrômetros (BCPC British Crop Production Council)

Desenvolvimento da Metodologia 2ª Etapa Alvos planos (placas de acrílico e vidro) e fios de nylon

Alvos Planos (Placas de Vidro) Método de extração: imersão em água destilada por 3 dias em agitação contínua Principais herbicidas utilizados: sulfentrazone, imazapic, amicarbazone, clomazone, diuron, hexazinona e tebuthiuron Índices de extração: acima de 97%

Determinação Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (LCMS) Foram utilizados padrões analíticos com grau de pureza certificada acima de 99,0 % Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência (CLAE) e espectrômetro de massas utilizados para quantificação dos herbicidas

Detalhe da Configuração Espaçamento entre Pontas ADIA 110-02 / 0,25 m Aplicação em plantio de inverno Unidade Jataí (GO)

Aplicação Comercial a Nível de Campo Ponta = Magno 11006 (IA) Espaçamento entre bicos = 0,5 m Altura da barra = 0,5 m Volume de aplicação = 200 L/ha Velocidade: 12 km/h velocidade do vento = 12 km/h Temperatura = 22ºC UR = 62% Deposição ( chegada de ativo ) X Deriva Espaçamento 0,50 m X 0,67 m Notar que os espaçamentos maiores comprometem a distribuição significativamente Ponta = Spray TF 11003 Espaçamento entre bicos = 0,67 m Altura da barra = 0,7 m Volume de aplicação = 200 L/ha Velocidade: 8,8 km/h velocidade do vento = 11 km/h Temperatura = 25ºC UR = 45% Deposição (% do volume aplicado) Minima Média Máxima DERIVA 56,52 81,36 113,50 18,64 Deposição (% do volume aplicado) Minima Média Máxima DERIVA 29,88 70,91 107,77 29,09

Com adjuvante anti-evaporante Sem adjuvante anti-evaporante

Parâmetro Avaliado Altura do Barramento Resultados Config. Altura Barra (m) Deposição Mínima % Deposição Máxima % Deposição Média % Deriva % A 0,70 56,6 93,3 72,79 27,21 B 0,50 74,77 103,3 86,61 13,39

Conjunto Aplicadores (Máquinas + Pulverizadores) Barramentos Centrais

Conclusões A adoção de algumas tecnologias importantes que foram testadas, permitiram ganhos significativos de performance. Foram verificados melhoras de distribuição e chegada de ativo, lembrando que é comum encontrar números alarmantes Exemplo: Depósitos médios de 70% - 30% de deriva Distribuições: 30 a 140% da dose planejada Pontas: TTI 11002 a 11004 Espaçamento entre pontas: 0,25 m Associar velocidade de deslocamento as condições climáticas Uso de umectante / anti evaporante Estabilizadores de barra Altura do barramento (o mais baixo possível)

Estratégias que podem minimizar os impactos da crise atual Entender o que é custos e gastos, e visualizar a relação custo/beneficio. Observar as fases de todo processo produtivo identificando possibilidades de turbinar a produtividade. - Rever valores de arrendamentos (potencial produtivo/distancia etc.) - Preparo de solo: Associar operações mecânicas e/ou químicas mediante as características edafo-climaticas. - Correção: Quando, quanto e como? - Nutrição: Fontes, quando, como e com o que? - Variedades: Otimização, de todo potencial produtivo em função do ambiente de produção. - Pragas/Doenças: Diagnostico antecipado permitindo tomada de decisão adequada. - Manejo de p.d: Domínio pleno sobre características físico /química das moléculas, da flora (espécie e níveis de infestação), e tecnologia de aplicação. - Área de pastagem (reforma): Identificar a possibilidade de rotacionar (leguminosas). - E, finalizando, custos devem ser contabilizados em R$/Kg ATR produzido, e não mais por hectare.

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