História da Matemática incorporada à Educação Matemática Pontos de Vista: Historiográfico e Pedagógico Diego Jackson Flávia MaFre Matheus Costa Prof. Andréa Cardoso
Há algum tempo a história da matemática e das ciências em geral tem sido colocada como algo que deva ser incorporado aos currículos escolares.
Deveria a história participar do ensino dos conteúdos específicos dessas disciplinas?
Justificativas apresentadas por: Matthews (1995) P. S. Jones (1993) D Ambrosio (2000)
Argumentos favoráveis - Matthews, 1995 1) Motivação; 2) Humanização da matéria; 3) Melhor compreensão dos conceitos científicos; 4)Valorização da compreensão de fatos na história da ciência;
Argumentos favoráveis - Matthews, 1995 5) Ciência é mutável e instável; 6)Transformações opostas às ideologias cientificistas 7)Compreensão do desenvolvimento do método científico
Argumentos Favoráveis - P. S.Jones (Miguel, 1993) 1) Matemática é uma criação humana; 2) As razões pelas quais as pessoas fazem matemática; 3) As conexões da matemática com outros áreas; 4)Necessidades práticas, sociais, econômicas e físicas estimulam desenvolvimento matemático;
Argumentos Favoráveis - P. S.Jones (Miguel, 1993) 5) A curiosidade estritamente intelectual leva a generalização de ideias; 6) Mudança na percepção dos objetos matemáticos; 7) Abstração em relação a generalização da história do pensamento matemático; 8) A natureza de uma estrutura, de uma axiomatização e de uma prova.
Argumentos Favoráveis - D Ambrosio, 2000 1) Matemática como uma manifestação cultural de todos os povos; 2) Mostrar que a Matemática não se restringe a Matemática escolar; 3) Destacar as origens da matemática, onde se desenvolveu e como chegou ao seu estado atual; 4) Influência da matemática para o desenvolvimento científico.
Argumentos superados Princípio genético Motivação
Diferença entre História e Historiografia História: Coleção de fatos do passado; Historiografia: Conjunto de Registros, interpretações e análises dos fatos.
Ponto de vista Historiográfico e suas Classificações: classificações Lexicográfica: caráter descritivo; o quê?, quando? e onde? Cronológica: prioriza sequência de fatos; o quê? e quando? Biográfica: baseada na vida dos pesquisadores; quem?
Ponto de vista Historiográfico e suas classificações Cultural e sociológica: estabelece um elo entre ciência e o meio em que ela se insere; quando?, onde? ; História dos problemas: deseja mostrar os problemas e as tentativas fracassadas e bem-sucedidas de solucioná-los.
Como construir a História da Matemática do ponto de vista historiográfico? A historiografia baseada na história de problemas é a melhor forma de construir a História da Matemática, pois leva em conta a historiografia cronológica e historiografia cultural e sociológica.
Ponto de vista pedagógico Procura privilegiar certos problemas em relação a outros Enfatiza a reconstituição dos contextos epistemológico, psicológico, sociopolítico e cultural de sua produção. História-Problema - parte de problemas manifestados em práticas pedagógicas e investigativas do presente. História-Crônica apresentada na forma de acessório, sobrecarregando o currículo
Encontros e desencontros Os dois pontos de vista não são totalmente convergentes. A história pode ser interpretativa, a historiografia também.
Desencontros Como faria um professor para tratar um assunto através de aspectos historiográficos? Professor sem preparo: conteúdos adicionados instintivamente. Professor mais bem preparado: uma interpretação escolhida. Professor totalmente preparado: Interpretação pedagógica e historiográfica correta.
Encontros Ciclo do conhecimento: interação desses pontos de vista permite entendimento do contexto cognitivo, histórico e epistemológico e político em que o conhecimento está inserido.
Dificuldades existentes A falta de tempo durante a aula; A história não ser matemática; A dificuldade de avaliação; O desinteresse dos alunos; A carência de material didático; Falta de formação dos professores.
Referências CAMERLENGO, L. N. S.; SILVA, M. R. A participação da história no ensino de matemática: pontos de vista historiográfico e pedagógico. Zetetiké, v. 21, n. 39, pp. 103-119, 2013. Disponível em: <http://www.fe.unicamp.br/revistas/ged/zetetike/article/view/4324 >