Revisaço - Analista e Técnico do TRT (2015) Questões comentadas - 3a ed. Rev., amp. e atual.

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ERRATA Revisaço - Analista e Técnico do TRT (2015) 3.641 Questões comentadas - 3a ed. Rev., amp. e atual. Por conta de erro do autor no momento de formatar o artigo, as questões de nº 160 a 164 foram publicadas em duplicidade às questões de nº 143 a 147. Além disso, essas questões se referem à responsabilidade civil, não a direitos reais. O autor pede desculpas aos leitores pelo inconveniente. Nas próximas tiragens dessa edição e nas futuras editoras, esse erro será corrigido. Danilo da Cunha Sousa. Página 803. Questão 62. Comentários. SUBSTITUIR POR: Alternativa correta: letra A (responde a todas as alternativas): a proteção em face da automação, na forma da lei, pode ser pleiteada porque, nos termos do art. 39, 3, da CF, não é direito automaticamente extensível aos servidores ocupantes de cargos públicos, no caso, os trabalhadores do Estado da Bahia. As demais alternativas trazem direitos que já estão contemplados pelo art. 39, 3, da CF e, por isso, não precisam ser reivindicados. Página 817. Questão 96. Comentários. SUBSTITUIR POR: Alternativa A : correta (responde a todas as alternativas): é pacífico na doutrina que tem capacidade eleitoral passiva aquele que preenche as condições do direito de ser escolhido para exercício de mandato eletivo por meio de voto. Em sentido oposto, capacidade eleitoral ativa é atributo que permite ao indivíduo exercer o direito de sufrágio escolhendo os seus representantes políticos. As denominações plena, genérica e originária não se aplicam à teoria das capacidades eleitorais. Página 819. Questão 101.02. Comentários. SUBSTITUIR POR: Errado. Organização, manutenção e execução de inspeção do trabalho é matéria de competência administrativa ou material exclusiva da União (art. 21, XXIV, da CF). Pág. 935. 75. (FCC Analista Judiciário Área Judiciária - TRT 16/2014) A respeito dos atos jurídicos lícitos e ilícitos, considere: I. Constitui ato ilícito a destruição da coisa alheia a fim de remover perigo iminente. II. Não comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelos bons costumes.

III. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) I e II. (C) I e III. (D) III. (E) I. COMENTÁRIOS. Alternativa d correta: está correto o item III. Item I errado: a destruição da coisa alheia a fim de remover perigo iminente é considerada situação de estado de necessidade. Portanto, é o caso de ato lícito (art. 188, II, CC). Item II errado: o CC de 2002 é norteado pelo princípio da sociabilidade. Dessa forma, os bons costumes são considerados fontes de direito. No caso, comete abuso de direito a pessoa que ao exercer o seu direito excede os limites impostos pelos bons costumes (art. 187, CC). Item III correto: trata-se da cláusula geral de responsabilidade civil. A todos, é imposto o dever de observar de seguir a norma jurídica, a qual uma ves violado gera o dever de indenizar e se causar o dano. Deve-se constar: Item III correto: trata-se da cláusula geral de responsabilidade civil. A todos, é imposto o dever de observar e de seguir a norma jurídica, a qual uma vez violada gera o dever de indenizar, se causar o dano. Pág. 957. 79. (FCC Analista Judiciário Área Judiciária - TRT 15/2013) Cauã, então com 9 anos, foi obrigado por Romualdo, durante três anos, a trabalhar em regime análogo à escravidão. Neste período, foi submetido a trabalhos forçados, que lhe causaram danos morais. Seis anos depois, ajuizou ação compensatória contra Romualdo. Este, por sua vez, alegou prescrição. A alegação de Romualdo (A) não procede, pois o caso espelha hipótese de decadência, não de prescrição. (B) procede, pois se passaram mais de três anos do fato que originou a pretensão. (C) procede, pois se passaram mais de cinco anos do fato que originou a pretensão. (D) não procede, pois o prazo de prescrição para pretensão de reparação civil não se consumou. (E) não procede, pois fatos graves são imprescritíveis. COMENTÁRIOS.

Alternativa d correta: como Cauã tinha nove anos de idade, o prazo prescricional não começou a correr, pois é absolutamente incapaz (art. 198, I, CC). Alternativa a errada: é caso de prescrição, pois o direito à indenização se refere a uma pretensão da pessoa, não um direito meramente potestativo. Alternativas b e c erradas: a pretensão para se obter reparação civil prescreve em três anos (art. 206, 3º, V, CC). Porém, como no caso o ofendido é absolutamente, não se teve início do referido prazo (art. 198, I, CC). Alternativas b e c erradas: a pretensão para se obter reparação civil prescreve em três anos (art. 206, 3º, V, CC). Porém, como no caso o ofendido é absolutamente incapaz, não se teve início do referido prazo (art. 198, I, CC). Alternativa e errada: mesmo decorrentes de fatos graves, a pretensão da parte está sujeita à prescrição. No caso, a imprescritibilidade decorreu da incapacidade absoluta do ofendido (art. 198, I, CC). Pág. 959. 84. (FCC TRT 14 Analista Judiciário/ 2011) A respeito dos defeitos dos negócios jurídicos, é correto afirmar: A) Se ambas as partes procederem com dolo, qualquer delas poderá alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. B) O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. C) Considera-se coação a ameaça do exercício normal de um direito, bem como o simples temor reverencial. D) Não se presumem fraudatórias dos direitos dos ou tros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. E) Se uma pessoa, por inexperiência, se obriga a pres tação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, o negócio será anulado inclusive se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.. Alternativa b correta: trata-se de uma hipótese em que o negócio jurídico é viciado em decorrência de erro. O motivo não precisa ser expresso na celebração do negócio jurídico. Porém, se as partes o expressam, ele passa a ser um dos elementos essenciais do negócio. Assim, se o motivo for falso, anula-se o ato. É o que ocorre, por exemplo, quando o autor da herança realiza um testamento, deixando a casa a uma pessoa que julga ser seu sobrinho e, depois, se descobre que essa pessoa não é sobrinha do de cujos. Alternativa a errada: o dolo é o vício do consentimento por meio do qual o uma pessoa induz a outra em erro. Se ambas estiverem agindo com dolo, o direito não tutela a torpeza recíproca, motivo pelo qual não podem exigir indenização.

Alternativa c errada: na coação, a vontade da pessoa é viciada porque ela age ameaçada a praticar o negócio jurídico. Há uma violência psíquica a macular a vontade da parte. Para que a coação seja caracterizada a ponto de anular o ato, é necessário que ela seja grave, sendo que o simples temor referencial (de filho para pai, por exemplo) não é considerado grave. Alternativa c errada: na coação, a vontade da pessoa é viciada porque ela age ameaçada a praticar o negócio jurídico. Há uma violência psíquica a macular a vontade da parte. Para que a coação seja caracterizada a ponto de anular o ato, é necessário que ela seja grave, sendo que o simples temor reverencial (de filho para pai, por exemplo) não é considerado grave. Alternativa d errada: na fraude contra credores, a pessoa visa diminuir o seu patrimônio e, assim, prejudicar os seus credores. Um dos elementos da fraude contra credores é que o devedor já seja insolvente ou se torne insolvente com o desfalque patrimonial. Alternativa e errada: as relações jurídicas devem guardar proporcionalidade entre os direitos e deveres das partes, desde o início das tratativas até a execução da avença. Se, por inexperiência, uma pessoa assume uma prestação desproporcional à contraprestação, o negócio jurídico é anulável, pelo instituto da lesão. Porém, o negócio jurídico não será anulado se as partes se compuserem de forma a eliminar essa desproporção. 89. (FCC Analista Judiciário Judiciária TRT 1/2013) Sobre os defeitos dos negócios jurídicos, de acordo com o Código Civil brasileiro, considere: I. A coação sempre vicia o ato, ainda que exercida por terceiro, e se a parte prejudicada com a anula ção do ato não soube da coação exercida por ter ceiro, só este responde por perdas e danos. II. Tratando-se de negócios gratuitos, a anulação por fraude contra credores dispensa que o estado de insolvência do devedor seja conhecido por qualquer uma das partes, mas no caso de contrato oneroso do devedor insolvente é necessário, para a anulação, que a insolvência seja notória ou houver motivo para que ela seja conhecida do outro contratante. III. O dolo do representante legal ou convencional de uma das partes só obriga o representado a res ponder civilmente até a importância do proveito que teve. Está correto o que se afirma APENAS em A) I e II. B) I e III. C) II. D) II e III E) III... Alternativa a correta: somente o item II está correto. Alternativa c correta: somente o item II está correto.

Item I errado: a coação exercida por terceiro só anula o ato se o beneficiado diretamente podia ter ou tinha ciência da conduta desse terceiro. Se o beneficiado não tinha ciência do ato do terceiro, somente este responderá por perdas e danos (art. 155 do CC). Item II correto: na fraude contra credores, é necessário que a pessoa seja insolvente ou que o negócio jurídico a reduza à insolvência e o consilium fraudis, que consiste na cumplicidade entre os fraudadores. No caso de negócios jurídicos gratuitos, como a doação, presume-se o consilium fraudis (art. 158, CC). Já nos negócios jurídicos onerosos, como a compra e venda, a pessoa que quer anular o negócio jurídico deve comprovar o consilium fraudis (art. 159, CC). Item III errado: no caso do representante convencional, o representado responde solidariamente pelo integral prejuízo causado a outrem (art. 149 do CC). Pág. 966. 101. (CESPE Analista Judiciário Judiciária TRT 10/2013) Julgue os itens que se seguem, a respeito da interpretação da legislação e dos atos e negócios jurídicos. 101.01. Atualmente o direito brasileiro é adepto à aplicação dos danos punitivos (punitive damages) a fim de evitar a causação de danos aos consumidores por falta de zelo do fornecedor. Item correto: a doutrina do punite damages tem origem nos EUA e significa que o valor da indenização deve ser fixado de acordo com o binômio: compensação da vítima e punição ao autor da lesão (art. 6º, VI e VII, CDC). 101.02. Considere que Cláudio tenha adquirido de Pedro um apartamento, cuja venda fora anunciada por este em jornal, e que, em razão dessa venda, Pedro tenha ficado sem patrimônio para garantir o pagamento de suas dívidas. Nessa situação, o negócio jurídico celebrado entre ambos é passível de anulação por fraude contra credores em face da presunção de má-fé de Pedro. Item correto: a má-fé de Pedro é presumida, porque sabia que a venda do apartamento o reduziria à insolvência. Mas, para a anulação do negócio, deve-se comprovar a má-fé de Cláudio, que, em regra, não se presume, salvo em casos (art.159, CC). Deve-se ler: Item errado: a má-fé de Pedro é presumida, porque sabia que a venda do apartamento o reduziria à insolvência. Mas, para a anulação do negócio, deve-se comprovar a má-fé de Cláudio, que, em regra, não se presume, salvo em certos casos (art.159, CC). Pág. 966. 102. (CESPE Analista Judiciário Exec. Mandados TRT 10/2013) Acerca de pessoa jurídica, prescrição e decadência, julgue os próximos itens. 102.01. O partido político é pessoa jurídica de direito público constituída sob a forma de associação. Item errada: os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. Embora tenha características semelhantes a de uma associação, o legislador os distinguiu dessa espécie de pessoas jurídicas.

Item errado: os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. Embora tenham características semelhantes a de uma associação, o legislador os distinguiu dessa espécie de pessoas jurídicas. A ação de reconhecimento de paternidade é imprescritível, porém, no caso de petição de herança, corre o prazo prescricional. Item correto: o direito ao reconhecimento da paternidade é um direito personalíssimo, não sujeito, portanto, ao prazo prescricional. No entanto, uma vez determinada a paternidade por meio de sentença transitada em julgado, o prazo para o requerimento de herança é dez anos. 102.02. As regras que regem a prescrição se aplicam à decadência, se as partes não pactuarem de forma diversa. Nota do autor: é interessante ao candidato memorizar as diferenças entre prescrição e decadência, sempre muito requisitadas em concursos públicos. Item errado: as normas que se aplicam à prescrição não se aplicam à decadência, salvo disposição legal em sentido contrário. Não podem as partes, por convenção, estipular quais regras de prescrição se aplicam ou não se aplicam à decadência, somente a lei (art. 207, CC).