FISIOPATOLOGIA DO DIABETES E SINDROME METABÓLICA. Prof. Dr. Emerson S. Lima Universidade Federal do Amazonas-UFAM Disciplina de Bioquímica Metabólica



Documentos relacionados
Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas

Hormonas e mensageiros secundários

27/08/2014. Carboidratos. Monossacarídeos. Introdução. Classificação (quanto ao número de monômeros) Carboidratos

PERFIL PANCREÁTICO. Prof. Dr. Fernando Ananias. MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses

11/05/2015 INTER-RELAÇÕES METABÓLICAS INTEGRAÇÃO DO METABOLISMO PRINCÍPIOS QUE GOVERNAM O METABOLISMO

METABOLISMO DE LIPÍDEOS

M E T B O L I S M O CATABOLISMO ANABOLISMO

23/03/2015. Moléculas orgânicas - Carboidratos

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo.

Capacidade de organizar os produtos da digestão usando a energia extraída dos mesmos produtos da digestão (REGULAÇÃO)

Bioenergética. Profa. Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti

COMPOSIÇÃO QUÍMICA CELULAR COMPOSTOS INORGÂNICOS: ÁGUA- SAIS MINERAIS COMPOSTOS ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635

METABOLISMO. - ATP é a moeda energética da célula

PÂNCREAS ENDÓCRINO E A REGULAÇÃO DA GLICEMIA. Prof. Hélder Mauad

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS II

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Fisiologia Endócrina. O Pâncreas. Prof. Wagner de Fátima Pereira

Hormônios do pâncreas. Insulina. Glucagon. Somatostatina. Peptídeos pancreáticos

Curso: Integração Metabólica

Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES

Cetoacidose Diabética. Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF

O QUE SÃO SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS? QUAL A FUNÇÃO BIOLÓGICA DE CADA UMA?

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS

VI - Diabetes hiperglicémia

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

Nutrição Normal: Carboidratos. Histórico. Monossacarídeos. Características químicas Estrutura química

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa

CAD. choque! CAD. Ricardo Duarte hiperglicemia - + H + glicose. glucagon. catecolaminas cortisol GH

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO I BIOENERGÉTICA: CICLO DE KREBS

Bioquímica Prof. Thiago

Glicogênese Via das Pentoses Fosfato. Via das Pentoses Fosfato. Via das Pentoses Fosfato. NAD + versus NADP + Etapas da Via das Pentoses Fosfatos

ENERGIA PARA ATIVIDADE CELULAR BIOENERGÉTICA

Regulação do metabolismo do glicogênio

TRABALHO DE FISIOLOGIA

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO

Sistema endócrino. Apostila 3 Página 22

Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese. Profa. Alessandra Barone

Diabetes INVESTIGAÇÕES BIOQUÍMICAS ESPECIALIZADAS

Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes Sistema Nervoso Autônomo Prof. Carlos Castilho de Barros

47 Por que preciso de insulina?

Hidratos de carbono. Funções: - ENERGÉTICA. Fonte de energia (Glucose) Armazenamento de energia. Amido ou Glicogénio

Glicídeos 6/1/2012. Transtornos do Metabolismo Energético. Classificação dos carboidratos. Classificação dos carboidratos CARBOIDRATOS

exercício físico na obesidade e síndrome metabólica

Aula 9 Sistema digestório

A base molecular da vida Constituintes da matéria-viva

CONTROLE E INTEGRAÇÂO

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino

Aula Neoglicogênese Gliconeogênese

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli

METABOLISMO. Nesta 3 a parte da disciplina nosso principal objetivo é compreender os mecanismos pelos quais as células regulam o seu metabolismo

Estratégias de regulação do metabolismo. Epinefrina, glucagon e insulina

Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

02/10/2014 BETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS. Fontes de carnitina

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo.

Butylene Glycol; Water (Aqua); Dihydromyricetin. Modelador do tecido adiposo: a solução cosmética para o tratamento da gordura localizada.

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Metabolismo integrado do corpo 17/11/17

Aula : Síntese e degradação do glicogênio

Monossacarídeos. açúcares simples. Monossacarídeos. Carboidratos formados por C, H, O

Faculdade de Tecnologia de Araçatuba. Curso Superior de Tecnologia em Bioenergia Sucroalcooleira

Deficiência de Vitaminas

Perfil Lipídico. Prof. Fernando Ananias FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS

Importante reserva energética; são as gorduras.

Doenças Metabólicas. Revisão Bioquímica. Bruna Mion

Profº André Montillo

CARBOIDRATOS 23/08/2016. Carboidratos. Monossacarídeos. Classificação (quanto ao número de monômeros)

Hidratos de Carbono. Monossacarídeo (Glicose) Polissacarídeo (Glicogénio) Dissacarídeo (Frutose + Glicose = Sacarose)

Carboidrato. Curso: Farmácia 3º período Prof. Helder Braz Maia

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

8.2 - Mecanismos envolvidos na alteração do metabolismo hepático entre os estado bem alimentado e o estado de jejum

Moléculas envolvidas no metabolismo. Carboidratos Lipídeos Proteínas Sais minerais Vitaminas Água

Professor Fernando Stuchi M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO

Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV

AGENTE DE FÉ E DO CORAÇÃO PASTORAL NACIONAL DA SAÚDE 04 de outubro de Dislipidemias

Constituintes químicos dos seres vivos

Metabolismo de Lipídeos. Profa. Alana Cecília

Diabetes Mellitus Tipo 1

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL

CARBOIDRATOS. INTRODUÇÃO -Biomoléculas mais abundantes -Base da nutrição animal

Sinalização celular: Como as células se comunicam. Profa. Dra. Livia M. A. Tenuta

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

Lipídios. Dra. Aline Marcellini

Slide 1. Slide 2. Slide 3 TERAPIA NUTRICIONAL ESTADO NUTRICIONAL

Biologia Molecular - I. Prof. Fernando Belan - Classe A

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL

Visão geral dos antidiabéticos orais tradicionais: secretagogos, inibidores da alfa-glicosidase e sensibilizadores de insulina

São catalisadores biológicos de alta especificidade. Catalisar uma reação química é alterar a sua


/belan.biologia. /fbelan. Carboidratos. Prof. Fernando Belan - CMCG

Transcrição:

FISIOPATOLOGIA DO DIABETES E SINDROME METABÓLICA Prof. Dr. Emerson S. Lima Universidade Federal do Amazonas-UFAM Disciplina de Bioquímica Metabólica 1

BREVE REVISAO SOBRE CARBOIDRATOS MONOSSACARÍDEOS FUNÇÃO RIBOSE (PENTOSE) DESOXIRRIBOSE (PENTOSE) GLICOSE (HEXOSE) FRUTOSE (HEXOSE) GALACTOSE (HEXOSE) ESTRUTURAL (RNA) ESTRUTURAL (DNA) ENERGIA ENERGIA ENERGIA

galactose

PRINCIPAIS DISSACARIDEOS DA ALIMENTAÇÃO HUMANA DISSACARÍDEO COMPOSIÇÃO FONTE Maltose Glicose + Glicose Cereais Sacarose Glicose + Frutose Leite Lactose Glicose + Galactose Cana-de-açucar

PRINCIPAIS DISSACARIDEOS DA ALIMENTAÇÃO HUMANA

POLISSACARÍDEO Glicogênio Amido Celulose Quitina Ácido hialurônico FUNÇÃO E FONTE Açúcar de reserva energética de animais e fungos Açúcar de reserva energética de vegetais e algas Função estrutural. Compõe a parede celular das células vegetais e algas Função estrutural. Compõe a parede celular de fungos e exoesqueleto de artrópodes Função estrutural. Cimento celular em células animais

alfa-amilase digestão de amido/glicogênio produtos da digestão pela α-amilase pancreática α-amilase pancreática Amilopectina (amido) da batata Produtos da hidrólise do AMIDO pela alfa-amilase glicose maltose dextrina -limite ligação 1:6 maltotriose ligação 1:4 alfa-amilase

Termos importantes Glicogênese: Conversão de glicose a glicogênio Glicogenólise: Degradação do glicogênio à glicose Gliconeogênese: Formação de glicose a partir de fontes nãoglicídicas. Glicólise: É a transformação de glicose em lactato ou piruvato. Ciclo de Krebes, Fosforilação oxidativa, e via das pentoses: Oxidação da glicose a CO 2 e água 9

Regulação da glicemia pela insulina Estímulo Inibição Somatostatina Ilhotas do pâncreas Cortisol,GH Glucagon Glicose Insulina Epinefrina Fígado Glicogenólise Gliconeogênese Lipídios Captação de glicose Lipogênese Músculo Captação de glicose Glicólise 10

11

12

Ações Fisiológicas da Insulina É sintetizada como pré-pro insulina que se converte a pro insulina. O peptídio Conectance (C) induz a formação de insulina que: Aumenta a entrada da glicose nas células, tornando os tecidos permeáveis a ela. (aumenta a expressão de transportadores de glicose) Aumenta a atividade da glicoquinase e, portanto, da fosfolilação da glicose em glicose -6-fosfato a qual entra na via glicolítica. Aumenta a atividade da glicogênio-sintase e, portanto, da glicogênese, no músculo e no fígado. Diminui a atividade da glicose 6- fosfatase, a qual acelera a velocidade de formação da glicose, associada com o decréscimo de formação de glicose - 6- fosfato. Inibe a catabolização dos lípides, acelerando sua formação. Origina assim, uma diminuição de ácidos graxos livres circulantes, sendo a insulina, desta forma, um composto anticetogênico. Possui ação anabólica sobre o metabolismo das proteínas, diminuindo a gliconeogênese. 13

Glucagon Possui atividade glicogenolítica, devido ao estímulo da adenilciclase no fígado, ocorrendo aumento do AMP cíclico. O AMPc, por sua vez, ativa a defosfofosforilase- quinase, a qual converte a fosforilase b (inativa) em fosforilase a (ativa). A ativação da fosforilase resulta em rápida glicogenólise e aumenta da liberação de glicose pelo fígado. Estimula a gliconeogênese por aumento da atividade da via metabólica por onde o piruvato é convertido em fosfoenolpiruvato, com formação de oxalacetato como intermediário. O glucagon estimula a conversão de ácido láctico e aminoácidos em glicose. O estímulo da gliconeogênese é mediado por uma ativação da lipase hepática pelo AMP cíclico, que produz uma ativação da gliconeogênese pelos ácidos graxos resultantes 14

Catecolaminas Agem na rápida transformação do glicogênio hepático em glicose, por aumento da glicogenólise. A ação da adrenalina é medida pelo estímulo da formação de 3 5 AMP cíclico a partir de ATP, por ativação da adenilciclase. A ação da noradrenalina, nesse caso é bem menor que a adrenalina (1/20) Transformam o glicogênio muscular em ácido láctico, aumentando o lactato sangüíneo, associado ao estímulo da atividade da fosforilase, acelerando a formação do 3 5 AMP ciclíco. No tecido adiposo, a adrenalina tem um efeito acentuado sobre a lipólise, resultando em rápida liberação de ácidos graxos e glicerol. Estes ácidos graxos servem de combustível nos músculos e podem ativar a gliconeogênese no fígado. A adrenalina tem uma ação inibidora direta sobre a liberação de insulina pelo pâncreas. 15

Glicocorticóides Os glicocorticóides, no músculo e tecido adiposo são de ação catabólica e tendem a poupar glicose. A captação da glicose e a glicólise são reduzidas. A síntese de proteínas sofre redução, enquanto a sua degradação aumenta. No tecido adiposo, glicocorticóides aumentam a lipólise. No fígado, os glicocorticóides acentuam a remoção de aminoácidos e a gliconeogênese, aumentando a atividade das enzimas-chave de sua regulaçào (piruvato carboxilase, fosfoenolpiruvato carboxilase, frutose 1, 6 difosfatase e glicose 6 fosfatase). Desta forma, os glicocorticoides aumentam a taxa de glicose, ácidos graxos e aminoácidos circulantes. 16

Diabetes Mellitus Definição: A Diabetes Mellitus é considerada atualmente como um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por estados hiperglicêmicos oriundos de defeitos na secreção ou ação da insulina, receptores defeituosos ou ambos. 17

18

Classificação segundo a OMS -Diabetes tipo I ( antes chamada dependente de insulina) -Diabetes tipo 2 (antes chamada NÃO dependente de insulina) -Diabetes Mellitus Gestacional -Outros tipos específicos de Diabetes 19

Diabetes Care 25: 5S-20S 2002 Mariangela Sampaio

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

PROBLEMA NO DM TIPO II : CONTROLE DA GLICEMIA PÓS PRANDIAL

Fisiopatologia do Diabetes Causas Alterações bioquímicas manifestações Falta de insulina Aumento da lipólise cetonemia cetonúria Nauseas Vômitos Incapacidade na utilização periférica da glicose Perda renal de Na e K Diurese osmótica Desidratação poliúria polidipsia coma aumento da gliconeogênese Hiperglicemia glicosúria 41

42

Hiperglicemia, acidose, cetonúria * * Distúrbio neurológico, hiperglicemia, hiperosmolaridade, desidratação profunda. Defeito na secreção de insulina Doença renal (proteínúria (microalbuminúria), síndrome nefrótica. 43

CONSEQUÊNCIAS METABÓLICAS DO DIABETES HIPERGLICEMIA DISTÚRBIOS NO METABOLISMO PROTÉICO (perda protéica - gliconeogênese) DISTÚRBIOS NO METABOLISMO LIPÍDICO ( estimula a lipólise e liberação de ácidos graxos livres) HIPERPOTASSEMIA (perda de potassio para o E. extracelular) HIPERFOSFATEMIA ( na ausência de insulina o fostato é liberado pela célula). DISTÚRBIO NO METABOLISMO ÁCIDO-BASICO (acidose metabólica, cetoacidose diabética) DISTÚRBIOS DO SÓDIO E ÁGUA (Hiponatremia, diurese 44 osmótica)

CORPOS CETÔNICOS São formados na circulação a partir da utilização dos ácidos graxos como fonte de energia. Podem consumir os tampões sangüíneos e Induzir a uma acidose metabólica. (importantes no diabetes e alcoolismo) O O Fígado (enzima) O O O CH 3 NADH + H + NAD HO CH 3 ACETOACETATO 20% Cetonemia Cetonúria B-HIDROXIBUTIRATO O 78% H 3 C CH 3 ACETONA 2% 45

MARCADOR TARDIO DA GLICEMIA Métodos: Cromatografia de afinidade, Eletroforese, HPLC, turbidimetria 46

FRUTOSAMINA Nome genéricos das proteínas cetoaminas ( glicose+ grupamento amina das proteínas) Meia-vida de 2 a 3 semanas Monitoramento glicêmico de curto prazo, principalmente em pacientes com hemoglobinopatias. Sensível ao ácido ascórbico e proteinemia. Valores de referência: 1,8 a 2,8 mmol/l Metodo: Espectrofotométrico ( Azul de nitrotetrazólio) 47

48

Peptídeo C Quando se fizer necessário, a distinção laboratorial entre o diabetes tipo 1 e tipo 2 pode ser conseguida pela determinação dos níveis séricos do peptídeo C (composto biologicamente inativo, formado durante a clivagem da proinsulina em insulina, ou seja, proinsulina --> peptídeo C + insulina) ou, menos comumente, por meio da dosagem dos anticorpos contra as células beta (somente observados no diabetes tipo 1). O peptídeo C também serve para avaliar a função da célula pancreática na secreção de insulina na evolução do diabetes tipo 2. Quando ocorre falência pancreática, os níveis caem progressivamente. Níveis normais variam de 1,2 a 4,5 ng/ml). Níveis menores do que 1 ng/ml sugerem falência do pâncreas e necessidade de tratamento com insulina. AUMENTO: Insulinoma, diabetes tipo 2. DIMINUIÇÃO: Diabetes tipo 1, insulinoterapia exógena. 49

50

51

52

Hyperglycemia Hypertension Impaired fibrinolysis Atherogenic dyslipidemia Insulin resistance ---------------------- Hyperinsulinemia Inflammatory profile Abdominal obesity Hyperglycemia: the tip of the metabolic syndrome iceberg 53

54

55

DISLIPIDEMIA LIGADA A RESISTENCIA A INSULINA Adipocitos Fígado AGL X (RI) Insulina

DISLIPIDEMIA LIGADA A RESISTENCIA A INSULINA Adipocitos Fígado AGL X (RI) TG Apo B VLDL VLDL Insulina

DISLIPIDEMIA LIGADA A RESISTENCIA A INSULINA Adipocitos Fígado AGL Ester colesterol (lipase hepatica) X (RI) TG Apo B VLDL (reduz LPL) VLD VLDL L (CETP) TG HDL catabolismo TG em HDL Insulina Apo A-1 (Solúvel) Clearance renal Rim

DISLIPIDEMIA LIGADA A RESISTENCIA A INSULINA Adipocitos Fígado AGL Ester colesterol (lipase hepatica) X (RI) TG Apo B VLDL VLD VLDL L (CETP) TG HDL catabolismo TG em HDL Insulina LDL Peq Densa LDL Apo A-1 (Solúvel) Clearance renal Rim + ATEROGENICA

60

PATOGENIA DA SM Influências genéticas Influências ambientais ALTERAÇÕES RECEPTORES SINALIZAÇÃO (C-JUN) ENZIMAS METAB, CH Resistência à insulina Hiperinsulinemia OBESIDADE TABAGISMO GORDURAS SATURADAS SEDENTARISMO Metabolismo de glicose Metabolismo de Ác.úrico Dislipidemia Hemodinâmica Hemostática Intolerancia à glicose Hiperuricemia Gota Urolitiase Hipertrigliceridemia Hipercolesterolemia HDL-c LDL densas Hiperatividade simpática Retenção de Na Hipertensão PAI-1 Fibrinogênio Doença coronariana REAVEN, 1999; ECKEL et al., 2005

Bibliografia Consultada Motta, VT. Bioquímica Clínica para o laboratório- Princípios e aplicações. 4.ed.,Edusc, Caxias do Sul, 2003. Burtis, C.A.; Ashwood, E.R. TIETZ - Fundamentos de química clínica. 5.ed.Guanabara Koogan, São Paulo, 2005. Kaplan-Pesce. Química-Clínica. Técnicas de laboratório. Fisiopatologia, métodos e análises. Ed. Panamericana.1996. Na internet : www.laboratorioautolab.com www.diabetes.org.br www.diabetesnoscuidamos.com.br www.diabetes.org 62