Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas



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Transcrição:

Centro Universitário Fundação Santo André MBA Gestão de Energia Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas Prof. Eduardo Matsudo REGULAÇÃO Santo André, 20 de abril de 2011

Conceitos Básicos: microeconomia/economia industrial Teoria da Firma: comportamento maximizador nas transações econômicas Concorrência perfeita = informação perfeita Os agentes econômicos agem por incentivos Bens substituíveis x insubstituíveis Número de produtores Produto homogêneo: total substituibilidade entre os produtos dos diversos fabricantes Produto diferenciado: substituibilidade parcial ou imperfeita Muitos Concorrência perfeita Concorrência imperfeita Poucos Oligopólio homogêneo Oligopólio diferenciado Um Monopólio - Fonte: Kupfer e Ferraz. Economia Industrial. IEI/UFRJ. Modelo Estrutura-Conduta-Desempenho (Mason, 1939) = competitividade FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 2

Elementos Centrais da Organização Industrial Modelo ECD CONDIÇÕES DE BASE OFERTA DEMANDA Matérias primas Elasticidade Tecnologia Tecnologia Ciclo de vida Substituibilidade Valor agregado Diferenciabilidade Condições sindicais Condições de compra Sistema financeiro Sistemas de comercialização Outros Outros ESTRUTURA DOS MERCADOS Número de vendedores e compradores Diferenciação dos produtos Estrutura de custos Barreiras à entrada Integração vertical Diversificação MACRO MICRO DESEMPENHO Welfare (eficiência alocativa) Emprego Progresso técnico Lucratividade Crescimento Eficiência produtiva CONDUTAS EMPRESARIAIS Estratégias de preços Estratégias de P&D Estratégias de produção Estratégias de esforço de vendas Estratégias de financiamento Fonte: Kupfer e Ferraz. Economia Industrial. IEI/UFRJ. Adaptado de Scherer (1970) FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 3

Regulação Por que regular? Controle dos interesses: governo x empresas x usuários; Interesse público falhas do mercado: Externalidades Bens públicos Informação assimétrica o termo regulação deve ser entendido como um conjunto de regras e mecanismos estabelecidos por uma agência reguladora independente para limitar o poder de monopólio em concessionárias do setor de infra-estrutura (Pinto Jr., 2001, citado em Azevedo e Souza, 2005). Preço do monopólio > Custo de regulação FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 4

Regulação O setor elétrico tem características industriais específicas: Monopólio natural Economias de escala e escopo Custos afundados (irreversíveis) Acrescente-se, no caso brasileiro, fatores que ampliam a responsabilidade e desafios da regulação: Re-verticalização Fusões e aquisições Diversidade de agentes Complexidade setorial Dimensão continental Experiência recente FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 5

Regulação Regulação e a defesa da concorrência Fonte: Pinto Jr. e Silveira (2000), citado em Azevedo e Souza, Débora de, 2005 FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 6

Regulação Falhas dos tipos de regulação pública (Majone (1996) apud Melo (2001), citado em Azevedo e Souza, Débora de, 2005). Regulação por Agência Regulatória Insuficiente responsabilização política das agências regulatórias independentes Captura dos reguladores pelas empresas reguladas Supercapitalização Regulação não-competitiva Objetivos difusos referidos ao interesse público Coordenação débil entre diferentes reguladores Regulação pela Estatização Nenhum controle efetivo das empresas públicas pelo Congresso, tribunais ou ministério gestor Captura das empresas públicas por políticos e sindicatos Excesso de pessoal Monopólio público Orientação dos gestores públicos por metas ambíguas e inconsistentes Coordenação débil entre diferentes empresas públicas FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 7

Regulação Não existe modelo de regulação perfeito; Porém, o modelo deve estar consistente à estrutura organizacional, regulamentar, jurídica e setorial do País a regulação não soluciona todos os problemas; Aperfeiçoamentos devem ocorrer periodicamente evitar o risco tendencial de falhas. FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 8

Regulação Tarifação: Concorrência, qualidade e preço (tarifa) Questão tarifária: custo do serviço pode levar ao sobreinvestimento (efeito Averch-Johnson) e/ou sobreemprego Alternativas: preço máximo (tetos) x competição Brasil: preço-teto com incentivo (IGPM-X) FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 9

Regulação do Setor Elétrico Brasileiro Objetivos gerais: Regular e fiscalizar os agentes do Setor Elétrico Brasileiro; Mediar os conflitos de interesses entre os agentes setoriais; Autorizar instalações e serviços de energia; Promover a modicidade tarifária; Respeito aos contratos; Promover a qualidade e a universalidade do serviço; Transparência e equidade nas ações; Equilíbrio competitivo dos agentes setoriais; Consolidar um marco regulatório estável; Regulação técnica e comercial; Regulação econômica e financeira; Autoridade e recursos. O órgão regulador não formula política energética e nem garante os investimentos na expansão do oferta. FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 10

Regulação do Setor Elétrico Brasileiro Publicações Legais: Leis Decretos Resoluções Despachos Portarias FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 11

Regulação do Setor Elétrico Brasileiro Participação da sociedade: Audiências públicas Consultas públicas Conselhos de consumidores IASC Índice Aneel de Satisfação do Consumidor Reuniões públicas da diretoria Ouvidoria FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 12

Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL A ANEEL é uma autarquia sob regime especial, de direito público e autonomia patrimonial, administrativa e financeira, vinculada ao MME. Foi instituída em 1996, sucedendo ao Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica DNAEE, com as seguintes atribuições: regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica, atendendo reclamações de agentes e consumidores com equilibrio entre as partes e em beneficio da sociedade; mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço; exigir investimentos; estimular a competição entre os operadores e assegurar a universalização dos serviços. Fonte: ANEEL, 2009 FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 13

Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL A diretoria da ANEEL é constituída por 1 Diretor-geral e mais 4 Diretores, que operam em regime de colegiado, com mandato de 4 anos não coincidentes. A receita financeira da Agência provém de: - recursos da cobrança da taxa de fiscalização de serviços de energia elétrica; - produto da venda de publicações, material técnico, dados e informações, emolumentos administrativos e taxa de inscrição de concurso público; - rendimentos de operações financeiras que a ANEEL realizar; - recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos celebrados com entidades, organismos ou empresas; - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe foram destinados; - valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis ou imóveis; - valores de multas aplicadas nos termos contratuais e do serviço de energia elétrica. Visando descentralizar algumas atividades, a ANEEL realiza convênios com algumas autarquias reguladoras estaduais, tais como a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo ARSESP. Fonte: ANEEL, 2009. FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 14

Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Secretaria-Geral Assessorias Auditoria Interna Diretoria Colegiada Chefia de Gabinete Procuradoria-geral Regulação Técnica e Econômica Fiscalização Mediação Autorizações Gestão de Estudos e Administrativa Superintendências de processos organizacionais Dois níveis hierárquicos Estrutura horizontalizada FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas Fonte: MME, 2008 15

Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL A missão da ANEEL é proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade. Publica resoluções Delega responsabilidades aos agentes estaduais Concede autorizações Registros, cadastros e banco de dados Estabelece a Tarifa Atualizada de Referência TAR para o cálculo da CFURH Fiscalização dos agentes e multas Gestão e estudos hidroenergéticos Homologa tarifas de uso das redes e de fornecimento de energia Metas de universalização dos agentes de distribuição Defesa da concorrência Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor Realiza licitações para outorga de concessões Promover e avaliar os projetos, bem como os recursos destinados a P&D e EE Fonte: ANEEL, 2009 FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 16

Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Fonte: ANEEL 10 Anos 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Capacidade de geração (em GW) 65 68 72 75 80 84 91 93 96 100 Rede de transmissão (mil km) 64 67 69 70 73 78 80 83 86 87 Unidades consumidoras (milhões) 43 45 47 49 51 53 55 57 58 61 Consumo de energia elétrica (TWh) 287 292 306 282 288 290 283 265 262 273 Encargos setoriais (CCC milhões R$) 675 939 1.996 2.616 2.054 2.043 3.323 3.419 4.526 2.871 Encargos setoriais (RGR milhões R$) 600 715 1.098 984 1.131 1.134 1.293 1.306 1.261 1.317 Tarifa média Brasil - geral (sem tributos) (R$/MWh) 86,57 95,86 108,50 122,88 143,05 167,15 197,35 236,68 250,83 252,91 Resoluções emitidas 454 373 583 721 803 739 766 740 569 628 Ouvidoria (mil reclamações) 80 1.226 1.079 788 644 626 640 765 Audiências e consultas públicas 18 13 12 13 36 53 52 51 41 45 Multas aplicadas 4 94 48 55 172 89 65 81 72 127 Multas aplicadas (milhões R$) 1 32 26 27 54 89 43 46 55 56 Investimentos Eficiência Energética e P&D (milhões R$) 209 260 265 298 353 500 367 657 328 672 Número de servidores 214 236 249 285 389 374 380 494 567 612 IASC 62,81 63,23 64,51 63,63 58,88 61,38 60,49 65,39 Índices de qualidade Brasil DEC 24,05 19,85 17,44 16,57 18,07 16,66 15,81 16,83 16,33 16,08 Índices de qualidade Brasil FEC 19,88 17,59 15,29 14,56 14,84 13,12 12,12 12,62 11,71 11,72 Fonte: ANEEL, 2008. FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 17

ARSESP Estado de São Paulo A ARSESP, Agência Reguladora de Saneamento e Energia, é uma entidade autárquica, vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, criada pela Lei Complementar 1.025/2007 e regulamentada pelo Decreto 52.455/2007. A ARSESP foi criada a partir da CSPE, Comissão de Serviços Públicos de Energia; autarquia que atuou na regulação e fiscalização dos serviços de energia elétrica e gás canalizado desde 1998. As principais atribuições da ARSESP nas suas áreas de atividades são: Gás canalizado: regular e fiscalizar os serviços de distribuição de gás canalizado das 3 concessionárias paulistas. Saneamento: regular e fiscalizar os serviços de saneamento de titularidade estadual, assim como aqueles, de titularidade municipal, que venham a ser delegados à ARSESP pelos municípios paulistas que manifestarem tal interesse. Energia elétrica: por meio de convênio de delegação e descentralização, firmado com a Agência Nacional de Energia Elétrica-Aneel, fiscalizar as 14 concessionárias de distribuição que atuam no Estado de São Paulo. Fonte: ARSESP, 2009 FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 18

Regulação do Setor Elétrico Brasileiro Questões Autonomia e fiscalização do órgão regulador; Participação democrática e equilibrada de todos os agentes; Aumento da eficiência regulatória (assimetria de informações); Manutenção da qualidade do corpo técnico; Risco de captura; Tarifação (mínimo custo social?) FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 19

Referências Bibliográficas ANEEL site. ARSESP - site. Araújo, João Lizardo R. H. Regulação de monopólios e mercados: questões básicas. In: Seminário Nacional do Núcleo de Economia da Infraestrutura. Rio de Janeiro: IE/UFRJ, julho 1997. Azevedo e Souza, Débora de. Regulação e defesa dos consumidores: o caso da ANP. Salvador: Unifacs, 2005. Dissertação de mestrado do curso de regulação das indústrias de energia. Kupfer, David. Ferraz, João Carlos. Material da disciplina de Economia Industrial. Rio de Janeiro: IEI/UFRJ, 1995. MME. Slides institucionais. 2008. Relatório ANEEL 10 Anos. Brasília: ANEEL, 2008. FSA MBA Gestão de Energia / Estrutura da Energia no Brasil: Órgãos e Sistemas 20