Agressão: Comportamento intencional com o objetivo de fazer mal, provocar dano e sofrimento

Documentos relacionados
Bullying. Psiquilíbrios

Rui Abrunhosa Gonçalves

Violência Moral e Psicológica no Trabalho: uma violência organizacional

Grupo de Trabalho da Violência ao Longo do Ciclo de Vida da ARS Algarve, IP

O "BULLYING" Sandra Diogo, Carlos Vila Estudantes do curso de Psicologia do Instituto Superior Miguel Torga (Portugal)

CONTRIBUIÇÃO DAS DIFERENTES TEORIAS

Teorias Motivacionais

Conceito e definição

Da avaliação à prevenção da reincidência em comportamentos criminais e violentos: o contributo da Psicologia Forense

BULLYING NA ESCOLA: UM OLHAR DA PSICOLOGIA 1. Jaqueline Tatiane Welke Hasper 2.

Riscos Psicossociais no Trabalho

FICHA DE UNIDADE CURRICULAR 2019/2020

GÊNERO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA AS MULHERES

CONFLITO. Processo onde as partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses.

INSTITUTO SUPERIOR CIÊNCIAS SAÚDE DO NORTE CESPU

Ano letivo 2018/2019

Cyberbullying na adolescência: quais as consequências e como prevenir?

Agressores Sexuais. Violência Sexual. Parafilia 26/09/2015. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Prof.ª Ms. Otília Loth

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana

Nos dias atuais questões referentes à violência escolar, comportamento

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular Psicologia Social e das Organizações Ano Lectivo 2013/2014

PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Programa da Disciplina

Será Culpa ou Vergonha?

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular Psicologia Social e das Organizações Ano Lectivo 2010/2011

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Violência Moral e Psicológica

Abordagem Humanística

Um Breve Estudo Do Perfil Psicanalítico Do Bully Ou Agressor

Diretrizes da Política Escolar para os pais de novos alunos

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE E DA MOTIVAÇÃO Ano Lectivo 2010/2011

CYBERBULLYING. 12 de Janeiro de 2016

Doméstica Sexual Outra (especifique) Sim Não Não Sabe. Violência Sexual Outra (especifique) Sim Não Não Sabe. Sim Não Não Sabe

Embora não seja possível traçar um perfil dos autores dos massacres em escolas e Universidades, há um traço comum: o bullying.

FEDERATION INTERNATIONALE DES FEMMES DES CARRIERES JURIDIQUES

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 4ª ª-

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

ASSERTIVIDADE E COMPORTAMENTO ASSERTIVO

Seminário Internacional Saúde, Trabalho e Ação Sindical DIEESE

2.2 APLICAÇÕES DA PSICOLOGIA NA ADMINISTRAÇÃO, Objetivos da Psicologia como ciência, Uso da Psicologia na Administração, 11

Programa Ambulatorial Integrado dos Transtornos do Impulso Pro-AMITI. Ciúme. Andrea Lorena Stravogiannis Doutoranda da FMUSP.

PSICOLOGIA APLICADA AO FUTEBOL. A Preparação. Qual a Perspectiva? 3/27/2017

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL. Profa. Fátima Soares

OS COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS E AS REAÇÕES FRENTE À AGRESSÃO EM CRIANÇAS ESCOLARES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO¹

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL. Prof. João Gregório Neto

Problema para a saúde do homem O Livro dos Acidentes de Cone Jr destinado principalmente às crianças.

3. Roteiro de perguntas para serem aplicadas na tomada de declarações ou oitivas dasvítimas indiretas e testemunhas

BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA REVISÃO LITERÁRIA ACERCA DESSE FENÔMENO. Nysherdson Fernandes de Barros; Michelle Salles Barros de Aguiar

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Dra. EVELYN EISENSTEIN BRASÍLIA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Comportamental Teoria Comportamental / Teoria do Desenvolvimento Organizacional DO Parte 2. Prof.

OS CONCEITOS E A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DE GÉNERO. Maria José Magalhães CIIE FPCEUP

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes. Elaborado por Viviane Vaz

Psicanálise: as emoções nas organizações

SUICÍDIO NO TRABALHO. Rosylane N. das Mercês Rocha

ENTREVISTA Violência, Sociedade e Escola

Cyberbullying: a tomada de decisão como um processo educativo na regulação do comportamento.

Programa de combate ao Bullying

Indisciplina e Estratégias de Gestão de Conflitos. 4ª Sessão Isabel Castro Lopes

A construção da rede de atendimento às pessoas em situação de violência

Eva Maria Migliavacca

(Lopes Neto, 2005) Manual adaptado por Prof. Ms. Maria Lucia Dondon

Psicologia da Educação

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL. Documento(s) Orientador(es): Programa da Disciplina

O Bullyingno contexto das escolas brasileiras. Professora Cíntia

Diário da República, 2.ª série N.º 26 6 de fevereiro de

Transtorno de Personalidade, Terapia do Esquema e Reparentalização Limitada

VIOLÊNCIA CONTRA PROFISSIONAIS DE SAÚDE NOTIFICAÇÃO ON-LINE Departamento da Qualidade na Saúde

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA SOCIAL Ano Lectivo 2012/2013

STJ Marcelo Rodrigues Prata ASSEDIO MORAL. SOB NOVO ENFOnUE. Cyberbullying, "Indústria do Dano Moral", Carga Dinâmica da Prova e o Futuro CPC

BULLYING VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Informações de Impressão

Gestão de Riscos Psicossociais

PSICOLOGIA DO DESPORTO. Subunidade 3. Emoções no Futebol 11/25/2016 AS EMOÇÕES E A PRÁTICA DESPORTIVA CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL GRAU II UEFA B

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO HISTÓRICA À PSICOLOGIA Ano Lectivo 2013/2014

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA COGNITIVA Ano Lectivo 2018/2019

Prática Escolar: Do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de virtude

LEI Nº 2.619, DE 19 DE MARÇO DE 2010.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Violência de Género: Violência sobre os idosos e as idosas

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social VIOLÊNCIA NA ESCOLA E A RELAÇÃO AFETIVA ENTRE PROFESSOR E ALUNO

Personalidades difíceis Como lidar?

Trabalhando a ansiedade do paciente

SMAB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CRIME

AUTOR(ES): REGIANE DE MORAIS SANTOS DE ASSIS, EDNADJA CARVALHO DO NASCIMENTO GALDINO

Escola de Relações Humanas e o Comportamento nas Organizações

"A comunidade política Internacional: caminho para a Paz"

Teorias Motivacionais: Motivação. Teoria das Necessidades. Hierarquia de Necessidades

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA COGNITIVA Ano Lectivo 2013/2014

Fórum de Avaliação da Violência no Trabalho Em Saúde. Salvador, 15 de dezembro de 2017 Elias Abdalla-Filho

Stella Bettencourt da Câmara 21, novembro,2018

Apoio à correção de fichas de avaliação

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GAVIÃO. Ano letivo Turma: Docente Responsável pelo projeto:

BULLYING NO ENSINO SUPERIOR

Curso: Pedagogia Componente Curricular: Psicologia da Educação Carga Horária: 50 horas. Semestre letivo/ Módulo. Professor(es):

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO DISTRITO FEDERAL CÓDIGO DE ÉTICA

Patricia Barros Mestre e Doutora em Psicologia Social UERJ Coordenadora Acadêmica Curso Extensão em TCC Infantil Santa Casa Misericórdia RJ

Questionando o sentido de algumas ações: bullying, vício em tecnologias e outras questões

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA COGNITIVA Ano Lectivo 2010/2011

Transcrição:

AGRESSÃO E CONFLITO

AGRESSÃO E CONFLITO ORIGEM DA AGRESSÃO Agressão: Comportamento intencional com o objetivo de fazer mal, provocar dano e sofrimento

ORIGEM DA AGRESSÃO PERSPETIVA BIOLÓGICA Instintos: Teoria psicanalítica, Sigmund Freud: Os impulsos agressivos (thanatos) são inatos, e por isso, instintivos. Etologia, Konrad Lorenz: a agressão resulta do instinto da luta que assegura a sobrevivência dos machos mais fortes, que assim podem obter parceira para passarem os seus genes para a geração seguinte

ORIGEM DA AGRESSÃO TEORIAS DOS IMPULSOS: MOTIVOS PARA FAZER MAL AOS OUTROS Teorias dos impulsos (Berkowitz, 1989; Feshbach, 1984) Hipótese frustração-agressão (Dollard et al., 1939) Hipótese que a frustração é a mais importante determinante na agressão

ORIGEM DA AGRESSÃO TEORIAS DOS IMPULSOS: MOTIVOS PARA FAZER MAL AOS OUTROS Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 206.

ORIGEM DA AGRESSÃO TEORIAS MODERNAS DA AGRESSÃO APRENDIZAGEM SOCIAL Aprendizagem social, Bandura, 1963 Aprendizagem de várias formas de agressão; Aprendizagem dos grupos alvos de agressão; Que ações justificam ação de retaliação ou vingança; Em que situações e contextos a agressão é permitida ou aprovada. A agressão depende da experiência passada do agressor, do reforço das condutas agressivas passadas e atuais e das atitudes e valores que modelam a sua disposição relativa à adequação e efeitos potenciais de tal comportamento.

MODELO GERAL DA AGRESSÃO Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 342.

COMPORTAMENTO AGRESSIVO CAUSAS DA AGRESSÃO Determinantes sociais da agressão: frustração, provocação e aumento da excitação Exposição à violência dos media Fatores culturais na agressão: cultura de honra e inveja sexual Personalidade e agressão: porque são algumas pessoas mais violentas do que outras Determinantes situacionais da agressão: excitação e álcool

DETERMINANTES SOCIAIS DA AGRESSÃO Frustração : Privação do que se espera com fundamento; Estado de sentimento em que alguma coisa ou alguém priva o indivíduo de obter o que quer ou espera numa determinada situação A teoria da frustração- agressão de Dollard, 1939 Crítica: a frustração não conduz necessariamente à agressão Crítica: a agressão não deriva necessariamente da frustração, mas de diferentes razões e em resposta a diferentes fatores

Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 344.

DETERMINANTES SOCIAIS DA AGRESSÃO Provocação direta: Condescendência: arrogância e desdém Insulto Comportamento trocista sobre características e imperfeições pessoais

PROVOCAÇÃO / COMPORTAMENTO TROCISTA Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 345.

DETERMINANTES SOCIAIS DA AGRESSÃO Ativação fisiológica: Emoção Cognição Agressão

TEORIA DA TRANSFERÊNCIA DA EXCITAÇÃO, ZILLMANN, 1994 Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 346.

EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA NOS MEDIA: EFEITOS DA VIOLÊNCIA EM FILMES, TELEVISÃO E JOGOS DE VÍDEO O debate em torno da violência nos media A exposição à violência nos media pode provocar um aumento dos níveis de violência As conclusões dos estudos nos EUA (Anderson, et al., 1994): A exposição à violência dos media pode fazer aumentar a disposição para o comportamento violento; Os efeitos verificam-se quer no curto, quer no medio-prazo;

EFEITOS DA VIOLÊNCIA TELEVISIVA ALBERT BANDURA Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 348.

EXPOSIÇÃO A JOGOS DE VÍDEO VIOLENTOS: AUMENTO DA AGRESSIVIDADE Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 349.

EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA NOS MEDIA: EFEITOS DA VIOLÊNCIA EM FILMES, TELEVISÃO E JOGOS DE VÍDEO O debate em torno da dessensibilização da violência: http://www.mediaawareness.ca/english/issues/violence/effects_media_violen ce.cfm http://www.kff.org/entmedia/loader.cfm?url=/commonspot/s ecurity/getfile.cfm&pageid=22754

FATORES CULTURAIS NA AGRESSÃO: CULTURA DE HONRA E CIÚME Culturas de honra : Culturas nas quais existem normas consolidadas sobre a agressão como respostas adequadas a insultas à honorabilidade Ciúme: Infidelidade real ou imaginada e contexto cultural

CIÚME EM CULTURAS DE HONRA Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 355.

PERSONALIDADE E AGRESSÃO: PORQUE SÃO UMAS PESSOAS MAIS VIOLENTAS DO QUE OUTRAS O modelo de traços como sensitividades situacionais Crítica às características da personalidade A tendência para a agressividade só se coloca quando os fatores situacionais são suficientemente fortes a ativarem (Marshall & Brown, 2006)

AGRESSÃO: INTERAÇÃO ENTRE FATORES SITUACIONAIS E PESSOAIS Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 357.

PERSONALIDADE E AGRESSÃO: PORQUE SÃO UMAS PESSOAS MAIS VIOLENTAS DO QUE OUTRAS Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 355.

PERSONALIDADE E AGRESSÃO: PORQUE SÃO UMAS PESSOAS MAIS VIOLENTAS DO QUE OUTRAS O modelo tipo A e B Caracterizado por elevados padrões de competitividade, urgência de tempo e hostilidade (Glass, 1977; Strube, 1989) A maior hostilidade do tipo A Agressão hostil Agressividade instrumental

PERSONALIDADE E AGRESSÃO: PORQUE SÃO UMAS PESSOAS MAIS VIOLENTAS DO QUE OUTRAS Narcisismo, ameaças ao ego e agressão: os perigos de querer ser superior Procura de sensações e agressão Diferenças de género na agressão Homens mais agressivos do que mulheres na ausência de provocação As mulheres mais agressivas nas formas de agressão indiretas Bistrategic controllers (Hawley, Little & Rodin, 2007)

DETERMINANTES SITUACIONAIS DA AGRESSÃO: EXCITAÇÃO E ÁLCOOL Excitação e fúria: temperatura e agressão O aquecimento aumenta a disposição para a agressão, mas só até certo ponto Álcool e agressão: Consumo excessivo aumenta a disposição para responder a provocações (Bushman & Cooper, 1990)

ÁLCOOL: PODE INFLUENCIAR A AGRESSIVIDADE, MESMO SE NÃO CONSUMIDO Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 362.

CONFLITOS INTER-GRUPOS BULLYING E AGRESSÃO NO TRABALHO Bullying Comportamento no qual a agressão é exercida apenas por um indivíduo ou grupos sem que o agredido tenha capacidade de retaliação Estudado inicialmente entre crianças e teenagers, mas recentemente entre presidiários e nos locais de trabalho (~assédio) Depressão dos bullies Motivos para o comportamento de bullying (Olweus, 1999; Rowland, 2002): Poder sobre os outros Pertencer a um grupo difícil e de estatuto elevado

CONFLITOS INTER-GRUPOS BULLYING Características dos bullies e vítimas: Depende do contexto (Ireland & Archer, 2002) Bullies puros Vítimas puras Bully-vítimas Diminuição do bullying: Grave problema que envolve todos os atores; Os atores com autoridade devem combater inequivocamento as ações de bullying As vítimas potenciais devem ser protegidas com meios diretos; o que fazer e a quem denunciar Necessidade de ajuda externa na identificação da causa de bullying e de programas para o eliminar

A LARGA MAIORIA DOS ATOS VIOLENTOS SÃO EXERCIDOS POR ESTRANHOS, EUA Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 366.

CONFLITOS INTER-GRUPOS AGRESSÃO NO LOCAL DE TRABALHO Ratio efeito/perigo: Agressão de colegas de trabalho que vêm diariamente procurando produzir o maior dano possível e minimizando as probabilidades de serem objeto de retaliação Formas de agressão: Obstrucionismo Incivilidade Agressão aberta

CONFLITOS INTER-GRUPOS AGRESSÃO NO LOCAL DE TRABALHO Causas das agressões: Injustiças organizacionais Supervisão e controlo Mudanças no ambiente de trabalho Mudanças no posto de trabalho Género Idade Consumo de álcool

ABUSO DE SUPERVISÃO Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 367.

PREVENÇÃO DAS AGRESSÕES A agressão de corre de uma complexa interação entre cognições, fatores situacionais e características de personalidade Justificação da punição (Darley, Carlsmith & Robinson, 2000) Merecimento da punição proporcional à extensão da agressão Prevenção do cometimento de atos agressivos no futuro

PREVENÇÃO DAS AGRESSÕES Extensão da eficiência da punição: Rapidez deve suceder à agressão o mais rapidamente possível; Probabilidade elevada deve verificar-se na mente do agressão que exista razoável grau de certeza que a punição ocorra; Forte dever ser forte e proporcionar castigo; Merecimento - deve ser percebida pelos autores como justificada ou merecida. Ineficiência da punição:

PREVENÇÃO DAS AGRESSÕES AUTO-REGULAÇÃO: MECANISMOS INTERNOS DE CONTROLO DA AGRESSÃO Agressão como comportamento adaptativo A auto-regulação (auto-controlo) do comportamento agressivo

PREVENÇÃO DAS AGRESSÕES AUTO-REGULAÇÃO: MECANISMOS INTERNOS DE CONTROLO DA AGRESSÃO Fonte: Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon, p. 371.

PREVENÇÃO DAS AGRESSÕES AUTO-REGULAÇÃO: MECANISMOS INTERNOS DE CONTROLO DA AGRESSÃO O auto-controlo de impulsos agressivos não envolve necessariamente a utilização de recursos cognitivos (Mauss et al., 2006): Atitudes positivas sobre o controlo emocional Redução eficiente da agressão: fortalecer o mecanismo de controlo da agressão: Exposição a modelos não agressivos (Baron & Richardson, 1994); Reconhecimento dos seus recursos cognitivos A catarse

PREVENÇÃO DAS AGRESSÕES CLEMÊNCIA: COMPAIXÃO EM VEZ DE VINGANÇA Clemência em vez de vingança Maior facilidade de vingar do que desculpar (McCullough, Fincham & Tsan, 2003) A necessidade de desculpar Empatia, compreensão dos sentimentos, emoções e circunstâncias que levam ao comportamento violento; Atribuição sobre as causas do comportamento dos adversários; Evitar ruminar sobre transgressões passadas. Finalizar a ação e concentrar-se noutras coisas (McCullough, et al., 2001) Errar é humano, perdoar, divinal

BIBLIOGRAFIA Anderson, Craig. et al. (2003) The Influence of media violence on youth, Psychological Science in the Public Interest, 4(3): 81-110. Baron, R. A., Branscombe, N. R. & Byrne, D. (2009). Social Psychology, 12th ed. Boston: Pearson International Edition, Allyn and Bacon. Leyens, J. P. & Yzerbyt, V. (1999). Psicologia Social. 2ª ed. Lisboa: Edições 70. Hawley, P. H. (2008). Competition and social and personality development: Some consequences of taking Darwin seriously. Anuario de Psicología, 39 (2): 193-208. Taylor, S. E., Peplau, L. A. & Sears, D. O. (2006). Social Psychology. 12th ed. New Jersey: Pearson Education. Vala, J. & Monteiro, M. B. (Coords.) (1993). Psicologia Social. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.