INSS. Legislação Previdenciário Apostila Material III. Prof. Eduardo Tanaka

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Material 03 5. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO AO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. 5.1. FILIAÇÃO Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações. (art. 20 do RPS) No caso do segurado facultativo, por ser um ato voluntário, a filiação se dará após haver pago a primeira contribuição, com sua inscrição já formalizada. Percebese que, ao contrário do segurado obrigatório, o segurado facultativo primeiro inscreve-se e depois filia-se, através do recolhimento da primeira contribuição. Para o segurado facultativo, a primeira contribuição não pode retroagir e não permite-se o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado no caso de recolhimento trimestral. E, também, após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, o que ocorre em seis meses após a cessação das contribuições. 5.2. INSCRIÇÃO Os segurados serão identificados pelo NIT Número de Identificação do Trabalhador, que é único, pessoal e intransferível. Para os segurados já cadastrados no PIS/PASEP não cabe novo número de identificação (NIT), sendo identificados pelo número do PIS ou pelo do PASEP. Empregado: a inscrição é formalizada pelo contrato de trabalho, efetuada diretamente na empresa. Trabalhador Avulso: Cadastro e registro no Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO) ou no sindicato Empregado doméstico: Inscrição é efetuada por documento que comprove o contrato de trabalho, a CTPS Carteira de Trabalho de Previdência Social. É realizada diretamente no INSS. Contribuinte individual: Feita por documento que caracterize sua condição. Segurado especial: Necessita de documento que comprove exercício de atividade rural (agropecuária ou pesqueira), sendo a inscrição realizada no INSS. Facultativo: documento de identidade e declaração de que não exerce outra atividade que não o enquadre como segurado obrigatório, realizada no INSS. Requisitos Idade mínima: 16 anos Porém, há uma exceção: na condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos. Enquadrado como segurado empregado. O segurado que exercer, ao mesmo tempo, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas. (RPS, art. 18, 3º) Aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma dessas atividades. (RPS, art 9º, 13). Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do segurado especial. Inscrição regra p Segurado Especial - (L 8213) Art. 17 (alterado pela L 11718/08). 4 o A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pela unidade familiar. Inscrição regra p Segurado Especial (L 8213) Art. 17 (alterado pela L 11718/08). 5 o O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário ou dono do imóvel rural em que desenvolve sua atividade deverá informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou assemelhado. Inscrição regra p Segurado Especial (L 8213) Art. 17 (alterado pela L 11718/08). 6 o Simultaneamente com a inscrição do segurado especial, será atribuído ao grupo familiar número de Cadastro Específico do INSS CEI, para fins de recolhimento das contribuições previdenciárias. 6. MATRÍCULA DA EMPRESA Toda empresa e equiparado a empresa devem estar cadastrados no CNIS. Desta forma, as empresas efetuarão os recolhimentos previdenciários identificados pelo número da matrícula e estes recolhimentos poderão ser monitorados pela fiscalização. Segundo o artigo 256 do RPS, a matrícula da empresa será feita: I - Simultaneamente com a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). II - perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil, no prazo de trinta dias contados do início de suas atividades, quando não sujeita a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. No caso de obras de construção civil, mesmo que estas sejam realizadas nas instalações de empresas com CNPJ, deverá ser aberta uma matrícula CEI para cada obra. (L 8212 alterado pela Lei 11718/08) Art. 49. 5 o A matrícula atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao produtor rural pessoa física ou segurado especial é o documento de inscrição do contribuinte, em substituição à inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ, a ser apresentado em suas relações com o Poder Público, inclusive para licenciamento sanitário de produtos de origem animal ou vegetal submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização artesanal, com as instituições financeiras, para fins de contratação de operações de crédito, e com os adquirentes de sua produção ou fornecedores de sementes, insumos, ferramentas e demais implementos agrícolas. Atualizada 03/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

IV. FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL CUSTEIO. 1. INTRODUÇÃO A seguridade social, conforme o artigo 195 da Constituição Federal, será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. b) a receita ou o faturamento. c) o lucro. II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Decreto 3.048/99. Art. 195. No âmbito federal, o orçamento da seguridade social é composto de receitas provenientes: I - da União; II - das contribuições sociais; e III - de outras fontes. RECEITAS DA UNIÃO (Decreto 3.048/99) Art. 196. A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual. Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social, na forma da Lei Orçamentária anual. 2. CONTRIBUIÇÃO DOS TRABALHADORES O inciso II do artigo 195 da Constituição Federal prevê a contribuição social do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201. Para melhor compreensão deste item, como há 3 formas distintas de cálculo, também, dividiremos as categorias dos segurados nos seguintes grupos: 1º - Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso. 2º - Contribuinte Individual e Segurado Facultativo. 3º - Segurado Especial. A seguir, passaremos a estudar, com detalhes as contribuições dos trabalhadores. 2.1. Contribuição do Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso. Conforme o artigo 20 da Lei 8.212/91, a contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-decontribuição mensal, de forma não cumulativa. A tabela atualizada pela Portaria Interministerial MPS/MF n. 350, de 30 de dezembro de 2009 é a seguinte: 1. Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos 2 Atualizada 03/02/2010 Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2010 Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) até R$ 1.024,97 8,00 de R$ 1,024,98 a R$ 1.708,27 9,00 de R$ 1.708,28 até R$ 3.416,54 11,00 A definição do salário-de-contribuição encontramos nos incisos I e II, do artigo 214, do Decreto n. 3.048/99 Regulamento da Previdência Social que veremos a seguir: Entende-se por salário-de-contribuição: I - para o empregado e o trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observados os limites mínimo e máximo. E quais são os limites mínimo e máximo? O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde, para os segurados empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso, ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. O valor do limite máximo do salário-de-contribuição será publicado mediante portaria interministerial do Ministério da Previdência Social e Ministério da Fazenda, sempre que ocorrer alteração do valor dos benefícios. Desta forma, o limite máximo, conhecido como Teto da Previdência Social, corresponde ao valor máximo da tabela da previdência, que, hoje, vale R$3.416,54. Sendo assim, hoje, as pessoas que recebem um salário superior a R$ 3.416,54, deverão pagar com um saláriode-contribuição referente ao mesmo valor de R$ 3.416,54. Como no seguinte exemplo: Exemplo: Quanto deverá ser o desconto de um empregado cujo salário-de-contribuição é de R$ 4.000? Resposta: Utiliza-se como base de cálculo o valor do limite máximo (teto) = R$ 3.416,54x 11% = R$ 375,82. Segundo o Decreto 3.048/99, o salário-de-contribuição é a remuneração auferida em uma ou mais empresas (...). Vamos supor que uma pessoa trabalhe em duas empresas A e B. Quanto deverá ser o desconto deste empregado que recebe: R$ 1000,00 da empresa A e R$ 600,00 da empresa B? Resposta: Primeiramente, somam-se os salários: R$ 1000,00 + R$ 600,00 = R$ 1.600,00 Depois, aplica-se a alíquota referente à tabela de contribuição. Neste exemplo, a alíquota que seria de 8%, se os salários fossem considerados em seus valores individuais, sobe para 9% (que é o valor da soma R$ Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

1.600,00). Neste caso, há a obrigatoriedade de uma empresa comunicar a outra para que seja possibilitado o correto desconto. Sendo assim, os descontos serão de: R$ 500,00 x 9% = R$ 90,00 na empresa A ; R$ 600,00 x 9% = R$ 54,00 na empresa B. Neste caso, o segurado empregado, inclusive o doméstico, que possuir mais de um vínculo, deverá comunicar a todos os seus empregadores, mensalmente, a remuneração recebida até o limite máximo do salário de contribuição, envolvendo todos os vínculos, a fim de que o empregador possa apurar corretamente o salário de contribuição sobre o qual deverá incidir a contribuição social previdenciária do segurado, bem como a alíquota a ser aplicada. Aplicam-se, no que couber, estas disposições ao trabalhador avulso que, concomitantemente, exercer atividade de segurado empregado. 1 Quanto ao prazo para recolhimento (pagamento) das contribuições, para as empresas será até o dia 20 do mês seguinte ao da competência e para o empregador doméstico, até o dia 15 do mês seguinte ao da competência. IMPORTANTE: Quando a data de pagamento for em dia que não há expediente bancário, ocorrerá o seguinte: - Se o prazo for até o dia 20 deverá recolher no dia útil imediatamente anterior. - Se o prazo for até o dia 15 deverá recolher no dia útil imediatamente posterior. 2.2. CONTRIBUIÇÃO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E SEGURADO FACULTATIVO. Em regra, a alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de 20% aplicada sobre o respectivo salário-de-contribuição, observado os limites mínimo (salário mínimo) e máximo (R$ 3.416,54 corresponde ao teto dos valores da tabela). Em determinados casos, como veremos mais adiante, a alíquota poderá ser de 11%. Sabemos que o recolhimento dos contribuintes individuais e facultativos são bem parecidos, entretanto, existem algumas particularidades, sendo assim, dividiremos este item, estudando estes dois tipos de segurados, separadamente. 2.2.1. Segurado Facultativo Vimos que a alíquota do segurado facultativo é 20% sobre o salário-de-contribuição. Mas qual é o salário-de-contribuição deste segurado? - É o valor por ele declarado, observado os limites mínimo e máximo A partir de abril de 2007, passou a vigorar o Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária com objetivo de beneficiar os contribuintes que têm dificuldade para recolher 20% sobre o salário de contribuição, mesmo que esse salário seja o mínimo. Desta forma, o segurado facultativo pode optar por recolher 11%, porém, somente sobre o valor mínimo (salário mínimo). E, também, seus benefícios serão somente sobre o valor mínimo. Sendo que, além do mais, não poderá se aposentar, nestas condições, por tempo de contribuição. Neste caso, a aposentadoria será por idade. Caso o contribuinte que aderiu ao Plano de Simplificado de Inclusão Previdenciária queira, no futuro, se aposentar por tempo de contribuição, este deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento de mais nove por cento, acrescido de juros. 2.2.2. Contribuinte Individual Com a finalidade de Contribuição, o recolhimento do contribuinte individual poderá dar-se, basicamente, por meio de duas alíquotas diferentes, conforme a relação de prestação de serviços que este tem com terceiros. Recolhe-se 20% ou 11% sobre o salário-de-contribuição, conforme a situação em que se enquadra. Na verdade, a regra é de 20%, sendo que situações em que a contribuição for de 11%, será proveniente de uma dedução concedida pela Lei 2, nos casos em que há recolhimento da parte patronal 3, ou nos casos em que se enquadra no Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária, que veremos mais a diante. O salário-de-contribuição, para o Contribuinte Individual é a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mínimo e máximo. O limite máximo, hoje, vale R$ 3.416,54. O limite mínimo é o valor do salário mínimo. Se o contribuinte individual não atingir o valor mínimo recebidos nos serviços prestados, ele deverá, por conta própria, complementar os recolhimentos com alíquota de 20% sobre a diferença que faltar, até atingir o salário-decontribuição no valor, hoje, de R$ 510,00 (salário mínimo). Isto vale para qualquer situação do contribuinte individual, que veremos abaixo. No mês em que não for paga nem creditada remuneração, ou não houver retribuição financeira pela prestação de serviço, os segurados contribuintes individuais poderão, por ato volitivo, contribuir para a Previdência Social na qualidade de segurados facultativos. 4 O Contribuinte Individual pode relacionar-se com terceiros, sob o ponto de vista de contribuição, de quatro formas: A- com empresa(s). B- com o produtor rural pessoa física, com missão diplomática, com repartição consular e com outro contribuinte individual equiparado a empresa. C- com cooperativa de trabalho. D- com pessoa física. A seguir, passaremos a explicá-las: A- Relação do Contribuinte Individual com empresa(s). Neste o caso temos dois tipos de Contribuintes Individuais: 2 Mesmo assim, a alíquota é de 20%. Neste caso, a alíquota de 11% é o resultado do desconto dado pela Lei 8.212/91, art. 30, parágrafo 4 o. 3 Da parte da empresa. 4 Art. 9 o, 2 o, da IN SRP n o 03/2005. 1 Art. 78, Instrução Normativa SRP 03, de 14/07/2005. Atualizada 03/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

1 o Sócio que administra. Ex.: é o caso do empresário (sócio de empresa) que ocupa o cargo de diretor-sócio e recebe o Pró-Labore. 2 o Aquele que presta serviços para uma ou várias empresas. Ex.: é o caso de um eletricista autônomo que presta serviços de reparo elétrico para uma ou mais empresas, sem relação de emprego. Neste caso, a empresa fica obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 do mês seguinte ao da competência. Em princípio, a alíquota é de 20%, mas a Lei 8.212/91, art. 30, parágrafo 4 o, concede uma dedução nesta, conforme veremos: Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição. Neste caso, a alíquota da cota do segurado contribuinte individual que presta serviço a empresa será de 11% sobre seu salário de contribuição. Já no caso de o contribuinte individual prestar serviços para uma entidade beneficente de assistência social isenta 5 das contribuições sociais patronais, não há que se falar em dedução, já que esta, por força da Constituição Federal, nada recolhe em seu nome. Entretanto, esta entidade é obrigada a efetuar o desconto e o recolhimento em nome do contribuinte individual 6. Sendo assim, como não há dedução, a alíquota será de 20% sobre o saláriode-contribuição. Para facilitar, o próprio Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048/99, art.216, parágrafo 26, assim diz: A alíquota de contribuição a ser descontada pela empresa da remuneração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário-de-contribuição, é de onze por cento no caso das empresas em geral e de vinte por cento quando se tratar de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) Estudamos que o valor mínimo mensal é de um salário mínimo. Por isso, se o contribuinte individual prestasse um único serviço durante o mês a uma única empresa e não atingisse este valor; ele será obrigado a complementar, diretamente, a contribuição até o valor mínimo mensal do salário-de-contribuição. B. Relação do Contribuinte Individual com o produtor rural pessoa física, com missão diplomática, com repartição consular e com outro contribuinte individual equiparado a empresa. Verificamos que estas são pessoas diversas, mas com algo em comum: há uma grande dificuldade prática em fiscalizá-las. É lógico que todos estão sujeitos à fiscalização, mas haja vista a dificuldade desta ser realizada, o legislador optou em manter a responsabilidade do recolhimento da parte do segurado ao próprio contribuinte individual prestador de serviço. Estas pessoas têm a obrigação de recolher a parte patronal (20%), mas não têm a obrigação de descontar e recolher a parte do segurado, como ocorre nas demais empresas. Desta forma, cabe ao contribuinte individual recolher a própria contribuição, sendo a alíquota, neste caso, de 20%. Entretanto, na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a outro contribuinte individual equiparado a empresa ou a produtor rural pessoa física ou a missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeiras, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição patronal do contratante, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que este lhe tenha pago ou creditado, no respectivo mês, limitada a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição 7. Ou seja, neste caso, o contribuinte individual poderá contribuir com 11% se houver como comprovar que houve o recolhimento da cota patronal (20%) pelos tomadores, nesta condição. Sendo assim, haverá uma dedução, semelhante a que vimos no item anterior, e o contribuinte individual pagará 11%. Em todos os casos de prestação de serviços a estas pessoas, o contribuinte individual é responsável pelo recolhimento do valor correspondente a esta prestação, até dia 15 do mês seguinte ao da competência. C - Relação do Contribuinte Individual com Cooperativa de Trabalho. Cooperado é um contribuinte individual. A Cooperativa de Trabalho é equiparada a empresa, de modo que ela é obrigada a descontar 11% do valor da quota distribuída ao cooperado por serviços por ele prestados, por seu intermédio, a empresas e 20% em relação aos serviços prestados a pessoas físicas e recolher o produto dessa arrecadação no dia 20 do mês seguinte ao da competência a que se referir, antecipandose o vencimento para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário no dia 20 8. D Relação do Contribuinte Individual com Pessoa Física. Neste caso, o próprio contribuinte individual tem a responsabilidade pela contribuição de 20% sobre os valores recebidos em suas prestações de serviços a pessoas físicas. Não há que se falar em dedução para 11%, pois a pessoa física não recolhe a quota patronal. Este contribuinte individual, que trabalha por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, poderá optar pela inclusão ao Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária. Como já vimos, ele pode recolher 11%, porém, somente sobre o valor mínimo (R$ 415,00). E, também, seus benefícios serão somente sobre o valor mínimo. Sendo que, além do mais, 5 O termo correto seria imune. 6 Também desconta e recolhe em nome dos seus empregados. 4 Atualizada 03/02/2010 7 RPS, com redação dada pelo Decreto 4729/03, art, 216, parágrafo 20. 8 RPS, com redação dada pelo Decreto 4.729/03, art. 216, parágrafo 31. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

não poderá se aposentar, nestas condições, por tempo de contribuição. Neste caso, a aposentadoria será por idade. Contribuição do Microempreendedor Individual MEI. A recente Lei Complementar 128, de 19/12/2008, trouxe a figura do Microempreendedor Individual MEI que é considerado contribuinte individual. É Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar n o 123, de 14 de dezembro de 2006, aquele que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. É considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 do Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional. (Com redação dada pelo Decreto 6.722/08, conforme recente aleração dada pela LC 128/08) Como exemplo de MEI podemos citar o eletricista, o encanador, o mecânico de automóveis. Ele contribuirá para Previdência Social com valor fixo, conforme regras específicas previstas na Lei Complementar 126/06 que trata do Simples Nacional. O MEI recolherá as contribuições previdenciárias como ocorre no Plano Simplificado de Previdência Social, utilizando-se das mesmas regras. Sendo assim, o recolhimento será efetuado com a alíquota de 11% sobre o salário-mínimo. Neste caso, exclui-se o direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. O MEI pode possuir um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. Neste caso, o MEI deverá reter e recolher a contribuição previdenciária relativa ao segurado a seu serviço e fica obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço, na forma estabelecida pelo Comitê Gestor. O MEI, na condição de patrão, também, estará sujeito ao recolhimento da contribuição previdenciária por conta da empresa (patronal) calculada à alíquota de 3% sobre o salário de contribuição de seu empregado. 2.3. CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL. A base de cálculo será a receita bruta proveniente da comercialização de sua produção. Em virtude disso, nos meses em que não há vendas, geralmente no período entre safras, não há necessidade de contribuição, mas, mesmo assim, continuará coberto, protegido pela Previdência Social. A alíquota será, conforme art. 25, inc. I e II, da Lei 8.212/91: I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção. II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho. Desta forma, o segurado especial deverá contribuir com o total de 2,1% sobre a comercialização de sua produção. 9 Contribuindo desta forma, independentemente do volume de comercialização de sua produção, o segurado especial receberá seus benefícios calculados sobre o valor mínimo (salário mínimo). Mas, caso ele deseje um benefício com valores maiores, existe a faculdade de recolher como se contribuinte individual fosse. Entretanto, ele continuará sendo segurado especial, apenas recolherá como se fosse contribuinte individual, com a expectativa de, no futuro, gozar de benefícios (ex. aposentadoria) com valores superiores ao salário mínimo. O art. 25, parágrafos 3 o, 10 e 11, da Lei 8.212/91, traz o que integra a base de cálculo da contribuição do segurado especial: 3º Integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos 11 Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados IPI. 10 10 Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos valores decorrentes da comercialização da produção relativa aos produtos a que se refere o 3 o deste artigo, a receita proveniente: I da comercialização da produção obtida em razão de contrato de parceria ou meação de parte do imóvel rural; II da comercialização de artigos de artesanato de que trata o inciso VII do 10 do art. 12 desta Lei; Obs.: inciso VII do 10 do art. 12 da Lei 8.212/91: atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. III de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais; IV do valor de mercado da produção rural dada em pagamento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que seja o motivo ou finalidade; e V de atividade artística de que trata o inciso VIII do 10 do art. 12 desta Lei. A contribuição do Segurado Especial será recolhida: I - pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa, que ficam sub-rogadas no cumprimento das obrigações do segurado especial, exceto nos casos do inciso III; II - pela pessoa física não produtor rural, que fica subrogada no cumprimento das obrigações do segurado especial, quando adquire produção para venda, no varejo, a consumidor pessoa física; ou III - pelo próprio segurado especial, caso comercializem sua produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a 9 Além disso, será acrescido de 0,2% correspondente à contribuição devida ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Entretanto, esta contribuição, assim como outras relacionadas a terceiros (Sesc, Sesi, Sebrae, etc.), não constitui contribuição para seguridade social, cabendo à Receita Federal a sua fiscalização. Por esta razão, as contribuições para terceiros não serão objeto de nosso estudo. 10 Incluído pela Lei 11.718/08. Atualizada 03/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial. Sendo assim, existem exceções em que o próprio segurado especial será responsável por seu recolhimento, quando comercializar: - sua produção no exterior; - diretamente, no varejo, ao consumidor pessoa física; - a produtor rural pessoa física; - a outro segurado especial. Também, o próprio segurado especial será obrigado a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente 11 : a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar; b) de comercialização de artesanato ou do exercício de atividade artística, conforme explicado anteriormente; e c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais. O segurado especial é obrigado a arrecadar a contribuição de trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la até o dia 20 do mês seguinte ao da competência. Isto, porque, como vimos, a Lei 11.718/08 concedeu a este segurado a possibilidade de contratação de trabalhadores. 12 O art. 30, parágrafos 7 o, 8 o e 9 o, da Lei 8.212/91, incluído pela Lei 11.718/08, traz regras quanto à comercialização da produção rural do segurado especial: 7 o A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da mercadoria, para fins de comprovação da operação e da respectiva contribuição previdenciária. 8 o Quando o grupo familiar a que o segurado especial estiver vinculado não tiver obtido, no ano, por qualquer motivo, receita proveniente de comercialização de produção deverá comunicar a ocorrência à Previdência Social, na forma do regulamento. 9 o Quando o segurado especial tiver comercializado sua produção do ano anterior exclusivamente com empresa adquirente, consignatária ou cooperativa, tal fato deverá ser comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo familiar. 11 Art. 30, inc XII, da Lei 8.212/91, incluído pela Lei 11.718/08. 12 Conforme art. 12, 8 o, da Lei 8.212/91. 6 Atualizada 03/02/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores