Relatório de Sustentabilidade



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2006 Relatório de Sustentabilidade

Apresentação A AES Eletropaulo relata, nas próximas páginas, as atividades e eventos que marcaram a atuação da Companhia ao longo de 2006, um ano de grandes conquistas. Procuramos reunir, neste Relatório Anual de Sustentabilidade, as principais informações sobre nosso trabalho, traduzido em resultados econômico-financeiros, sociais e ambientais. Boa leitura!

Destaques de Sustentabilidade Resultados da Controladora (R$ milhões) 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 Receita operacional bruta 7.636 8.649 9.981 11.154 11.351 1,8 Receita operacional líquida 5.781 6.432 7.394 8.297 8.354 0,7 Despesas e encargos operacionais 5.184 5.637 6.346 7.471 6.904-7,6 Resultado do serviço (Ebit) 598 795 1.048 825 1.450 75,8 Lajida 849 1.060 1.317 1.122 1.763 57,1 Lajida ajustado* 1.436 1.472 1.718 2.134 2.491 16,7 Resultado financeiro líquido -1.394 24-594 -319-369 15,7 Lucro (prejuízo) líquido -871 86-28 -156 373 NA Margens (%) 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 Margem Lajida 14,7 16,5 17,8 13,5 21,1 7,6 p.p. Margem Lajida ajustada* 24,8 22,9 23,2 25,7 29,8 4,1 p.p. Margem líquida NA 1,34 NA NA 4,5 NA Indicadores Financeiros (R$ milhões) 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 Ativo total 12.952 12.724 12.821 12.372 12.451 0,6 Patrimônio líquido 2.106 2.193 2.198 1.955 2.196 12,3 Dívida bruta 5.902 5.278 5.284 5.075 4.830-4,8 Dívida bruta em moeda estrangeira (%) 47,0 38,0 17,0 6,0 1,6 4,4 p.p. Dívida líquida 5.610 4.829 5.091 4.562 3.658-19,8 Dívida líquida/patrimônio líquido (vezes) 2,7 2,2 2,3 2,3 1,7-26,1 Dívida líquida/lajida ajustada (vezes) 3,9 3,3 3,0 2,1 1,5-28,6 Investimentos em imobilizado* 180 218 330 404 378-6,4 Indicadores do Mercado Acionário 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 Variação da cotação na Bovespa - ações preferenciais (%) PN -66,7 +180,0 +1,6 +35,1 PNA +38,9 +2,5 PNB - - - - +16,5 Lucro (prejuízo) por lote de mil (R$) -20,82 2,06 0,13-3,72 8,92 Valor de Mercado (R$ milhões) 1.088 3.046 3.096 4.184 4.560 9,0 Indicadores Operacionais 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 Mercado (GWh) 32.451 32.774 32.668 31.634 31.656 0,1 N de colaboradores 3.881 4.006 4.410 4.377 4.316-1,4 Produtividade (MWh/colaborador) 8.362 8.181 7.408 7.227 7.335 1,5 N de consumidores/nº de colaboradores 1.292 1.262 1.167 1.210 1.267 4,7 Indicadores Ambientais 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 Investimentos na operação (R$ mil) 218 864 697 1.592 17-98,9 Projetos externos (R$ mil) 218 864 697 1.199 1.890 57,6 Indicadores de Qualidade 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 DEC Duração Equivalente de Interrupção por Cliente (horas) 11,1 8,2 8,9 9,1 7,87-13,5 FEC Freqüência Equivalente de Interrupção por Cliente (horas) 8,7 6,9 6,4 6,8 5,52-18,8 TMA Tempo Médio de Atendimento (minutos) 114 94 98 98 103 5,1 Indicadores Sociais 2002 2003 2004 2005 2006 Δ% 06/05 Investimento social privado (R$ mil) 15.812 19.114 22.351 21.753 18.466-15,1 Produtividade econômica (R$ mil/colaborador) 1.490 1.606 1.677 1.896 1.936 2,1 % de mulheres em cargo de chefia 16,0 10,0 12,0 22,0 12,4-10,4 p.p. *Lajida Ajustado

Distribuição do Valor Adicionado Governo Pessoal Absorção de prejuízos Acionistas e outros ajustes Financiadores 2005 14,0% 2,0% Receita Operacional Líquida - R$ milhões 5.781 6.432 7.394 8.297 8.354 16,0% 63,0% 5,0% 2002 Dívida Líquida/Lajida Ajustada Produtividade Econômica R$ mil/colaborador 2002 2003 2004 2005 2006 1.490,0 1.606,0 1.677,0 1.896,0 1.936,0 Investimento Social Privado - R$ mil 2002 2003 2004 2005 2006 15.812 19.114 22.351 21.753 18.466 2002 2003 2004 2005 2006 1,5 2,1 3,9 3,3 3,0 Número de Clientes - milhões 2002 2003 2004 2005 2006 5,0 2003 5,1 5,1 5,3 5,5 2004 2005 2006

2006 Relatório de Sustentabilidade Perfil 2 Metodologia 4 Mensagem do Presidente 8 Governança Corporativa 11 Contexto Setorial 15 Atividades Operacionais 18 Investimentos 23 Saúde e Segurança 31 Gestão dos Negócios 34 Gestão Ambiental 45 Gestão Social 54 Gestão de Riscos 65 Ativos Intangíveis 68 Desempenho Econômico-Financeiro 70 Nossas Ações como Investimento 77 Estratégias e Perspectivas 83 Indicadores de Sustentabilidade 85 Demonstração do Valor Adicionado 87 Índice Remissivo GRI 88 Informações Corporativas 93 Demonstrações Financeiras anexo

Perfil Perfil A AES Eletropaulo é responsável pelo fornecimento de energia elétrica a 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista, um dos principais centros econômico-financeiros do País. Maior distribuidora de energia elétrica da América do Sul em faturamento, a Companhia detém uma área de concessão de 4.526 km 2, com alta densidade demográfica e que concentra o maior PIB per capita do Brasil. 2.1 2.2 2.7 Diariamente, seus 4.316 colaboradores trabalham para distribuir energia, permitindo o desenvolvimento de negócios e o funcionamento de serviços de saúde, cultura, educação, segurança pública e lazer, ou seja, proporcionando melhor qualidade de vida a cerca de 16 milhões de pessoas 9% da população brasileira que residem na sua área de concessão. Essa população consome 35% de toda a energia produzida no Estado de São Paulo, uma densidade de consumo de 8.436,4 MWh por quilômetro quadrado. 2.8 Para atender a essa demanda, a AES Eletropaulo dispõe de uma estrutura com 148 subestações e uma malha de cabos aéreos e subterrâneos de mais de 42.269 quilômetros. Em 2006, essa infra-estrutura permitiu o fornecimento de 38.183 GWh, distribuídos para 5,5 milhões de clientes cadastrados, o que proporcionou receita operacional bruta de R$ 11,4 bilhões e receita líquida de R$ 8,4 bilhões. 2.8 2

A história da Companhia remonta à fundação, em 7 de abril de 1899, da empresa canadense The São Paulo Tramway, Light and Power Co. Ltd., que, em 17 de julho do mesmo ano, foi autorizada, por decreto do presidente Campos Salles, a atuar no Brasil. A partir de então, a trajetória da Companhia confunde-se com o desenvolvimento da cidade de São Paulo. Em 1979, a Empresa foi adquirida pelo governo brasileiro, por meio da Eletrobrás. Dois anos depois, seu controle acionário foi vendido ao Governo do Estado de São Paulo e a Companhia passou a se chamar Eletropaulo. Em 1998, a Empresa foi adquirida em leilão de privatização pela Lightgás, um consórcio composto pela AES Corporation, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Eletricité de France (EDF) e Reliant Energy. Desde 2001, é controlada pela norte-americana AES Corporation, uma das maiores fornecedoras mundiais de energia elétrica, presente em 26 países. Com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e ADRs Nível 1 negociadas internacionalmente, a AES Eletropaulo faz parte, desde 2004, do Nível 2 de Governança Corporativa da Bovespa. 2.8 2.5 VISÃO Ter o reconhecimento da sociedade como marca líder no setor. MISSÃO Satisfazer a sociedade por meio da prestação de serviços e soluções em energia, atuando de maneira segura e socialmente responsável. VALORES Segurança O grupo AES sempre coloca a segurança em primeiro lugar em relação ao seu pessoal, contratados e integrantes das comunidades atendidas. Integridade As pessoas do grupo AES são honestas, confiáveis e fidedignas. A integridade está no centro de tudo o que fazem como conduzem suas ações, como desempenham seu trabalho e como interagem umas com as outras e com todas as partes envolvidas. Compromisso O grupo AES tem um compromisso com as partes envolvidas (clientes, funcionários, comunidades, acionistas, fornecedores, parceiros) e quer que todas as suas empresas dêem uma contribuição positiva para a sociedade. Excelência O grupo AES buscará ser o melhor em tudo o que fizer. O grupo irá desempenhar atividades de classe mundial e fornecer serviços confiáveis e de alta qualidade aos seus clientes. Auto-realização O grupo AES quer que seu pessoal goste do seu trabalho, apreciando a auto-realização proporcionada por fazer parte de um time de sucesso que faz a diferença. As pessoas trabalham porque se sentem realizadas, úteis e motivadas. 4.8 3

Metodologia O Relatório Anual de 2006 da AES Eletropaulo traz uma inovação, fruto da decisão de, neste ano, concentrar e unificar as informações econômicas, ambientais e sociais em um Relatório de Sustentabilidade. Tal iniciativa reside na crença de que sustentabilidade e perenidade da atividade-fim a prestação de um serviço público sedimentase sobre três pilares: desenvolvimento social, preservação do meio ambiente e boas práticas econômico-financeiras, fatores que devem estar incorporados ao cotidiano das práticas adotadas pela Companhia. Em sintonia com esse princípio, a AES Eletropaulo tem investido continuamente para elevar sua excelência operacional e a distribuir energia de maneira segura e socialmente responsável. Dessa forma, as páginas a seguir incluem informações relativas à gestão da Companhia, com dados econômico-financeiros e operacionais integrados à sua atuação nas áreas de Responsabilidade Social e Ambiental. Os assuntos apresentados neste Relatório não estão rigidamente divididos entre diferentes áreas, como operações, gestão administrativa, econômico-financeira, social ou ambiental, pois as rotinas dessas áreas se integram na condução da atividade da Companhia. As atividades comerciais, por exemplo, abrangem o relacionamento com clientes. A gestão dos negócios, por sua vez, está calcada no aprimoramento do clima interno, assim como as atividades operacionais sempre levam em conta os fatores ambientais, além da interação com a comunidade e com os poderes públicos locais. Essa integração e interdependência mostra o compromisso da AES Eletropaulo em atuar de forma social e ambientalmente responsável. 3.1 4

A visão de sustentabilidade da AES Eletropaulo, assim como das demais empresas do grupo AES, sedimenta-se sobre três pilares: econômico, social e ambiental, que agem e interagem entre si. Sob esse prisma, a Companhia desenvolve suas atividades a partir de boas práticas econômico-financeiras, com vista a contribuir com o desenvolvimento social das regiões em que atua, além de manter seu compromisso com a preservação do meio ambiente, conservando e restaurando recursos ambientais impactados por suas atividades. Para a Companhia, o equilíbrio entre esses fatores garantirá a sustentabilidade e a perenidade de sua atividade-fim, que é prestar, de forma responsável, um serviço público à sociedade: a distribuição de energia. 5

As empresas do grupo AES no Brasil trabalham para aperfeiçoar cada vez mais o relato de suas ações e práticas voltadas ao meio ambiente e à sociedade, um compromisso fundamental com o desenvolvimento sustentável, reforçado pelo fato de o grupo operar basicamente com energia renovável. Em sintonia com tal visão, há dois anos, foi tomada a decisão de iniciar o processo de adesão progressiva às diretrizes estabelecidas pela Global Reporting Initiative (GRI), organização que propõe o único modelo de relatório de sustentabilidade aceito internacionalmente. A GRI foi criada em 1997 como uma iniciativa conjunta do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e da organização não-governamental Ceres (sigla em inglês para Coalizão por Economias Ambientalmente Responsáveis), com o objetivo de elevar as práticas de relatórios de sustentabilidade a um nível de qualidade equivalente ao dos relatórios financeiros. Com essa abordagem, espera-se que investidores, analistas de mercado e a sociedade civil organizada passem a considerar em suas avaliações sobre o desempenho das empresas não apenas as informações econômico-financeiras, mas também as sociais e ambientais. 3.11 Este Relatório Anual tem a Sustentabilidade como conceito-base e é dirigido aos seguintes públicos de relacionamento da AES Eletropaulo no Brasil: Foco principal investidores, financiadores, agentes do setor elétrico, organizações do Terceiro Setor e organismos governamentais brasileiros; Outros públicos de relacionamento: funcionários, clientes, comunidade, fornecedores, imprensa e universidades brasileiras. O foco principal foi definido em função da maior demanda por informações da Companhia partir desses grupos de públicos. 3.6 4.14 6

O guia para elaboração de relatórios GRI também procura integrar diversas iniciativas alinhadas ao desenvolvimento sustentável, como códigos de conduta, Pacto Global, padrões de desempenho (SA 8000), padrões de governança (OECD Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), sistemas de gestão (ISO), entre outras. A adesão ao modelo internacional é voluntária. Além disso, é indispensável que a adoção dessas práticas venha após planejamento, estruturação e comprometimento de toda a Empresa. A conscientização dessas práticas poderá ser verificada nas páginas a seguir. Ao aderir às diretrizes GRI, o objetivo da Companhia é publicar um Relatório que apresente rigor, aplicabilidade e comparabilidade das informações contidas em relatórios de sustentabilidade. O nível de aplicação do presente Relatório é C (auto-declaração). Para iniciar um processo de melhoria contínua, em 2006 foi utilizada a ferramenta BSD/Report RELATA para avaliação das informações sociais e ambientais. 3.5 1. Programa de Regularização de Ligações Elétricas em Heliópolis 2. Manutenção preventiva é fundamental para o bom funcionamento da rede de distribuição 3. Painel da Central de Operações da AES Eletropaulo 1. 2. 3. 7

Eduardo José Bernini Diretor-Presidente Mensagem do Presidente O processo de reestruturação das empresas do grupo AES no Brasil, iniciado em setembro de 2003, atingiu a maturidade em 2006. Esse fato é comprovado pelos resultados registrados pela AES Eletropaulo, AES Sul, AES Tietê e AES Uruguaiana, cujo lucro líquido somado superou R$ 1 bilhão no ano passado. O bom desempenho das Companhias em 2006 deve ser atribuído, principalmente, a medidas como reestruturação societária, redução e alongamento do endividamento, aliadas a um rígido controle de custos e à manutenção dos esforços para o aumento de receitas. Também contribuiu a conjuntura externa, caracterizada pela maior estabilidade das regras do setor elétrico (expressa na consolidação do novo modelo) e pelo aumento de consumo de energia elétrica. No entanto, esse conjunto de fatores não resultaria em indicadores tão expressivos sem o intenso trabalho de reorganização desenvolvido a partir de 2003, cujo objetivo final foi consolidar a credibilidade do grupo AES no Brasil a partir da obtenção de resultados mensuráveis a todas as partes interessadas (stakeholders). A estratégia passou pela reestruturação administrativa (com a reorganização do poder de decisão, a criação de áreas corporativas e o estímulo ao trabalho em equipe), pelo saneamento econômico-financeiro e pela melhoria operacional e de prestação de serviços. 8

Não menos importante foi o esforço contínuo e específico para resgate e consolidação da imagem do grupo, tanto junto ao público interno quanto externo. Também com status de prioridade estratégica, esse esforço foi calcado em ações específicas e na incorporação, pelos mais de 5,5 mil profissionais do grupo AES no Brasil, de valores (ética, transparência e pró-atividade) e práticas comprometidas com o desenvolvimento social e econômico e com a utilização sustentável dos recursos naturais. O fator mais importante para atingirmos esses resultados e o grande destaque do ano passado, para as empresas AES no Brasil como um todo foi a capacidade do desenvolvimento de pessoas. Por trás do investimento em programas de aperfeiçoamento profissional e pessoal esteve a consciência de que, mais do que máquinas e equipamentos, é o comportamento de cada um que determina o sucesso ou fracasso de uma companhia. Por essa razão, as companhias dedicaram especial empenho ao Programa de Desenvolvimento de Lideranças (para estimular a melhor gestão de pessoas e a motivação de equipes), ao Programa BBS (que incentiva o comportamento seguro como estratégia de prevenção de acidentes), além da permanente melhoria das condições de trabalho. O comprometimento das companhias do grupo AES no Brasil com a Sustentabilidade foi, portanto, uma exigência do processo de reestruturação. Os avanços verificados nesses três anos são mais um elemento a comprovar que a aplicação das práticas e valores da responsabilidade ambiental e social conceitos entendidos aqui em seu sentido mais amplo não são incompatíveis, mas elementos táticos de uma estratégia focada na obtenção de resultados econômico-financeiros consistentes. Um claro exemplo dessa sinergia são os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento voltados para a responsabilidade ambiental e segurança no trabalho. Além disso desenvolvemos projetos dentro do Programa de Eficiência Energética, que estimulam o consumo consciente e seguro da energia, com economia e maior competitividade para o cliente e preservação do meio ambiente. Outro exemplo é o Programa de Regularização de Ligações Elétricas da AES Eletropaulo, que incluiu no cadastro de clientes mais 80 mil famílias em 2006, no esteio de um conjunto de ações como a doação do padrão de entrada, orientação sobre consumo seguro e econômico de energia e instalação de salas de leitura em comunidades carentes. Mais do que um programa de redução de perdas de uma distribuidora de energia, a regularização atuou como programa de cidadania, a ponto de, no ano passado, atrair o apoio da USAID, a agência norte-americana para o desenvolvimento internacional, para o projeto em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. As companhias também colaboram com a sociedade ao fazer um melhor gerenciamento de custos entram aí ferramentas de gestão como o programa de qualidade AES Performance Excellence, o Work Management, que eleva a produtividade e melhora as condições de segurança dos colaboradores, e o Asset Management, que otimiza recursos investidos na busca da melhoria de indicadores técnico-operacionais. No caso das distribuidoras, todos esses ganhos vão contribuir para a modicidade tarifária. 9

Nada mais oportuno, portanto, do que reunir nesse pioneiro Relatório de Sustentabilidade de 2006 os três pilares deste conceito: o desempenho econômico/financeiro, a responsabilidade social e a responsabilidade ambiental. De maneira coerente com a estratégia corporativa, as ações não são descritas de maneira isolada, mas inseridas no contexto das atividades das companhias. Além disso, não estão apenas documentadas. São dimensionadas por indicadores (GRI - Global Reporting Initiative) que, utilizados internamente, fornecem parâmetros sobre o quanto e em que direção já se evoluiu e o quanto ainda é preciso evoluir. A agregação dessas práticas e conceitos não é um projeto estanque, mas um processo perene que deve permear e se acentuar cada vez mais no cotidiano das companhias, até passar a fazer parte da cultura de todos os seus profissionais. Um cotidiano que, em 2007 e 2008, de acordo com a estratégia corporativa traçada, continuará a abrigar o comprometimento com a sociedade e o meio ambiente, com a excelência técnica e operacional, com o desenvolvimento tecnológico e com o aperfeiçoamento da prestação de serviços, sem perder o foco da contenção de custos e do aumento de receitas. Todos instrumentos que, operados de maneira integrada, certamente favorecerão a obtenção de resultados consistentes para todos os nossos stakeholders. 1.1 Responsabilidade ambiental e social são elementos táticos de uma estratégia focada na obtenção de resultados econômicofinanceiros consistentes. 10

Governança Corporativa Transparência no relacionamento com acionistas, credores, colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade é um princípio valorizado pelos administradores e acionistas controladores da AES Eletropaulo, que entendem que práticas diferenciadas são essenciais para a gestão eficiente e estratégica dos negócios. Por isso, a AES Eletropaulo é integrante, desde 2004, do Nível 2 de Governança Corporativa, segmento de listagem da Bovespa que reúne empresas voluntariamente comprometidas em adotar elevados padrões de governança. Ao mesmo tempo, esse novo formato orienta a organização por processos e proporciona maior agilidade e qualidade na tomada de decisões. Código de Ética O relacionamento da AES Eletropaulo com seus diversos públicos, assim como os princípios que embasam e direcionam o modelo de trabalho da Companhia, está sedimentado em seu Código de Ética e Conduta de Negócios, disponível na intranet da Empresa. 4.6 4.9 Reorganização das áreas corporativas No segundo semestre de 2006, a AES Eletropaulo estabeleceu uma nova estrutura organizacional, com vistas a melhor ajustar seu modelo de gestão ao foco do crescimento sustentável de longo prazo. Todas as empresas do grupo AES no Brasil passaram por essa reestruturação e adotaram um modelo que proporciona maior autonomia e integração. Índice de Sustentabilidade Empresarial ISE A sintonia com as práticas diferenciadas e o respeito a acionistas, credores, colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade foi mais uma vez reconhecida em 2006. As ações da AES Eletropaulo permaneceram na revisão da carteira dos ativos que integram o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, realizada no mês de dezembro. 11

O ISE tem como objetivo ser uma referência de investimento socialmente responsável e de boas práticas no meio empresarial brasileiro, como transparência, ética, participação social e respeito ao meio ambiente. A nova carteira vigora até o dia 30 de novembro de 2007 e reúne 43 ações emitidas por 34 empresas de 14 setores, selecionadas a partir de uma pesquisa que verificou o desempenho das companhias abertas, segundo critérios de eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Sarbanes-Oxley A AES Eletropaulo, como subsidiária relevante da AES Corporation uma empresa norte-americana de capital aberto com ações listadas na Bolsa de Nova York, possui um Ambiente de Controles preparado para suprir sua matriz de informações exigidas pela Lei Sarbanes-Oxley desde 2004. 4.12 Controladoria de Assuntos Legais Com vistas a aprimorar o controle do processo de compras, orçamento e atividades contábeis, e para melhor alinhar os resultados do departamento com seus clientes internos, a função de controladoria foi implantada dentro da Vice- Presidência de Assuntos Legais da Companhia. Além disso, as áreas de Compliance e Auditoria Interna contribuíram significativamente para a revisão de contratos com terceiros. Também foi conduzida, pela Auditoria Interna, juntamente com um consultor contratado, uma força-tarefa especial para avaliar com precisão os depósitos judiciais da AES Eletropaulo e compará-los com as provisões feitas pela Empresa, de forma a garantir a consistência desses dados. Tal iniciativa serviu de instrumento para o desenvolvimento de novos procedimentos que visam prevenir erros e ajustes contábeis não-planejados. Conselho de Administração O órgão máximo da Companhia é o Conselho de Administração. Todo o planejamento estratégico e as soluções de questões relevantes estão sob sua responsabilidade. No atual mandato, esse Conselho é composto por onze membros efetivos e quatro suplentes, incluindo dois conselheiros independentes e um representante dos empregados. O Estatuto Social permite uma composição de até onze membros efetivos, incluindo dois membros independentes e um representante dos colaboradores. 4.1 4.2 4.3 1. Edifício Brasiliana, sede corporativa da AES Eletropaulo 12

Conselho Fiscal Por solicitação dos acionistas, foi instalado o Conselho Fiscal em abril de 2005. De funcionamento não-permanente, é composto por cinco membros efetivos e dois suplentes. O acionista controlador é representado por três integrantes. Os acionistas preferenciais e minoritários, por sua vez, podem indicar um integrante, respectivamente. 4.1 4.2 4.3 4.4 Diretoria As operações da Companhia são comandadas pela Diretoria Executiva, cuja missão é executar decisões estratégicas do Conselho de Administração, além da gestão direta dos negócios. É formada pelo Diretor-Presidente, o Diretor-Geral e por seis Diretores Vice-Presidentes. 4.1 Comitê de Auditoria e Ética Criado em abril de 2005, é um órgão consultivo e deliberativo, de caráter permanente. É composto por oito membros da Diretoria Executiva da Companhia, com mandato unificado de dois anos. Também conta com participação dos gerentes das áreas de auditoria interna e de ética e conduta corporativa/compliance, que se revezam na função de Secretário-Geral. O objetivo do órgão é assessorar a Diretoria Executiva por meio da análise, discussão e emissão de orientações e recomendações, que buscam garantir o cumprimento dos planos de auditoria interna e zelar pelo cumprimento do programa de compliance institucional, inclusive do Código de Ética e Conduta da AES Eletropaulo. Relações com Investidores A importância e compromisso com a transparência fazem com que a AES Eletropaulo atue focada em sempre aperfeiçoar o relacionamento com os participantes do mercado de capitais, de forma a aprimorar as informações divulgadas, assim como a agilidade na sua veiculação. Para atender plenamente às necessidades dos diferentes públicos que formam o mercado, a área de Relações com Investidores realizou apresentações e teleconferências, organizadas e conduzidas pelos integrantes da área. Em quatro teleconferências, foram divulgados os resultados de 2005 e os resultados trimestrais de 2006. A Companhia também participou de quatro eventos presenciais no Brasil e no exterior, que propiciaram maior exposição junto à comunidade de investidores locais e internacionais. Adicionalmente, os profissionais da área de Relações com Investidores atenderam investidores e analistas em 195 reuniões individuais, além de esclarecerem dúvidas da comunidade investidora em inúmeros e-mails e telefonemas diários. Para suprir as necessidades dos acionistas, a seção de Investidores do website da AES Eletropaulo inclui todas as informações e comunicados relevantes, balanços, informações anuais e demais dados de interesse desse público. Um dos principais feitos da área de Relações com Investidores no ano de 2006 foi o intenso trabalho realizado para o sucesso da oferta secundária de ações da AES Eletropaulo. 4.1 13

No dia 25 de setembro de 2006, 15,8 bilhões de ações preferenciais classe B (PNB) detidas pela AES Transgás Empreendimentos S.A. foram ofertadas no mercado. Após o exercício integral do lote suplementar de ações (green shoe), foram captados R$ 1,3 bilhão, integralmente utilizado para liquidar antecipadamente as debêntures da Brasiliana Energia S.A. junto ao BNDES. A equipe de Relações com Investidores organizou e participou, juntamente com o coordenador-líder da oferta, de um roadshow que envolveu um total de 158 visitas a investidores nacionais e estrangeiros, das quais 36 no Brasil (67% de adesão à oferta), 48 na Europa (23% de adesão à oferta) e 74 nos Estados Unidos (62% de adesão à oferta). Ações como essas levaram a AES Eletropaulo a ser finalista na categoria Relacionamento com Investidor do Prêmio Aberje, com o case Desafio da transparência em um setor repleto de peculiaridades. Auditoria A empresa Ernst & Young Auditores Independentes responde pela auditoria externa da AES Eletropaulo desde 2004, atendendo à obrigatoriedade de rodízio a cada cinco anos. Durante o ano de 2006, não foram contratados serviços complementares ou de consultoria com essa empresa, mantendo-se o foco de seus serviços exclusivamente em auditoria contábil, de forma a assegurar que não ocorra possibilidade de conflito de interesse. Comprometida com a transparência de suas informações, a AES Eletropaulo, em 2006, aperfeiçoou seus procedimentos de auditoria. Por meio da Auditoria Interna, juntamente com a contabilidade corporativa e a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, aumentou com sucesso o papel da área na inclusão de procedimentos de auditoria independente, desenhados para validar a exatidão e confiabilidade das informações financeiras sobre os negócios no Brasil. Além de essas auditorias passarem a ser realizadas trimestralmente, a área de Auditoria Interna ampliou sua participação na ajuda à Deloitte para conduzir os testes de Auditoria Externa da AES. 2.3 Estrutura Societária A AES Eletropaulo tem como acionistas controladores, por meio das empresas AES Elpa e Companhia Brasiliana de Energia, a AES Corporation (50,01% das ações ordinárias), companhia aberta norte-americana listada na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) e uma das maiores fornecedoras mundiais de energia elétrica, presente em 26 países, e o BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento (49,99% das ações ordinárias). A Companhia realizou no decorrer do ano uma reorganização societária, detalhada no capítulo Nossas Ações como Investimento. 4.10 3.13 14

Contexto Setorial Conjuntura Econômica em 2006 O consumo de energia elétrica tem forte correlação com o desempenho da economia e varia a partir dos níveis de atividade industrial, comercial, taxa de emprego e renda da população. Também a evolução dos índices inflacionários, da taxa de juros e do câmbio causam impacto nos resultados da Companhia, por serem determinantes nos reajustes tarifários e no pagamento de obrigações financeiras. Em 2006, a economia brasileira apresentou diversos indicadores positivos, como baixa taxa de inflação, saldo elevado na balança comercial, melhora na estrutura da dívida pública, com eliminação da dívida líquida cambial do setor público e forte expansão da massa salarial real, das vendas do comércio varejista e do crédito. Além disso, os indicadores financeiros de expectativas evoluíram muito favoravelmente. O risco Brasil e as taxas de juros de longo prazo chegaram aos seus menores níveis históricos. 2006 2005 Selic 1 13,19% 18,05% Taxa de câmbio (R$ X US$) 1 2,14 2,34 Valorização do real frente ao dólar 1 8,66% 11,82% IPCA 2 3,14% 5,69% IGP-M 2 3,85% 1,20% 1. Final do período 2. Acumulado no período 15

Desde setembro de 2005, o País vive um ciclo de queda da taxa de juros básica: a taxa Selic encerrou o ano em 13,19%, ante 18,05% ao final de 2005. Essa variação foi um dos principais fatores a contribuir para o significativo aumento da demanda doméstica em 2006, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), atingiu 4,3% no acumulado de 2006, acompanhando o crescimento de 3,7% do Produto Interno Bruto. De acordo com dados da Pesquisa mensal do Emprego do IBGE, o desemprego no Brasil mantevese praticamente estável no decorrer do ano, passando de 9,8% em 2005 para 10,0% em 2006. No entanto, o rendimento médio real teve alta de 4,5%, mantendo a trajetória de crescimento da massa salarial registrada desde janeiro de 2005 e proporcionando ganho de poder de compra à população. O IGP-M e o IPCA encerraram 2006 com taxas acumuladas de 3,85% e de 3,14%, respectivamente. Com relação ao comportamento cambial, a moeda nacional manteve a tendência de valorização frente ao dólar, registrando apreciação de 8,66% no ano. O atual modelo do setor foi elaborado com o objetivo de assegurar o atendimento de energia elétrica e a modicidade tarifária. Seu principal marco setorial é a Lei nº. 10.848, de março de 2004, que dispõe sobre a atuação dos agentes dos segmentos de geração, distribuição, transmissão e comercialização. Os contratos de concessão, firmados na época das privatizações, prevêem que as empresas concessionárias conciliem suas atividades básicas no caso da AES Eletropaulo, a distribuição de energia a iniciativas de desenvolvimento econômico e social, como a inclusão de pessoas de baixa renda na carteira de clientes. Adicionalmente, está previsto um trabalho no âmbito do desenvolvimento ambiental, uma vez que o insumo básico desses serviços é um recurso natural. Como poderá ser observado ao longo deste relatório, a AES Eletropaulo foi além das exigências legais, tanto nas atividades de responsabilidade social quanto naquelas relativas à preservação do meio ambiente. O Setor Elétrico e seu Ambiente Regulatório O setor elétrico brasileiro tem suas diretrizes estabelecidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além desses organismos, destacam-se, dentre os principais agentes institucionais: o Operador Nacional do Sistema (ONS), que tem a atribuição de coordenar e controlar a operação do Sistema Interligado; a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que é responsável pela contabilização e liquidação das transações no mercado de curto prazo e, sob delegação da Aneel, realiza os leilões de energia elétrica; e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que desenvolve os estudos e pesquisas para o planejamento do setor. Tarifas O reajuste tarifário médio de 11,45%, autorizado pela Aneel, foi aplicado à tarifa da AES Eletropaulo em 4 de julho de 2006. Por conta da redução de subsídios, os consumidores de alta tensão (grandes consumidores comerciais e industriais) tiveram percentuais de correção superiores aos de baixa tensão, conforme tabela: 16

Classe de Consumo índice Baixa Tensão -1,91% Alta Tensão 8,26% A2 (88 a 138 kv) 4,57% A3a (34,5 kv) 6,20% A4 (2,3 a 25 kv) 9,08% As tarifas de fornecimento de energia elétrica são reajustadas anualmente a partir de uma fórmula paramétrica prevista no Contrato de Concessão, que considera o repasse de custos não-gerenciáveis (encargos setoriais, custos de compra de energia para revenda e custos de transmissão) e a correção pelo IGP-M dos últimos doze meses dos custos gerenciáveis da Companhia (despesas operacionais, remuneração de ativos e depreciação). O Fator-X é subtraído dos custos gerenciáveis, visando devolver ao consumidor os ganhos de escala das concessionárias de distribuição de energia. No reajuste autorizado em 2006, foi ainda concedido um valor complementar de R$ 98 milhões, referente à recuperação de despesas adicionais com PIS e Cofins no período de 2002 a 2005, como decorrência das mudanças nas alíquotas e base de cálculo desses tributos. A cada quatro anos, a AES Eletropaulo passa por uma revisão tarifária, que visa restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias de energia em suas respectivas áreas de concessão. Em 2007, a AES Eletropaulo será uma das primeiras empresas do Brasil a passar pela segunda Revisão Tarifária, e já está se preparando para este evento desde maio de 2006. A Companhia vem revisando e reforçando os pontos que serão considerados pela Aneel, como as metodologias de avaliação de sua base de ativos pela qual será remunerada, e os custos e despesas operacionais da empresa de referência, a ser estabelecida pela agência reguladora. Multa zero A área responsável pelos assuntos de regulação da AES Eletropaulo tem trabalhado para normatizar seus processos internos, identificando possibilidades de melhoria em relação a marcos regulatórios. Essa iniciativa marca o pioneirismo da Companhia na criação de uma Certificação Regulatória no ambiente interno. Além disso, a AES Eletropaulo adota, há dois anos, procedimentos para gestão de riscos baseados no método COSO da Basiléia, mensurados em um Comitê de Gestão de Riscos Regulatórios para as empresas da AES no Brasil. Em 2006, pelo terceiro ano consecutivo, a AES Eletropaulo não sofreu qualquer multa. A Companhia negociou o fechamento de 229 processos de penalidades e multas recebidas entre os anos de 1998 e 2003, que somaram R$ 89 milhões em custos evitados. Grande parte desse resultado foi alcançada com a maior pró-atividade da Companhia com os órgãos reguladores, de acordo com a sua política de relacionamento próximo e transparente com todos os seus públicos. Como maior distribuidora de energia elétrica do País, a Companhia reforça continuamente sua presença e contribuição nas discussões de assuntos relacionados ao setor. Em 2006, manteve representantes ativos em 19 entidades e associações de classe, que envolvem a participação de mais de 200 profissionais. EN28 4.13 S08 PR9 1.2 17

Atividades Operacionais A atividade da AES Eletropaulo distribuição de energia elétrica é um serviço de utilidade pública, o que já representa uma responsabilidade social. Consciente disto, a Companhia procura segmentar seus serviços, uma vez que sua área de concessão reúne as mais diversas atividades econômicas ligadas à indústria, comércio ou serviços. Tal diversidade, reforçada pelo fato de essa área contar com a maior concentração populacional do País, faz com que a AES Eletropaulo sempre esteja preocupada em antecipar-se às necessidades de cada um dos grupos de clientes que atende. 2.7 Atividade Comercial Mercado O consumo total de energia (clientes cativos e livres) na área de concessão da AES Eletropaulo apresentou aumento de 4,6% em 2006, resultado da recuperação da economia, do aumento da renda e, conseqüentemente, do maior poder de compra da população. Essa variação é superior à média nacional, que no período evoluiu 3,8% de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O resultado justifica-se pelo fato de o Estado de São Paulo, com maior concentração de atividade econômica, população e PIB do País, responder mais rapidamente ao cenário de recuperação econômica que o País apresentou no decorrer o ano passado. 18

A AES Eletropaulo encerrou o ano contabilizando 5,5 milhões de clientes cadastrados. Esse total inclui o aumento líquido de 171 mil novos clientes, cuja abrangência resultou principalmente da estratégia de inclusão social desenvolvida pela Companhia, que vem regularizando ligações elétricas em comunidades de baixa renda. Outro fator que contribuiu para esse aumento foi a mudança do perfil econômico de algumas localidades da capital paulista, como áreas originalmente industriais que foram revitalizadas e transformadas em centros comerciais. Para o mercado cativo, foram distribuídos 31.656,1 GWh de energia em 2006 (excluindo o consumo próprio), montante praticamente equivalente ao do ano anterior (31.634,1 GWh). Esse desempenho reflete de forma positiva o crescimento do consumo residencial e comercial, mitigado, no entanto, pela migração de 46 unidades consumidoras para o ambiente de contratação livre e pelo resultado de programas de eficiência e racionalização no consumo de energia. Segmentação das vendas Clientes Residenciais com 5,0 milhões de clientes cadastrados ao final de 2006 (92,23% do total da Companhia), registrou crescimento de 6,9% no consumo de energia no ano. O desempenho foi influenciado positivamente pelo registro de 192 mil novos cientes, inclusive devido ao trabalho de regularização de ligações elétricas. A gradual recuperação da economia, que resultou no incremento da massa salarial e da demanda doméstica, também foi responsável pelo aumento de consumo dessa classe. Clientes Comerciais apresentou, em 2006, acréscimo de 3,2% em relação ao ano anterior, apesar da migração de 13 unidades consumidoras para o mercado livre ao longo do período. A evolução reflete, em especial, a forte expansão da massa salarial real, do crédito e, conseqüentemente, das vendas do comércio. Clientes Industriais - registrou redução de 12,9% em 2006, devido, principalmente, à migração de 33 unidades consumidoras cativas para a modalidade Livre. Comparação do Consumo em GWh (não considera consumo próprio) 2005 2006 0,1% 4,6% 6,9% -12,9% 3,2% -5,1% 34,2% Residencial Industrial Comercial P. Públicos e outros Consumidores Livres Mercado Cativo Mercado Total 11.863 12.687 7.580 6.606 9.593 9.898 2.598 2.465 4.865 6.527 31.634 31.656 36.499 38.183 19

Outros Clientes - inclui consumidores rurais, iluminação pública, poderes públicos e tração elétrica. Teve redução de consumo de 5,1% no ano. A evolução reflete principalmente a substituição, na iluminação pública, de antigas lâmpadas por novas, que consomem menos energia, dentro do Projeto Reluz de eficiência energética. Consumo de energia por classe GWh Residencial Comercial Industrial Livres Demais 2005 7,1% 13,3% 32,5% Clientes Livres embora não estejam na base regular de clientes, os consumidores da categoria Livre também contribuem com o faturamento por meio da Tusd Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição, responsável pela recuperação dos encargos setoriais, custos operacionais da distribuidora, impostos sobre a receita e remuneração do capital próprio e de terceiros. Em 2006, a receita líquida cresceu, com Tusd, 38,7%, reflexo do aumento de 34,2% do consumo de clientes livres, cujo número ao final de 2006 era de 185 ante 139 no ano anterior. A taxa de retenção de clientes potencialmente livres da AES Eletropaulo é de 83%, a mais alta entre as grandes distribuidoras do País. A Companhia renovou 21 contratos com clientes potencialmente livres no ano e prosseguiu com seu plano de fidelização, baseado em atividades como: workshops, cursos e lançamento de newsletter, venda de energias interruptíveis, negociação de contas com créditos de ICMS, projetos de eficiência energética e planos de benefícios (Gerenciamento de Carga e Manutenção Preventiva). 20,8% 2.7 26,3% Suprimento de Energia A energia distribuída pela AES Eletropaulo a seus clientes, em 2006, foi originária das seguintes fontes: 2006 17,1% 6,5% 33,2% 36,4% ou 13.914 GWh de leilões realizados no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), cuja tarifa média foi de R$ 63,87; 32,2% ou 12.293 GWh de Itaipu, energia comprada em dólares de caráter compulsório, 17,3% em montante estabelecido pela Aneel, cuja 25,9% tarifa média foi de R$ 87,83; 20

Balanço Energético 2006 Suprimento (GWh) Itaipu 12.317 Faturamento (GWh) Residencial 12.687 Bilat. Tietê 11.108 Comercial 9.898 Bilat. Uruguaiana 517 Energia Requerida Industrial 6.606 Bilat. Outros 259 37.801 P. Públicos e Outros 2.465 Proinfa 146 Consumo Próprio 33 Leilão 13.914 Perda Transmissão 900 CCEE -460 Perda Distribuição 5.211 Obs.: O Contrato de Itaipu do gráfico acima difere do apresentado no balanço, pois os valores contábeis de energia não apresentam perdas na rede básica contabilizadas pela CCEE. 29,1% ou 11.108 GWh do contrato bilateral de compra de energia com a AES Tietê, cuja tarifa média foi de R$ 133,29. Em 2006, a geradora passou a fornecer a totalidade de sua energia assegurada para a AES Eletropaulo; 2,0% ou 776 GWh de outros contratos bilaterais firmados junto a co-geradores de energia (biomassa) e à AES Uruguaiana, com vencimentos que vão de 2009 a 2013 e tarifa média de R$ 116,66; 0,4% ou 146 GWh do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas), cujo volume de compra de energia é estabelecido pela Aneel, de acordo com a participação de mercado cativo das distribuidoras, com tarifa média de R$ 284,70. Desde 15 de março de 2004, com o advento do Novo Modelo do Setor Elétrico, as distribuidoras podem adquirir energia apenas por meio de leilões regulados pela CCEE para atender ao crescimento da demanda. No entanto, os contratos bilaterais firmados anteriormente vigorarão até seu vencimento. A AES Eletropaulo participou de dois leilões de energia nova, adquirindo um total de 576.306 GWh de energia elétrica com início de suprimento em 2009 e 2011 (contratos de 15 e 30 anos). A Companhia não participou do quinto leilão de energia existente, que envolveu contratos com início de suprimento em 2007, pois já está 100% contratada para esse ano. 21

O volume da compra de energia é calculado com base em projeções de consumo para os próximos cinco anos. Em razão disso, a AES Eletropaulo utiliza um modelo estatístico de otimização e análise de risco, que determina o volume adequado de contratação. A estratégia de suprimento se baseia na manutenção do nível de contratação entre 100% e 103% da demanda projetada, de forma a evitar penalidades, conforme determina o Novo Modelo do Setor Elétrico. É prerrogativa das distribuidoras de energia, também de acordo com as regras do setor, a redução de contratos provenientes de leilões de energia existente, na medida em que os clientes migrem para o mercado livre. Indicadores de Qualidade Com a concessão para a distribuição de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo, a AES Eletropaulo busca, além de proporcionar esse serviço básico à população, oferecer a qualidade que o cliente requer e contribuir para o desenvolvimento social e o bem-estar geral. Dessa forma, todos os indicadores de qualidade regulados atingiram suas metas em 2006. Os índices DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Cliente) e FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção por Cliente), de 7,87 horas e 5,52 vezes, respectivamente, foram os menores já registrados na história da Companhia. A consolidação na automação das redes e centros de operação foi decisiva para esse bom desempenho. Para manter a qualidade dos serviços prestados e fazer frente às interrupções de fornecimento de energia provocadas pelas chuvas de verão, a Companhia desenvolve, todos os anos, a Operação Verão, uma força-tarefa para atender às emergências nessa época do ano. Precursora nesse planejamento para momentos de pico, a AES Eletropaulo conta com uma frota de motos, que precedem as equipes operacionais a fim de garantir o rápido deslocamento e a adoção das primeiras providências em casos de emergência. Também são previstos maiores recursos de equipamentos, como transformadores, cabos e outros materiais que permitam agilidade aos reparos de emergência, e reforço das equipes operacionais e de call center. 16,01 15,75 10,29 10,26 15,4 10,22 14,77 9,92 13,62 9,42 12,57 8,95 12,79 8,68 12,38 8,66 11,81 8,61 DEC (Horas) 18,21 10,19 19,43 10,90 11,44 9,2 8,99 7,51 11,09 8,68 8,21 6,91 8,94 6,41 9,08 6,83 7,87 5,52 FEC (Vezes) DEC Padrão Aneel 1998 1999 2000 2001 2002 sob o efeito do blacaute 2003 2004 2005 2006 FEC Padrão Aneel 22

Investimentos Em 2006, a AES Eletropaulo realizou investimentos no valor total de R$ 377,7 milhões, incluindo R$ 58,4 milhões de projetos autofinanciados (desembolso de clientes). O objetivo final dos investimentos realizados é a excelência operacional, de modo a aumentar a confiabilidade e a capacidade de atendimentos dos sistemas, melhorar os níveis de qualidade e eficiência operacional, minimizar perdas e oferecer o melhor atendimento aos públicos de todas as classes de consumo. Principais investimentos realizados em 2006: Inauguração de três novas subestações (ETD Taipas, ETD Raposo e ETD Represinha) que acrescentaram 160 MW de capacidade ao sistema e demandaram investimentos de R$ 3,8 milhões para conclusão dos projetos. Investimentos 2006 % Serviço ao Consumidor e Expansão do Sistema 137,9 36,5 Manutenção 54,1 14,3 Recuperação de Perdas 42,9 11,4 Tecnologia da Informação 54,6 14,5 Outros 29,7 7,9 Total Recursos Próprios 319,3 84,5 Autofinanciados 58,4 15,5 Investimento Total 377,7 100,0 23

Ampliação e reforma em outras cinco subestações e, como parte dessas ampliações, a construção de 12 novos alimentadores primários que demandaram R$ 10,8 milhões de recursos. Outros R$ 1,3 milhão foram direcionados para concluir a reconstrução da Linha de Subtransmissão Subterrânea Paula Souza Brás, na Capital paulista. Regularização de Ligações Elétricas, programa de cunho social e econômico. Relacionado à recuperação de perdas, inclui a adoção de novas tecnologias em equipamentos e medição que dificultam a realização de conexões irregulares. Essa iniciativa demandou R$ 42,9 milhões em investimentos. Na área de Tecnologia da Informação (TI), os investimentos na fase inicial do Projeto Genesis somaram, em 2006, R$ 54,6 milhões. O projeto, que consiste na ampliação e modernização do sistema de gestão de processos administrativos e de atendimento aos clientes, permitirá um avanço na padronização dos processos, com mais agilidade e confiabilidade na obtenção de informações por meio da solução SAP. O planejamento prevê redução do valor a ser investido nos anos subseqüentes, com investimentos de R$ 38,0 milhões em 2007 e R$ 18,5 milhões em 2008. Relacionamento com Clientes Alinhada ao princípio de sempre estar próxima e atenta às necessidades de seus clientes, a AES Eletropaulo mantém diversos programas e desenvolve uma série de atividades com o objetivo de oferecer maior facilidade e conforto aos seus consumidores. Para o segmento corporativo, foram realizadas ações de fidelização, como: Sete workshops técnico-comerciais Dez cursos de Usos Finais de Energia Cinco edições de newsletter bimestral Venda de energias interruptíveis (180 GWh no ano, em 720 contratos) Mais de cem projetos de eficiência energética Desenvolvimento de um software simulador contratual para auxiliar clientes na otimização da contratação de energia. PR5 1. Programa de Regularização inclui projetos de iluminação pública nos núcleos regularizados 2. Companhia promove seminários sobre contratação de energia para clientes corporativos 3. Consumidores podem solicitar serviços nos tótens de auto-atendimento 1. 2. 3. 24

Mais Eletropaulo Comunidades são postos de atendimentos instalados em comunidades carentes que, além dos serviços comerciais, oferecem facilidades adicionais à população, como acesso à biblioteca e internet grátis. Iniciativas como essas contribuíram para que a AES Eletropaulo apresentasse, em 2006, o maior índice brasileiro de retenção de clientes no ambiente cativo (83%) entre as distribuidoras de grande porte. Para os clientes de baixa tensão, a Companhia conta com uma ampla rede de atendimento apta a oferecer diversos serviços. A Empresa busca continuamente incorporar inovações e facilidades adicionais, de modo a atender as necessidades e anseios de seus clientes, indo além do atendimento estritamente comercial. O relacionamento com os clientes de baixa tensão é feito por meio de: 15 lojas de atendimento estrategicamente localizadas, compostas por show room, pré-atendimento, auto-atendimento e atendimento pessoal. 25 postos Mais Eletropaulo, sendo oito inaugurados em 2006. Os postos atendem a todas as solicitações de serviços comerciais, negociação de débitos e recebimento de contas. Dois postos Mais Eletropaulo Comunidades, instalados em comunidades carentes, com facilidades adicionais de acesso à biblioteca e internet grátis. Atendimento pela internet, inclusive via chat. O site oferece 32 serviços online e é preparado para o acesso de deficientes visuais. Call center, com sistemas inovadores como o melhor horário permite que o cliente agende um horário para receber a ligação da Companhia, evitando a espera e sistema prefixo atendimento eletrônico de emergência, com informações gravadas sobre ocorrências na região de origem da ligação. Em 2006, o Call Center atendeu 9,2 milhões de chamadas. Ouvidoria, que desenvolve um trabalho pró-ativo e preventivo com aos clientes. Com isso, obteve uma redução de registros: de 30 mil, em 2005, para pouco mais de 19 mil em 2006. Serviços de conveniências complementares aos clientes residenciais, como o Conte Comigo 24 horas (serviços de eletricista, encanador, chaveiro etc) e o Seguro Super Proteção Premiada. O Conte Comigo 24 horas foi premiado, em 2006, no 36º Top de Marketing da Associação de Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB), como case de Inovação de Produto Baseado em Pesquisa. PR5 4.15 ec8 25