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Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 24/2014 Goiás // Federal IPI Mostruário.... 01 // Estadual ICMS Consulta tributária... 04 // IOB Setorial Estadual Indústria e comércio de fósforo - ICMS - Redução de base de cálculo sobre a alíquota de 12% nas operações internas... 07 // IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação... 07 // IOB Perguntas e Respostas IPI DCTF - Obrigatoriedade... 09 Repenec - Habilitação - Requerimento......................... 10 Substituição tributária - Regime especial.... 10 ICMS/GO Fato gerador e incidência - Transferência de estoque de firma individual.. 10 Industrialização - Combustível utilizado no transporte - Hipóteses em que não configura como consumido no processo de industrialização... 10 ISS/Goiânia Infrações e penalidades - Exclusão da responsabilidade.... 10 Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de seguro a ICMS - Infrações e penalidades a ICMS - Substituição tributária - Regra geral

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : mostruário : IOB comente : IPI... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2174-6 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-04831 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Mostruário IPI SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência 3. Isenção 4. Retorno 5. Considerações quanto ao ICMS 6. Exemplo 1. Introdução A figura do mostruário é conceituada pela legislação fiscal como a remessa a título de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, nos termos da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 8/2008. Neste texto, examinaremos o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI para a saída de produtos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado a título de mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira) 2. Incidência A legislação não prevê benefício fiscal do IPI na saída de produto a título de mostruário, devendo a operação ser normalmente tributada, de acordo com a sua classificação fiscal e alíquotas previstas na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), exceto na hipótese de existência de benefício fiscal específico previsto na legislação para o produto (veja item 3). (RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 189; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) 2.1 Base de cálculo A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente. A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente Quanto ao alcance da expressão mercado atacadista da praça do remetente, os itens 6 e 7 do Parecer Normativo CST nº 44/1981, transcritos a seguir, trazem os seguintes esclarecimentos: Parecer Normativo CST nº 44/1981 Quando a determinação do valor tributável para efeito de cálculo do IPI for efetuada através dos preços praticados no mercado atacadista da praça do remetente, será considerado o universo das vendas realizadas naquela localidade. [...] 6. Registram os Dicionários de Língua Portuguesa que mercado, convencionalmente, significa a referência feita em relação à compra e venda de determinados produtos. 6.1 Isto significando, por certo, que numa mesma cidade, ou praça comercial, o mercado atacadista de determinado produto, como um todo, deve ser considerado relativamente ao universo das vendas que se realizam 3. Isenção naquela mesma localidade, e não somente em relação àquelas vendas efetuadas por um só estabelecimento, de forma isolada. 7. Por isso, os preços praticados por outros estabelecimentos da mesma praça que a do contribuinte interessado em encontrar o valor tributável do IPI através do preço corrente no mercado atacadista devem ser considerados para o cálculo.... (RIPI/2010, art. 192; Parecer Normativo CST nº 44/1981, itens 6 e 7) Conforme mencionado no item 2, inexiste qualquer benefício previsto na legislação para as saídas de produtos a título de mostruário. Contudo, determinados produtos são beneficiados com a isenção do imposto (isenção objetiva), benefício este aplicável nas saídas a qualquer título, inclusive a título de mostruário, como por exemplo: a) os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do estabelecimento industrial, desde que tenham gravadas, no solado, a expressão Amostra para viajante ; e Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 GO24-01

b) os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimentos com projetos aprovados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), exceto nas modalidades de acondicionamento ou reacondicionamento, destinados à comercialização em qualquer outro ponto do território nacional (consideradas as exceções previstas na legislação). (RIPI/2010, art. 54, V, e art. 81, II) 4. Retorno Considerando que normalmente os produtos enviados a título de mostruário são destinados a pessoas que não são contribuintes do ICMS e do IPI, portanto não obrigados à emissão de documentos fiscais, o seu retorno será acompanhado por carta ou memorando emitido pelo remetente, competindo ao vendedor a emissão da nota fiscal relativa à entrada do mostruário. A nota fiscal deverá ser emitida com todos os requisitos regulamentares e deverá conter, ainda, a indicação do número, da data da emissão da nota fiscal originária (de remessa do mostruário) e do valor do IPI destacado na nota fiscal de remessa. 6.1 Remessa Caso o destinatário assuma o encargo de retirar ou de transportar o produto, a referida nota fiscal relativa à entrada servirá para acompanhá-lo no seu trânsito. (RIPI/2010, art. 232) 5. Considerações quanto ao ICMS Os contribuintes do ICMS deverão observar a legislação vigente na Unidade da Federação onde se realizar a operação de remessa do produto. Saliente-se que o Ajuste Sinief nº 8/2008 dispõe sobre as remessas de mercadorias destinadas a mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008) 6. Exemplo A seguir, exemplificamos a forma de emissão do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), na remessa e no retorno de mostruário de produto normalmente tributado pelo IPI, remetido para pessoa física (vendedor). 24-02 GO Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

6.2 Retorno N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 GO24-03

a Estadual Consulta tributária ICMS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Competência 4. Conteúdo 5. Consulta inepta 6. Efeitos da consulta 7. Parecer normativo 8. Consulta tributária - Modelo 9. Jurisprudência 1. Introdução Analisaremos, neste texto, os principais aspectos fiscais relacionados ao instituto da consulta tributária, de acordo com o disposto na Lei nº 16.469/2009 - DOE GO de 22.01.2009. (Lei nº 16.469/2009) 2. Conceito A consulta tributária é o meio utilizado para a solução de dúvidas sobre a interpretação e a aplicação da legislação tributária, podendo ser formulada pelo sujeito passivo, pela entidade representativa de classe ou por órgão da administração pública. (Lei nº 16.469/2009, art. 47, I, e art. 48) 3. Competência A competência para apreciar o processo de consulta, a fim de solucionar dúvidas sobre a interpretação e a aplicação da legislação tributária, é da Superintendência de Administração Tributária. O processo é apreciado em instância única. (Lei nº 16.469/2009, art. 47, I, e art. 48) 4. Conteúdo A consulta deve conter: a) o número do processo a que se referir; b) a qualificação do requerente e, se for o caso, o número de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado; c) a qualificação do signatário e o seu número no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do Ministério da Fazenda; d) o endereço completo em que receberá as comunicações; e) a matéria determinada da consulta, com descrição detalhada do seu objeto e indicação das informações necessárias à sua elucidação; f) a declaração de que não se encontra sob procedimento fiscal; g) a declaração de que a matéria nela exposta não foi objeto, em relação ao consulente, de: g.1) lançamento que não tenha sido quitado; g.2) decisão administrativa ou judicial anterior. As declarações previstas nas letras f e g devem referir-se, no caso de sujeito passivo, a todos os estabelecimentos do consulente localizados no Estado de Goiás, e não se aplicam à entidade representativa de classe e ao órgão da administração pública. (Lei nº 16.469/2009, art. 4º, parágrafo único, e art. 48, 1º) 5. Consulta inepta O Superintendente de Administração Tributária deve declarar inepta a consulta e determinar o arquivamento do processo no caso de: a) a consulta: a.1) não ter sido formulada pelo sujeito passivo, por entidade representativa de classe ou por órgão da administração pública; a.2) ter sido protocolizada depois do vencimento da obrigação a que se refere; a.3) não descrever, com fidelidade, a matéria que lhe deu origem, em toda a sua extensão; a.4) ser meramente protelatória, versando sobre disposições claramente expressas na legislação tributária; a.5) versar sobre matéria objeto de: a.5.1) lançamento que não tenha sido quitado; a.5.2) decisão administrativa ou judicial anterior em relação ao consulente; b) o consulente encontrar-se sob procedimento fiscal. (Lei nº 16.469/2009, art. 49) 24-04 GO Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

6. Efeitos da consulta Nenhum procedimento fiscal, salvo no caso de ocorrência das situações previstas no tópico anterior, pode ser iniciado contra o sujeito passivo consulente, em relação à matéria objeto da consulta, no período que compreende a protocolização do processo de consulta e 20 dias contados da data em que o consulente tiver ciência da resposta. Uma vez respondida a consulta e cientificado o consulente, este deve de imediato proceder em estrita conformidade com a solução dada. O pagamento do tributo devido em decorrência da resposta à consulta será efetuado com atualização monetária, se for o caso, e acrescido de multa de mora no prazo de até 20 dias contados da data em que o consulente tiver ciência da resposta. O disposto neste tópico aplica-se a todos os estabelecimentos do consulente localizados no Estado de Goiás, assim como a todos os associados ou filiados de entidade representativa de classe. A resposta à consulta perde automaticamente o seu efeito caso seja contraditada por norma superveniente. (Lei nº 16.469/2009, arts. 50 e 51) 7. Parecer normativo O Superintendente de Administração Tributária pode editar parecer normativo referente à matéria tributária objeto de reiteradas consultas por parte de sujeito passivo ou que necessite de orientação e esclarecimento quanto a sua interpretação e aplicação. O parecer normativo constitui norma complementar da legislação tributária. (Lei nº 16.469/2009, art. 52) 8. Consulta tributária - Modelo Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 GO24-05

9. Jurisprudência A seguir, transcrevemos ementas de acórdãos extraídos do site da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, cuja utilização, pelos contribuintes, não dispensa a consulta ao texto original publicado no Diário Oficial. 01357/11 ICMS. Obrigação tributária principal. Substituição Tributária pelas Operações Posteriores. Alíquota incorreta. Preliminar de nulidade do auto de infração por estar a autoridade fiscal impedida de efetuar o lançamento tributário. Contribuinte sob os efeitos da consulta. Acolhimento. Decisão unânime. I - O contribuinte, estando sob os efeitos da consulta que formaliza a espontaneidade, em face das garantias oferecidas ao contribuinte, a autoridade lançadora fica impedida de lavrar auto de infração em relação a matéria objeto da consulta. II - Somente após a ciência formal da decisão proferida pela administração, e decorrido o prazo legal para a adoção das providências, sem que as tenha adotado é que cabe a constituição do crédito tributário. 00649/11 ICMS. Obrigação principal. Aproveitamento indevido de crédito. PRELIMINARES 1. Insegurança na determinação da infração. Rejeitada unânime. A descrição do fato juntamente com a nota explicativa e as planilhas demonstrativas, inclusive a resposta proferida em solução à consulta formulada pela própria empresa autuada, não deixa dúvida de que está devidamente apresentada a questão ao sujeito passivo 2. Cerceamento ao direito de defesa. Rejeitada. Decisão unânime. Não ocorreu limitação ou obstáculo à parte de se defender da forma legalmente permitida, afastando qualquer prejuízo em relação ao seu objetivo processual. MÉRITO. Procedente em parte. Decisão não unânime. A apropriação do crédito decorrente da entrada de bem destinado ao ativo imobilizado deve levar em consideração a proporcionalidade dos serviços tributados em relação ao total dos serviços prestados no período. 00648/11 ICMS. Obrigação principal. Aproveitamento indevido de crédito. PRELIMINARES 1. Insegurança na determinação da infração. Rejeitada unânime. A descrição do fato juntamente com a nota explicativa, as planilhas demonstrativas, inclusive a resposta proferida em solução à consulta formulada pela própria empresa autuada, não deixa dúvida de que está devidamente apresentada a questão ao sujeito passivo 2. Cerceamento ao direito de defesa. Rejeitada. Decisão unânime. Não ocorreu limitação ou obstáculo à parte de se defender da forma legalmente permitida, afastando qualquer prejuízo em relação ao seu objetivo processual. DECADÊNCIA. Rejeitada. Decisão não unânime. O direito da Fazenda Pública Estadual de constituir o crédito tributário é de cinco anos a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. (art. 182, I, CTE) MÉRITO. Procedente em parte. Decisão não unânime. O sujeito passivo deve estornar o imposto de que tiver creditado, relativamente à entrada da mercadoria destinada ao ativo imobilizado, proporcionalmente à parcela das operações isentas ou não-tributadas. (art. 61, I, c, CTE). 03743/10 ICMS. Obrigação tributária principal. Aproveitamento indevido do benefício da isenção, nas operações descritas nas notas fiscais relacionadas nas fls. 32/33, cujas cópias se encontram anexadas nos autos, porquanto não tiveram o internamento confirmado pela SUFRAMA, de acordo com as consultas também anexadas ao processo. Improcedência. Decisão por maioria. Decadência em relação ao período de março a agosto de 2002. Acolhida. Decisão por maioria. Preliminar de exclusão do sujeito passivo solidário Luiz Antônio Nogueira. Acolhida. Decisão por maioria. Quando o sujeito passivo apresentar provas capazes de ilidir a pretensão fiscal, o auto de infração deverá ser julgado improcedente. 02993/10 ICMS. Obrigação principal. Preliminar de nulidade do auto de infração por estar a autoridade fiscal impedida de efetuar o lançamento tributário. Contribuinte sob os efeitos da consulta. Acolhimento. Decisão unânime. I - O contribuinte estando sob os efeitos da consulta que formaliza a espontaneidade, em face das garantias oferecidas ao contribuinte, a autoridade lançadora fica impedida de lavrar auto de infração em relação a matéria objeto da consulta. II - Somente após a ciência formal da decisão proferida pela administração e decorrido o prazo legal para a adoção das providências, sem que as tenha adotado é que cabe a constituição do crédito tributário. III - Estando provado que o lançamento foi efetuado por autoridade impedida, o processo deve ser declarado nulo ab initio, nos termos do artigo 20, inciso I, da Lei nº 16.469/09. 02494/10 ICMS. Obrigação principal. Aproveitamento indevido de crédito. Contribuinte sob os efeitos da espontaneidade e da consulta. Nulidade. Decisão unânime. I - Encontrando-se o contribuinte sob os efeitos da espontaneidade e da consulta, tendo em vista as garantias oferecidas ao contribuinte, a autoridade lançadora fica impedida de constituir o crédito tributário. II - Somente após a ciência formal das decisões proferidas pela administração e decorrido o prazo legal para sua adoção, sem que as tenha adotado é que cabe a constituição do crédito tributário. 01297/09 ICMS. Obrigação principal. Aproveitamento indevido de crédito. Não observação da regra contida no artigo 58, 6º, l do CTE e artigo 46, 4º, l, do RCTE. Preliminares de nulidade não acatadas. Decisão unânime. Decadência parcial rejeitada. Mantida a decisão recorrida. Decisão não unânime. 1 - Pedidos de nulidade processual, não amparados nas normas legais em vigor não devem ser acatados. 2 - Respostas formuladas em consulta devem ser adotadas pelos contribuintes. 3 - É lícito ao fisco exigir o estorno de créditos apropriados a maior quando, em decorrência do contribuinte não ter observado as normas estabelecidas no artigo 58, do CTE e artigo 46, parágrafo 4, do RCTE. 4 - Manutenção da decisão de procedência do auto de infração. N 24-06 GO Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

a IOB Setorial Estadual Indústria e comércio de fósforo - ICMS - Redução de base de cálculo sobre a alíquota de 12% nas operações internas O fósforo antigo nome do planeta Vênus foi descoberto pelo alquimista alemão Henning Brand, em 1669, na cidade de Hamburgo, ao destilar uma mistura de urina e areia na procura da pedra filosofal. A descoberta chegou ao conhecimento do físico inglês Robert Boyle que criou, 11 anos mais tarde, uma folha de papel áspero com a presença de fósforo, acompanhada de uma varinha com enxofre (elemento que se incendeia com facilidade) em uma das pontas. O calor causado pela fricção do palito com a superfície áspera fazia o fósforo liberar faíscas, incendiando o enxofre. O invento, no entanto, ainda era uma curiosidade muito cara. Foi apenas um século depois, em 1826, que os palitos de fósforos, então com 8 centímetros de comprimento, começaram a se popularizar. O inconveniente era que eles costumavam se incendiar sozinhos dentro da embalagem. Esse problema seria resolvido somente em 1855 com o surgimento do fósforo de segurança, recoberto com um agente isolante para não pegar fogo à toa. Os fósforos de segurança estão de tal maneira, integrados na vida do homem, que muitas pessoas chegam a duvidar que eles não tenham existido durante muitos séculos, principalmente porque o conhecimento do fogo e de seus usos pertence a toda a humanidade, sendo rara a tribo selvagem que ignora por completo a sua existência. No Brasil, são fabricados somente fósforos de segurança porque aquele que risca em qualquer lugar é considerado perigoso. No exterior, ambos ainda estão no mercado, assim como outro que, de início, recebe uma cabeça com massa de fósforo de segurança e, em seguida, por cima da cabeça, uma pequena quantidade de massa de fósforo que permite riscar em qualquer lugar. O Estado de Goiás prevê a alíquota de ICMS de 12% na operação interna de alguns produtos em virtude de sua essencialidade, entre estes produtos encontra-se o fósforo (RCTE-GO/1997, art. 20, 1º, II, a, item 9). O fósforo é considerado produto da cesta básica e, assim, é beneficiado com a redução de base de cálculo do ICMS de tal forma que resulte sua aplicação sobre o valor da operação do equivalente ao percentual de 7% na operação interna. Esclarecemos que, para calcular a base de cálculo reduzida basta multiplicar a base de cálculo normal por 0,583333, e para o cálculo do ICMS devido o contribuinte deverá aplicar a alíquota de 12% sobre o valor da base de cálculo reduzida. (RCTE-GO/1997, art. 20, 1º, II, a, item 9, Anexo IX, art. 8º, XXXIII; Convênio ICMS nº 128/1994; http://www.swedishmatch.com.br/main_produtos_fosforos_historia.html) N a IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação Caracteriza-se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo. Os diversos processos de industrialização são os mencionados nos incisos I a V do caput do art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, quais sejam: transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou recondicionamento. Entretanto, não são consideradas industrialização, perante a legislação do IPI, as operações com as seguintes características: a) o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 GO24-07

a.1) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou a.2) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; b) o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; c) a confecção ou preparo de produto de artesanato; d) a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador; e) o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; f) a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; g) a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória; h) a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: h.1) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); h.2) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou h.3) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; i) a montagem de óculos, mediante receita médica; j) o acondicionamento de produtos classificados nos capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal e semelhantes, conforme segue: j.1) Capítulo 16: preparações de carne, de peixes e de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; j.2) Capítulo 17: açúcares e produtos de confeitaria; j.3) Capítulo 18: cacau e suas preparações; j.4) Capítulo 19: preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria; j.5) Capítulo 20: preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras plantas; j.6) Capítulo 21: preparações alimentícias diversas; e j.7) Capítulo 22: bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; k) o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; l) o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; m) a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura; n) a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento comercial varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas; e o) a operação de que resultem os produtos relacionados na subposição 2401.20 da TIPI (tabaco total ou parcialmente destalado), quando exercida por produtor rural pessoa física. Note-se que os produtos, partes ou peças empregados nas operações de que trata a letra h não estão excluídos da incidência do IPI, de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 5º do RIPI/2010. Para efeito de aplicação da legislação, produto de artesanato é o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural (física), nas seguintes condições: a) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados; e 24-08 GO Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

b) quando o produto for vendido a consumidor, diretamente ou por intermédio de entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido. Por outro lado, oficina é o estabelecimento que emprega, no máximo, 5 operários e, quando utiliza força motriz, não dispõe de potência superior a 5 kw; e trabalho preponderante é o que contribui, no mínimo, com 60%, no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra. Nos termos do 2º do art. 10 do Decreto-lei nº 1.950/1982, consideram-se: a) controladora ou controlada - qualquer pessoa que se enquadre nas definições contidas nos arts. 116 e 243, 2º, da Lei nº 6.404/1976; e b) interligadas - as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Portanto, as empresas são consideradas: a) interdependentes: a.1) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; a.2) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; a.3) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; a.4) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda a IOB Perguntas e Respostas IPI DCTF - Obrigatoriedade 1) Quem está obrigado à entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)? Deverão apresentar a DCTF Mensal, desde que tenham débitos a declarar: quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto; a.5) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado; b) controladora: a definida pelo art. 116 da Lei nº 6.404/1976, o qual dispõe que se entende por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: b.1) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e b.2) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia; c) controlada: c.1) a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; c.2) a sociedade cujo controle, referido na letra antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas; e d) interligadas: as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Observar, ainda, que não é caracterizada a interdependência mencionada nas letras a.3 e a.4 para venda de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador. (Decreto-lei nº 1.950/1982, art. 10, 2º; Lei nº 6.404/1976, arts. 116, caput, e 243, 2º; Código Civil - Lei nº 10.406/2002, art. 1.098; RIPI/2010, arts. 4º, caput, 5º, 7º e 612) N a) as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz; b) as unidades gestoras de orçamento das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 GO24-09

dos órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; c) os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício. Considera-se unidade gestora de orçamento aquela autorizada a executar parcela do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, art. 2º, caput, 3º) Repenec - Habilitação - Requerimento 2) Que tipo de pessoa jurídica poderá requerer habilitação para efetuar aquisições e importações de bens e serviços no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Repenec)? A habilitação para efetuar aquisições e importações de bens e serviços no Repenec somente poderá ser requerida por pessoa jurídica de direito privado, titular de projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste, nos setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e ureia a partir do gás natural. (Instrução Normativa RFB nº 1.074/2010, art. 5º) Na transferência de estoque em procedimento de integralização de capital em sociedade comercial, com a mercadoria proveniente do fundo de estoque decorrente do encerramento de atividade de firma individual, não incide o ICMS. (RCTE-GO/1997, art. 79, I, f, item 2) Industrialização - Combustível utilizado no transporte - Hipóteses em que não configura como consumido no processo de industrialização 5) Em que situações o combustível utilizado no transporte não é considerado como consumido no processo de industrialização? Não se considera consumido no processo de industrialização o combustível utilizado para o transporte: a) da matéria-prima do local de sua extração ou produção até o local de início da linha de produção ou de armazenamento; b) da matéria-prima do local de armazenamento até o local de início da linha de produção; c) do produto em elaboração entre os diversos locais de industrialização, nos casos em que a industrialização do produto seja executada por etapas. (Instrução Normativa GSF nº 990/2010, art. 4º, 2º) Substituição tributária - Regime especial 3) Qual é o conceito de substituto e substituído perante a legislação do IPI? Para fins de solicitação de regime especial do IPI, considera-se: a) contribuinte substituto - o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que recebe produtos saídos do estabelecimento substituído com suspensão do IPI; e b) contribuinte substituído - o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão do IPI, para o contribuinte substituto. (Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º) ICMS/GO Fato gerador e incidência - Transferência de estoque de firma individual 4) Como é tributada a integralização de capital na transferência de estoque de firma individual? ISS/Goiânia Infrações e penalidades - Exclusão da responsabilidade 6) Em que caso é excluída a responsabilidade referente à infração tributária ao ISS em Goiânia? A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Não se considera espontânea a denúncia apresentada depois do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionada à infração. (RCTM-Goiânia/1996, art. 31) 24-10 GO Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB