Poluição do Solos (Meio Urbano) CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA Gerenciamento Ambiental Prof: Thiago Edwiges
2 CONCEITO ABNT NBR 10.004/2004: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível
3 CLASSIFICAÇÃO A Norma NBR 10.004/2004 classifica os resíduos em: Resíduos Classe I (Perigosos): são aqueles que apresentam periculosidade ou uma das seguintes características: Inflamabilidade (ex. pólvora suja, frascos pressurizados de inseticidas); Corrosividade (ex. resíduos industriais contendo ácidos ou bases fortes); Reatividade (ex. resíduos contendo substâncias reativas em água); Toxicidade (ex. lodo contendo altas concentrações de metais pesados), e Patogenicidade (ex. materiais com presença de vírus e bactérias).
4 CLASSIFICAÇÃO Resíduos Classe II (Não Perigosos) Resíduos Classe II A (Não inertes): são aqueles que não se enquadram nas demais classificações e podem apresentar algumas propriedades, tais como: Combustibilidade (ex. restos de madeira, papel, etc.); Biodegradabilidade (ex. restos de alimentos, etc.), e Solubilidade em água (ex. lodos de processos contendo sais solúveis).
5 CLASSIFICAÇÃO Resíduos Classe II (Não Perigosos) Resíduos Classe II B (Inertes): quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água (excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor).
6 CLASSIFICAÇÃO Classe I Classe IIA Classe IIB Lâmpadas Plástico Material de construção Baterias Papelão Vidro Óleo Sucata metálica Cerâmica Graxa Madeira Solventes Hexano Acetona
7 CLASSIFICAÇÃO Existem uma série de outras classificações de resíduos sólidos, segue algumas classificações usuais: lixo domiciliar; lixo comercial; lixo institucional; lixo público; lixo especial; lixo de unidades de saúde; lixo séptico ou resíduos infectantes; lixo industrial; lixo urbano.
8 CLASSIFICAÇÃO Responsabilidade pelos resíduos gerados Domiciliar (Prefeitura); Comercial (Prefeitura ou gerador); Público (Prefeitura); Agrícola (Gerador); Saúde (Gerador); Industrial (Gerador); Portos, aeroportos, etc. (Gerador); Entulho (Gerador).
9 RESÍDUO DOMICILIAR Gerado das atividades diárias nas residências, constituído de restos de alimentos, embalagens, jornais, revistas, plásticos, vidros, latas, material de varredura, etc. Composição média brasileira
10 RESÍDUO DOMICILIAR Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil (PRSB) de 2005, o Brasil produz diariamente 173.524 toneladas de resíduos. Quanto mais desenvolvido é o local gerador: - maior a quantidade gerada; - menor a porcentagem de orgânicos. Mesmo assim, a porcentagem de orgânicos costuma ser sempre a maior dentre os resíduos (50% a 60%). País Per capita (kg/hab.dia) Brasil 0,5 a 1,0 EUA 1,80 Índia 0,10 a 0,25
11 RESÍDUO COMERCIAL Aquele originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes etc. Papel, Plásticos, Alumínio, Isopor.
12 RESÍDUO PÚBLICO Constituído de resíduos da varrição, capina e raspagem provenientes dos logradouros públicos (ruas, praças, etc.), bem como animais mortos, entulhos de obras, móveis velhos, galhos grandes e outros materiais deixados pela população indevidamente nas ruas.
13 RESÍDUOS ESPECÍFICOS Resíduos de Serviços de Saúde: Alvo de legislação específica pela resolução 358/2005 do CONAMA e pela RDC 306/2004 da ANVISA; Pilhas, baterias e acumuladores eletroquímicos: Abrangidos pelas resoluções CONAMA 257/1999 e 263/1999. Pneus, pneumáticos e similares: Alvo de legislação específica pelas resoluções CONAMA 258/1999 e 301/2002. Óleos lubrificantes usados: Abrangidos pela resolução CONAMA 362/2005. Outros, como materiais de construção, lodos de ETEs, bifenilas policloradas, entre outros.
14 CARACTERIZAÇÃO Características do resíduo importantes para o planejamento de formas de tratamento, reutilização, ou reciclagem: - Composição gravimétrica; - Peso específico (densidade); -Teor de umidade; - Produção per capita; - Poder calorífico; - Composição química; e - Porcentagem de M.O., - Relação C/N, etc.
15 ACONDICIONAMENTO Resolução CONAMA 275 de 2001: AZUL: Papel e papelão; VERMELHO: Plástico; VERDE: Vidro; AMARELO: Metal; PRETO: Madeira; LARANJA: Resíduos perigosos; BRANCO: Resíduos ambulatoriais ou de serviços de saúde; ROXO: Resíduos radioativos; MARROM: Resíduos orgânicos, e CINZA: Resíduos não recicláveis ou misturados.
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17 COLETA Observando... Você sabe o dia e o horário de coleta de lixo na rua onde reside? Você percebe alguma metodologia utilizada pelos funcionários que coletam o lixo para facilitar seu trabalho? Como é o veículo que transporta os resíduos onde você mora?
18 COLETA Tipos de resíduos que serão coletados, pontos e frequência de coleta: Diária: ideal para o usuário no que diz respeito a saúde pública; Três vezes: ideal para o sistema, considerando custo e benefício; Duas vezes: mínimo admissível, sob o ponto de vista sanitário. Horário da coleta Diurna: mais econômica e possibilita melhor fiscalização do serviço; interfere no trânsito e causa maior desgaste trabalhadores. Noturna: indicada para áreas comerciais e turísticas, não atrapalha o transito e o resíduo não fica exposto durante o dia; causa incomodo pelo ruído, dificulta a fiscalização e aumenta o custo da mão-de-obra.
19 RECICLAGEM É o processo pelo qual alguns materiais que já foram utilizados, podem ser reaproveitados como matéria-prima na manufatura de novos produtos, retornando assim, ao ciclo de consumo. Diminui a extração de recursos naturais; Gera economia de matéria prima e energia; Evita que o material utilizado seja jogado no ambiente e cause poluição; Gera empregos; Preserva o Meio Ambiente; Criação de novos produtos; Gera qualidade de vida.
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21 TRATAMENTO Define-se tratamento como uma série de procedimentos destinados a reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos, seja impedindo descarte de lixo em ambiente ou local inadequado, seja transformando-o em material inerte ou biologicamente estável: Tratamentos mais utilizados Compostagem, Incineração, Aterros sanitários.
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23 COMPOSTAGEM Processo mais antigo de tratamento dos resíduos sólidos, principalmente no Oriente antigo; Importância: quantidade de material orgânico nos resíduos sólidos, em torno de 60%; Ocorre pela fermentação natural da matériaorgânica. Utilização do composto orgânico: Maior retenção de água; Auxílio ao desenvolvimento de vermes benéficos à agricultura; Recuperação de solos exauridos pelo uso de fertilizantes químicos. O processo completo normal leva 2 a 6 meses quando aeróbico, e mais de 6 quando anaeróbico.
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26 COMPOSTAGEM Compostagem de lodo séptico com resíduos de poda PROSAB - Sanepar
27 COMPOSTAGEM Aeração/Oxigenação Fatores que influenciam a compostagem A falta de oxigênio pode liberar odores desagradáveis, provenientes de produtos de decomposição anaeróbia como gás sulfídrico. A aeração pode ser natural ou forçada para sistema estático de compostagem. A aeração natural pode ser feita através de revolvimento ou introdução de tubos curtos e perfurados no interior da leira ou pilha. A aeração forçada é feita por introdução ou sucção de ar no interior da leira ou pilha.
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29 COMPOSTAGEM Fatores que influenciam a compostagem Matéria-prima Relação carbono/nitrogênio (C/N): 30-40/1, ideal para o desenvolvimento dos microorganismos; Umidade: 45% a 70% (ideal para atividade biológica); Tamanho da partícula: Materiais com tamanhos menores se decompõem mais rapidamente. Material indesejável do ponto de vista estético e de segurança de manuseio: pedaços de vidro, metal, plástico, etc.
30 INCINERAÇÃO A incineração é um processo de decomposição térmica, onde há redução de peso, do volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a conseqüente eliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade através da combustão controlada. A redução de volume é geralmente superior a 90% e em peso, superior a 75%. Utilização no tratamento de: Resíduos industriais perigosos; Resíduos de serviços de saúde.
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32 INCINERAÇÃO Características do processo de incineração Poluição do ar causada e incapacidade de destruir alguns materiais perigosos, como os metais pesados e os materiais radioativos; Deve-se queimar o material a uma temperatura acima de 800 C (na faixa de 800 a 1000 C); Os gases gerados são principalmente CO 2, SO 2, H 2 S, NO 2, N 2, O 2 ; (combustão completa); NO e CO (combustão incompleta); Presença de cloro: emissão de dioxinas e de furanos, que são tóxicos, comprovadamente cancerígenos, e que apresentam grande efeito residual.
33 ATERRO Aterro Controlado: é o confinamento dos resíduos sólidos por camadas de terra/argila, sem compactação. Principais impactos: Minimização da poluição visual; Desconsidera a formação de líquidos e gases; Não reduz a poluição do solo, água e atmosférica (não há impermeabilização ou sistemas de drenagem). Técnica preferível ao lançamento a céu aberto (Lixões), porém não substitui o aterro sanitário.
34 ATERRO Aterro Sanitário: Consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos. Critérios de engenharia: Confinamento dos resíduos; Sistema de drenagem das águas de chuva; Coleta do lixiviado (chorume); Drenagem e queima/utilização gases gerados.
35 ATERRO Odores; Emissão de metano; Catadores; Vetores; Contaminação do lençol. Resíduos levados pelo vento; Escoamento superficial de chorume;
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40 VANTAGENS X DESVANTAGENS MÉTODO VANTAGENS DESVANTAGENS Aterro Sanitário - Baixos custos de implantação e operação; - Grande flexibilidade operacional; - Utilização futura da área; - Geração de gás que pode ser aproveitado. - Necessidade de grandes áreas; - Altos custos de transporte; - Geração de percolados líquidos; - Desvalorização de áreas adjacentes; Compostagem - Redução da quantidade de resíduos aterrados; - Tratamento de quaisquer resíduos orgânicos; - Recuperação de solos agrícolas; - Reintrodução de elementos no sitema natural; - Necessidade de triagem; - Dificuldade para grandes variações; - Condições de comércio flutuantes; - Necessidade de operação eficaz. Incineração - Redução de volume e de peso; - Necessidade de áreas reduzidas; - Eliminação sanitária segura; - Geração de energia. - Altos custos de implantação; - Altos custos de operação; - Possível geração de resíduos perigosos; - Necessidade de disposição de cinzas.
DÚVIDAS?? PERGUNTAS?? 41