INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS
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- Lucinda Prada Barata
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1 INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS A INCINERAÇÃO É UM PROCESSO DE TRATAMENTO QUE EMPREGA A DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA VIA OXIDAÇÃO À ALTA TEMPERATURA (USUALMENTE > 900ºC), TENDO COMO OBJETIVO DESTRUIR A FRAÇÃO ORGÂNICA DO RESÍDUO, REDUZIR O SEU VOLUME E TORNÁ-LO MENOS TÓXICO OU ATÓXICO.
2 TIPOS DE RESÍDUOS PASSÍVEIS DE SEREM INCINERADOS RESÍDUOS ORGÂNICOS CONSTITUÍDOS DE C, H E/OU O; RESÍDUOS ORGÂNICOS CONSTITUÍDOS DE C,H E/OU O E Cl< 30%; RESÍDUOS ORGÂNICOS COM PCI> 4700 kcal/kg; RESÍDUOS ORGÂNICOS PERIGOSOS, PERSISTENTES E ALTAMENTE INFLAMÁVEIS ( SOLVENTES, ÓLEOS NÃO PASSÍVEIS DE RECUPERAÇÃO, DEFENCIVOS AGRÍCOLAS HALOGENADOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS); RESÍDUOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS OU COM BAIXO PONTO DE FULGOR; RESÍDUOS ORGÂNICOS APRESENTANDO LIGAÇÕES COM HALOGÊNIO, CHUMBO, MERCÚRIO, CÁDMIO, BÁRIO,NITROGÊNIO, FÓSFORO OU ENXOFRE; RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE.
3 CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO PARA INCINERAÇÃO CARACTERÍSTICAS DAS MATÉRIAS-PRIMAS EMPREGADAS E EFICÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO; QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS POR PONTO DE GERAÇÃO; ESTADO FÍSICO; PODER CALORÍFICO; VISCOSIDADE (PARA OS LÍQUIDOS); DENSIDADE, VISCOSIDADE E PORCENTAGEM DE SÓLIDOS (PARA AS LAMAS); DENSIDADE (PARA OS GASES); CORROSIVIDADE; COMPOSIÇÃO QUÍMICA (LISTAGEM 4 DA NBR ); COMPOSIÇÃO ELEMENTAR (C, H, O, P, Cl, F, I, Br, N, S, METAIS E CINZAS).
4 INCINERAÇÃO O PROCESSO DEVE SER VISTO COMO UM CONJUNTO DE CINCO SISTEMAS: PREPARAÇÃO E ALIMENTAÇÃO DO RESÍDUO; COMBUSTÃO DO RESÍDUO; CONTROLE DOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS; CONTROLE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS; MANUSEIO, ACONDICIONAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE CINZAS E RESÍDUOS.
5 PREPARAÇÃO E ALIMENTAÇÃO O ESTADO FÍSICO DO RESÍDUO DETERMINA O MÉTODO ADEQUADO DE ALIMENTAÇÃO. LÍQUIDOS SÃO MISTURADOS E BOMBEADOS PARA AS CÂMARAS DE COMBUSTÃO ATRAVÉS DE BICOS SPRAYS OU QUEIMADORES ATOMIZADORES. RESÍDUOS CONTENDO SÓLIDOS EM SUSPENSÃO PODEM PRECISAR SER FILTRADOS PARA EVITAR O ENTUPIMENTO DOS BICOS SPRAYS OU ABERTURAS NO ATOMIZADOR. RESÍDUOS LÍQUIDOS, SEMPRE QUE POSSÍVEL, SÃO PREPARADOS PARA OBTER UM PODER CALORÍFICO > Btu/lb, CASO CONTRÁRIO, PODEM REQUERER COMBUSTÍVEL SUPLEMENTAR. A MISTURA DE RESÍDUOS PODE SER PREPARADA ANTES DA ALIMENTAÇÃO OU OS RESÍDUOS DIFERENTES PODEM SER INTRODUZIDOS NA CÂMARA DE COMBUSTÃO ATRAVÉS DE SPRAYS SEPARADOS.
6 PREPARAÇÃO E ALIMENTAÇÃO A MISTURA DE RESÍDUOS É TAMBÉM UTILIZADA PARA CONTROLAR O TEOR DE CLORO NBA ALIMENTAÇÃO, PROMOVENDO UM MELHOR CONTROLE DA COMBUSTÃO E LIMITANDO O POTENCIAL DE FORMAÇÃO DE CLORO LIVRE NOS GASES DE COMBUSTÃO. LODOS SÃO, USUALMENTE, ALIMENTADOS ATRAVÉS DE BOMBAS DE CAVIDADE PROGRESSIVA E LANÇAS RESFRIADAS COM ÁGUA. RESÍDUOS SÓLIDOS PODEM SER ALIMENTADOS POR GRAVIDADE, ALIMENTADORES PNEUMÁTICOS, VIBRADORES, ROSCA SEM FIM OU DE CORREIA TRANSPORTADORA. RESÍDUOS SÓLIDOS PODEM NECESSITAR TER O SEU TAMANHO DIMINUIDO PARA CONTROLE DE TAMANHO DE PARTÍCULA.
7 CÂMARAS DE COMBUSTÃO O ESTADO FÍSICO DO RESÍDUO E O SEU TEOR DE CINZAS DETERMINAM O TIPO DE CÂMARA DE COMBUSTÃO A SER EMPREGADA. TIPOS DE INCINERADORES: INCINERADORES DE FORNOS ROTATIVOS; INCINERADORES DE FORNOS DE INJEÇÃO LÍQUIDA; INCINERADORES DE GRADES MÓVEIS OU FIXAS; INCINERADORES DE LEITO FLUIDIZADO; INCINERADORES DE MÚLTIPLOS ESTÁGIOS; INCINERADORES DE CÂMARAS MULTIPLAS; INCINERADORES DE PLASMA.
8 CO-PROCESSAMENTO OU INCINERAÇÃO EM FORNOS INDUSTRIAIS O RESÍDUO NÃO CONTÉM NENHUM MATERIAL DA LISTAGEM 4 SUBSTÂNCIAS QUE CONFEREM PERICULOSIDADE AO RESÍDUO DA NBR , OU SE CONTÉM, A CONCENTRAÇÃO DESSA SUBSTÂNCIA NÃO PODE SER SIGNIFICATIVA; SE O RESÍDUO É CONSIDERADO PERIGOSO APENAS POR SUA INFLAMABILIDADE E/OU CORROSIVIDADE; O RESÍDUO É CLASSIFICADO COMO PERIGOSO DEVIDO SUA REATIVIDADE, MAS NÃO LIBERA GASES, VAPORES E FUMOS TÓXICOS, OU SE ISSO OCORRER, A QUANTIDADE LIBERADA É INSUFICIENTE PARA CAUSAR DANOS À SAÚDE HUMANA OU AO MEIO AMBIENTE.
9 INCINERAÇÃO EM FORNOS INDUSTRIAIS AVALIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS PARA A QUEIMA DE RESÍDUOS DEVE INCLUIR: ANÁLISE DE RISCO QUE CONSIDERE OS VALORES DE DISPERSÃO, RECEPTORES LOCAIS E EFEITOS TOXICOLÓGICOS; AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA NÃO ALTERAR A QUALIDADE DO AR LOCAL; REALIZAÇÃO DE ESTUDOS PARA DETECÇÃO DE CONTAMINANTES NOS GASES DA CHAMINÉ.
10 FORNOS INDUSTRIAIS SÃO DISPOSITIVOS FECHADOS QUE SE UTILIZAM DE CHAMA DE COMBUSTÃO CONTROLADA PARA RECUPERAR OU PRODUZIR MATERIAIS OU ENERGIA, COMO UM COMPONENTE INTEGRANTE DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO. EXEMPLOS: FORNOS DE CIMENTO; FORNOS DE CAL; FORNOS DE COQUERIA; ALTO-FORNOS; FORNOS DE FUSÃO E REFINAÇÃO DE MINÉRIOS; FORNOS PARA AGREGADOS; FORNOS DE RECUPERAÇÃO.
11 FORNO DE CIMENTO OU DE CAL SÃO EQUIPAMENTOS EFICIENTES PARA A DESTRUIÇÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS, POIS TRABALHAM A ALTAS TEMPERATURAS (1 400ºC OU MAIS), O TEMPO DE RESIDÊNCIA DOS GASES É LONGO E O MATERIAL PRODUZIDO É ALCALINO. APLICA-SE A RESÍDUOS QUE POSSAM SER QUEIMADOS COMO COMBUSTÍVEL AUXILIAR OU QUE CONTENHAM MATERIAIS CONSTITUINTES DO PRODUTO. OS RESÍDUOS INCINERÁVEIS MAIS USUAIS SÃO: OS LÍQUIDOS COM ALTO PODER CALORÍFICO E BAIXO TEOR DE ÁGUA (LIMITADO A 1% DO VOLUME TOTAL), DE SÓLIDOS (LIMITADO A 20%) E DE METAIS. O PRODUTO FINAL DEVE TER SUA QUALIDADE GARANTIDA, BEM COMO DE SUAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS.
12 CONTROLE DE EMISSÃO OS POLUENTES NA INCINERAÇÃO SÃO PROVENIENTES DE: COMBUSTÃO INCONPLETA - MONÓXIDO DE CARBONO, HIDROCARBONETOS, ALDEÍDOS, AMINAS, ÁCIDOS ORGÂNICOS, MATERIAIS ORGÂNICOS POLICÍCLICOS E PRODUTOS PARCIALMENTE DEGRADADOS; PRODUTOS DE COMBUSTÃO DOS CONSTITUINTES DO RESÍDUO - CLORETO DE HIDROGÊNIO, CLORO, FLUORETO DE HIDROGÊNIO, DIÓXIDO DE ENXOFRE, TRIÓXIDO DE ENXOFRE, ÓXIDO NÍTRICO E MATERIAL PARTICULADO.
13 TESTE DE QUEIMA QUEIMA EXPERIMENTAL, REALIZADA COM O ACOMPANHAMENTO DOS TÉCNICOS DO ORGÃO DE CONTROLE, ANTES DO INCINERADOR ENTRAR EM OPERAÇÃO NORMAL, OU ANTES DE INCINERAR UM RESÍDUO NÃO ESPECIFICADO NA LICENÇA. TEM COMO OBJETIVO AVALIAR O DESEMPENHO DO INCINERADOR, VERIFICAR A EFICIÊNCIA DE DESTRUIÇÃO DO RESÍDUO, BEM COMO O ATENDIMENTO AOS PADRÕES EXIGIDOS PARA CADA PARÂMETRO.
14 TESTE DE QUEIMA O PLANO DE TESTE DE QUEIMA DEVE CONTER: CARACTERÍSTICA DO RESÍDUO A SER INCINERADO; TAXA DE ALIMENTAÇÃO DO RESÍDUO; PONTOS DE TOMADAS DAS AMOSTRAS; FREQUÊNCIA DE COLETA DAS AMOSTRAS; PARÂMETROS A SEREM ANALISADOS NOS EFLUENTES GASOSOS, EFLUENTES LÍQUIDOS, CINZAS E PÓS; TEMPO DE AMOSTRAGEM PARA CADA PARÂMETRO; METODOLOGIA EMPREGADA PARA A COLETA DE AMOSTRAS GASOSAS, BEM COMO DPARA ANÁLISES LABORATORIAIS. OS PADRÕES DO TESTE DE QUEIMA ESTÃO PROPOSTOS NA NORMA NB INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PERIGOSOS - PADRÕES DE DESEMPENHO.
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