Tripartição dos Poderes do Estado (Separação das funções Estatais) Prof. Rodrigo Lagares Mestre em Políticas Públicas e Processo
TRIPARTIÇÃO DO PODER PODER ESTATAL UNO INDIVISÍVEL A tripartição das funções do poder (criar leis, executar as leis, julgar e aplicar a lei na resolução de conflitos). Nuances dessa ideia Aristóteles - Locke. 04/11/2015 Notas de Aula 2
Separação dos Poderes Separação das Funções Estatais (art. 60, 4º, II) Executivo Legislativo Judiciário HISTÓRIA Teoria da separação dos poderes tem a finalidade evitar a concentração do poder nas mãos de uma só pessoa, isso veio em resposta as monarquias absolutistas; Aristóteles falou sobre a separação dos poderes, mas Montesquieu (O Espírito das Leis) é o mais prestigiado no assunto com sua teoria de TRIPARTIÇÃO DE PODERES; A doutrina prefere o nome SEPARAÇÃO DAS FUNÇÕES ESTATAIS, pois defende que o poder é uno, só se divide as funções, mas o art. 2º e 60, 4º, III da CF fala sobre a separação dos poderes. 04/11/2015 Notas de Aula 3
Função de cada Poder PODER LEGISLATIVO Função típica Elaborar leis. Fiscalizar o executivo. Função atípica Administrativa - dos recursos financeiros próprios. Jurisdicional - de apreciar tanto o impeachment do chefe do executivo pelo Senado Federal, nos casos de crimes de responsabilidade, conforme o Art. 86; quanto julgar seus próprios membros através das Comissões Parlamentares de Inquérito, segundo o 3, do art. 58, da CF. 04/11/2015 Notas de Aula 4
Função de cada Poder PODER EXECUTIVO Função típica Administração financeira do Estado e implementação de políticas públicas. Representação internacional do Estado. Função atípica Legislativa - legislar através da edição de Medidas Provisórias, decretos e regulamentos. 04/11/2015 Notas de Aula 5
Função de cada Poder PODER JUDICIÁRIO Função típica Aplicar o Direito e as normas aos casos concretos, apaziguando os litígios e julgando os atos dos demais poderes. Função atípica Administrativa - dos recursos financeiros próprios. Legislativa - elaboração dos regimentos internos dos Tribunais (art. 96, I, "a", CF), 04/11/2015 Notas de Aula 6
SEPARAÇÃO DOS PODERES Para afastar governos absolutistas e evitar a produção de normas tirânicas, seria fundamental estabelecer a autonomia e os limites de cada poder. Criou-se, assim, o sistema de freios e contrapesos, o qual consiste na contenção do poder pelo poder, ou seja, cada poder deve ser autônomo e exercer determinada função, porém o exercício desta função deve ser controlado pelos outros poderes. Assim, pode-se dizer que os poderes são independentes, porém harmônicos entre si. 04/11/2015 Notas de Aula 7
MINISTÉRIO PÚBLICO Apesar de todo este aparato estatal, haveria uma grande lacuna dentro do sistema de freios e contrapesos. Sem provocação, o judiciário fica impedido de dar início a um processo. E os poderes políticos, embora detentores da legitimidade de atuação junto ao Judiciário, tem como tendência natural, apesar de distorcida, atender essencialmente aos seus próprios interesses e subsidiariamente aos interesses da coletividade. 04/11/2015 Notas de Aula 8
Logo, por necessidade, a clássica divisão de funções do Estado foi aprimorada para melhor garantir os processos democráticos, acrescentando-se assim aos três poderes, a existência de uma instituição com função, principalmente, fiscalizadora e autônoma, encarregada da proteção da democracia, das lei, da constituição e dos interesses coletivos. Para exercer suas atribuições, de maneira adequada e eficiente, essa instituição necessita de efetiva autonomia em relação aos poderes tradicionais, não podendo pertencer consequentemente a nenhum destes. MINISTÉRIO PÚBLICO 04/11/2015 Notas de Aula 9
TEORIA MAJORITÁRIA O MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO configura um Quarto Poder. O MP deve ser considerado, com base na Constituição Federal, na legislação e na doutrina preponderante, como um ÓRGÃO do Estado, independente e autônomo, com orçamento, carreira e administração próprios, sem vinculação ou subordinação funcional a qualquer dos Poderes ou Instituições do Estado. 04/11/2015 Notas de Aula 10