Conjuntura: Recuperação dos indicadores de confiança e perspetivas no mercado externo. Comércio Externo: Exportações fracas. Aumento das importações



Documentos relacionados
Análise ao Comércio Externo de Equipamento Elétrico e Eletrónico

Síntese da Conjuntura do Sector Elétrico e Eletrónico

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Comércio Internacional Saídas aumentam 15,1% e Entradas diminuem 3,6%

RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO

G PE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

A Carteira de Indicadores inclui indicadores de input, de output e de enquadramento macroeconómico.

Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 11 Novembro Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia

ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA CCI/Câmara de Comércio e Indústria

O indicador de sentimento económico em Junho manteve-se inalterado na União Europeia e desceu 0.6 pontos na Área Euro.

Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural

Previsões do inverno de 2014: recuperação económica ganha terreno

RELATÓRIO DE GESTÃO 2013

Seguros e Pensões em Portugal: Situação atual e perspetivas futuras

G PE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

RELATÓRIO E CONTAS BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO

A Indústria Portuguesa de Moldes

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas

V A L E I N O V A Ç Ã O Page 1 VALE INOVAÇÃO (PROJETOS SIMPLIFICADOS DE INOVAÇÃO)

Projeções para a economia portuguesa:

Apoio à Internacionalização. CENA 3 de Julho de 2012

Análise de Conjuntura

Legislação. Resumo: Cria o Programa Empreende Já - Rede de Perceção e Gestão de Negócios e revoga a Portaria n.º 427/2012, de 31 de dezembro..

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS PETROLÍFERAS

COMPETIR + Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS

AMBIENTE Contraordenações e Gestão de Pilhas e Acumuladores

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram

Em início de nova fase, forumb2b.com alarga a oferta

GRUPO ROLEAR. Porque há coisas que não podem parar!

Gestão de Energia e Eficiência Energética nas Empresas O enquadramento legal!

SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014)

Em maio de 2014, o indicador de sentimento económico aumentou quer na União Europeia (+0.2 pontos) quer na Área Euro (+0.7 pontos).

ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA CCI/Câmara de Comércio e Indústria

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO::

O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999

FrontWave Engenharia e Consultadoria, S.A.

A Indústria Portuguesa de Moldes

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1

Mais clima para todos

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012

Prognos SMART OPTIMIZATION

'DWD 7HPD $FRQWHFLPHQWR

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

METALOMECÂNICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Banco de Portugal divulga estatísticas das contas financeiras das administrações públicas e da dívida pública

Portugal Forte crescimento no início do ano

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

A Indústria Portuguesa de Moldes

O indicador de sentimento económico melhorou em Novembro, quer na União Europeia (+2.0 pontos), quer na Área Euro (+1.4 pontos).

Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME Projetos Individuais

w w w. y e l l o w s c i r e. p t

Instalações Eléctricas de Serviço Particular

Conjuntura da Construção n.º 77 O SETOR CONTINUA EM CRISE MAS EMPRESÁRIOS ACREDITAM NA RECUPERAÇÃO

Flash informativo fiscal nº6 - julho 2015

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS. Reforçar a Competitividade das Empresas

O ESCONDIDO VALOR ECONÓMICO DOS SEGUROS

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

SALÃO AUTOMÓVEL AEP / GABINETE DE ESTUDOS

CUMPRIMENTO DOS PRINCIPIOS DE BOM GOVERNO DAS EMPRESAS DO SEE

LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal.

Apoios ao Turismo Lições do QREN, desafios e oportunidades

Poupe energia e ganhe competitividade. programa de apoio à implementação de projetos de eficiência energética nas empresas

REDES COMUNITÁRIAS. Casos Internacionais. Stokcab Municipios de Estocolmo. MetroWeb Municipios de Milão

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

PROCEDIMENTO DE ADESÃO AO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE BATERIAS DE VEÍCULOS USADAS (SIGBVU) DA VALORCAR

Índice NOTA INTRODUTÓRIA SÍNTESE A I&D EMPRESARIAL TORNOU -SE MAIORITÁRIA A RAZÃO DO DESFASAMENTO ENTRE O CRESCIMENTO

A sustentabilidade da economia requer em grande medida, a criação duma. capacidade própria de produção e fornecimento de bens e equipamentos,

Apresentação Corporativa

Sistema de Incentivos

Enercoutim investe 18 milhões na plataforma de demonstração de energia solar em Martim Longo

Conferência Alemanha Europeia / Europa Alemã. 26 de novembro de 2014

Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

BARÓMETRO TRIMESTRAL DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO EM PORTUGAL 2º TRIMESTRE DE 2014 RELATÓRIO DE RESULTADOS

PROJECTO DE LEI N.º 125/IX ACESSO UNIVERSAL À INTERNET EM BANDA LARGA. Exposição de motivos

SISTEMA DE APOIO À MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CRITÉRIOS DE SELEÇÃO (PI 2.3 E 11.1)

Corinthia Hotel Lisbon - Hotel Energeticamente Eficiente

Manual do Sistema de Gestão Integrado MSGI-01

Programa Operacional Competitividade e Internacionalização

Tecnologia nacional potencia sustentabilidade

Condições do Franchising

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Transcrição:

332 - JULHO AGOSTO 2014 Periodicidade: Bimestral Preço de capa: 1,50 Conjuntura: Recuperação dos indicadores de confiança e perspetivas no mercado externo Comércio Externo: Exportações fracas. Aumento das importações CINEL: Formação e fiabilidade IEP: o que representa a formação nos dias de hoje

www.edp.pt a energia que nos une A nossa energia levou mais de 5 milhões de portugueses aos melhores acontecimentos culturais e festivais de música, nos últimos cinco anos. EDP, a energia oficial da música.

332 - julho agosto 2014 ficha técnica Revista Bimestral (6 números por ano) Propriedade e Edição: ANIMEE Associação Portuguesa das Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico Av. Guerra Junqueiro, 11, 2. o Esq. 1000-166 LISBOA Telef.: 21 843 71 10 Fax: 21 840 75 25 e-mail: animee@mail.telepac.pt Contribuinte n. o : 500 851 573 Diretor: J. Marques de Sousa Redação, Administração e Distribuição ANIMEE - Delegação Norte Edifício do Instituto Eletrotécnico Português Rua de S. Gens, 3717 4460-817 CUSTÓIAS Telef. / Fax: 22 600 86 27 E-mail: marsousa@animee.pt Execução Gráfica: Gráfica Maiadouro Rua Padre Luís Campos, 686 Vermoim Apartado 1006 4471-909 MAIA e-mail: sede@maiadouro.pt N. o de Depósito Legal: 93844/2002 NROCS N. o 117903 Tiragem: 2000 exemplares sumário 22 Conjuntura 2. o Trimestre de 2014 24 Internacionalização Time 2 Export 26 Comércio Externo janeiro março 2014 18 Associativismo Novo Centro de Coordenação e Registo de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos Programa Save to Compete 23 IEP O que representa a formação nos dias de hoje 26 CINEL Formação e Fiabilidade 332 - JULHO AGOSTO 2014 Periodicidade: Bimestral Preço de capa: 1,50 29 CERTIF CERTIF aumenta carteira de clientes e alarga áreas de reconhecimento internacional Conjuntura: Recuperação dos indicadores de confiança e perspetivas no mercado externo Comércio Externo: Exportações fracas. Aumento das importações CINEL: Formação e fiabilidade 30 Feiras e Exposições MATELEC 2014 32 Empresas Notícias sobre várias empresas IEP: o que representa a formação nos dias de hoje 53 Calendário Fiscal setembro e outubro 2014 55 Cotações Câmbios e cotações de metais maio e junho de 2014 Respeitando a forma de escrever de cada autor, a Revista ANIMEE publica os artigos seguindo os Acordos Ortográficos, o antigo ou o novo, neste período de transição.

conjuntura Síntese da Conjuntura Setor Elétrico e Eletrónico 2. o Trimestre de 2014 Recuperação dos indicadores de confiança e perspetivas no mercado externo 1. Conjuntura Setorial Nota: Os índices que se seguem resultam da média aritmética das respostas das empresas associadas, segundo uma escala qualitativa de 1 a 5, em que 1 corresponde ao valor mais desfavorável e 5 ao mais favorável, na apreciação de cada um dos itens. 1.1 Volume de Negócios Volume de Negócios 2. o trim. 2014 3. o trim. 2014 Mercado Português 2,6 2,8 Mercado Externo 3,1 3,1 As perspetivas relativamente à evolução do Volume de Negócios no mercado nacional mantêm-se fracas; já no mercado externo, nota-se uma evolução neste indicador quer no 2. o trimestre, quer nas perspetivas para o trimestre seguinte, traduzindo o aumento de confiança dos empresários relativamente ao aumento das exportações, sobretudo na zona euro. 1.2 Carteira de Encomendas Carteira de Encomendas 2. o trim. 2014 3. o trim. 2014 Mercado Português 2,5 2,7 Mercado Externo 2,8 2,9 A Carteira de Encomendas no mercado nacional teve um desempenho pior do que o esperado, fruto do declínio da atividade no primeiro trimestre do ano. Apesar da ligeira melhoria para o trimestre seguinte, é no mercado externo que as empresas depositam confiança para a sua recuperação. 1.3 Emprego Emprego 2. o trim. 2014 3. o trim. 2014 Qualificado 3,2 3,3 Não Qualificado 3,1 3,1 Os indicadores de Emprego mantêm-se num nível razoável, perspetivando-se estabilidade. A descida da taxa de desemprego na economia portuguesa para 15,1% no primeiro trimestre do ano é também um indício de ligeira melhoria e estabilização neste setor da economia. 1.4 Propensão ao Investimento Investimento 2. o trim. 2014 3. o trim. 2014 Propensão a investir 2,4 2,4 A lenta recuperação prevista a nível do Volume de Negócios não é ainda suficiente para alimentar o Investimento, pelo que o atraso na disponibilização dos fundos comunitários do QREN, juntamente com a não melhoria das condições de acesso ao crédito explica que o grau de confiança na indústria se mantenha baixo, bem como a sua propensão para investir. 1.5 Situação Financeira Indicadores 2. o trim. 2014 3. o trim. 2014 Tesouraria/Liquidez 3,3 3,3 Dívidas de clientes privados 2,7 2,7 Dívidas do Estado e Setor Público 2,4 2,4 Acesso ao crédito 2,5 2,6 Custo do crédito 2,7 2,5 Seguro Crédito à Exportação 2,8 2,7 2 n. o 332 - julho / agosto 2014

conjuntura Passados os difíceis meses do ano de cumprimento e regularização de obrigações financeiras e fiscais, o indicador da Liquidez apresenta uma melhoria; contudo, os indicadores relativos às dívidas de terceiros continuam fracos (caso dos privados) ou pioraram ligeiramente (caso do Estado). O acesso e o custo do crédito continuam a ser sentidos como bastante limitativos. 1.6 QREN QREN 2. o trim. 2014 3. o trim. 2014 Aprovação de projetos 2,6 2,8 Pagamento de comparticipações 3,0 2,6 O atraso na disponibilização dos fundos comunitários do QREN repercutiu-se de forma desfavorável na aprovação de projetos para o 2. o trimestre e, face à indefinição da situação sentida até ao momento, nas perspetivas para o 3. o trimestre. Síntese: A redução da atividade sentida no primeiro trimestre do ano apresenta agora sinais de inversão, confirmando-se o caráter temporário dos fatores que a causaram, nomeadamente a nível do setor da construção e da redução das exportações; a perspetiva do aumento de exportações na zona euro, em particular, é o fator aglutinador das esperanças de recuperação para a indústria, uma vez que o mercado nacional e o sistema financeiro continuam a ser sinónimo de estagnação ou instabilidade; por estas razões, o indicador de confiança da indústria mantém-se baixo quando comparado com o dos consumidores, que aumentou e com ele, as previsões para a recuperação do consumo privado, o qual deverá apresentar valor positivo na economia portuguesa não só no próximo trimestre, como nos próximos anos. 2. Conjuntura Portuguesa Apresentam-se as previsões mais recentes do Banco de Portugal (BdP) para a economia portuguesa. BdP 2013 2014(p) 2015(p) 2016(p) PIB -1,4 1,1 1,5 1,7 Consumo Privado -1,7 1,4 1,5 1,5 Consumo Público -1,7-0,2-1,4 0,2 Investimento (FBCF) -6,6 0,8 3,7 3,9 Exportações 6,1 3,8 6,1 5,6 Importações 2,8 4,6 4,8 5,5 IHPC 0,4 0,2 1,0 1,1 Fonte: Banco de Portugal BE Junho de 2014 As projeções para a economia portuguesa apontam para uma recuperação da atividade no período 2014-2016. Os riscos identificados para a projeção são descendentes, quer externa, quer internamente, embora marginalmente ascendentes no que se refere à inflação. A recuperação já sentida neste 2. o trimestre tem subjacente uma aceleração do consumo privado num contexto de aumento de confiança dos consumidores, no qual se destaca o aumento da venda de veículos ligeiros de passageiros. Relativamente à FBCF, continua a ser afetada pela componente de construção, ao mesmo tempo que regista um crescimento significativo nas importações de máquinas. A desaceleração sentida nas exportações fruto da queda pontual nas exportações de combustíveis deverá ser progressivamente mitigada nos próximos trimestres. 3. Conjuntura Internacional 2014 2015 MUNDO 3,4 4,0 EUA 1,7 3,0 UE Zona Euro 1,1 1,5 Alemanha 1,9 1,7 França 0,7 1,4 Espanha 1,2 1,6 Itália 0,3 1,1 Portugal 1,2 1,5 Japão 1,1 1,1 Rússia 0,2 1,0 Brasil 1,3 2,0 China 7,4 7,1 Fonte: FMI O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu recentemente em baixa as suas projeções Revista Animee 3

conjuntura de crescimento à escala mundial para 2014, onde o desempenho de 1,7%, em vez dos 2,8% previstos dos Estados Unidos pesa bastante. O excesso de stocks acumulados no final de 2013 levou à menor produção e investimento nos primeiros meses do ano. Nos países emergentes, pesam os problemas no Brasil e na Rússia. O primeiro tem-se ressentido do facto de o banco central estar, num cenário de inflação crescente, a fazer subir as taxas de juro, afetando fortemente o investimento e o consumo. Na Rússia, a economia praticamente estagnou (prevendo-se um crescimento de 0,2%), afetada com a instabilidade e sanções económicas da crise na Ucrânia. Estes fatores de ordem geopolítica acarretam ainda um risco adicional o do aumento dos preços do petróleo agravando as perspetivas das economias avançadas que, apesar das baixas taxas de juro, revelam dificuldades em arrancar. Ainda assim, o FMI prevê uma melhoria económica global na segunda metade do ano. Embora a Europa seja das economias avançadas a que menos cresce 1,1% em 2014 e 1,5% em 2015 será também uma das regiões a beneficiar particularmente dos estímulos que o BCE irá oferecer. Este fraco crescimento caracteriza-se pela já conhecida desigualdade na performance das várias economias europeias. Pela positiva, destacam-se a Alemanha, que continua a suportar a retoma moderada da zona euro, e a Espanha, cujo desempenho previsto tem sido melhor do que o esperado dentro das economias periféricas. Note-se que o FMI não atualizou as estimativas para países de menor dimensão como Portugal, Grécia ou Irlanda. Pela negativa, destacam-se a França e a Itália, prevendo-se um crescimento abaixo de 1% em 2014, melhorando ligeiramente em 2015. ANIMEE Serviço de Economia internacionalização Time 2 Export 12 de novembro de 2014 Centro de Congressos e Negócios da EXPONOR No próximo dia 12 de novembro a EXPONOR vai realizar no seu Centro de Congressos e Negócios o TIME 2 EXPORT, um conjunto de workshops de curta duração tendo como principais objetivos: Apresentar soluções e serviços de valor acrescentado para as empresas exportadoras ou em processo de internacionalização. Desenvolver espaço de (in)formação, aprendizagem e troca de experiência entre profissionais no domínio da internacionalização e exportação. Contribuir para alavancar as exportações portuguesas. Diminuir o risco para as empresas através de uma melhor preparação/informação sobre os mercados. Em simultâneo, decorrerá uma mostra expositiva com capacidade para acolher mais de 30 empresas relacionadas com setores de atividade ligados ao processo de internacionalização. Para mais informações contactar: Miguel Pinho miguel.pinho@exponor.pt 96 279 1913 / 22 998 1400 4 n. o 332 - julho / agosto 2014

Engenharia com TIA Portal Potência + Eficiência SIMATIC S7-1500 + TIA Portal www.siemens.pt/s7-1500 Alto desempenho e facilidade de utilização: SIMATIC S7-1500 é a nova geração de controladores integrados no TIA Portal, constituindo um novo marco na área de automação: Nova dimensão de potência: + Desempenho excepcional com redução dos tempos de resposta e elevada qualidade de controlo + Tecnologia integrada para comunicação total com drives, através de funções Motion Control e PROFIdrive + Segurança totalmente integrada oferece integridade ao operador e aos equipamentos Nova dimensão de eficiência: + Design inovador e operação simples para startup, funcionamento e manutenção simples para controladores e acionamentos + Diagnóstico de sistema integrado para transparência total de todo o sistema, é gerado automaticamente e exibido de maneira uniforme + TIA Portal para obter o mais elevado nível de eficiência de engenharia e retorno de investimento Intuitivo, eficiente, comprovado: O TIA Portal dá um novo significado à automação *Respostas para a indústria. Answers for industry.*

comércio externo Análise ao Comércio Externo de Equipamento Elétrico e Eletrónico janeiro março 2014 1. Análise global Setor Elétrico e Eletrónico O 1. o trimestre do comércio externo do SEE saldou-se por uma variação negativa homóloga das Exportações (-4%) e positiva (+3%) no caso das Importações; embora negativa, a variação nas Exportações não surpreende e não regista grande alteração face ao trimestre anterior, ao contrário das Importações, que registam uma taxa positiva; deste modo, diminuiu a taxa de cobertura da Importação pela Exportação (+82%). 1.1. Balança Comercial Portuguesa Em janeiro-março de 2014, a Exportação Portuguesa de Mercadorias (+1,7%) registou uma taxa de crescimento diminuta em termos homólogos, baseada essencialmente no crescimento do comércio intracomunitário (+3,0%), uma vez que no mercado extracomunitário se registou uma diminuição (-1,7%). Por sua vez, o aumento da taxa da importação (+6,0%) deu-se na totalidade no mercado intracomunitário (+13,5%), ao mesmo tempo que registou forte quebra em países terceiros (-12,0%); é visível a recuperação do protagonismo do mercado da UE neste primeiro trimestre. Jan-Mar. 2013 Jan-Mar 2014 % Total Exportação (Saídas) 11542 11735 +1,7% Importação (Entradas) 13520 14334 +6,0% UE Exportação 8267 8513 +3,0% Importação 9567 10857 +13,5% Países Terceiros Exportação 3276 3220-1,7% Importação 3951 3477-12,0% Nota valores em milhões de Euros Fonte: INE Instituto Nacional de Estatística IP (N. os preliminares de Comércio Externo) Analisemos agora o comércio internacional a nível dos principais Grupos de Produtos no 1. o trimestre de 2014 e em termos homólogos. Grupos de Produtos com melhor comportamento: Grupos de Produtos Bens de Consumo NE noutra categ Prod. Alimentares e Bebidas Máq. e O. Bens de Capital e Acess. Export. Grupos de Import. % Produtos % +11,3 +6,2 +3,3 Material de Transporte e Acess. Máq. e O. Bens de Capital e Acess. Bens de Consumo NE n. categ +28,7 +10,6 +6,4 O grupo com melhor comportamento a nível da exportação foi Bens de Consumo NE (+11,3%) demarcando-se dos restantes, com taxas positivas, mas modestas. Já nas Importações, destacaram-se as compras de Material de Transporte e Acessórios e de Máquinas e O. Bens de Capital e Acessórios, indiciando um maior dinamismo a nível de investimento no setor industrial português. Grupos de Produtos com pior comportamento: Grupos de Produtos Combust.e Lubrif. (P. Transf) Material Transp e Acessór. Bens NE noutra categoria Export. Grupos de Import. % Produtos % -30,3-6,7 +3,1 Bens NE noutra categoria Combust.e Lubrif. (P. Transf) Prod. Alimentares e Bebidas -14,8-4,1 +1,0 6 n. o 332 - julho / agosto 2014

comércio externo A grande inversão de tendência dá-se a nível dos Combustíveis e Lubrificantes, que constitui o grupo com pior comportamento a nível das Exportações (devido à paragem parcial da Refinaria de Sines para manutenção), onde se deu a maior quebra (-30,3%) e o segundo pior nas Importações, embora com decréscimo bastante inferior (-4,1%). As vendas de Material de Transp. e Acessórios (-6,7%) continuam a descer, o que explica quebras em subsetores do SEE. Já Bens NE noutra categoria (+3,1%) apresenta ligeira recuperação neste primeiro trimestre. 1.2. Exportação de Equipamento Elétrico e Eletrónico A taxa de -4% das Exportações do SEE acentuou-se ligeiramente face ao final de 2013 (-2%), explicando-se essencialmente pela variação em três subsetores de maior peso: Máquinas, Equipamentos e Aparelhagem Industrial (-9%), Componentes Eletrónicos (-9%) e Eletrónica de Consumo (-32%), todos expectáveis face à evolução verificada em 2013. Ainda assim, é a primeira vez que o grupo de Máquinas, Equipamentos e Aparelhagem Industrial apresenta taxas negativas desde há vários anos. Contudo, a quebra concentra-se essencialmente ao nível dos equipamentos para energias renováveis, ao mesmo tempo que se verifica uma recuperação nas taxas de outros produtos de peso como os Transformadores Dielétricos Líquidos, pelo que é possível que este subsetor recupere para valores positivos nos próximos trimestres. Apesar da taxa global do setor não ser satisfatória, a verdade é que vários subsetores apresentam um bom comportamento. Veja-se em maior detalhe: Fios e Cabos Isolados (+11% ) Subiu ligeiramente em relação ao trimestre anterior e em termos homólogos; a recuperação prossegue e destaca-se em particular nos cabos de fibras ópticas. Cablagens (+24%) não sendo dos setores de maior peso, iniciou movimento de crescimento no trimestre anterior, que volta a repetir-se. Telecomunicações, Eletrónica Profissional e Informática (+25%) a quebra da taxa de crescimento do trimestre terá sido pontual (+8%), regressando aos valores médios habituais onde se destacam produtos como: telefones para redes sem fio (+16%), Aparelhos de conversão e transmissão de voz, dados e imagens (+29%) e O. Máq. e Aparelhos elétricos com função pp (+45%). Aparelhagem Ligeira de Instalação (+9%) aparentemente, a tendência é de estabilização, face à manutenção da taxa do trimestre anterior; nos produtos, destacam-se O. Tomadas de Corrente (+52%) e Quadros, Painéis e Consolas (+11,9%). Relativamente aos restantes grupos: Componentes Eletrónicos (-9%) nova quebra, explicada em parte pela diminuição (-35%) nas vendas em valor de Condensadores fixos de tântalo e Processadores e controladores (-18,5%). A taxa global salda-se pela primeira vez negativa e abaixo da média do setor. O mesmo se passa com o setor seguinte. Eletrodomésticos (-9%) um comportamento modesto, mas estável ao longo de 2013, que acusa outras prioridades no rendimento disponível das famílias. Aparelhos para preparação de café e chá (-14,4%) e Fornos de Micro-Ondas (-31,5%), dois dos principais produtos, apresentam variação negativa. 1.3. Importação de Equipamento Elétrico e Eletrónico A evolução da taxa -2% em 2013 para +3% no 1. o trimestre de 2014 surpreendeu, acompanhando, no entanto, o que se verificou em vários setores da economia portuguesa. À semelhança do que se verificou para Máq. e O. Bens de Capital e Acess., também no SEE o subsetor de Máquinas, Equipamentos Revista Animee 7

comércio externo e Aparelhagem Industrial registou um forte aumento(+26%), que atribuímos à concretização de investimentos anteriormente adiados. O mesmo se passa, em Telecomunicações, Eletrónica Profissional e Informática (+6%), o setor com maior peso (1/3) no valor global das Importações. Aparelhagem Ligeira de Instalação (+5%), e Eletrodomésticos (+4%) mantêm taxas de crescimento homólogas do final de 2013. Destaque-se ainda o bom comportamento de Lâmpadas e Material de Iluminação (+5%), também verificado nas Exportações (+9%). O comportamento negativo mantém-se em Componentes Eletrónicos (-8%) e Fios e Cabos Isolados (-4%) com as mesmas taxas e mais atenuado no caso de Eletrónica de Consumo (-11%). Os dados evidenciam uma subida nas Importações do SEE (+3%), tal como na economia portuguesa que, não sendo favorável ao saldo da Balança Comercial, poderá indiciar algum investimento na indústria que se traduza futuramente em Vendas. E uma vez que a reduzida taxa de exportação se explica essencialmente pela diminuição no setor das energias renováveis, havendo sinais de dinamismo noutras áreas, aguardemos o segundo trimestre para tirar melhores conclusões. 2. Exportação por Zonas Económicas e Países Clientes A variação homóloga de -4% do valor das exportações do SEE resulta essencialmente de uma diminuição das exportações para a UE (-2,6%), sem alteração do seu peso no conjunto das exportações. A Alemanha explica a quase totalidade desta diminuição, refletida numa variação em valor nas vendas de -10,4% e perda de 3 pp no seu peso. Diminuíram também as vendas aos EUA e ao Sudeste Asiático, este último registando a perda de um 1 pp no seu peso. Assinale-se ainda um aumento das vendas para os PALOPS (+18,5%), alterando o seu peso em 2 pp, enquanto que Países 3. os não registaram alteração. 3. Importação por Zonas Económicas e Países Fornecedores É a UE, com um aumento de cerca de 5,5% em valor, que explica a maior parte da variação de +3% nas Importações e que se traduziu num aumento do seu peso em 1 pp. Assinale-se ainda a variação de +6,2% nas Importações do Sudoeste Asiático e a estagnação nas restantes zonas. Dentro dos países da UE que contribuíram para este aumento, encontramos Alemanha, Espanha, França, Holanda e Itália, todos com um crescimento médio das compras em valor de 1% relativamente ao trimestre homólogo. 4. Perspetivas 2014 MUNDO 3,7 EUA 2,8 Economias avançadas 2,2 Economias emergentes 5,1 UE Zona Euro 1,0 Alemanha 1,6 França 0,9 Espanha 0,6 Portugal 1,2 Japão 1,7 Brasil 2,3 China 7,5 Fonte: World Economic Outlook FMI (Abril 2014) Desde Janeiro de 2014 que não houve praticamente alteração às previsões de crescimento económico a nível mundial e os níveis de retoma são razoavelmente animadores. A confiança dos consumidores e dos empresários portugueses 8 n. o 332 - julho / agosto 2014

comércio externo melhorou em maio, tal como a dos Italianos e dos Americanos. A Alemanha e Reino Unido reportam já um crescimento de 0,8% no primeiro trimestre do ano. A nível financeiro, a valorização do euro continua a contribuir para a desinflação na Zona Euro e também para baixar os preços das importações, em especial de matérias-primas e de energia. O petróleo mantém-se a cotar acima dos 100 dólares por barril, embora se continue a verificar uma trajetória de desvalorização, ultimamente mitigada pelas tensões geopolíticas na Ucrânia. O preço da onça do ouro valorizou nos últimos tempos, depois de movimentos recorrentes de desvalorização, fruto da instabilidade política na Crimeia, que gerou movimentos de aversão ao risco pelos investidores. Portugal concluiu, em maio, o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro. Até 2018, a correção do défice orçamental será realizada principalmente através do crescimento da economia e redução das despesas do Estado. ANIMEE Serviço de Economia SAÍDAS E ENTRADAS POR RAMOS DE ATIVIDADE JANEIRO / MARÇO DE 2014 RAMOS DE ATIVIDADE SAIDAS (EXPORTAÇÃO) % ENTRADAS (IMPORTAÇÃO) % 2014 2013 2014 2014 Máquinas, Equipamentos e Aparelhagem Industrial 206 257 502 225 675 569-9% 161 951 416 128 175 958 26% Fios e Cabos Isolados 117 299 870 105 687 360 11% 45 434 180 47 308 303-4% Cablagens 71 827 055 57 759 822 24% 42 739 266 45 183 620-5% Aparelhagem e Sistemas de Medida, Controlo e Automatismo 7 847 355 5 517 233 42% 9 335 141 7 501 423 24% Telecomunicações, Eletrónica Profissional e Informática 151 183 424 120 757 051 25% 462 313 600 435 684 219 6% Componentes Eletrónicos 98 163 069 107 587 403-9% 151 988 262 165 826 638-8% Acumuladores e pilhas 24 137 882 22 970 504 5% 21 946 520 23 450 595-6% Lâmpadas e material p/iluminação 25 476 333 23 475 432 9% 37 503 170 35 805 245 5% Aparelhagem Ligeira de Instalação 81 563 809 74 706 236 9% 71 400 011 67 948 762 5% Eletrónica de Consumo 172 073 010 252 328 886-32% 148 636 621 166 869 295-11% Eletrodomésticos 52 466 535 57 412 079-9% 83 273 719 80 068 170 4% TOTAL 1 008 295 844 1 053 877 575-4% 1 236 521 906 1 203 822 228 3% Fonte: INE- N. os Provisórios Revista Animee 9

comércio externo Saídas Áreas Económicas - jan/mar - 2014/2013 Exports Economic Areas - jan/mar - 2014/2013 REST. PAISES JAPÃO U.S.A SUDASIA 2013 2014 PALOPS EFTA UNIÃO EUROPEIA 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Valores em Milhões de Euros Values in Million Euros Saídas Áreas Económicas - jan/mar 2014 - Repartição % Exports Economic Areas - jan/mar 2014 - % Breakdown EFTA 1% UNIÃO EUROPEIA 69% PALOPS 13% REST. PAÍSES 12% U.S.A 3% JAPÃO 0% SUDASIA 2% 10 n. o 332 - julho / agosto 2014

comércio externo Saídas Países UE - jan/mar 2014 - Repartição % Export EU Countries - jan/mar 2014 - % Breakdown POLÓNIA 2% HUNGRIA 2% REP. CHECA 2% OUTROS 2% ALEMANHA 35% R.UNIDO 11% ITÁLIA 5% HOLANDA 3% FRANÇA 11% BÉLGICA 5% ESPANHA 19% Saídas Países UE - jan/mar - 2014/2013 Exports EU Countries - jan/mar - 2014/2013 OUTROS POLÓNIA HUNGRIA REP CHECA R.UNIDO ITÁLIA HOLANDA 2013 2014 FRANÇA ESPANHA BÉLGICA ALEMANHA 0 50 100 150 200 250 300 350 Valores em Milhões de Euros Values in Million Euros Revista Animee 11

comércio externo Entradas Áreas Económicas - jan/mar - 2014/2013 Imports Economic Areas - jan/mar - 2014/2013 REST. PAISES JAPÃO U.S.A SUDASIA 2013 2014 PALOPS EFTA UNIÃO EUROPEIA 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 Valores em Milhões de Euros Values in Million Euros Entradas Áreas Económicas - jan/mar 2014 - Repartição % Imports Economic Areas - jan/mar 2014 - % Breakdown EFTA 0% SUDASIA 10% U.S.A. 1% JAPÃO 1% REST. PAISES 5% UNIÃO EUROPEIA 83% 12 n. o 332 - julho / agosto 2014

comércio externo Entradas Países UE - jan/mar 2014 - Repartição % Imports EU Countries - jan/mar 2014 - % Breakdown HUNGRIA 2% POLÓNIA 3% REP. CHECA 2% R.UNIDO 5% OUTROS 2% ALEMANHA 25% ITÁLIA 7% IRLANDA 2% HOLANDA 11% FRANÇA 7% ESPANHA 30% Entradas Países UE - jan/mar - 2014/2013 Imports EU Countries - jan/mar - 2014/2013 OUTROS HUNGRIA POLÓNIA REP CHECA R.UNIDO ITÁLIA IRLANDA 2013 2014 HOLANDA FRANÇA ESPANHA ALEMANHA 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Valores em Milhões de Euros Values in Million Euros Revista Animee 13

comércio externo SAÍDAS (Exportação) JANEIRO / MARÇO DE 2014 (por ramos de atividade e principais produtos) RAMOS DE ATIVIDADE P. PAUTAL DESIGNAÇÃO VALOR EUROS %2014/13 Máquinas e Equipamentos e Aparelhagem Industrial 85.01.64.00 Geradores de corrente alterna > 750 KVA 15 960 274 22425,6% 85.03.00.99 O. Partes das pos. 8501 e 85.02, exceto 85030010 e 85030091 30 499 875-52,7% 85.04.23.00 Transformadores dielétrico líquidos > 10000 KVA 27 867 060 21,8% 85.11.30.00 Dsitribuidores e bobinas de ignição 21 079 640 14,9% 85.37.20.99 Quadros de comando elét/distrib > 72,5 KV 17 564 497 12,6% Fios e Cabos Isolados 85.44.49.20 Outros Condutores Elétricos < 80 Volts P/ Telecomunicações 11 219 552 17,2% 85.44.49.93 Outros Condutores Elétricos < 80 Volts 46 096 256 8,2% 85.44.49.95 Outros Condutores Elétricos > 80 V < 1000 V 17 960 376-4,5% 85.44.49.99 Outros Condutores Elétricos p/ tensão de 1000 V 19 948 092 43,0% 85.44.60.90 Outros Condutores > 1000 V c/ out. condutores 7 923 038-21,2% Cablagens 85.36.90.10 Conexões e Elementos de Contacto para Fios e Cabos 6 107 140 16,8% 85.44.30.00 Jogos de Fios p/ Velas de Ignição e para Veículos Automóveis 41 834 757 32,9% 85.44.42.90 Outros Condutores Elétricos < 80 V c/peças de conexão 22 899 420 9,5% Aparelhos de Medida, Controlo e Automatismo 85.37.10.10 Armários Comando Numérico p/máq. Aut. Proc. Dados < 1000 V 4 538 443 254,0% 85.37.10.91 Aparelhos de comando de memória programável 2 125 509 53,3% Telecomunicações, Eletrónica Profissional e Informática 84.71.30.00 Máqs Aut. Proc. Dados digit. portáteis, <10kg, c/ pelo menos 1 CPU, teclado e ecrã 9 155 618-26,2% 85.17.12.00 Telefones p/ redes celulares e outras redes sem fio 30 303 724 38,1% 85.26.91.20 Receptores de radionavegação 43 297 060 482,7% 85.31.20.95 O. Paineis indicadores c/ dispositivo LCD ou LED 18 329 665 1,5% 85.43.70.30 Amplificadores de antenas 5 759 256 0,3% 85.43.70.90 O. Ptes de máq. e apar. elétricos com função própria 26 143 358-18,95% Componentes Eletrónicos 85.32.21.00 Condensadores Fixos de Tântalo 6 414 093-34,9% 85.32.22.00 Condensadores Fixos Eletrolíticos de Alumínio 3 249 517 123,6% 85.36.41.90 Relés Tensão < 60 V p/ Intensidade > 2 Amperes 43 483 732 12,1% 85.36.49.00 O. Relés 4 025 774 1033,7% 85.42.31.10 Pocessadores e controladores, mm comb. c/ memór., conv. o. circ. 22 796 056-18,5% 14 n. o 332 - julho / agosto 2014

comércio externo RAMOS DE ATIVIDADE P. PAUTAL DESIGNAÇÃO VALOR EUROS %2014/13 Acumuladores e Pilhas 85.07.10.20 Acumulad. de Chumbo de arranque c/ eletrólito líquido 1 512 083-6,0% 85.07.20.80 Outros Acumuladores de Chumbo 17 483 905 8,5% 85.07.80.00 Outros Acumuladores elétricos 856 254-9,1% 85.48.10.91 Desperdíc., resíduos de pilhas, baterias e acumul. n cont. chumbo 1 775 558 43,7% Lâmpadas e Material para Iluminação 94.05.10.91 Apar. de Ilumin. de o. mater. p/ lâmp. e tubos de incandescência 3 212 342 28,3% 94.05.10.98 Outros Aparelhos Iluminação p/ lâmpadas de descarga 3 197 982 25,0% 94.05.20.99 O. Candeeiros de outras matérias 1 489 022 20,0% 94.05.40.10 Projetores 1 596 569-4,7% 94.05.40.99 Outros Apar. Elétricos de Iluminação de outras Matérias 3 690 803 3,4% Aparelhagem Ligeira de Instalação 85.36.20.10 Disjuntores < 63 A 7 312 164 1,7% 85.36.50.80 O. Interruptores Seccionadores e Comutadores 4 087 554-8,0% 85.36.69.90 Outras Tomadas de Corrente 4 671 214 12,7% 85.37.10.99 O. Quadros de tensão < 1000 V 47 280 595 7,5% 85.46.90.10 Isoladores de plástico 7 336 936 13,9% Eletrónica de Consumo 85.25.60.00 Apar. emiss/transm p/ radiodifusão/televisão incorp. apar. receptor 5 162 953-41,4% 85.25.80.19 O. Câmaras de Televisão 10 965 132-0,3% 85.27.21.20 Ap. Recep/Radiodif, c/ fonte ext. energia, util. automóv., capaz descodificar sinais RDS e c/ sist. Leitura p/ raio laser 105 339 723-26,0% 85.29.10.31 Cjtos eletrón. p/ apar. emiss., recept. de câmaras de video, etc. 9 058 177 27,6% 85.29.90.92 O. Ptes de câmaras TV das subpos. 85258011, 85258019 e aparelhos das posições 8527 e 8528 6 851 442 92,2% Eletrodomésticos 84.18.30.20 Congeladores /freezers horizontais < 400L 3 748 249 2,6% 85.16.40.00 Ferros elétricos de passar 4 632 987 19,1% 85.16.50.00 Fornos Micro-Ondas 4 732 378-31,5% 85.16.71.00 Aparelhos para Preparação de Café ou Chá 11 855 351-14,4% 85.16.90.00 Partes de Apar. Eletrotérmicos 4 446 268 4,1% Fonte: INE Instituto Nacional de Estatística I.P. Dados Estatísticos de Comércio Externo (jan-mar 14) Revista Animee 15

comércio externo ENTRADAS (Importação) JANEIRO / MARÇO DE 2014 (por ramos de atividade e principais produtos) RAMOS DE ATIVIDADE P. PAUTAL DESIGNAÇÃO VALOR EUROS %2014/13 Máquinas e Equipamentos e Aparelhagem Industrial 84.28.10.20 Elevadores e monta-cargas elétricos 6 566 522 2,78% 85.03.00.99 O. Partes das Pos 85.01 e 85.02, excepto a da 85030010 e 85030091 23 925 063 29,49% 8512.20.00 Apar. de Iluminação / Sinaliz. Visual elétr. utilizados em automóveis 8 347 890 14,34% 8538.10.00 Quadros, Painéis, consolas e o. Suportes da pp 85.37 7 432 036 11,87% 8548.90.90 O. Ptes elétricas e eletrónicas de Máq. Apar. NE 11 064 239 446,80% Fios e Cabos Isolados 8544.11.10 Fios p/ bobinar de cobre envernizados/esmaltados 6 657 362-27,61% 8544.11.90 O. Fios p/ bobinar de cobre 4 286 997-7,79% 8544.49.95 Outros Condutores Elétricos < 80 V 11 218 719-11,58% 85.44.49.99 Outros Condutores Elétricos p/ tensão de 1000 V 4 024 227-4,08% 85.44.70.00 Cabos de fibras óticas 5 540 774 64,83% Cablagens 8536.90.10 Conexões Elementos de Conctato p/ Fios e Cabos 12 193 607-5,29% 8544.30.00 Jogos de Fios p/ Velas de Ignição p/ Aeronaves Civis 21 801 516 16,88% 8544.42.90 Out.Condutores Elétricos < 80 V c/ Peças de Conexão 7 082 207-35,40% Aparelhos de Medida, Controlo e Automatismo 8537.10.91 Aparelhos de Comando Memória Programável 2 227 043-16,52% 9030.40.00 O. Inst. p/ medida ou controle tensão, etc. c/ dispositivo de registo 863 234 46,39% 9032.10.89 O. Termóstatos não eletrónicos 863 948-10,05% Telecomunicações, Eletrónica Profissional e Informática 8471.30.00 Máq. Aut. Process.Dados Digitais Portáteis Peso < 10K, Contendo Pelo Menos 1 CPU, 1 Teclado e 1 Écran (Tela) 86 588 037 1,83% 8517.12.00 Telefones para redes celulares e outras redes sem fio 116 149 559 16,26% 8517.62.00 Apar. p/ recepção, conversão e transmissão ou regeneração de voz, imagens e dados, incluindo aparelhos de comutação e encaminhamento 41 238 147 28,63% 8538.90.99 O. Ptes de quadros, painéis, consolas, cabinas, arm. e o. supts. pos. 8537 19 143 696 20,08% 8543.70.90 O. máq. e aparelhos c/ função própria 16 741 268 45,23% Componentes Eletrónicos 8534.00.11 Circuitos Impressos de camada múltipla 12 237 062-60,55% 8541.40.10 Díodos emissores de luz, incluindo díodos laser 7 595 099 32,25% 8541.40.90 O. Disp. Fotosensíveis semicondutores 7 609 000 1,92% 8542.31.90 O. process. e controladores, mm comb. c/ memór., conv. ou o. circ. 33 935 680-0,61% 8542.39.90 Outros circuitos integrados eletrónicos 27 394 695 20,15% 16 n. o 332 - julho / agosto 2014

comércio externo RAMOS DE ATIVIDADE P. PAUTAL DESIGNAÇÃO VALOR EUROS %2014/13 Acumuladores e Pilhas 8506.10.11 Pilhas Cilíndricas Biox. Manganês Alcalinas 1 828 180 46,78% 8507.10.20 Acumuladores Chumbo Arranque c/eletrólito Líquido 9 087 626-7,04% 8507.10.80 O. Acumuladores Chumbo Arranque 2 924 965-8,75% 8507.20.20 O. Acumuladores Chumbo que funcionem c/eletrólito Líquido 1 999 339 18,26% 8507.20.80 O. Acumuladores Chumbo 1 430 058-34,56% Lâmpadas e Material para Iluminação 8539.31.90 Out. Lâmpadas Fluorescentes 3 118 944-24,70% 9405.10.91 Ap. de Iluminação de out. mat. p/ lâmpadas de incandescência 2 181 343 21,00% 9405.10.98 O. Ap. de Iluminação p/ lâmpadas de descarga 4 763 369 8,17% 9405.40.39 Out. Aparelhos de iiuminação elétricos de plástico 2 266 602 82,62% 9405.40.99 Out. Aparelhos elétricos de Iluminação de outras matérias 3 355 661 7,23% Aparelhagem Ligeira de Instalação 8536.50.80 Out. Interruptores Seccionadores e Comutadores 6 395 915 2,97% 8536.69.90 O. Tomadas de Corrente 13 037 275 52,23% 8536.90.85 O. Aparelhos p/ interrupção e ligação de circuitos elétricos 5 445 203-6,57% 8537.10.99 O. Quadros de tensão < 1000V 13 280 481-1,69% 8538.10.00 Quadros, painéis, consolas deprovidos dos seus elementos 7 432 036 11,87% Eletrónica de Consumo 8522.90.80 Partes e Acess. p/ Apar. de Reprod. e Gravação de Som 13 171 926-20,49% 8523.49.45 O. Discos p/ sistemas de leitura por laser 6 035 735-21,05% 8528.72.40 Aparelhos TV c/ ecrã de cristais líquidos 30 562 230 13,57% 8529.90.92 O. Ptes de câm. TV das posições 85258011, 85258019 e aparelh das posições 8527 e 8528 14 830 385-8,93% 8529.90.97 O. Ptes 10 824 571-10,87% Eletrodomésticos 8418.10.80 Frigoríficos Congeladores (Freezers) c/ Porta Ext. Separadas > 340 L 6 148 865 41,13% 8422.11.00 Máq.de Lavar Louça tipo doméstico 5 190 582 17,35% 8450.11.11 Máq.de Lavar automáticas < 6 Kg carregar p/ frente 4 126 801 0,89% 8516.79.70 O. Apar. Eletrotérmicos 4 049 315 206,92% 8516.90.00 Partes de Apar. Eletrotérmicos 8 195 641-21,05% Fonte: INE Instituto Nacional de Estatística I.P. Dados Estatísticos de Comércio Externo (jan-mar 14) Revista Animee 17

associativismo Novo Centro de Coordenação e Registo de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos!!? (Uma história mal contada, com o acordo das entidades administrativas) A ANREEE é a entidade nacional de registo de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (EEE). Encontra-se licenciada, desde março de 2006, para organizar e manter um registo de produtores de EEE, de acordo com o Decreto-Lei n. o 230/2004, de 10 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de dezembro. Está, ainda, licenciada como entidade de registo da pilhas e acumuladores, desde dezembro de 2009, nos termos do Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de janeiro. É constituída pelas associações do setor elétrico e eletrónico português AIMMAP, ANEME, ANIMEE, APIRAC, AGEFE, APED, pelas Entidades Gestoras de Resíduos de EEE e P&A AMB3E, ERP Portugal e GVB*. A ANIMEE é uma das associações fundadoras da ANREEE, tendo inclusivamente acolhido nas suas instalações esta entidade nos seus primeiros seis meses de vida. A publicação da nova diretiva relativa aos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), a Diretiva 2012/19/EU, em julho de 2012, apontava para um maior controlo dos REEE e mais esforço na sua recolha e destino final adequados. O processo de transposição da diretiva para o direito interno português, com a proposta de texto final de novembro de 2013, apontava para a criação de um designado Centro de Coordenação e Registo (CCR). O CCR terá competências acrescidas face à ANREEE, uma vez que monitorizará quantos equipamentos são colocados no mercado (o que tem sido feito até aqui), o que é recolhido e reciclado, qual a quota de responsabilidade de cada entidade gestora e se essa quota está ou não a ser cumprida. Em resumo, o futuro CCR terá acesso a toda a informação sobre EEE e REEE em Portugal e estará em condições de informar a tutela, representada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sobre as taxas de recolha e valorização atingidas anualmente. A ANREEE está preparada para assumir estas funções mais complexas. Ao longo da última década construiu um património relevante e com provas dadas: uma base de dados sólida, baseada num sistema informático robusto, uma direção e colaboradores experientes e dedicados, uma situação financeira estável e um leque de certificações apropriado à sua área de atividade: segurança de informação (ISO 27001) e qualidade (ISO 9001). Mas a versão final publicada em Diário da República impede a ANREEE de se tornar no futuro CCR. Fundamentalmente porque se licenciou como entidade de registo para pilhas e acumuladores em 2009, vindo a integrar a GVB. Portanto, não prossegue única e exclusivamente a actividade de EEE e nem conta única e exclusivamente com entidades EEE. Após uma primeira fase de estupefação, a ANREEE pediu esclarecimentos à APA, uma vez que pretende constituir-se Centro de Coordenação e Registo. Mais recentemente, foi informada por carta e por quatro das nove associações que a constituem, a saber: Amb3E, ERP Portugal, APED e AGEFE, que estas estão a considerar preparar 18 n. o 332 - julho / agosto 2014

associativismo uma candidatura conjunta a CCR, sendo também entidades fundadoras da ANREEE! E a actual legislação permite que quatro das associações fundadoras da ANREEE fiquem de fora. De facto, desde que estejam incluídas as atuais duas entidades gestoras de resíduos Amb3E e ERP Portugal e estejam representados distribuidores e produtores de EEE, embora numa única associação, não há nenhum impedimento. As associações AIMMAP, ANEME, ANIMEE e APIRAC pediram já esclarecimentos e a alteração da legislação à tutela. À data de impressão desta publicação, não obtiveram resposta. Assinalaram que esta opção legislativa está, inclusive, contra o que é prática corrente na maioria dos demais Estados-Membros. Na realidade, a tendência na União Europeia parece ser a inversa da que se adotou no diploma português. Enquanto nos demais países as entidades gestoras perdem preponderância no registo não tendo, aliás, em regra, qualquer papel, em Portugal optou- -se por diminuir a diversidade das associações, mantendo centralidade nas entidades gestoras que, em causa própria e praticamente em exclusivo, poderão ter um papel mais determinante. A ANIMEE assim como as demais associações fundadoras da ANREEE acreditam que será dada nova redação ao Decreto-Lei n. o 67/2014, de 7 de maio, e que uma entidade que tem dado provas de competência, transparência e inovação poderá assumir a sua natural evolução para CCR. Este sim, seria um CCR que representaria a totalidade do mercado de EEE (e de REEE) em Portugal. * Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e afins de Portugal (AIMMAP), Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Eletromecânicas (ANEME), Associação Portuguesa das Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico (ANIMEE), Associação Portuguesa de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC), Associação Empresarial dos Setores Eléctrico, Eletrodoméstico, Fotográfico e Eletrónico (AGEFE), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos (Amb3E), European Recycling Platform Portugal (ERP Portugal). Diretiva 2012/19/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, relativa aos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) Artigo 16. o Registo, informações e apresentação de relatórios 4. Os Estados-Membros devem recolher informações, incluindo estimativas fundamentadas, numa base anual, sobre as quantidades e categorias de EEE colocados nos seus mercados, recolhidos por qualquer meio, preparados para a reutilização, reciclados e valorizados no Estado-Membro, bem como sobre REEE recolhidos seletivamente e exportados, em termos de peso. NENHUM IMPEDIMENTO À CANDIDATURA DA ANREEE A CCR Proposta de texto relativa ao projeto de diploma de transposição da Diretiva 2012/19/EU, divulgada pela APA em novembro de 2013 Artigo 34. o Natureza e constituição [do Centro de Coordenação e Registo] 1. As funções de centro de coordenação e registo devem ser exercidas por uma entidade constituída para o efeito pelas entidades gestoras dos sistemas coletivos de gestão de REEE e por associações de produtores e de distribuidores com representatividade transversal a todas as categorias de EEE. NENHUM IMPEDIMENTO À CANDIDATURA DA ANREEE A CCR Decreto-Lei n.º 67/2014, de 7 de maio, que aprova o regime jurídico da gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) Artigo 35. o Natureza e constituição 1. As competências previstas no artigo 38.º são asseguradas por um centro de coordenação e registo, constituído para o efeito e composto, exclusivamente, pelas entidades gestoras dos sistemas coletivos de gestão de REEE e por associações de produtores e de distribuidores que, individualmente, representem todas as categorias de EEE. IMPEDIMENTO À CANDIDATURA DA ANREEE A CCR Revista Animee 19

associativismo Programa Save to Compete Sessão de divulgação para associados da ANIMEE A Sessão de Divulgação do Programa Save to Compete (S2C), destinada exclusivamente a associados da ANIMEE, teve lugar no dia 9 de julho. Esta sessão foi realizada no âmbito do protocolo assinado entre a ANIMEE e a EDP Comercial, em abril último. A sessão decorreu nas instalações da EDP, com a presença da equipa da EDP Comercial diretamente envolvida no programa: Dr. Nuno de Brito, diretor de Relações Institucionais, Comunicação e Recursos Humanos; Dra. Sofia Tavares, diretora de Eficiência Energética B2B e Eng. Jorge Leal, do Serviço de Eficiência Energética B2B. A ANIMEE esteve representada pelo Serviço de Tecnologia Industrial e Ambiente. Estiveram presentes 10 empresas associadas, representadas por 14 pessoas. O objectivo desta iniciativa foi dar a conhecer melhor o programa e a equipa responsável pela sua gestão. Foi também o de proporcionar aos associados a oportunidade para colocar pessoalmente questões específicas, de ordem técnica e financeira, relacionadas com eficiência energética e no âmbito da aplicação do S2C. Em resumo, o conteúdo da sessão incluiu: Apresentação do programa Modelo de funcionamento Balanço do programa Exemplos de projetos realizados Informação de apoio ao preenchimento do formulário Ficaram devidamente esclarecidos as etapas da candidatura, a realizar online, a saber: 1. Registar-se no programa em www.savetocompete.com e preencher o formulário de candidatura 2. Aguardar o relatório de diagnóstico energético, gratuito, com o potencial de poupança da empresa 3. A seleção das candidaturas será depois efectuada pela EDP Comercial com base nos critérios: potencial de poupança energética; risco de crédito e solvabilidade; período de recuperação do investimento; ordem de chegada das candidaturas; risco operacional do projecto 4. Realização de uma auditoria energética às empresas selecionadas 5. A EDP Comercial apresenta um Projeto integrado de eficiência energética PIEE e realizará a sua implementação, caso a empresa concorde. A ANIMEE seguirá a evolução das candidaturas dos seus associados, assegurando as ações de coordenação e de informação entre os associados e a EDP Comercial que se vierem a mostrar necessárias e mantendo atualizada a informação sobre as poupanças energéticas conseguidas. O S2C é um programa de Eficiência Energética criado em resposta às necessidades do mercado B2B. Pretende identificar empresas com elevado potencial de poupança na sua fatura energética. A EDP Comercial propõe a implementação das medidas de eficiência energética que se justifiquem economicamente através das poupanças geradas. Mais ainda, a EDP Comercial fornece todos os serviços e equipamentos necessários. Estes poderão ser remunerados pela empresa através do pagamento em prestações, cujo valor corresponderá à totalidade ou a parte das poupanças geradas. 20 n. o 332 - julho / agosto 2014

A

iep O que representa a formação nos dias de hoje Unidade de Negócio de Formação do IEP A estratégia de desenvolvimento da Unidade de Negócio Formação do IEP, passa pela continuidade da sua atuação como um pólo dinamizador de boas práticas, e de formação em áreas estratégicas para o desenvolvimento organizacional. cenário de crise económica, tendo definido como estratégia, o trabalho de equipa, orientado e focalizado para os objetivos a atingir pela unidade de negócio, procurando simultaneamente estar em sintonia com os objetivos e estratégia definidos pelo IEP em geral. Ao longo dos anos o IEP tem demonstrado ser um parceiro importante no tecido empresarial em vários setores de atividade, fornecendo serviços integrados, que incluem ações de formação, nas áreas da Qualidade, da Energia, do Ambiente, da Segurança e Saúde do Trabalho, e da área Tecnológica, que permitem um desenvolvimento sustentado das empresas portuguesas. O conceito de formação profissional nos dias de hoje O IEP, além de ser uma entidade certificada no âmbito da ISO 9001 está também reconhecido desde 1997 como entidade certificada para a prestação de serviços de formação, concedido por uma entidade isenta (atualmente DGERT). Desse reconhecimento decorrem um conjunto de responsabilidades e obrigações para com os formandos, formadores, coordenadores de formação, clientes e outros agentes envolvidos. Esta responsabilidade tem vindo a aumentar à medida que aumenta também a colaboração entre os vários intervenientes: empresários, consultores, formadores e formandos. É importante sublinhar que este espírito de total cooperação tem originado sugestões e algumas adaptações ao processo formativo que são por nós entendidas como uma excelente oportunidade de melhorarmos o serviço prestado aos nossos parceiros/clientes. A UN Formação tem vindo a assumir o desafio de dar uma resposta eficaz e positiva face ao A atualidade é marcada pela mudança e celeridade, hoje em dia a formação também tem que acompanhar estas novas tendências de um mundo em constante transformação e evolução. A formação profissional neste contexto de mudança e de competitividade deve ser encarada cada vez mais como um processo dinâmico e não um acontecimento estático. É necessário às organizações repensarem as suas estratégias formativas, que devem contemplar soluções integradas mais compactas, com ações de curta duração muito direcionadas e adaptadas à realidade concreta da organização e da sua estratégia global. O IEP no seguimento desta orientação de exigência de mudança, desde 2012 que, apresenta vários ciclos de formação tecnológicos, com sessões de curta duração, que por um lado, permitem em pouco tempo, satisfazer as necessidades/atualizações formativas dos colaboradores das empresas e por outro, permitem aumentar a motivação dos trabalhadores e a sua produtividade, assim como a rendibilidade das organizações. Revista Animee 23

iep Como a tradição já não é o que era, o nosso tempo é caracterizado por um acelerado processo de mudanças e de transformações, algumas com profundas incidências sobre a existência e sobre o futuro da pessoa humana e das sociedades em contexto social. O planeamento também nos dias de hoje, tem que ser flexível, sempre passível de mudança e adaptado às novas exigências. A emergência deste novo mundo, quase sempre imprevisível, caótico tem por base duas novas tendências de fundo, cuja necessidade de compreender e controlar se torna cada vez mais pertinente para assegurar o futuro das sociedades humanas. A primeira destas tendências refere-se ao quadro de mudanças que uma nova ordem científica e tecnológica estabeleceu no âmbito relacional e social. A outra tendência respeita ao conjunto de mutações políticas e económicas que o mundo contemporâneo enfrenta. Responder à inovação constante que emana da atividade económica atual, às novas ideias e processos que a caracterizam, às novas tecnologias que transformam, segundo as novas modalidades de produção e responder às permanentes alterações competitivas com mais eficácia, subentende uma evolução contínua das capacidades cognitivas dos recursos humanos, assim como uma maior agilidade empresarial. Cada vez mais a qualidade dos recursos humanos constitui um fator crítico de sucesso. A formação profissional neste contexto de mudança e da ultra competitividade, deve ser encarada cada vez mais como um processo e não um fim em si, é necessário formular estratégias de formação que estejam integradas, subordinadas à estratégia global da organização e ao serviço desta. A formação abrange mais do que o ensino organizado em sala, seminários e conferências. Contempla uma variedade de meios de aprendizagem, mais ou menos formais, que contribuem para desenvolver as competências e melhorar a eficácia das pessoas no desempenho das suas funções e por acumulação e sinergia aumentam a eficácia das organizações. Atualmente, é dado como certo que o êxito das organizações depende da sua capacidade para gerir as sucessivas mudanças. Esta capacidade depende da disponibilidade de recursos humanos qualificados, equipados com os conhecimentos mais avançados nos domínios técnicos, relacionais e de gestão. Como síntese, podemos considerar que a atual necessidade e interesse pela formação deve-se fundamentalmente, à convergência das seguintes tendências: aumento da concorrência global; aumento do nível educativo, acompanhado da melhoria da imagem que cada um faz de si próprio; evolução das tecnologias que provocam alterações dos processos/produtos/ funções/ fluxos/ competências necessárias; fusões/aquisições e desinvestimento com realinhamento das estruturas e funções; desaparecimento de certas profissões e funções com emergência e ascensão de outras. O conceito de formação ao longo da vida (formação, qualificação e a requalificação profissional), continua na moda e recomenda-se, sendo que hoje em dia, cada vez mais é imprescindível e fundamental que um ativo, qualquer que seja a sua área de atuação, e independentemente de estar no mercado de trabalho, enquanto trabalhador em nome individual ou como trabalhador por conta de outrem, tem que se consciencializar de que deve continuar a investir na formação profissional, se efetivamente pretende manterse no mercado laboral, tal como se apresenta nos dias de hoje. Teresa Estêvão, Dra Responsável da Unidade de Negócio de Formação, Consultoria e Auditoria 24 n. o 332 - julho / agosto 2014