LITERATURA. Prof.: Grijó

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Transcrição:

LITERATURA Prof.: Grijó

BARROCO No Brasil, século XVII, Bahia. Subjetividade / Lirismo amoroso (mulher é anjo e demônio / dualidade) Antítese (jogo de contrastes) Linguagem rebuscada Uso de hipérbatos (inversões) Religiosidade (pecado versus perdão) Poesia de escarnecimento, deboche, sarcasmo. (com Gregório de Matos Guerra, o Boca do Inferno) Cultismo a linguagem utilizada por Gregório.

ARCADISMO No Brasil, século XVIII, Minas Gerais Subjetividade Bucolismo Exaltação da Natureza Tranquilidade do Relacionamento Amoroso Retorno e elementos Clássicos (mitologia, história, heróis) Pastoralismo Sensualidade Formalismo (uso de rimas e métrica e ritmo) FUGERE URBEM, a fuga da cidade. Ao poeta cabe a comunhão com o campo. CARPE DIEM, aproveitar o dia. Gozar intensamente o tempo presente. O poeta sabe que a vida é passageira daí querer aproveitar ao máximo o agora. AUREA MEDIOCRITAS, a mediocridade dourada. Desapego aos bens materiais. O ARCADISMO é também chamado Neoclassicismo

ROMANTISMO (1836-1881) Subjetividade Sentimentalismo (amor, paixão, ódio, medo) Fantasia / Idealização / Escapismo Na poesia, 3 fases: 1) Indianismo 2) Ultrarromantismo (Mal-do-Século, Byronismo) Poesia: temática da solidão, do amor fracassado, da penúria e da melancolia, da angústia, do medo, do horror, do SPLEEN) 3) Condoreirismo (ligado a questões sociais, com Castro Alves) Linguagem adjetivada, linguagem retórica.

REALISMO (1881-1904) Objetividade (proximidade com o real) Racionalismo (oposição ao sentimentalismo romântico) Verossimilhança (representar o real) Contemporaneidade (atualidade) Psicologia (análise de comportamento, feita, geralmente, pelo narrador onisciente) Deboche, ironia. Crítica social ataques à hipocrisia, à covardia dos seres humanos, às limitações intelectuais, às instituições (igreja, casamento) Análise de uma sociedade decadente principalmente a carioca. Prosa urbana

NATURALISMO (1881-1900) Ligado diretamente ao Realismo O Racionalismo está ligado ao cientificismo darwinista. O homem é animal e, em algumas circunstâncias, deve assim se comportar. Objetividade, Verossimilhança, Contemporaneidade. Riqueza de detalhes na descrição, PROSA LENTA. O meio ambiente como deformador do caráter. Patologia cenas doentias, grotescas. Hereditariedade. Principal autor, no Brasil: Aluísio Azevedo.

PARNASIANISMO (1881-1922) Apenas na poesia Objetividade Descritivista Culto à forma (rimas, métrica, enjambements) Arte pela Arte slogan parnasiano. A poesia não deve e não pode se envolver com elementos demasiadamente humanos, como história, filosofia, ciência, política, sociedade. O poeta, dessa forma, distancia-se da realidade. Metalinguagem em alguns poemas de Bilac. Retorno os Temas Clássicos (Grécia e Roma): história, heróis e mitologia Principal poeta: Olavo Bilac. Tríade Parnasiana: Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira.

SIMBOLISMO (1893-1899) Subjetividade ligada ao elemento espiritual, cósmico, etéreo. Abstracionismo Musicalidade obtida por meio de aliterações (rep. de consoantes), assonâncias (de vogais), eco e rimas Religiosidade Espiritualidade Folclore Misticismo Mitologia (nórdica, greco-latina) Obsessão pela Cor Branca Maiúsculas Alegorizantes

Poema em Prosa (estrutura da prosa mas carregado de subjetividade e sentimentalismo NÃO CONTA HISTÓRIA) Principais autores: CRUZ E SOUSA e AUGUSTO DOS ANJOS Obs: Augusto dos Anjos poeta da morbidez, utilizou-se de elementos científicos (química, biologia, física) para fazer uma poesia triste, melancólica, decadente, sinistra. Sua linguagem é altamente rebuscada e, em muitos casos, deselegante. É um dos mais importantes poetas brasileiros.

PRÉ-MODERNISMO (1904-1915) Não chega a ser uma estética literária, e sim uma etapa de transição. Basicamente, na prosa. Interiorização do Brasil (demonstrar que havia um país diferente do Brasil litorâneo: um Brasil decadente, descalço, ignorante, miserável, ligado ao fanatismo religioso). Objetivo de mostrar a realidade brasileira. Principais autores: Euclides da Cunha Os Sertões, Monteiro Lobato Negrinha e Graça Aranha, com Canaã.

SEMANA DE 22 / MODERNISMO A Semana teve papel importante. Foi uma tentativa não totalmente bemsucedida de romper com as estruturas tradicionais, e já desgastadas, do século anterior. Deu-se na literatura, na música, na pintura, na escultura e no teatro. Seus principais articuladores, na literatura, são MÁRIO DE ANDRADE e OSWALD DE ANDRADE.

1º Tempo Modernista (1922-1928) Tentativa de estabelecer, no Brasil, a ideia de modernidade já existente na Europa, desde 1904 Baseado nas Vanguardas Europeias (1904-1912) (Futurismo, Dadaísmo, Cubismo) Oposição ferrenha ao Parnasianismo, bem como a todo o séc. XIX. Linguagem coloquial. Compreensão do Brasil como um país mestiço. Recuperação da figura do índio. Nacionalismo crítico. Contemporaneidade. Versos livres, versos brancos (sem rima). Poemas-minuto. Poemas-piada.

MANIFESTO ANTROPOFÁGICO, DE OSWALD DE ANDRADE (1928) VALORIZAÇÃO DO ELEMENTO NACIONAL SEM DEIXAR DE CONECTÁ-LO AO MUNDO. DEVE-SE COMER, DEGLUTIR TUDO O QUE FOR ESTRANGEIRO, E APROVEITAR O QUE É ESSENCIAL. Manifesto Pau-Brasil, dele também (1924), é uma reafirmação da ANTROPOFAGIA.

2º Tempo Modernista (1928-1945) Mais equilibrado, já não se opõe a estéticas passadas. Mantém o verso livre, o verso branco, a contemporaneidade e a linguagem, coloquial, mas recupera a rima, o ritmo, a métrica, a espiritualidade, a musicalidade daí ser chamado de Neossimbolismo. Subjetividade / lirismo amoroso. Ironia. Humor. Deboche, sarcasmo. Poemas curtos, sintéticos, ao lado de poemas longos e discursivos. Temática social ao lado de temática espiritual. Por não ser oposição, utiliza-se de todos os elementos literários possíveis.

Na poesia: Vinícius de Moraes, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Carlos Drummond, Murilo Mendes. Na prosa, busca-se mais uma vez a interiorização do Brasil, revelando um país marcado pela violência e pela regionalidade. Seus principais autores são Jorge Amado, Érico Verissimo, Raquel de Queiroz, Graciliano Ramos e José Lins do Rego.

3 Tempo Modernista (1945-1953) Volta ao formalismo, sem deixar de possuir cunho social Preocupação com a realidade brasileira Poesia cerebral, arquitetônica Utilização de rimas, principalmente toantes Autores principais: João Cabral de Melo Neto (poesia); João Guimarães Rosa e Clarice Lispector (prosa) A prosa de Guimarães é marcada por um intenso e rebuscado trabalho na linguagem (onomatopeias, expressões binárias, coloquialidade, regionalismos, neologismos), além de se dedicar ao ambiente sertanejo mineiro. A prosa de Clarice é marcada pelo fluxo de consciência e pela expressão do universo psicológico feminino.

CONCRETISMO (1953-1956) Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Augusto de Campos são os principais articuladores desse movimento. Abolição do verso tradicional em muitos casos, o verso desaparece. Exploração do aspecto visual do poema. Exploração do aspecto sonoro do poema. O poema não serve apenas para ser lido, mas também para ser visto e ouvido. Os espaços em branco são explorados. A poesia deixa de ser discursiva a comunicação é não-verbal

TROPICALISMO (1967-69) Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto Movimento mais musical que literário. Recuperação da ANTROPOFAGIA oswaldiana. Ligação com esoterismo, misticismo Nacionalismo (valorização de elementos tropicais, como mulata, Carnaval, praia, sol, calor, candomblé) sem deixar de integrar-se com o mundo exterior. O ideal tropicalista pode ser resumido numa arte universal uma tentativa de reunir todos os elementos antes contraditórios numa mesma manifestação.

POESIA MARGINAL (1970-1972) Geração-mimeógrafo. Subjetividade. Sentimentalismo. Poesia sintética. Deboche, ironia, sarcasmo. Linguagem coloquial, muitas vezes obscena. Linguagem telegráfica (períodos curtos, recuperação oswaldiana, 1 tempo modernista). Compreensão da realidade sócio-política brasileira.

PÓS-MODERNIDADE (1970 em diante) Subjetividade. Sentimentalismo contido. Preocupação Metalinguística. Tom confessional. Linguagem coloquial aliada ao rebuscamento. Ironia e deboche. Violência urbana. Análise crítica da sociedade brasileira. O homem não vale a pena.

Quaisquer dúvidas, entrem em contato: franciscogrijo@gmail.com Espero que aproveitem! Bom ENEM! Bom Natal! Bom Ano-Novo! FG