ANJOS DA VIDA. Colar Cervical. Retirada de Capacete. Rolamentos 90 E 180. Manobras e Transporte com Pranchas COORDENAÇÃO GERAL: TANIA MEIRE

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Transcrição:

ANJOS DA VIDA Colar Cervical Retirada de Capacete Rolamentos 90 E 180 Manobras e Transporte com Pranchas COORDENAÇÃO GERAL: TANIA MEIRE INSTRUTORES: SARA HELINY / CHIZZO OUTUBRO/2014 TIANGUÁ-CE

MODULO III ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Em quaisquer situações e atividades, pessoas estão expostas a riscos e, portanto, sujeitas a ferimentos e traumatismos causados por acidentes. Acidentes podem ocorrer em qualquer lugar, mas alguns ambientes parecem ser especialmente propícios. Especialista no assunto, garantem que a melhor forma de enfrentar este problema ainda é pela prática da prevenção. Deve-se prevenir, afastando todas as condições de risco e assim evitar que acidentes aconteçam. Porém existem situações que por mais que se procure prevenir elas tendem a acontecer e nestas se faz necessário o preparo técnico científico para lidar com essas adversidades de forma mais qualificada possível. CUIDADOS E REMOÇÕES DA VÍTIMA O manuseio ou transporte de uma vítima de trauma deve ser feita com omáximo cuidado a fim de não complicar as lesões existentes.em toda vítima de trauma, suspeite de lesão na coluna vertebral. Esta abrigaem seu interior a medula espinhal e, portanto, também pode estar lesionada. A medulafaz a conexão entre os impulsos nervosos do cérebro paras as extremidades. Quando atingida, as consequências podem ser desastrosas para a vítima (anestesias, paralisiase até comprometimento da respiração). Uma vítima pode sofrer trauma da coluna num acidente, uma fratura devértebra, por exemplo, sem lesão da medula; num manuseio intempestivo parasocorrê-la, o fragmento de osso fraturado pode seccionar a medula. Ao manusear uma vítima de trauma obedeça alguns princípios, a saber: Proceder à imobilização da cabeça e do pescoço já na abordagem inicial davítima e não soltar a cabeça enquanto a vítima não estiver seguramente imobilizada: Informar ao acidentado, se estiver consciente, os procedimentos que serãorealizados; A melhor posição para imobilizar a coluna com suspeita de trauma é emdecúbito dorsal (deitado de costas); se necessário realizar as manobras de rolamento; Sempre que possível, antes da removê-lo, proteger os ferimentos e imobilizar as fraturas, para dar maior conforto e segurança durante o transporte; Para iniciar a imobilização, alguém se posiciona junto à cabeça da vítima, e esse irá comandar as ações.

COLAR CERVICAL FUNÇÃO: Imobilizar a região cervical a fim de proporcionar maior estabilidade, controle nos movimentos de flexão, extensão e rotação cervical. INDICAÇÕES: A proteção da coluna cervical constitui medida universal no atendimento do paciente vítima de trauma, devendo ser mantida até a confirmação de que não há lesão neurológica ou óssea. A escolha e colocação do Colar Cervical é de extrema importância pois o seu uso incorreto pode não causar o efeito desejado ou até causar danos irreversíveis. A escolha do colar cervical deve ser feita com a seguinte medição: Com o dorso da mão, medir a altura entre o ângulo da mandíbula e o trapézio da vítima. No colar, verifique a altura (tamanho) do mesmo, verificando qual o tamanho mais apropriado à vítima, do mesmo modo que mediu o pescoço. Não inclua na medida a borda macia (esponja), medir do pino ou marca indicadora até o final da parte rígida. A imobilização do colar cervical adequado permite 30% da mobilidade do pescoço. Características O colar cervical vem em diversos tamanhos cujos velcros tem uma cor específica, conforme tabela abaixo, facilitando sua procura. TAMANHO BB (Neo) Pediátrico PP Pequeno Médio Grande GG COR DO VELCRO Rosa Azul claro Lilás Azul royal Laranja Verde Branco

O colar cervical deve possuir um desenho assimétrico, ser dobrável e plano, com janelas para acesso à região cervical, além de fornecer uma boa adaptação à cabeça e ao ombro da vítima. A vítima pode ser imobilizada com o colar cervical tanto em pé, sentada ou deitada, isso dependendo da posição em que se encontra a mesma. TÉCNICA DA COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL Vítima sentada ou em pé A vítima deve ser abordada sempre pela frente, toda vez que isso se faz possível. O socorrista deve identificar-se e orientar sobre o procedimento que virar a seguir. O socorrista se posiciona atrás da vítima; Inicia a estabilização da coluna cervical apoiando os polegares na região occipital da vítima e a mandíbula é fixada com o restante da mão; Alinha manualmente a cervical fazendo leve tração. Este movimente deve fazer o alinhamento total; O segundo socorrista posiciona o colar por baixo da mandíbula da vítima, apoia a extremidade inferior no externo; Envolver totalmente o pescoço e pressionar levemente as porções laterais do colar garantindo o ajuste adequado; Posicionar o velcro para a fixação. Vítima deitada A vítima deve ser abordada sempre pela frente, toda vez que isso se faz possível. O socorrista deve identificar-se e orientar sobre o procedimento que virar a seguir. Um dos socorristas posiciona-se atrás da cabeça da vítima, espalmados lateralmente as mãos ao longo da mesma; O outro socorristaposiciona primeiro a parte posterior do colar por trás do pescoço; Traz a parte anterior do colar para frente do pescoço e posiciona-o na linha média; Posiciona o colar, aperta levemente nas laterais e fecha o velcro. Existem riscos na colocação ou posicionamento do colar, como: compressão das vias aéreas e ou circulatória, quando o colar estiver mal posicionado ou apertado ou a tração excessiva quando do posicionamento do pescoço para a colocação do colar. Há casos em que o uso do colar é contra indicado como: objetos cravados na região cervical; edema em expansão; rigidez e ou dor.

RETIRADA DE CAPACETE Técnica empregada para retirada de capacete, a fim de facilitar a avaliação e tratamento de possíveis lesões que o paciente possa apresentar. Técnica para sua execução O socorrista 1 realiza a abordagem da vítima e estabilizará a cabeça da vítima, apoiando, simultaneamente, o capacete e a mandíbula, tencionando-a levemente para posicioná-la anatomicamente. O socorrista 2 irá liberar as jugulares do capacete, e, em seguida, apoiará, com uma das mãos, a região posterior do pescoço, região occipital da vítima, abrangendo a maior superfície possível, atentando para o apoio do antebraço ao solo e com a outra mão, apoiará a mandíbula da mesma, a fim de estabilizara coluna cervical. O socorrista 1 remove o capacete da cabeça da vítima, atentando para: Capacete sem proteção do mento: é necessário alarga-lo com as próprias mãos, mantendo-o dessa forma durante todo o processo de retirada, para que ele não traumatize as orelhas da vítima e seja mais fácil a retirada. Capacete que cobre toda a face da vítima: abra primeiro o visor e também trate de alarga-lo com as mãospara que não traumatize as orelhas e posteriormente erga a parte da frente do capacete ao tira-lo, para que não traumatize o nariz e siga com a liberação da região occipital, seguindo nesta técnica até a total

remoção do capacete. Com esse movimento realiza-se a retirada do capacete sem causar maiores traumas a vítima. Depois de retirar o capacete, o socorrista 1 assume o controle cervical, considerando que a vítima esteja deitada e o socorrista 2 já parte para colocação do colar cervical com técnica adequada. Observação: devem colocar de imediato um apoio debaixo da cabeça da vítima. Se a pessoa que segura a cabeça deixar de fazê-lo, a cabeça pode cair alguns 4 cms o que não seria bom. Se possível seria bom que fosse uma terceira pessoa a colocar esse apoio assim que o capacete for retirado. ATENÇÃO A retirada do capacete deve ser feita o mais precocemente possível. Permite-se a retirada do capacete com a vítima em outra posição que não em decúbito dorsal se ela estiver presa em algum lugar impedindo o rolamento. Não retirar o capacete se houver objeto transfixando o mesmo. Não retirar o capacete se a vítima queixar-se de dor em coluna cervical; nesse caso transportá-la com o capacete fixo a prancha. REGRAS PARA ABORDAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE VÍTIMAS POLITRAUMATIZADOS Não mover a vítima da posição que se encontra antes de imobilizá-la, exceto quando: Estiver num local de risco iminente; Sua posição estiver obstruindo suas vias aéreas; Sua posição impede a realização da análise primária; Para garantir acesso a uma vítima mais grave. A prancha longa onde a vítima será fixada deve possuir o apoio lateral de cabeça e, no mínimo, três tirantes sendo: Um na altura das axilas, no tórax da vítima; Outro na altura das cristas ilíacas; O terceiro, na altura dos joelhos.

ROLAMENTOS São manobras que servem para colocar as vítimas sobre a tábua de transporte. O princípio básico dos rolamentos é a mobilização da vítima como um todo, em bloco, como se estivéssemos rolando uma tora de madeira. Deve-se tomar cuidado especial com o alinhamento da coluna da vítima, em todos os seus segmentos. Os rolamentos podem ser realizados por duas ou mais pessoas, para que se estabeleça um alinhamento seguro da coluna da vítima. Quando os rolamentos são realizados por três pessoas, por exemplo, uma delas fica responsável pelo controle cervical, a outra vai mover o ombro e o quadril (tronco), e a terceira fica responsável pelo quadril e pelas pernas da vítima, todas agindo em conjunto e mantendo o alinhamento. O rolamento a90 graus permite que uma vítima em decúbito dorsal seja rolada para que se posicione a tábua de transporte sob a mesma; o rolamento a 180 graus permite que a vítima em decúbito ventral seja primeiramente rolada a 90 graus e depois seja colocada sobre a tábua de transporte. ROLAMENTO 90º: Realizado com 3 socorristas acontece da seguinte forma: O socorrista1: segura a cabeça da vítima, fazendo o controle da coluna cervical mantendo-a alinhada; O socorrista 2: posiciona-se na lateral da vítima, na altura do tronco, colocando uma das mãos no ombro contralateral e a outra mão na região pélvica contralateral. O socorrista 3: posiciona-se na mesma lateral que o Socorrista 2, na altura dos membros inferiores da vítima; coloca uma das mãos na região pélvica, numa posição acima da mão do Socorrista 2 e a outra mão na altura do terço médio da perna.

Socorrista 1: após certificar-se que todos estão na posição correta, faz a contagem combinada pela equipe em voz alta e todos ao mesmo tempo, efetuam o rolamento em bloco da vítima. Socorrista 2: Examina a região posterior do corpo da vítima.

Socorrista 1: comanda o rolamento em bloco da vítima para colocá-la sobre a prancha longa e mantém a estabilização da coluna cervical, durante todo o procedimento. O socorrista 1 permanece na imobilização cervicale os socorristas 2 e 3: prendem os tirantes nas seguintes posições: Na altura das axilas e cruzando; Na altura das cristas ilíacas; Na altura dos joelhos. Após é realizado a imobilização lateral da cabeça (colocação dos imobilizadores laterais de cabeça). Este rolamento pode ser realizado, também, com somente dois socorristas. Sendo que o socorrista 1 permanecerá somente no controle. Vale ressaltar que todo o procedimento deve ser realizado em sincronia e sob o comando do socorrista que está no controle. ROLAMENTO 180 Esse rolamento pode ser realizado por dois ou três socorristas, dando preferência para realização com três. O socorrista1: posiciona-se de joelhos acima da cabeça da vítima, segurando-a pela mandíbula. O socorrista 2: examina o membro superior do lado ao qual será efetuado o rolamento e o posiciona ao longo do corpo ou acima da cabeça da vítima, realizando a menor movimentação possível. O socorrista 3: posiciona a prancha longa ao lado da vítima mantendo a distância adequada para o rolamento. O socorrista 2: posiciona-se de joelhos, no centro da prancha longa, na altura do tórax da vítima segurando-a pelo ombro e coxa opostos.

O socorrista 3: posiciona-se de joelhos, no centro da prancha longa, na altura da coxa da vítima, segurando-a pela crista ilíaca e na altura da panturrilha. Sob comando do S1 é efetuado o rolamento em bloco até que esteja posicionada lateralmente (90 graus) Socorristas 1, 2 e 3: ajustam suas posições e completam a manobra de rolamento posicionando a vítima em decúbito dorsal sobre a prancha.

TÉCNICA DE IMOBILIZAÇÃO DA VÍTIMA EM PÉ Quando uma vítima traumatizada necessita de imobilização da coluna, embora se encontre em pé, não é possível deitá-la ao solo sem apoio, pois haverá flexão da coluna, o que pode provocar danos adicionais. Nesta situação, providenciar a imobilização cervical (conforme técnica), antes de posicionar a tábua. Este pode ser realizado com dois ou três socorristas. Socorristas: abordam a vítima pela frente evitando a sua movimentação ; O socorrista 1: aborda a vítima pela frente e estabiliza a coluna cervical explicando o procedimento que será efetuado; Socorrista 2: aborda a vítima por trás e assume a estabilização da coluna cervical e o Socorrista 1 aplica o colar cervical;

Socorrista 3: aguarda a aplicação do colar cervical, posiciona a prancha atrás da vítima apoiando-a no tornozelo, no glúteo e nas escápulas; Socorristas 1 e 3: posiciona-se lateralmente à prancha longa, de frente para a vítima; introduzem seu antebraço sob as axilas da vítima apoiando e segurando a prancha pelo alça imediatamente superior ou mais próximo do ombro da vítima; Mantém-se com um pé paralelo à parte inferior da prancha longa e o outro pé a um passo atrás. E sob contagem do socorrista que estará no comando, deslocam-se lentamente à frente, o espaço necessário para que esta se apoie ao solo. ELEVAÇÃO A CAVALEIRA A finalidade dessa manobra é erguer a vítima do solo, quando o rolamento não é possível, e colocá-la sobre a tábua de transporte. A elevação pode ser realizada por três ou mais pessoas. Quando realizado por três socorristas: O socorrista 1 é responsável em fixar cabeça, pescoço e ombros; posicionado na cabeça da vítima, comanda a ação; O socorrista 2 faz o apoio do quadril da vítima com a s 2 mãos com as pernas abertas sobre a vítima;

O socorrista 3 na mesma posição do 2º - segura as pernas próximo aos joelhos. Quando realizado por quatro socorristas: O socorrista 1: posiciona-se de joelhos de frente para a cabeça da vítima e a estabiliza manualmente. O socorrista 2: em pé, posiciona-se sobre a vítima na altura do tórax, com um dos pés posicionados ao lado da vítima e o outro pé do outro lado da prancha longa. Posiciona suas mãos sob as escápulas da vítima. O socorrista 3: em pé, posiciona-se sobre a vítima na altura das coxas com um dos pés posicionados ao lado da vítima e o outro pé do outro lado da prancha longa e segura a vítima pela região pélvica. Posiciona suas mãos sob as nádegas da vítima. Socorrista 4: posiciona-se nos pés da vítima e a segura com as mãos posicionadas sob os tornozelos.

Após certificar-se que todos os socorristas estão na posição correta, o socorrista 1 faz a contagem conhecida pela equipe em voz alta e todos, ao mesmo tempo, levantam a vítima em bloco. Ao segundo comando do mesmo Socorrista, deslocam-se lateralmente para colocar a vítima sobre a prancha longa. Realiza-se a imobilização lateral da cabeça, prende os tirantes nas posições já citadas anteriormente. ATENÇÃO Utilizar o método mais adequado de acordo com as condições do local da ocorrência e da posição em que se encontra a vítima. Ao realizar manobras de rolamento em bloco deve-se tomar cuidado de escolher o lado correto para efetuar o giro, deixando o lado com traumas ou fraturas livre. A vítima deve estar sempre bem fixa à prancha para evitar acidentes e também, se houver necessidade, movimenta-la rapidamente sem perder a imobilização da coluna. Para centralizar a vítima na prancha, usar técnica do deslizamento em V ; Cuidado com a imobilização torácica para não restringir o movimento respiratório. Sempre que possível o rolamento da vítima deverá ser efetuado sobre a prancha longa evitando dupla movimentação do acidentado. TÉCNICA PARA LEVANTAMENTO DA PRANCHA LONGA EM DOIS TEMPOS Uma vez que a vítima esteja fixa à prancha, é preciso levantá-la do solo, e levála àambulância.os três socorristas posicionam-se nas extremidades da tábua, apoiando os doispés totalmente no chão e dobrando os joelhos, objetivando manter sua coluna naposição mais vertical possível. Em seguida, seguram as extremidades da tábua. Socorrista 1 e 2: ficam na cabeceira da prancha, em sua parte lateral, com joelhos agachados num ângulo de 90 graus. As mãos destes socorristas devem segurar a prancha longa pelo alça superior da mesma e pelas alças laterais mais próximo a cabeça da vítima na posição de supinação de forma a facilitar a elevação da prancha; O socorrista 3: fica agachado aos pés da prancha, de frente para a mesma, com as mãos segurando as alças inferiores da prancha longa; O socorrista 1: verifica se todos estão na posição correta e efetua a contagem até três, momento em que os três socorristas levantarão a prancha, apoiando-a nos joelhos que está dobrado em 90 graus. Em seguida o mesmo socorrista efetua nova contagem até três, momento em que os três socorristas, efetuando força apenas com as pernas, levantar-se-ão completando a manobra com prancha longa. Na sequência, posicionam as mãospara o transporte, um de cada vez; e, finalmente, iniciam a caminhada para aambulância.

REFLEXÃO Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança. Paulo Coelho Sara Heliny / Chizzo