LEITORES E LEITURAS NOS CADERNOS NEGROS Cristian Sales (UNEB/PPGEL) 1 crissaliessouza@gmail.com 1. E LÁ VAI O VERSO! Fazer Cadernos Negros é uma missão que se completa com a participação do leitor. São as pessoas que têm acompanhado os Cadernos que os mantêm vivos. (Esmeralda Ribeiro). Há mais de trinta anos, os Cadernos Negros, serie literária organizada pelo grupo Paulista Quilombhoje Literatura, tem conseguido se manter a margem do mercado editorial brasileiro, devido ao empenho de seus organizadores, os escritores Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa, e, em particular, por causa do esforço de seus leitores. Os CN existem desde 1978 e contam com a participação de autoras e autores afrodescendentes procedentes de vários estados brasileiros. 2 Na história do Grupo Quilombhoje, em sua primeira formação, os escritores afrobrasileiros Luis Silva (o Cuti), Oswaldo de Camargo, Paulo Colina (já falecido) e Abelardo Rodrigues, são considerados como idealizadores do projeto Cadernos Negros. Márcio Barbosa e Esmeralda Ribeiro compõem a segunda geração do grupo, da qual fez parte os escritores Miriam Alves, Jamu Minka e Oubí Inaê Kibuko(1983). O primeiro volume publicado em 1978, circulou em formato de livro de bolso, com cinquenta e duas páginas, contendo apenas oito escritores: Cunha, Ângela, Eduardo, Hugo, Célia, Jamu Minka, Osvaldo de Camargo e Cuti. Geração que militou em entidades ou grupos do movimento negro no Brasil, como o Movimento Negro Unificado (1970). Em Cadernos Negros: três décadas, Esmeralda Ribeiro (2008, p-15) afirma que um dos principais objetivos da coletânea tem sido o de dar visibilidade a produção literária feita por escritores e escritoras afro-descendentes no Brasil, driblando um senso comum de que negro não produz mais literatura. Para Ribeiro, a Antologia tem sido construída de forma coletiva, ao contar com o apoio de todos aqueles interessados 1 Mestranda vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens- PPGEL, da Universidade Estadual da Bahia- UNEB. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior- CAPES. E-mail: crissaliessouza@gmail.com. 2 A partir daqui para evitarmos repetições, utilizaremos o nome Cadernos Negros de forma abreviada. 1
por um tipo de escrita literária que fornece elementos para reflexão sobre a história dos afrobrasileiros de um modo geral. Desde a década de setenta, encontrar os Cadernos nas prateleiras de livrarias e editoras do país não é muito comum, assim como não é habitual os suplementos culturais de jornais ou revistas especializadas em Literatura recomendarem a leitura os CN para o público em geral. Apesar disso, crescem o número de pesquisas acadêmicas sobre a história e importância dessa serie literária. 3 Desse modo, a despeito das barreiras impostas à circulação de textos literários considerados não-canônicos, Márcia Abreu (2006), em Cultura Letrada: literatura e leitura, critica o papel exercido pelas instâncias de legitimação, em particular, no que se refere à sua divulgação. Estas instâncias são várias: parte do público universitário, os suplementos culturais dos grandes jornais, as revistas especializadas, os livros didáticos e as histórias literárias. (ABREU, 2006, p-40). De acordo com Abreu, para que uma obra seja considerada Grande Literatura ela precisa ser declarada literária, pois as estas Instituições estabelecem condições de pertencimento e privilégios, imprimindo recalques no interior da sociedade na tentativa de impedir a presença de manifestações literárias, por exemplo, de autoria afrodescendente. Abreu lembra que elas são responsáveis pela interpretação de determinadas obras literárias ou bens culturais, instituindo preferências e gostos, definindo o que é literatura da não-literatura, a partir de certos critérios de seleção de cunho estético, cujo objetivo é excluir, deslegitimar e ocultar vozes, escritores(as) e suas produções. Conforme avalia a pesquisadora, uma obra fará parte do seleto grupo da Literatura quando for declarada por uma ou de preferência por várias instâncias de legitimação. Assim exposto, Abreu explica que os mecanismos de avaliação dos textos literários de um modo geral, cujas características internas nem sempre são levadas em conta, e, sim, o espaço que lhe é destinado pela crítica, sobretudo, pela escola no conjunto de bens simbólicos. (ABREU, 2006, p-40). Mas, se há dificuldade para circular, como os leitores têm acesso aos Cadernos? Em sua maioria, os leitores dos CN se sentem atraídos pelo conteúdo e pelos temas abordados nos textos (contos ou poemas), os quais versam sobre o cotidiano da 3 Os Cadernos Negros tendo sido recomendado como leitura obrigatória em dois vestibulares locais: o vestibular da Universidade Federal da Bahia-UFBA, e, recentemente, recomendado para o vestibular da Universidade Estadual da Bahia- UNEB. Mas, ter acesso à coletânea através de livrarias ou editoras em Salvador é muito difícil. Por outro lado, embora ausente dessas listas, o número de pesquisas acadêmicas no Brasil e no exterior tem crescido o que demonstra o interesse pela Antologia sob as mais diferentes perspectivas. 2
população afrobrasileira de um modo geral. Embora estigmatizados por adjetivações que os rotulam como consumidores da cultura popular ou marginal, eles ignoram todas as formas de registro folclorizantes. Trata-se de um público-leitor cuja opção de leitura inverte a ordem idealizada sobre o que é literatura pelas instâncias de legitimação. Ao decidirem pelos CN, promovem uma reavaliação nas práticas culturais do país, pois preferem textos literários que não constam em nenhuma lista oficial de revista ou jornais de circulação nacional como de melhores livros do ano. Redefinem as noções de arte e de literatura ao optarem por princípios e conceitos variáveis: literatura afro-brasileira, negra ou afrodescendente. Nas histórias de leituras publicadas nos Cadernos que ficam registradas nos prefácios, nas orelhas e nas contracapas, aparecem depoimentos de militantes de movimentos sociais ou do movimento negro, pesquisadores(as) universitários, produtores culturais, estudantes e professores(as) universitários(as), pessoas ligadas à órgãos oficiais do governo federal entre outros. Os temas tratados no conto ou na poesia são os mais variados e vão desde a denúncia contra a discriminação de racial, de classe e de gênero, a teorização sobre o fazer literário de escritores(as) afrobrasileiros na contemporaneidade ou ainda valorização de aspectos culturais e religiosos de matriz africana entre outros. Em contato com os CN, os leitores revivem na tessitura literária ritos e práticas culturais entrelaçadas pelo jogo verossímil que a ficcionalidade lhes permite. Os Cadernos atraem o leitor ou leitora pelo processo de resistência, cuja atitude e compromisso se assemelham a história de luta pela sobrevivência dos afrodescendentes no Brasil. 2. Literatura Afrobrasileira: circulando nos Cadernos Negros. E que nossos ancestrais poetas Cruz e Souza, Luís Gama, Solano Trindade, Léopold Senghor, assim como os contemporâneos Maya Angelou, Aimé Césaire e outros, continuem nos iluminando. (Esmeralda Ribeiro, 2006). Em uma espécie de reverência aos mais velhos, muito comum em práticas culturais de matriz africana, Esmeralda Ribeiro evoca os ancestrais literários na luta pela permanencia dos Cadernos Negros. Guerreiros-poetas que enfrentaram inúmeras dificuldades para tornarem suas vozes audíveis, em particular, por causa da barreira de cor. 3
Em Trinta anos de Leitura, Florentina da Silva Souza (2008, p- 52) afirma que os Cadernos Negros resistem a mais de três décadas, porque dialogam com uma tradição político-reivindicatória, entremeando lirismo e sensibilidade, emoções e sentimentos, denúncia social e resgate da memória, preocupações e problemas do cotidiano racial brasileiro, ao fazer uso da palavra literária. Já Eduardo Assis Duarte (2002, p-47) lembra em Notas sobre a literatura brasileira afrodescendente, que o trabalho de escritores(as) negros(as) se faz presente desde o período colonial em todos os campos da atividade artística, mas nem sempre obtiveram o reconhecimento devido. Ao observar o processo de exclusão dessa produção literária, Duarte critica que a ideologia do purismo, este sim faz o jogo do preconceito, à medida que transforma em tabu às especificidades de gênero e de etnia e as exclui da verdadeira arte. (DUARTE, 2002, p-50). Dessa maneira, o autor analisa que no caso da literatura afrodescendente, essa produção sofreu ao longo do tempo impedimentos vários a sua divulgação, a começar pela própria materialização dos livros. Quando não ficou inédita ou se perdeu nas prateleiras dos arquivos, circulou muitas vezes de forma restrita, em pequenas edições ou suportes alternativos. (DUARTE, 2002, p-47). Por este motivo, é que a literatura afrobrasileira contemporânea presente nos Cadernos, deslinda processos de dominação cultural e imprime uma ordem discursiva e literária que confronta as noções de identidade nacional una e coesa, pois cada série seja de contos ou de poemas, o autor, a autora e o(a) leitor(a) conferem uma revisão à historiografia literária nacional, através do verso ou da narrativa que: [...] ganha pertinência ao apontar para um território cultural tradicionalmente posto à margem do reconhecimento crítico, ao denunciar o caráter etnocêntrico de muitos dos valores adotados pela academia [...] lugar da cultura branca, masculina, ocidental e cristã, de onde provêm os fundamentos que ainda hoje sustentam o cânone e, mesmo, concepções estreitas de literatura e de civilização. (DUARTE, 2002, pp-47-50) Ademais, essas obras literárias colaboram com a desarticulação de velhos estereótipos sobre a representação dos afrodescendentes e de aspectos ligados as culturas ou religiões de matriz africana, assim como na (re)articulação da história oficial, a qual é recontada a partir olhares internos, os dos afrobrasileiros. Além disso, forja simbolicamente práticas culturais por meio da escrita que ao ser inventada, foi usada para subjugar as sociedades ágrafas e disseminar a colonização pelo terceiro mundo. 4
Neste movimento é que os leitores dos CN se expressam indo muito além do que somente contar suas experiências de leitura. Vivem o prazer estético de experimentação através do contato com o objeto artístico, sentimento que fica registrado em muitos depoimentos: [...] Para falar dos Cadernos Negros devo começar por minha própria história; [...] gostei do que vi: homens e mulheres que traziam na ponta da língua a ansiedade de seu povo (negro). [...] Nunca tinha visto uma história naquele tom. (Depoimento de Gilson Nunes, da Sociedade Fala Negão em Cadernos Negros, volume 32, 2009). 4 Em Identidade Cultural na pós-modernidade, Stuart Hall (1997, p-13) explica que os sujeitos assumem diferentes identidades em distintos momentos. Identidades que não são unificadas ao redor de eu coerente. Conforme aponta Hall, dentro de nós existem aquelas que são contraditórias, empurrando em diferentes direções de tal modo que nossas identificações estão sempre sendo deslocadas e reintepretadas Neste jogo de identificação, cujas identidades se expressam de forma múltipla, indo da rejeição de si mesmo a autoafirmação como negro(a) em um universo de muitas descobertas, os leitores mobilizam a importância dos CN: [...] percebi que o preconceito que me fazia acreditar que negros forjavam uma resistência, garantia a mim um atraso quanto ao conhecimento de minha própria história; da história de luta do meu povo. (Depoimento de Gilson Nunes, da Sociedade Fala Negão em Cadernos Negros, volume 32, 2009). [...] Nós, leitores dos Cadernos Negros, desfrutamos de um ambiente místico, mergulhamos em nós mesmos e retornamos mais felizes, plenos de nossa latinidade nagô. A poesia publicada tem raízes ancestrais, aloja-se em nossa alma, em nossos desejos. (Depoimento de Sônia Regina de Paula Leite, secretária municipal de combate ao racismo de São Paulo, em 1998, em Cadernos Negros: melhores poemas) 5. Ambos os depoimentos evidenciam as marcas indeléveis deixadas pelo racismo em nós negras(os). Mostram a necessidade de nossa autoafirmação e o uso da consciência e da ação afirmativa como antídotos para combatermos o preconceito e discriminação racial. Sendo assim, a produção literária afrodescendente que circula através dos Cadernos, fornece elementos que contribuem para reavaliação de posicionamentos identitários, os quais captam a nós leitores na direção do autoreconhecimento. É o que pode ser lido no depoimento da professora e militante Ana Célia da Silva: 6 4 Depoimento publicado na contra capa dos Cadernos Negros, volume 32, em 2009, pelo Quilombhoje Literatura. 5 Os depoimentos foram publicados nos Cadernos Negros: melhores poemas (1998), edição comemorativa, pelos vinte anos de existência da serie. 6 Professora Adjunto da Universidade do Estado da Bahia, no Departamento de Educação, Campus I e no Mestrado em Educação e Contemporaneidade. Publicou obras como: A discriminação racial nos Livros didáticos: educação e 5
[...] Os Cadernos contam a nossa luta quilombola, as nossas perdas, as nossas construções, criações e voltas por cima, tirando leite de pedras, construindo e reconstruindo nossa identidade e autoestima, aprendendo a desconstruir a autorejeição a nós imposta pelo racismo, branqueamento e branquitude. (Depoimento de professora Ana Célia da Silva, em Cadernos Negros, volume 32, 2009.). 3. CADERNOS NEGROS: LEITORES E LEITURAS. Cada série que é publicada vem precedida de uma introdução ou apresentação feita pelos organizadores Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa, de um prefácio e de depoimentos de leitores ou pesquisadores que ficam localizados nas orelhas e na contracapa. Normalmente, as pessoas escolhidas estão ligadas a história do Grupo Quilombhoje ou a militância negra. São leitores(as) afrobrasileiros que se apresentam como atraídos por uma força invisível e, por um fio, cuja simbologia os interliga escrita, leitores, estórias ou histórias Como acredita Zilá Bernd (2002, p-36) em Enraizamento e errância: duas faces da questão identitária, o texto literário pode ser um poderoso agente ou pelo menos um excelente coadjuvante quando se trata de construção, expressão e solidificação de diferentes coletividades ou de grupo etno-culturais. Estes grupos têm no fazer literário um processo de construção e expressão de identidades, as quais se revelam no interior de indagações e de questionamentos, através de um inacabado jogo de desmontagem de linguagens e de discursos. Para os leitores, os Cadernos compõem um dos instrumentos de luta na direção da afirmação das identidades afrodescendentes mais atuantes, principalmente porque um dos temas mais frequentes é o combate a discriminação e o preconceito racial. Por essa razão, a cumplicidade é revelada em muitos comentários: [...] Os prosadores e poetas não repudiam suas origens raciais e nem renegam as experiências positivas ou dolorosas que os moldaram. Seus textos se transformam, por isso, em veios através dos quais a parcela negra e discriminada de nosso povo, rememora suas condições desfavoráveis de existência. (Aldo Rebelo, em CN: melhores contos, 1998, p-16) 7. Como lembra Roberto Reis (2000, p-4), em Cânon, a leitura está condicionada pelo estatuto de classe, de gosto e pelo lugar ocupado pelo leitor no tecido social em discriminação dos negros ; A discriminação do negro no livro didático ; Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático ; Experiências alternativas de educação da criança negra em Salvador ; O terreiro, a quadra e a roda. Além disso, participou das seguintes coletâneas: Cadernos Negros volume 19, Identidade negra e educação, Estratégias e políticas de combate à discriminação racial, As ideias racistas, os negros e a educação. 7 É Jornalista e deputado federal pelo PC do B. C. O presente depoimento está IN: CADERNOS NEGROS: melhores contos. São Paulo: Quilombhoje Literatura, 1998. 6
um dado momento histórico. Na análise que fazemos destes depoimentos, notamos que há sempre um intercâmbio entre leitor e texto. Esta sintonia fica assim evidenciada: [...] Não é fácil ser negro em um país de negros como o nosso. Os descendentes e herdeiros dos Senhores de Engenho e da Casa Grande, que se gabam de ser a elite nacional, se puseram, há muito tempo a serviço do imperialismo. [...] Traficam a nossa independência. Leiloam nosso patrimônio e escalpelam nosso povo. [...] Nossos inimigos querem impor o individualismo como prática social, política e cultural. O século XX, assistiu a grandes avanços e memoráveis vitórias do movimento negro e antiracista [..] Os Cadernos Negros fazem parte dessa luta vitoriosa. Com certeza, saberemos defendê-los com a mesma determinação e carinho. (Benetido Cintra, em Cadernos Negros, melhores poemas, 1998, p-16-17) 8. Ao falar sobre a relação/sintonia mantida entre o leitor/leitora afro-brasileira(o) e seus inúmeros autores, Florentina da Silva Souza (2008, p-1) ressalta que é uma oportunidade de ambos sentirem representadas suas estórias e emoções. Sentimentos com os quais os leitores e leitoras afrobrasileiros se identificam. Nas palavras da leitora Sônia Regina, são evidenciados vínculos, inclusive afetivos, como entende Duarte (2002, p-53), os quais, em especial, são decorrentes da afrodescendência. Segundo depoimento de Maria da Conceição Oliveira, leitora dos Cadernos e produtora cultural, todos aqueles que perseguem a possibilidade de um Brasil plural, marcado pela diferença, mas também mais igualitário, comemoram a luta do Quilombhoje para se manter no cenário cultural, pois [...] os Cadernos Negros desenvolvem a reflexão poética, deixando livre o pensador em posição de voo [...] sentimos que poetas, os quais talvez nunca fossem editados por outros meios, transbordam sensibilidade e qualidade [...] a poesia...aloja-se em nossa alma, em nossos desejos. Se sonhar é projetar a realidade, os Cadernos vêm construindo dia-a-dia um mundo melhor para nós negros. (Depoimento de Sônia Regina de Paula Leite, Secretária Municipal de Combate ao racismo de São Paulo, em 1998, nos Cadernos Negros: melhores poemas). Sendo assim, notamos que tanto nos prefácios como em depoimentos, os leitores/as defendem a agenda político-textual dos Cadernos Negros, estabelecendo uma relação de cumplicidade, pois os olhares apresentados não se limitam a análise de um determinado volume. (SOUZA, 2005, p-111). Eles buscam ir além, destacando o papel da literatura afrobrasileira no desenvolvimento da consciência e militância negra. Além disso, destacam a sua importância quanto à autorepresentação positiva dos afrodescendentes. Neste sentido, a cada edição, não só sobrevivem os Cadernos, como muitas histórias. 8 O presente depoimento faz parte do Prefácio da edição comemorativa pelos vinte anos de atividade dos Cadernos Negros(1998). 7
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SOUZA, Florentina. Identidades Afro-Brasileiras: Contos e Rosários. (tese de doutorado). Belo Horizonte: UFMG, 2000. 9