Complicações Pós-cirúrgicas em Cirurgia de Cabeça e Pescoço

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Transcrição:

Complicações Pós-cirúrgicas em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Introdução Cuidados pré e pós operatórios Técnica cirúrgica meticulosa Comorbidades, idosos Identificação precoce

Complicações Vasculares Hematoma pós-operatório Vasos da pele Veias anteriores Veia jugular superficial Ramos artéria cervical anterior

Complicações Vasculares Ruptura de Carótida Radioterapia Necrose de retalho Fístula faringo-cutânea / orocutânea Sangramento sentinela

8 hours prior to a right carotid blow-out in a patient with a necrotic jejunal reconstruction.

Complicações Nervosas Cuidado ao manipular tecidos moles Evitar tração em nervos identificados Tecido cicatricial Falha em identificar anatomia normal/anormal Uso cuidadoso de cauter, sucção e ligaduras

Complicações Nervosas Lesão Nervo Marginal da Mandíbula Emerge da fáscia da parótida e desce entre o platisma e fáscia sobre a glândula submandibular Lesão deformidade do lábio inferior sorriso Perda de competência oral alimentação Diérese da fáscia abaixo da submandibular Ligadura da veia facial posterior Identificar o nervo abaixo do platisma ; Lehn, 2003

Fonte: wikipedia.org

Batra, 2010

Complicações Nervosas Lesão Nervo Acessório XI par craniano Forame jugular anterolateral v. jugular interna Função motora ECOHM e trapézio Sacrifício quando invasão metastática Inabilidade de abdução ombro além 90⁰, dor e desconforto 40% lesão sem sintomas em EC radical ; Lehn, 2003

Complicações Nervosas Lesão Nervo Acessório XI par craniano Identificar o nervo 1cm acima do ponto nervoso ou quando entra no trapézio (4-6cm acima da clavícula) Identificar o tronco principal saindo do forame Dissecção ao longo do bordo do ECOHM durante EC e identificar o nervo anterior a veia jugular Sutura / anastomose plexo cervical Fisioterapia e exercício ombro congelado ; Lehn, 2003

Figure 27.2 Nerve point is where the great auricular nerve (GAN) comes forward over the posterior border of the sternomastoid muscle. The accessory nerve (XI) emerges approximately 1cm above nerve point.

Smith, 2009

Complicações Nervosas Lesão Nervo Vago X par craniano Foramen jugular Entre v. jugular interna e a. carótida (bainha carótida) Paralisia ipsilateral de laringe e faringe com perda de sensibilidade abaixo da glote (secção baixa) Perda sensibilidade em supraglote, paralisia faringe e corda vocal (base do crânio) ; Lehn, 2003

Complicações Nervosas Lesão Nervo Vago X par craniano Identificação do nervo antes da ligadura v. jugular interna alta SNG ou gastrostomia disfagia e aspiração Tiroplastia (medialização)

Complicações Nervosas Lesão Nervo Hipoglosso XII par craniano Forame hipoglosso abaixo dos músculos estilohióide e ventre posterior do digástrico profundo ao músculo milohióide para suprir musculatura lingual Lesão frequente abaixo digástrico, antero-superior bifurcação carótida controle sangramento pequenas veias Disartria e disfagia unilateral ; Lehn, 2003

Complicações Nervosas Plexo Braquial Trígono posterior do pescoço, entre escaleno anterior e médio Visualização antes de clampeamento gordura trígono ; Lehn, 2003

Complicações Nervosas Nervo Frênico Sobre m. escaleno anterior; lateral para medial Lesão diafragma paralisado elevado atelectasia e sepse pulmonar ; Lehn, 2003

Complicações Nervosas Lesão Plexo Simpático Sindrome de Horner Lesão tronco ou gânglio superior quando dissecção posterior ou ao redor da bainha carótida Gânglio cervical médio artéria tireóide inferior Gânglio cervical inferior subclávia e 1ª vértebra

Complicações Nervosas Lesão Nervo Auricular Magno Ramos de C2 e C3, sob músculo ECOHM e superficial Supre pinna, parótida e pele mastóide Lesão parestesia pinna e neuroma Visualizar durante elevação retalho cervical

Ilustração dos nervos do trígono cervical posterior (TCP). Legenda: C - clavícula; M - mandíbula; MEC - músculo esternocleidomastóideo; MTZ - músculo trapézio; 1 - nervo acessório espinhal (NAE); 2 - nervo auricular magno (NAM); 3 - nervo occipital menor; 4 - porção supraclavicular do plexo braquial (ilustração realizada por Raquel Megali, acadêmica de Medicina da UNIRIO).

Tireoidectomias Funcionais Hipotireoidismo Hipoparatireoidismo Disfunções nervosas Nervo laríngeo superior Nervo laríngeo recorrente Recidivas tumorais Smith, 2009

Fístula Quilosa Ocorre em 1-3% dos EC, à esquerda (75%) Quilo perda resulta em distúrbio eletrolítico, comprometimento cicatrização ferida e distúrbio nutricional Líquido claro/leitoso em pescoço baixo ou sensação gordurosa na luva Ligadura cuidadosa pescoço baixo entre veia jugular interna e nervo frênico em nível IV

Fístula Quilosa Ligadura em bloco com fio não absorvível; não recomendada ligadura individualizada Quilotórax, ascite quilosa ou linfedema em extremidade inferior raros Comprometimento retalho ou pele Presença triglicerídeos

Fístula Quilosa Otimizar nutrição e reduzir o volume quiloso Dieta livre de gordura Octreotide Aspiração, curativo compressivo e dieta Alto débito (>500ml/dia) cirurgia Ligadura torácica falha cirurgia, complicações metabólicas, nutricionais ou baixo débito de longa duração (>14 dias)

Fístula Faringocutânea Ocorre 7-38% após ressecção tumores de laringe ou hipofaringe Acúmulo saliva necrose retalho, exposição carótida e ruptura Má nutrição, RT, falha técnica cirúrgica, comprometimento cicatrização, reoperação Eritema, endurecimento pele, febre, leucocitose

Fístula Faringocutânea Interposição tecidos moles fístulas menores, queda taxa fístulas Pequenas fístulas Curativo antisséptico, debridamento e atb Nutrição SNG / gastrostomia / NPT Controle com contraste Pequenas fístulas 1 mês ou mais para fechar

Fístulas Faringocutâneas Fístulas massiças perda de pele e deiscência de mucosa Considerar doença residual/recidiva Proteger grandes vasos Retalhos para corrigir defeito Garantir continuidade mucosa e cobertura pele

A pharyngocutanous fistula following a laryngectomy. Acknowledgements: Mr TJ O Neill.

Traqueostomias Precoce Sangramentos curativo; hemostasia cirúrgica Enfisema subcutâneo deslocamento tubo, RX para excluir pneumotórax/mediastino Obstrução VVAA monitorização, sucção, umidificação e limpeza da cânula Extubação acidental fixação, reparo de anel traqueal Troca aspirador, luz, seleção TQT e dilatador

Traqueostomias Tardio Erosão artéria inominada/hemorragia grandes vasos 0,4-4,5% - Posicionamento 2º - 3º anel traqueal Sangramento sentinela revisão, angiografia Sangramento massivo encher cuff e compressão digital, cirurgia de urgência

Traqueostomias Tardio Estenose traqueal ou subglótica Tamanho inadequado tubo, intubação traumática, comprometimento cicatrização Excisão a laser, dilatação ou stent Ressecção e anastomose até 4 cm Reoperação, DM, ressecção >4cm, ressecção laringotraqueal, idade <17 anos, TQT pré-op

Traqueostomias - Tardio Fístula traqueo-esofágica Raro 0,01% Necrose por pressão, tubo mal-posicionado, SNG Diagnóstico com contraste e fibra óptica Nutrição enteral/parenteral se aspiração mínima Fechamento esofageano em 2 planos, ressecção necrose traqueal e anastomose termino-terminal Retalho local / regional

Infecção de Ferida Predisposição má-nutrição, RT, anemia, infecção crônica, idade avançada, massa tumoral extensa e comorbidades (DM) Resolução em dias Não progride para deiscência Curativo estéril, cultura, atb e nutrição Enxerto, retalho miocutâneo / livre

Fístula Orocutânea Similar a fístula faringocutânea Maioria responde a tto conservador Cobertura carótida, falha cura infecção, RT

Orocutaneous fistula following composite resection and free flap repair in a previously irradiated patient

Mandibulotomia Lesão dentária envolvimento raiz infecção, perda dentária e instabilidade Problema de união óssea Imobilização/posicionamento inadequados Exposição placa/mandíbula Gastrostomia, SNG até cicatrização mucosa oral Parestesia

Mandibulotomia Osteoradionecrose 2-22% Atb, analgesia, higiene oral, evitar irritantes Oxigênio hiperbárico Dor intratável, trismo, infecção persistente ressecção cirúrgica

Glândulas Salivares Maiores - Paralisia Nervo Facial Parotidectomia 30% temporária x 0,5% permanente Maior parotidectomia total, tumores volumosos ou doença maligna Paralisia temporária 90% em 12 meses

Glândulas Salivares Maiores - Parotidectomia Monitor nervo, exposição alargada Pointer tragal, ventre posterior digástrico, estilomastóide, dissecção retrógrada Não realizar ligadura às cegas, cauter bipolar, evitar tração Cuidado ocular Sindrome de Frey sintomática, fístula salivar

Glândulas Salivares Maiores - Hemorragia Submandibular Lesão nervosa nervo marginal da mandíbula e nervo hipoglosso

Base do Crânio Vazamento LCR Sinal do halo, glicose > 30mg/ml, B2- transferrina Prevenção difícil se ressecção de dura Descanso ao leito, laxativos, evitar assoar nariz e atb; Dreno lombar alta vazão Posição supina, pressão LCR 10-15cmH2O > 7-10 dias cirurgia; recidiva 30-40%

Base do Crânio Meningite Cirurgia prolongada, vazamento LCR e contaminação aerodigestivo alto Alteração consciência, cefaleia progressiva ou pirose sem outras causas Pneumoencéfalo Ressecção base do crânio anterior, acúmulo ar e aumento PIC Aspiração, re-exploração se persistência

Reconstruções Enxertos formação de hematoma/ estabilização inadequada falha / infecção Retalhos locais Erro de desenho ou falha técnica Irrigação alterada cirurgia prévia/rt Uso de gancho de pele, evitar compressão, evitar tensão Atb tópico pós-operatório

Reconstruções - Retalho miocutâneo pediculado Identificar e preservar pedículo, evitar bizelar internamente a pele Sem curativo compressivo Drenagem de FO evitar hematoma Debridamento de necrose Sangramento, seroma e fistulização

Reconstruções Retalho Livre Perda de perfusão / congestão venosa (mais frequente) Evitar hematoma Viabilidade Visual e doppler Cor, sangramento a perfuração, reperfusão capilar Calor, ph, PA intra-flap, absorção luz, conteúdo CO2/O2 acompanhamento com luz de Wood Re-exploração / revisão precoce (10-12h) Trombose vasos ressecção, heparina

Bibliografia Anatomia cirúrgica do nervo acessório espinhal: como evitar lesões em procedimentos cirúrgicos no trígono cervical posterior, A. F. Vargas, Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, 2009 Complicações dos esvaziamentos cervicais, C. N. Lehn, F. Walder, Revista Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, 2003 Complication in Head and Neck Surgery, Smith, 2009 Marginal mandibular branch of the facial nerve: An anatomical study, A. P. Batra, Indian Journal of Plastic Surgery, 2010 Principles and Practice of Head na Neck Surgery and Oncology,

Obrigado!