AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE JALECOS E MÃOS DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE, USUÁRIOS DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HOSPITALAR. Adriana Araújo Cardoso Nutricionista graduada na Universidade Presidente Antônio Carlos- Araguari, MG. Érika Cardoso Abud Nutricionista graduada na Universidade Presidente Antônio Carlos - Araguari, MG. Patrícia Maria Vieira Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e Universidade Presidente Antônio Carlos,Araguari, MG Patrícia Ferreira Lacerda Universidade Presidente Antônio Carlos UNIPAC - Araguari, MG adrianacardoso@superig.com.br RESUMO Cotidianamente, profissionais da área da saúde utilizam jalecos como item de seu vestuário e o fazem dentro do ambiente hospitalar, inclusive no refeitório, bem como em salas de aula e bibliotecas. Esta utilização indiscriminada dos jalecos pode se revestir de um risco higiênico-sanitário devido à possibilidade de contaminação desta indumentária de trabalho e consequente contaminação das mãos destes profissionais, além da possibilidade de contaminação cruzada entre o jaleco, as mãos e o alimento. Esta pesquisa objetivou avaliar as condições higiênico-sanitárias dos tecidos de jalecos e de mãos de 40 (quarenta) usuários da área da saúde que freqüentam o restaurante universitário do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, MG. A metodologia foi desenvolvida em 2 etapas: na primeira aplicou-se um questionário para avaliar o perfil dos usuários da área de saúde, com avaliação da técnica e freqüência de higienização das mãos e da lavagem e troca dos jalecos. Na segunda etapa foi realizada a coleta, através da técnica do swab, de amostras de tecidos dos jalecos (40 amostras) e das mãos (40 amostras) para análise microbiológica através da determinação de Escherichia coli e de Coliformes totais. Os resultados obtidos indicam que as condições higiênico-sanitárias foram satisfatórias em 59 (73,7%) amostras analisadas para mãos e jalecos e insatisfatórias em 21 (26,3%) amostras, sendo que destas, 61,9% referem-se às mãos e 38,1% aos jalecos. Não foi encontrado em nenhuma das amostras analisadas crescimento de Escherichia coli, assim obtendo um resultado satisfatório para este parâmetro. Concluiu-se que os tecidos de jalecos e mãos dos usuários de unidades de alimentação podem constituir pontos de contaminação alimen- Higiene Alimentar Vol. 24 nº 180/181 43 janeiro/fevereiro 2010

tar requerendo medidas de esclarecimentos quanto à higiene adequada das mãos antes das refeições e a higiene e freqüência na troca dos jalecos. Palavras-chave: E. coli. Coliformes. Swab. Contaminação cruzada. SUMARY Daily the professionals of the area of the health are used of jackets as item of your clothes and they make him/it inside of the atmosphere hospitalar as well as in class rooms, libraries, and also in the refectory hospitalar. This indiscriminate use of the jackets can be covered of a risk hygienic sanitarium due to possibility of contamination of this work costume and consequent contamination of these professionals hands, with risks of there being crossed contamination among the jacket, the hands and the food. This research aimed at to evaluate the hygienic-sanitary conditions of the fabrics of jackets and hands of 40 (forty) users of the area of the health that frequent the academical restaurant of the Hospital of the Clinics of the Federal University of General Uberlândia/Minas Gerais. The methodology was developed in 2 stages: in the first a questionnaire was applied to evaluate the users of the area of health profile, with evaluation of the technique and frequency of higienization of the hands and of the wash and it changes of the jackets. In the second stage the collection was accomplished, through the technique of the swab, of samples of fabrics of the jackets (40 samples) and of the hands (40 samples) for analysis microbiologic. The obtained results indicate that the hygienic-sanitary conditions were satisfactory in 59 (73,7%) of the analyzed samples. It was not found in none of the analyzed samples growth of Escherichia coli, thus getting a satisfactory result for this analyzed parameter. It was ended that the fabrics of jackets and the users hands can constitute points of contamination requesting measures of explanations with relationship to the appropriate hygiene of the hands before the meals and the hygiene and frequency in the change of jacket. Palavras-chave: E. coli, Coliforms. Swab. Crossed contamination. INTRODUÇÃO U mas das grandes preocupações dos profissio nais da área da alimentação têm sido a de criar condições propícias ao manuseio e consumo dos alimentos oferecendo sempre uma refeição saudável e isenta de riscos de provocar doenças. Pode-se definir um alimento como seguro para o consumo quando constituintes ou contaminantes que causem perigo à saúde estão ausentes ou abaixo do limite de risco. Alimentos seguros podem tornarse risco através de contaminação cruzada podendo ocorrer através das mãos, utensílios, equipamentos ou bancada de manipulação (DESTRO, 2002). Segundo Sousa (2006), milhões de pessoas adoecem anualmente, em todo o mundo, em virtude da ingestão de alimentos contaminados. Esta contaminação pode ocorrer em decorrência do armazenamento, dos métodos de conservação e da manipulação dos alimentos inadequados, entre outros. A atuação dos profissionais de nutrição, sejam aqueles responsáveis pela qualidade nas unidades de alimentação e nutrição, ou aqueles responsáveis pelo serviço ao consumidor final, deve ser necessariamente preventiva. Deve fundamentar-se em planos de amostragem bem definidos, no monitoramento por meio da avaliação microbiológica do ambiente, dos equipamentos, dos utensílios e dos manipuladores para o adequado fornecimento de alimentos de qualidade aos usuários (ANDRADE et al, 2000). Especificamente na área da saúde é comum o uso de jalecos por profissionais médicos, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, dentre outros, bem como estudantes destas diversas áreas. Estes profissionais habitualmente utilizam esta indumentária dentro do ambiente hospitalar para exercer suas atividades profissionais trafegando por corredores, enfermarias e, frequentemente, por outros setores fora do ambiente hospitalar como salas de aula, bibliotecas, e também no refeitório hospitalar. Tudo isto pode constituir um risco higiênico sanitário dado à possibilidade de contaminação desta indumentária de trabalho podendo levar, por consequência, à contaminação das mãos destes profissionais, possibilitando haver contaminação cruzada entre o jaleco, as mãos e o alimento. Através deste trabalho foram analisadas as condições higiênico-sanitárias de tecidos de jalecos e mãos de usuários, da área da saúde, que freqüentam o refeitório do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (RU-HC-UFU), Minas Gerais, utilizando-se análises microbiológicas com o objetivo de constatar a presença de Escherichia coli e de Coliformes totais. MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado no período de agosto de 2007, a coleta de dados foi feita aleatoriamente, com a participação de quarenta usuários da área da saúde, que freqüentam o RU- HC-UFU, de ambos os sexos e com idade superior a 18 anos. Higiene Alimentar Vol. 24 nº 180/181 44 janeiro/fevereiro 2010

Inicialmente aplicou-se com os usuários do RU-HC-UFU um questionário para avaliar o perfil identificando-se sexo, idade, grau de instrução e aspectos relacionados às condições higiênico-sanitárias dos tecidos de jalecos e das mãos, especificamente, a freqüência de higienização das mãos e da troca e higienização dos jalecos. Para avaliação das condições higiênico-sanitárias foram realizadas análises microbiológicas, através do swab, das mãos e dos jalecos de cada usuário utilizando-se o método Compact Dry (Nissan) para detectar a presença ou ausência de Escherichia coli e Coliformes totais. Foram realizadas um total de 80 coletas, distribuídas em 40 de mãos e 40 de jalecos. Para a coleta das amostras foi utilizado o swab descartável previamente umedecido em água peptonada estéril, realizando o esfregaço no dorso e na face palmar das mãos dos usuários, e entre os dedos, assim como nos tecidos dos jalecos, em suas partes laterais e frontais. Cada tubo foi devidamente identificado e em seguida foram transportados em caixas isotérmicas com gelo até ao laboratório para realização imediata das análises. Para a realização das análises microbiológicas os tubos de ensaio, contendo o swab em seu interior, foram previamente agitados para ocorrer à completa homogeneização das amostras. Em seguida colocou-se 1 ml de cada amostra em placas Compact Dry EC previamente identificadas que posteriormente, foram incubadas por 24 horas a uma temperatura de 35 (+ 2)ºC. O meio de cultura das placas de Compact Dry EC contém dois tipos de substratos enzimáticos cromogênicos: 1) magenta X-Gal indicador da produção de beta galactosidase (Coliformes totais) e 2) azuis - X- Gluc indicador da produção de beta glucoronidase (Escherichia coli). Decorrido o período de incubação foram realizadas as leituras das placas para verificação da presença ou ausência de colônias típicas para Coliformes totais e Escherichia coli. RESULTADOS E DISCUSSÃO Do total de usuários entrevistados, 25 (62,5%) eram do sexo feminino e 15 (37,5%) do sexo masculino. A faixa etária predominante entre os usuários foi de 20 a 29 anos de idade (35,0%). O grau de instrução dos usuários variou entre ensino fundamental completo e superior completo, sendo que destes 42,5% tinham superior completo ou incompleto. A figura 1 mostra o percentual de usuários que higienizam as mãos antes das refeições e trocam os jalecos diariamente, segundo o sexo. Observou-se que 100,0% e 72,0% dos usuários do sexo feminino realizavam a higienização das mãos e a troca diária dos jalecos, respectivamente. A importância da higienização das mãos antes das refeições e durante o período de trabalho é baseada na capacidade da pele em abrigar microrganismos e transferi-los de uma superfície para a outra, por contato direto, pele com pele, ou indireto, por meio de objetos (SILVA, JR., 2002). Desta forma as mãos são a principal fonte de contaminação de alimentos, devendo-se ter cuidados específicos que garantam a segurança dos comensais. Do ponto de vista teórico o jaleco deveria ser utilizado somente no local de trabalho, mas na prática, entretanto, não é isto que é observado. Dentre as possíveis justificativas para o uso indiscriminado de jalecos fora do ambiente de trabalho podem ser mencionadas o pouco tempo disponível para a troca desta indumentária, o fato dos profissionais da área da saúde não darem a devida importância ao risco de contaminação desta vestimenta, ou ainda porque a sua utilização em locais públicos estaria relacionada com status. A tabela 1 mostra os resultados do percentual de usuários que declararam realizar a higienização das mãos antes das refeições e que apresentaram contaminação destas por Coliformes totais, sendo distribuídos em 20,0% do sexo masculino e 40,0% do sexo feminino. Um estudo sobre a segurança alimentar e as doenças veiculadas por alimentos verificou que a qualidade de um alimento pode ser determinada pela sua qualidade higiênica sanitária. A qualidade microbiológica dos alimentos pode ser estabelecida utilizando como parâmetros microrganismos indicadores de contaminação fecal, como os pertencentes ao grupo coliforme. A qualidade microbiológica tem o objetivo de fornecer alimentos seguros, do ponto de vista higiênico-sanitário. Uma das maneiras de se conseguir alimentos seguros é através do investimento em técnicas de manipulação adequadas e do treinamento periódico de manipuladores de alimentos (SOUSA, 2006). Destas considerações podese inferir que, sendo o consumidor final um manipulador de alimentos, é imprescindível que ele também utilize técnicas adequadas de higienização das mãos para ingerir um alimento seguro para o seu consumo. A Tabela 2 mostra os resultados das análises microbiológicas dos jalecos trocados diariamente pelos usuários do RU-HC-UFU, onde 28,6% usados pelo sexo masculino e 33,3% pelo sexo feminino apresentaram crescimento de colônias de Coliformes totais. Em um trabalho publicado por MIRANDA (2002), foram analisadas as condições higiênico-sanitárias de panos de prato utilizados na secagem de utensílios de mesa de restaurantes do tipo self-service. Este estudo demonstrou que a qualidade Higiene Alimentar Vol. 24 nº 180/181 45 janeiro/fevereiro 2010

Figura 1 - Distribuição do percentual de usuários do RU-HC-UFU (n = 40) que higienizam as mãos antes das refeições e que trocam os jalecos diariamente, de acordo com o sexo, Uberlândia/ Minas Gerais, Agosto de 2007. Tabela 1 - Distribuição do número e percentagem dos usuários do RU-HC-UFU (n = 40) segundo a lavagem das mãos antes das refeições e o crescimento de colônias de Coliformes totais, de acordo com o sexo, Uberlândia/ Minas Gerais, Agosto de 2007. Tabela 2 - Distribuição do número e percentagem dos usuários entrevistados no RU-HC-UFU (n = 25) segundo a troca diária de jalecos e o crescimento de colônias de Coliformes totais, de acordo com o sexo, Uberlândia/ Minas Gerais, Agosto de 2007. Higiene Alimentar Vol. 24 nº 180/181 46 janeiro/fevereiro 2010

de serviços de alimentação do tipo self-service é uma preocupação crescente entre os consumidores e os resultados obtidos com relação às práticas de higienização de panos de prato demonstraram que estas são inadequadas com relação à técnica e frequência de lavagem, a secagem e armazenamento sendo considerado o seu uso de risco ao consumidor. Em relação aos indicadores microbiológicos para a contagem de bactérias mesófilas evidenciaram-se condições desfavoráveis de higiene em 70,8% das amostras de panos de prato o que pode contribuir para a contaminação dos alimentos e trazer prejuízo à saúde do consumidor. Dentre as 80 amostras de swab coletadas em mãos e jalecos para análise microbiológica, 59 (73,7%) não tiveram crescimento de colônias e 21 (26,3%) apresentaram crescimento de Coliformes totais. Dessas 21 amostras contaminadas foram encontradas crescimento de colônias no qual 61,9% referem-se às mãos e 38,1% aos jalecos. Não foi identificada em nenhuma amostra analisada a presença de Escherichia coli. A identificação de Coliformes totais em amostras de mãos e jalecos sugere que a higienização destes não está sendo feita, ou esta sendo realizada, porém de maneira inadequada. Estes resultados também demonstram que os usuários podem não ter sido sinceros ao responder o questionário pelo constrangimento natural de realizar uma alimentação sem os devidos cuidados de higiene, ou por desconhecerem a real necessidade da higienização das mãos antes das refeições, da troca diária do jaleco ou da sua utilização somente no ambiente de trabalho. CONCLUSÃO Apesar de grande parcela dos usuários da unidade de alimentação e nutrição hospitalar afirmarem realizar a higienização das mãos antes de se alimentar e de procederem à troca diária de seus jalecos, os índices de contaminação por Coliformes totais foram considerados elevados, evidenciando que as condições higiênico-sanitárias não foram adequadas em todos os casos. Desta maneira, as mãos e jalecos podem constituir pontos de contaminação de alimentos em unidades de alimentação e nutrição, requerendo assim medidas de esclarecimento quanto à higiene adequada das mãos antes das refeições, e a higiene e frequência na troca dos jalecos. REFERÊNCIAS ANDRADE, N. J.; DIAS, A. S.; CA- RELI, R. T. Elaboração e Implantação de Sistemas de Higienização de Microindústrias da Região de Viçosa. In: Simpósio de extensão universitária da UFV, p. 37, 2000. DESTRO, M.T. Análise Perigos e Pontos Críticos de Controle. Manual de controle higiênicosanitário em ali-mentos. 5º ed. São Paulo: Livraria Varela, 2002. MIRANDA, L.K.; DAMASCENO, K.S F. S.; CARDONIA, A.M.S. Panos de pratos e mãos de manipuladores: avaliação das condições higiênico-sanitárias. Revista Higiene Alimentar, 16 (102), p.51-58, Dezembro 2002. SILVA Júnior, E. A. Manual de Controle higiênico-sanitário em ali-mentos. 5º ed. São Paulo: Livraria Varela, 2002. SOUSA, C.P. Segurança Alimentar e Doenças Veiculadas por Alimentos: Utilização do Grupo Coliforme como um dos Indicadores de Qualidade de Alimentos. Março 2006. Disponível em www.scielo.com.br. Acesso em 13/03/2007 Leia e assine a Revista Higiene Alimentar UMA PUBLICAÇÃO DEDICADA AOS PROFISSIONAIS E EMPRESÁRIOS DA ÁREA DE ALIMENTOS Redação: Rua das Gardênias, nº 36 - MirandópolisCEP 04047-010 - São Paulo - SP Fone: 11 5589-5732 Fax: 11 5583-1016 e-mail: redacao@higienealimentar.com.br www.higienealimentar.com.br Higiene Alimentar Vol. 24 nº 180/181 47 janeiro/fevereiro 2010