HIDRATAÇÃO E RENDIMENTO DESPORTIVO

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Transcrição:

HIDRATAÇÃO E RENDIMENTO DESPORTIVO HIDRATAÇÃO E RENDIMENTO DESPORTIVO 29 DE NOVEMBRO 2014 HIDRATAÇÃO EQUILÍBRIO HIDRO-ELECTROLÍTICO NA ATIVIDADE DESPORTIVA 1. Fisiologia dos líquidos orgânicos. Abordagem geral 1. Compartimentos líquidos 2. Pressão osmótica e pressão oncótica. 3. Conceito de hipotónico, isotónico e hipertónico 2. Hidratação na atividade desportiva. 1. Função hidratante 2. Função energética 3. Função recuperadora 4. Recomendações para a escolha do líquido. 1. Metodologias de utilização baseadas no tipo de líquido - critérios quantitativos e qualitativos. 2. Metodologias de utilização baseadas no tipo de clima temperatura e humidade. 3. Metodologias de utilização baseadas no indivíduo avaliação do estado de hidratação 4. Conceito de aclimatação Objectivo: Conhecer os efeitos perniciosos da desidratação no desempenho desportivo. Saber avaliar o estado de hidratação do atleta. Saber selecionar o líquido a administrar ao atleta de acordo com duas ordens de factores: climatéricos e tipo de exercício. SEDE 1

AA ESTUDAD HECIDA E N O C M E É B ATIVA DE ADAPT CAPACIDA O N A M U DO SER H NÃO NOS ADAPTAMOS À SEDE O ÇÃ TA A DR A A LT FA O NÃ A IN RE T SE HI DE CONCEITO DE ADAPTAÇÃO A SEDE NÃO SE TREINA ALTERAÇÃO TEMPORÁRIA DO EQUILÍBRIO INTERNO O homem não consegue adaptar-se à desidratação. A água corporal é o componente mais abundante - 60 a 70% da nossa massa corporal total. A sudação é o mais eficaz meio de perda de calor em esforço HOMEOSTASIA 2

EQUILIBRIO HIDRO-ELECTROLITICO DISTRIBUIÇÃO INTERCOMPARTIMENTAL 1. ESTADO DE EQUILÍBRIO 2. PARA ÁGUA E ELECTROLITOS SIGNIFICA QUE OS GANHOS E PERDAS DE EQUILIBRAM 3. MANTIDO POR MECANISMOS QUE REPÕEM A ÁGUA E ELECTROLITOS PERDIDOS E EXCRETAM O EXCESSO 4. OBJECTIVA-SE UMA ESTABILIDADE CONTÍNUA 5. O BALANÇO DE ÁGUA E ELECTRÓLITOS É INTERDEPENDENTE 1. NÃO SE DISTRIBUEM UNIFORMEMENTE 2. VARIAM QUANTITATIVA E QUALITATIVAMENTE 3. O MOVIMENTO DE ÁGUA E ELECTRÓLITOS ENTRE OS COMPARTIMENTOS É REGULADA POR MECANISMOS QUE GARANTEM DE FORMA DINÂMICA A SUA ESTABILIDADE. Líquido intracelular Líquido extracelular Intersticial, Sangue/Plasma e LCR. COMPARTIMENTOS LÍQUIDOS CERCA 40 LITROS DE ÁGUA DE DISTRIBUEM-SE POR DOIS COMPARTIMENTOS PRINCIPAIS: Líquido intersticial Fora das células, dos vasos e do SN. 40 38 36 34 32 30 Liquido extracelular (37%) 28 Isotónico Pressão osmótica igual ao conteúdo celular. Uma célula colocada num meio isotónico não ganha nem perde água. 26 24 22 20 18 16 14 12 10 8 6 Liters Liquido intracelular (63%) 4 2 0 3

ÁGUA COMPOSIÇÃO QUALITATIVA Copyright The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. Relative concentrations and ratios of ions in extracellular and intracellular fluids 150 Extracelular 50-70% da MC 75% da MM 140 Extracellular fluid 130 Não variam significativamente Intracellular fluid 120 110 sodio, calcio, cloro e bicarbonato Ion concentration (m Eq/L) Intracelular Elevadas concentrações de Intra-celular ~ 65% da ACT (TBW) Extra-celular ~ 35% da ACT (TBW) 100 90 80 70 ~ 5-10% da ACT (TBW) turnover diário 60 50 Recomendações: 1 ml/kcal de dispêndio energético 40 potassio, magnesio, fosfatos e sulfatos 30 20 10 0 Ratio Na+ K+ Ca+2 Mg+2 Cl- HCO3- PO4-3 SO4-2 14:1 1:28 5:1 1:19 26:1 3:1 1:19 1:2 (Extracellular: intracellular) CONCEITO DE HIPOTÓNICO E HIPERTÓNICO A solução A é hipertónica em relação à solução B. A água move-se da solução B para a A A solução C é hipotónica em relação à solução B. A água move-se da solução C para a B PRESSÃO OSMÓTICA Se quisermos interromper a osmose, basta exercer sobre o sistema formado por duas soluções ou uma solução e um solvente, separados por uma membrana semi-permeável, uma pressão no sentido inverso ao da osmose que, no mínimo, deverá ter a mesma intensidade que é produzida pelo solvente para atravessar a membrana semi-permeável A essa pressão, capaz de impedir o fenómeno da osmose, designa-se: PRESSÃO OSMÓTICA EQUIVALE À PRESSÃO NECESSÁRIA, QUE APLICADA SOBRE UM RECIPIENTE CONTENDO SOLVENTE PURO, IMPEDE A OSMOSE. solução A solução B solução C 4

OSMOSE E PRESSÃO OSMÓTICA MOVIMENTO INTERCOMPARTIMENTAL REGULADA POR DOIS FACTORES MAJOR QUE INFLUENCIAM O MOVIMENTO DE ÁGUA E ELECTRÓLITOS. PRESSÃO HIDROSTÁTICA PRESSÃO OSMÓTICA Capillary wall 1. Saída do compartimento vascular por acção da Plasma pressão hidrostática 1 2 2. Regresso ao Interstitial fluid compartimento vascular por acção da pressão 3 coloidosmótica Lymph 4 vessel 3. A pressão hidrostática no espaço intersticial força a Lymph entrada para os capilares Transcellular linfáticos fluid 4. Liquido intersticial em Intracellular estado de equilibrio com fluid Serous Cell os compartimentos membrane membrane transcelular e intracelular GANHOS DE ÁGUA 60% ingestão líquida 30% alimentar 10% metabolismo BEBEMOS PORQUE EQUILÍBRIO LÍQUIDOS COMPARTIMENTAIS MEDIA DE INGESTÃO DIÁRIA DE ÁGUA Águar do metabolismo (250 ml ou 10%) MÉDIA DO GASTO DIÁRIO DE ÁGUA Perdas pelo suor(150 ml ou 6%) Perdas pele pele e pulmões (700 ml ou 28%) Água dos alimentos (750 ml ou 30%) Perdas pelas fezes (150 ml ou 6%) Ingestão total (2,500 ml) Perdas totais (2,500 ml) Água contida nas bebidas (1,500 ml ou 60%) Perdas pela urina (1,500 ml ou 60%) 5

Sede osmométrica Necessidade de Reposição Hídrica Produzida por um aumento da pressão osmótica do líquido intersticial em relação ao meio intracelular, o que leva a uma desidratação celular. No sedentário, num clima temperado, as perdas de água nas 24 horas do dia rondam os 2 a 3 litros. O desportista, no mesmo clima, mas realizando um trabalho físico intenso, treino ou competição de futebol, perde pelo suor, aproximadamente, 2 litros de água por hora. Sede volumétrica Causada por hipovolémia. Ocorre quando o volume de sangue/plasma diminui Casos existem de futebolistas que, em situações extremas, têm uma necessidade de compensação hídrica da ordem dos 10 a 15 litros por dia. 6

Estado de hidratação influencia Volume plasmático Transporte de nutrientes e metabolitos Homeotermia e ph Hemodinâmica (circulação e pressão sanguínea) Eficiência bioenergética Estado de Hidratação Análise: Sódio(Na), potassio (K), magnesio (Mg+2). Os resultados permitem optimizar a metodologia de hidratação A composição do suor varia Necessidade de bebidas diferentes Quantificação das perdas de sódio são fundamentais. https:// www.youtube.com/ watch? feature=player_detailpa ge&v=qnc4buu8yaq Esvaziamento gástrico e características do líquido Caracteristicas" Taxa de esvaziamento gástrico" Volume Aumenta com o volume até 500 ml Densidade Diminui Osmolaridade Diminui com a hiperosmolaridade Temperature Aumenta quando ingeridos frios ph Diminui com ph baixo 7

Reposição Hídrica Esvaziamento gástrico rápido Aroma agradável Energética se exercício > 1 hr Taxa energética adequada (40-90 g/l) Fornecimento de sódio(0.5 to 0.7 g/l) Ausências de disturbios GI Melhor se forem frias (13 to 18 C) Desempenho desportivo 100% 80% 60% 0 1 2 3 4 5 Redução da MC (%) 8

Reposição hídrica Antes 1 hora: Líquido com 1 gr. Kg-1 de hidratos de carbono Durante Depois 20-25 min. 1º tempo: 200 a 300 ml H2O 2º tempo: 0,5 gr. Kg-1 1 gr. Kg-1 intervalo 2gr. Kg-1 imediatamente após o jogo durante 60 a 120 min. Dorando Pietri protagonizou nos Jogos Olímpicos de 1908 em Londres um dos mais dramáticos momentos da história olímpica. Entrou no Estádio em exaustão. Tombou na pista várias vezes. Demorou cerca de dez minutos para completar os 400 m da última volta e mesmo assim ganhou. Mas, no exacto momento em que ia cortar a meta os fiscais apoioaram-no. Foi desclassificado. 9

Quatro anos mais tarde, Francisco Lázaro fez parte da primeira representação portuguesa nos Jogos Olímpicos. Foi em Estocolmo, em 1912. Gabrielle Andersen-Schiess No dia da maratona, 14 de julho de 1912, estavam 32 graus à sombra e Lázaro correu 30 quilómetros tendo tombado algumas vezes até que finalmente caiu prostrado. Foi assistido de imediato no local por um médico e levado para um hospital mas, na manhã seguinte recebeu-se a notícia de que tinha morrido» mais de 5 minutos para percorrer os últimos 400 metros, correu a maratona em 2:48:42 www.youtube.com/embed/0hjm29cmmfg?feature=player_detailpage 1 de agosto 2001 10

A ESCOLHA DA ÁGUA ph Campilho 5.92 Carvalhelhos Vimeiro Monchique 7.3 7.13 9.47 Vitalis Fastio Sílica Bicarbonato (SiO2) (HCO3-) 1035 Cloreto (Cl ) RECOMENDAÇÕES - SÍNTESE Cálcio Sódio (Na Potássio Magnésio +) (Ca2+) (K+) (Mg2+) 20.6 40 405 23.6 9 35.8 14 149 444 113 217 38 5.6 119 1.1 52.6 161 108 1.37 5.7 2.2 9 31 <0.10 4.8 10 <1.0 7.0 0.4 3.8 5.8 9.6 8.0 4.2 1.3 4.1 Serra da Estrela 5.8-6.9 21,5 24 3.0 4.3 5.5 Luso Cruzeiro Dia 5.69 6.90 5.31 13.1 15.4 9.0 11.1 112.5 2.4 9.4 16.8 9.4 0.74 15.4 0.63 6.9 11.2 5.7 Lidl JANA Caramulo 6.10 7.4 6.3 16.08 4.2 28.1 12.13 354.7 26.1 1.1 5.2 1.38 63.0 2.6 4.7 2.2 11.0 Continente 6.27 19.0 23.8 8.7 6.4 10.3 Vitel 7.8 94 7.7 Rede de Lisboa 7,41 8,49 248 18,1-51,5 18-35,2 15,6-53,3 PROPOSTA Antes ACSM NATA AIS Gatorade NCAA 500 ml:2h 500-600 ml: 2-3 h Ind 500-600ml:2-3 h 500-530 ml: 2 h 0.7 7.1 0.27 0.8 200-300ml:10-15 min antes do aquecimento 200-300 ml: 10-20 min 0.6 1.66 11.9 1.0 Durante Intervalos regulare s 200-300 ml a cada 10-20 min Ind 200-300 ml a cada 10-15 min 250 ml a cada 10-15 min 0.48 32.5 1.8 Depois Igual à perda 150% do peso perdido Ind 600-700 ml/ 0.45 kg 500-700/ 0.45 kg Temp. 10o 26 ºC 10o - 15o C Ind Fria 10o - 15o C Composiçã o HC e sódio HC e eletrólitos Ind HC (6-7%) e sódio - 20 4,01-6,37 HIDRATAÇÃO 100 ml : 147 KJ ; 34 Kcal Bebida HCO e Electrolítica (7%) 8,2 g of CHO dos quais 7,1 g (simples) 51 mg de Na+ 6,4 mg de Cl 5,2 mg de K+ 1,7 mg de Mg lípidos e fibras: 0 Água, HCO e Electrólitos 11

Hidratação ANTES DURANTE ESFORÇO APÓS Recomendações Pré-Exercício Determinar Massa corporal. Determinar densidade urinária -cor em fita de teste - (1-3) indica um bom estado de hidratação. Beba 400 a 600 ml de uma bebida desportiva 2 horas antes do esforço. Beba 200 a 300 ml de água 0 a 10 min antes do exercício. 12

Na hidratação durante o esforço aconselha-se: Beber antes do exercício Entre os 60 e 30 minutos antes do exercício devemos ingerir 0.5 a 1 litro. Líquido cujo aroma seja apreciado pelo atleta. Uma hora antes da competição ou de um treino prolongado, beba 500 ml de água ou de um líquido adequado para o efeito. Que não cause desconforto abdominal Seja ingerido a uma temperatura baixa (entre 14 e 18 graus) Com intervalos de tempo entre 15 e 20 minutos Em quantidades entre 200 e 300 ml ( ± 1 a 1.5 litros/hora) Volte a ingerir, 20 min. antes do esforço, uma quantidade próxima dos 300 ml. A ingestão de líquidos antes do esforço apenas beneficia o esforços de duração igual ou superior a 20 min. Nunca inicie o exercício sem se ter hidratado convenientemente. Recomendações Durante o Exercício Beba de 150 a 250 ml de água cada 15 a 20 min para exercícios < 60 min Beba de 150 a 250 ml de uma bebida desportiva com CHO (5% to 8%) e electrólitos cada15 a 20 para exercícios > 60 min. NÃO BEBA MAIS DE 1,5 L/hr no decurso do esforço. 13

Na hidratação após o esforço aconselha-se Utilize uma bebida com um teor mais elevado em hidratos de carbono consumida imediatamente após o esforço. DESIDRATAÇÃO E PREVENÇÃO DE LESÕES Recomendações Após o Exercício Determine a massa corporal para estimar a perda líquida, a qual deverá ser corrigida nas duas horas imediatas. Rehidratação é optimizada quando se ingere um volume equivalente a 150% do défice de massa corporal determinado. A bebida deve conter H2O para rehidratar, CHO para repreenchiento das reservas em glicogénio, e electrólitos para acelerar a rehidratação. DESIDRATAÇÃO / FADIGA / LESÃO 14