- Câmara aprova texto-base do projeto que aumenta tributação da folha de pagamentos. - Câmara aprova texto-base de redução da desoneração folha



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Transcrição:

25/06/2015 - Câmara aprova texto-base do projeto que aumenta tributação da folha de pagamentos Picciani inclui o setor calçadista entre os que terão menos aumento de tributação... - Câmara aprova texto-base de redução da desoneração folha Com concessões feitas pelo governo, recomposição da receita deve menor do que a originalmente prevista... - Crédito imobiliário desaba em maio após freio da Caixa Os números de maio do crédito imobiliário deixam claro o tamanho do estrago que a escassez de dinheiro na caderneta de poupança trouxe para o financiamento da casa própria... - Aprovado reajuste do mínimo a aposentados Apesar de apenas a oposição e o PDT orientarem suas bancadas a votar a favor da emenda, praticamente metade dos deputados de PSD, PTB e Pros traíram o governo... - Laudo diz comprovar pagamento de propina da Odebrecht no exterior A Operação Lava-Jato reuniu documentos que comprovariam pagamentos de propina de US$ 7,5 milhões realizados pela Odebrecht a políticos e funcionários da Petrobras no exterior... - Leilão pode mudar para ampliar uso de gás natural O governo está disposto a rever algumas regras dos leilões de energia para viabilizar a participação de um maior número de termelétricas a gás natural nas concorrências... - Grandes petrolíferas já discutem negócios com o Irã Executivos da Royal Dutch Shell se reuniram com autoridades iranianas em Teerã para discutir a possibilidade de investir no setor energético do país...

- A retomada do crescimento - Em matéria de crescimento econômico inexiste um receituário de política que possa ser adotado em outros países... - Cemig perde batalha com União por renovação de hidrelétrica As ações da Cemig despencaram ontem na BM&FBovespa após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar o pedido da companhia para renovar automaticamente a concessão da hidrelétrica de Jaguara... - CVM defende adoção de um código único no Brasil "Adotar um código nacional significa dizer que o mercado tem uma direção. Senão, cada um vai adotar o código em que mais 'se vê'... - Financiamento para obra de metrô é teste para Odebrecht A Odebrecht enfrenta um primeiro grande teste de sua capacidade de crédito depois da implicação da empresa e prisão do presidente do grupo... - InterCement fará nova fábrica em Moçambique A InterCement, cimenteira do grupo Camargo Corrêa, vai investir US$ 250 milhões (em torno de R$ 800 milhões) para erguer uma nova fábrica em Moçambique... - Investimento e dívidas da Petrobras preocupam O mercado espera que a Petrobras apresente na sexta-feira um novo plano de negócios com investimentos de US$ 130 bilhões a US$ 140 bilhões... - Decisão do STJ beneficia empresa em recuperação O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou que a ação de cobrança (execução) individual contra empresa que teve pedido de recuperação judicial concedido deve ser extinta... - Julgamento sobre juros de mora é suspenso Os ministros vão esperar uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema... - A linguagem forense: concisão e clareza Recentemente a Suprema Corte norte-americana ameaçou punir um advogado de marcas e patentes que se recusava a escrever com objetividade e clareza... - Odebrecht diz que delegado da PF deu ares de escândalo a bilhete de seu presidente Em nota à imprensa, divulgada na noite desta quarta-feira, 24, maior empreiteira do País, cujo presidente caiu na malha da Lava Jato e está preso desde sexta, 19, argumenta boa fé de Marcelo Odebrecht...

- BC piora previsão de contração da economia brasileira neste ano de 0,5% para 1,1% Seria a pior em 25 anos. Para a inflação, projeção foi de 7,9% para 9%, a mais alta desde 2003... - Com ajuste fiscal, investimentos no PAC já caíram 33% no ano até abril Governo suspende divulgação do balanço quadrimestral do programa, que era feito desde julho de 2011... - Lava Jato rastreia US$ 7 milhões de propina atribuída a Odebrecht Investigadores buscam através de valores identificados por delatores e autoridades de Mônaco em contas secretas de três ex-funcionários da Petrobrás, entre 2009 e 2012, origem dos pagamentos e de seu operador... - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL MANTÉM SUSPENSÃO DO POLO NAVAL EM MANAUS O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou recurso do Estado do Amazonas e da União... - JUSTIÇA FEDERAL LIBERA LICITAÇÃO DE TERMINAL NO CAIS DO SABOÓ A Justiça Federal suspendeu a liminar que impedia a licitação de uma área de 61,4 mil metros quadrados, atualmente arrendada pela Rodrimar, no Cais do Saboó... - ANTAQ ESTÁ PREPARADA PARA REALIZAR LICITAÇÕES DO BLOCO 1, DIZ POVIA DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ao falar sobre as competências da Agência no âmbito do novo marco legal dos portos, Povia disse que a Antaq está preparada para realizar as licitações do Bloco 1... - FUNDO DE ENERGIA DO NORDESTE FINANCIARÁ R$ 13 BILHÕES EM NOVOS INVESTIMENTOS Criado pelo governo federal por meio da Medida Provisória 677, o fundo financiará empreendimentos nos segmentos de geração e transmissão, e deve movimentar R$ 2,5 bilhões em recursos até 2037... - GOVERNO QUER AMPLIAR USO DO GÁS NATURAL NO BRASIL

O Ministério de Minas e Energia (MME) apontou, em reunião realizada nesta semana, que deverá manter como foco de governo a ampliação do consumo de gás natural no país... - Advogada de Marcelo Odebrecht diz que PF tenta tumultuar processo Defesa de presidente de empreiteira critica ação da Polícia Federal... - Governo lança plano para aumentar participação do Brasil no comércio internacional No entanto, o ponto mais esperado pelos exportadores brasileiros, o Proex, não terá um acréscimo sobre o orçamento deste ano... - BC piora previsão de contração do PIB de 0,5% para 1,1% e espera inflação de 9% neste ano Se estimativas se confirmarem, será o pior desempenho da economia em 25 anos e a inflação mais alta desde 2003... - STJ nega pleito da Cemig para renovar concessão da hidrelétrica de Jaguara Por seis votos a dois, Justiça determina que complexo, em Minas Gerais, seja devolvido à União... - Procuradoria diz que há suficiente prova de delito contra exexecutivo da Odebrecht Força-tarefa da Lava Jato confirma necessidade de manter preso Alexandrinho Alencar, por riscos de destruição de provas e continuidade delitiva... - Odebrecht diz que destruir significa rebater Advogados da empreiteira entregaram petição ao juiz da Lava Jato esclarecendo que bilhete encontrado com Marcelo Odebrecht não contém o mais remoto comando para que provas fossem destruídas... - Por envolvimento de construtoras na Lava Jato, TCU investigará Belo Monte

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai iniciar uma investigação sobre recursos públicos usados na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte... - Câmara aprova extensão do reajuste do mínimo a todos os aposentados Proposta foi incluída em MP que prorroga fórmula até 2019; governo sofre derrota... - Juiz da Lava-Jato rebate argumentos apresentados por Odebrecht em comunicado publicado em jornais Para Sérgio Moro, texto da construtora é tentativa de confundir opinião pública, valendo-se de amplos recursos financeiros... - Justiça de SP aceita denúncia contra seis executivos por cartel no Metrô Eles são acusados de fraudar licitações para a reforma de 98 trens das linhas 1-Azul e 3-Vermelha, entre 2008 e 2009... - Governo promete colocar em dia os pagamentos do Minha Casa Minha Vida Ministro Nelson Barbosa diz que prioridade é agilizar cronograma de pagamento das 1,6 milhão de moradias que já estão contratadas... - Odebrecht não quer reconhecer sua responsabilidade, diz Moro No despacho em que decreta a prisão preventiva de Alexandrino Alencar, juiz da Lava Jato afirma que inusitado comunicado da Odebrecht à imprensa apenas reforça a convicção da necessidade da custódia do executivo... - Justiça mantém presos executivos da Andrade Gutierrez O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou nesta quarta-feira (24) habeas corpus para o presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e para o diretor-executivo da empresa, Elton Negrão de Azevedo Júnior...

1ª PARTE NOTICIAS DO DIA 25/06 Fonte: O Globo 25/06/2015 - Câmara aprova texto-base do projeto que aumenta tributação da folha de pagamentos Picciani inclui o setor calçadista entre os que terão menos aumento de tributação POR ISABEL BRAGA BRASÍLIA - Em votação que entrou pela madrugada desta quinta-feira, o plenário da Câmara aprovou o texto base do projeto que aumenta a tributação da folha de pagamentos por 253 votos a favor e 144 votos contra, além de uma abstenção. Depois de já ter aceitado dar tratamento especial a quatro setores da economia no projeto que aumenta a tributação da folha de pagamentos, o governo foi obrigado a ceder novamente na noite de quarta-feira para tentar votar o projeto na Câmara. A votação dos destaques ao texto será feita nesta quinta-feira. O relator do projeto e líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), fez mudanças de última hora em seu texto, incluindo um quinto setor, o calçadista, entre os que podem ter um reajuste menor de imposto. Até quarta-feira, o acordo beneficiava, contra a vontade do governo, call centers, transportes, comunicação social e produtores de alimentos da cesta básica. Em mais uma mudança, Picciani estabeleceu que este último setor terá sua alíquota de tributação mantida em 1%. As folhas dos demais setores terão reajustes menores que os propostos originalmente pelo governo. A inclusão do setor calçadista entre os beneficiados pela alíquota menor atendeu a pedidos da bancada do PP e dos deputados aliados do Rio Grande do Sul. Segundo Picciani, com as novas alterações, o governo, que previa economizar R$ 12,5 bilhões com o fim da tributação de 56 setores, irá economizar pouco mais de R$ 10 bilhões. Ainda estamos fazendo os cálculos, mas deve ficar um pouco acima de R$ 10 bilhões. As negociações vinham sendo feitas e, agora à noite, chegamos a um consenso com o líder (José) Guimarães. O governo entendeu a necessidade de negociar para aprovarmos o texto disse Picciani. A negociação com Guimarães foi feita após derrota do governo em plenário na votação da emenda que estendeu a aposentados e pensionistas a política de

valorização do mínimo. Picciani afirmou que, no caso do setor calçadista, a alíquota será de 1,5%. Guimarães reafirmou o apoio do governo ao texto de Picciani e disse que as negociações de última hora foram necessárias para garantir a aprovação do texto. Para Guimarães, a votação do texto base foi uma sinalização importante. Ele reúne a base aliada às 10h desta quinta-feira para pedir que todos os destaques ao texto sejam rejeitados. O governo quer aprovar a matéria e, para isso, negociou politicamente com o relator. Foi a matéria mais dura e difícil de votar. A base votou na medida e esperamos finalizar amanhã (quinta-feira) a votação _ disse Guimarães. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem que a aprovação da proposta é sinal importante para os mercados, no momento em que a economia brasileira enfrenta uma recessão. Ele convocou os deputados para sessões extraordinárias nesta quinta-feira, para concluir a votação. MANDIOCA Durante a discussão do projeto, após a leitura do parecer, deputados tucanos usaram a tribuna para fazer referência a discurso da presidente Dilma Rousseff em cerimônia ontem no lançamento do primeiro Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, no estádio Nilson Nelson. No discurso, entre outras coisas, que saudava a mandioca e acha que ela era uma das melhores conquistas do país. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) usou a tribuna para ler trechos do discurso de Dilma. Em seguida, o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) também usou a tribuna e afirmou que a presidente Dilma tinha "enfiado" a mandioca no povo brasileiro. Guimarães, incomodado pediu que a expressão fosse retirada dos anais da Casa. Nilson Leitão desceu da tribuna e aproximou-se de Guimarães afirmando que não tinha usado palavra de baixo calão. Deputados do PT que estavam próximos reagiram, avisando ao tucano que não provocasse e houve um início de tumulto. O presidente interrompeu a sessão e pediu respeito. A mandioca foi o cerne da discórdia resumiu Bruno Araújo. No final da sessão, Cunha pediu que a taquigrafia fizesse uma revisão e retirasse expressões ofensivas. VOLTAR

Fonte: Estadão 25/062015 - Câmara aprova texto-base de redução da desoneração folha RICARDO DELLA COLETTA, DANIEL CARVALHO, DAIENE CARDOSO E CARLA ARAÚJO - O ESTADO DE S. PAULO Com concessões feitas pelo governo, recomposição da receita deve menor do que a originalmente prevista A Câmara aprovou na madrugada desta quinta-feira, 25, o texto-base do projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamento de mais de 50 setores da economia. Por pressão da bancada do PP, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aceitou incluir o setor calçadista entreas exceções. O relatório da proposta enviada pelo Executivo em março aumenta as alíquotas de recolhimento das empresas que participam do regime especial de tributação. Esta é a última medida do ajuste fiscal e tem sido apontada pela presidente Dilma Rousseff como crucial. Para conseguir a aprovação do texto-base, no entanto, o governo teve que fazer concessões, o que deve resultar numa recomposição de receita menor do que a originalmente prevista. A votação terminou à 1h e será retomada às 9h, quando deputados apreciarão 26 emendas ao texto. Às 10h, haverá reunião da base do governo para discutir o assunto. O texto foi aprovado por 253 votos a favor, 144 contra e uma abstenção. PSDB, PSB, DEM, Solidariedade, PPS e PTB orientaram seus deputados a votar contra o relatório de Picciani. O relator promoveu novas alterações em seu relatório e incluiu entre as exceções outros setores econômicos, além dos previstos inicialmente. Eles terão uma recomposição de alíquotas intermediária, mais suave daquela defendida pelo governo. Foi incluído nesse rol, por exemplo, os calçadistas e artefatos de material têxtil, além de automóveis para o transporte de 10 pessoas ou mais (exceto trolebus). O relator e líder do PMDB, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), ampliou ainda a lista de excepcionalidades para as empresas auxiliares ao transporte aéreo de carga e de passageiros. A previsão original de Picciani era apenas conferir o benefício à comunicação social, transportes, call centers e itens da cesta básica. Houve ainda outra novidade no relatório do peemedebista: os itens alimentícios que compõem a cesta básica, que antes teriam uma majoração parcial nos tributos, não serão mais atingidos pelo projeto, segundo Picciani. Ele incluiu ainda mudanças na tributação de bebidas produzidas na zona franca de Manaus.

O governo comemorou o resultado, mas não informou qual a diferença entre a recomposição de receitas estimada e aquela que será alcançada com o texto aprovado. Batalha da mandioca. Depois de tentar obstruir a sessão, que só começou depois das 22h, a oposição fez duras críticas ao projeto e à presidente Dilma Rousseff. "Não é justo e não é correto o que o governo e o que este projeto está fazendo com o Brasil. É um grande equívoco num momento de crise. Este projeto, como está, você está escolhendo quem vai morrer e quem vai ficar vivo", disse o líder em exercício do PSDB, Nilson Leitão (MT). "A mandioca é o que ela está colocando nos brasileiros. É uma irresponsabilidade sem tamanho. Deve ser para isso que ela quer a mandioca. A incompetência desta mulher vai falir o País", disse Leitão, ironizando declaração feita por Dilma no início desta semana, quando a petista fez uma "saudação à mandioca". Líder do governo, o deputado José Guimarães (PT-CE) pediu que as declarações de Leitão fossem retiradas dos anais. "Respeite a instituição, respeite a mulher que é a presidente do Brasil e não use esse tipo de palavra na Câmara dos Deputados", afirmou. Após a resposta de Guimarães, os deputados Décio Lima (PT-SC) e Leitão se desentenderam e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu intervenção da Polícia Legislativa no tumulto. A fala de Leitão gerou reação dos parlamentares. "Dilma foi eleita. Quem não aceitar isso vá chorar, se encolhe, vá torcer o próprio cabelo, mas não me venha desrespeitar a presidente eleita", reagiu a líder do PC do B, Jandira Feghali (RJ). Depois da confusão, Leitão tentou minimizar a polêmica e disse que "jamais ofenderia uma mulher". "O meu respeito (a mulher) continua igual, agora meu desrespeito a gestão da presidente Dilma continua cada vez maior", disse. "No meu discurso na tribuna usei aquilo que achei que era conveniente no momento". Ao fim da sessão, Cunha pediu para que colocações desrespeitosas fossem retiradas das atas. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 25/06/2015 - Crédito imobiliário desaba em maio após freio da Caixa Por Felipe Marques De São Paulo Os números de maio do crédito imobiliário deixam claro o tamanho do estrago que a escassez de dinheiro na caderneta de poupança trouxe para o financiamento da casa própria. Também mostram o quão dependente a modalidade é da Caixa Econômica Federal, que reduziu radicalmente a liberação de empréstimos e, pela primeira vez, perdeu a liderança no crédito habitacional com recursos da poupança. Dados obtidos com exclusividade pelo Valor mostram que, em maio, foram desembolsados R$ 3,608 bilhões em financiamento habitacional para aquisição de imóveis com recursos da poupança, uma queda de 51% ante o mesmo mês de 2014 e também de 51% na comparação com abril. Tal cifra só se compara à liberada em 2011, antes do salto da modalidade. As informações são parte de um levantamento preliminar restrito que a Abecip, associação que reúne empresas de crédito imobiliário, divulga aos associados. A amostra contempla apenas operações que tiveram "funding" da poupança, o que exclui o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Procurada, a Abecip não retornou pedido de entrevista. Foi a Caixa a grande responsável por essa redução no crédito habitacional. O banco estatal, historicamente o principal financiador da casa própria do país, desembolsou R$ 725 milhões em operações para mutuários em maio. Em abril, o banco havia liberado R$ 4,798 bilhões, ou seja, houve uma queda de 85% na comparação com mês imediatamente anterior. Em maio do ano passado, o banco público desembolsou R$ 4,438 bilhões. Desde 4 de maio, a Caixa passou a financiar apenas 50% do valor de um imóvel usado, no Sistema de Amortização Constante (SAC), e até 40% na tabela Price. Também no meio de abril, o banco público anunciou, pela segunda vez no ano, aumento nos juros do financiamento habitacional. Em algumas linhas, os reajustes chegaram a até 80 pontos-base. O desempenho da Caixa em maio levou à quebra de um paradigma no crédito habitacional brasileiro: o banco público perdeu a liderança do mercado. Em abril, a Caixa respondia por 65,1% do volume desembolsado para mutuários, participação que encolheu para 20,1% em maio. A liderança passou para as mãos

do Itaú Unibanco (24,9%), seguido pelo Bradesco (20,4%) e pelo Santander (20,2%). Apenas para fins de comparação, em abril, o Itaú tinha 11,4% de participação, o Bradesco 6,6% e o Santander, 9,1%. A mudança na participação de mercado também mostra que, embora longe de compensar o freio da Caixa, os bancos privados conseguiram desembolsar um volume maior de recursos para aquisição de imóveis em maio. O Itaú desembolsou 12% a mais que no mesmo mês de 2014, ou R$ 898 milhões. O Bradesco, 17% a mais, com R$ 735 milhões, enquanto o Santander incrementou em 8%, com R$ 729 bilhões. Procurada, a Caixa afirmou que sua prioridade neste ano serão linhas com recursos do FGTS, como o MCMV. "É nessa faixa de renda que está concentrado mais de 90% do déficit habitacional. A Caixa ressalta que mantém a liderança para este público, com o market share de 90,8% em termos de estoque e 77% em termos de aplicação", citou em nota. Ainda que os dados de maio tenham sido significativos em mostrar o tamanho do freio do crédito imobiliário brasileiro, são os de junho que darão um melhor quadro do semestre, segundo bancos ouvidos pelo Valor. O motivo é a série de medidas lançadas pelo governo neste mês que previam uma injeção de cerca de R$ 25 bilhões para o crédito imobiliário. O Banco Central (BC) mudou as regras do depósito compulsório da poupança, aumentando o volume de recursos disponíveis para financiamento habitacional, e o governo permitiu uso adicional de recursos do FGTS. Embora a redução no crédito para aquisição de imóveis tenha sido significativa, nos empréstimos para construção de imóveis o quadro foi melhor. Nessa linha, foram desembolsados R$ 1,828 bilhão, uma queda de 6% na comparação anual, com avanço de 32% ante abril. O financiamento à construção com recursos da poupança é uma linha em que a Caixa tem atuação significativamente menor, portanto menos sujeita a flutuação de suas estratégias. O desempenho do crédito imobiliário tem a ver com o tombo na captação da sua principal fonte de recursos, a caderneta de poupança. Os saques têm superado com folga os depósitos neste ano por conta da perda de atratividade do investimento, diante da alta dos juros e do aperto no orçamento das famílias. No acumulado do ano até 17 junho, a retirada líquida da caderneta somava R$ 38 bilhões. A Abecip projeta que a poupança encerre 2015 com resgate de R$ 50 bilhões. A alta da Selic inviabiliza que recursos captados a taxas de mercado sejam usados para o crédito habitacional, sem que os juros cobrados cheguem a níveis assustadores. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 25/06/2015 - Aprovado reajuste do mínimo a aposentados Por Raphael Di Cunto e Thiago Resende De Brasília Contra a orientação do governo, a Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 206 votos a 179, emenda à Medida Provisória (MP) 672/15, que estende a política de reajuste do salário mínimo até 2019, para que a fórmula seja aplicada também aos aposentados e pensionistas da Previdência Social que recebem benefícios acima do mínimo. Apesar de apenas a oposição e o PDT orientarem suas bancadas a votar a favor da emenda, praticamente metade dos deputados de PSD, PTB e Pros traíram o governo ao aprovarem o destaque. No PP, 19 votaram sim, Figueiredo: A aprovação é importante para pressionar o governo a apresentar uma alternativa, do mesmo modo que ocorreu com o fator previdenciário contra 10 que votaram não. O PT foi mais fiel: apenas dois dos 51 deputados presentes foram contra o Executivo. Em café da manhã com os líderes da base aliada, o PDT já tinha avisado ao governo que votaria a favor de aplicar a política de reajuste do salário mínimo para os aposentados. O ministro da Previdência, Carlos Gabas (PT), respondeu que Dilma vetaria a emenda caso fosse aprovada - segundo cálculos da Pasta, o impacto de um reajuste de 1% nos benefícios previdenciários acima do salário mínimo é de cerca de R$ 2 bilhões por ano. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), autor da emenda junto com o líder do SD, Arthur Maia (BA), afirmou, porém, que a presidente Dilma Rousseff não poderá vetar apenas o trecho referente aos aposentados porque a emenda juntou o salário mínimo aos benefícios previdenciários em um único artigo. "Teria que vetar a política toda", disse. Para o líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), a extensão para os aposentados não prejudicaria o ajuste fiscal porque o impacto, se existir, só começaria a partir de 2018. "A aprovação é importante para pressionar o governo a apresentar uma alternativa, do mesmo modo que ocorreu com o fator previdenciário", disse. Pela regra atual, o salário mínimo é reajustado em percentual equivalente à inflação acumulada no ano anterior (o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC), mais o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

A fórmula é usada desde 2007 e foi instituída por lei em 2011, com validade até janeiro de 2015. O modelo, contudo, deve garantir pouca valorização para o salário mínimo nos próximos anos e ter impacto reduzido nas contas públicas por causa da crise econômica. Como o crescimento do PIB em 2014 foi apenas de 0,1%, este será o percentual aplicado de aumento real (acima da inflação) em 2016. Para este ano, o Banco Central projeta retração de 1,1% do PIB. O PSOL foi o único partido a votar contra a medida provisória, aprovada por 287 votos a 12, por entender que o texto abre a possibilidade de o governo descontar do INPC o percentual de retração da economia e, com isso, promover um aumento abaixo da inflação. Em 2011, o governo viveu o mesmo cenário, mas, pressionado pelas centrais sindicais, concedeu a inflação de dois anos antes sem desconto. A MP foi encaminhada pela presidente Dilma Rousseff em maio justamente em articulação do governo para evitar que os deputados aprovassem a política de reajuste do mínimo extensiva às aposentadorias. A fórmula desagradava à equipe econômica do governo, que via uma pressão excessiva da valorização do salário mínimo sobre as contas públicas e inflação. VOLTAR Fonte: Valor Econômico 25/06/2015 - Laudo diz comprovar pagamento de propina da Odebrecht no exterior Por André Guilherme Vieira De São Paulo A Operação Lava-Jato reuniu documentos que comprovariam pagamentos de propina de US$ 7,5 milhões realizados pela Odebrecht a políticos e funcionários da Petrobras no exterior. A documentação, a que o Valor teve acesso, vai constar do conjunto de provas que será usado para amparar a acusação por corrupção e

formação de cartel contra os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht e da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo, além do executivo Alexandrino de Alencar e de outros cinco investigados presos preventivamente na sexta-feira. Ontem, o juiz Sergio Moro converteu a prisão de Alencar de temporária para preventiva. A denúncia contra os oito presos será oferecida até o final de julho, segundo investigadores. São 25 registros de transações bancárias no período de abril de 2009 a maio de 2012, cujo principal remetente é a Constructora Del Sur S.A., uma offshore usada pela Odebrecht no exterior, segundo a Lava-Jato. A empresa nega vínculo ou relação com a offshore. Apenas uma das remessas, de US$ 300 mil, foi feita pela própria Odebrecht, via Royal Bank of Canada em Genebra para a offshore Canyon View Assets S.A. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e delator Paulo Roberto Costa indicou que as contas em nome das offshores Sygnus Assets S.A., no banco PKB Private Bank S.A, Quinus Services S.A., no HSBC, Sagor Holding S.A., no Julius Baer, e conta no Deutsche Bank eram de sua propriedade, porém controladas por Bernando Freiburghaus, apontado como operador de propinas, que está foragido da Justiça e vive na Suíça. Os US$ 23 milhões que Costa mantinha em cinco contas secretas na Suíça teriam como origem propina paga pela Odebrecht e pela Braskem, segundo o ex-diretor, que devolveu os recursos como parte de seu acordo de delação premiada. Braskem e Odebrecht têm reiterado que jamais pagaram propina. A Odebrecht, que o depósito feito na Canyon Assets se refere a remuneração a investidores que adquiriram títulos da empresa. Outras offshores panamenhas relacionadas no laudo pericial como favorecidas por depósitos da Odebrecht são a Pexo Corporation e a Milzart Overseas Holdings, de propriedade do delator e ex-gerente de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco. A PF assinalou que o ex-gerente da conta da Pexo Corporation comunicou que a Odebrecht "não realizava depósitos a partir de suas contas, utilizando-se de conta registrada em nome da offshore Constructora Del Sur". Duas das operações relacionadas na perícia referem-se à Labogen, em transações que passaram por conta do Standard Chartered Bank do Panamá e que tiveram como favorecido a RFY Import & Export Ltd, offshore em Hong Kong usada por Leonardo Meirelles, dono do laboratório Labogen. Alberto Youssef e Meirelles foram condenados por evasão de US$ 444,6 milhões ao exterior entre junho de 2011 e março de 2014. A Lava-Jato atribui à Odebrecht e à Andrade Gutierrez uma sofisticada operação de lavagem de dinheiro no exterior. No caso da Odebrecht, a peça principal dessa engrenagem seria Bernardo Freiburghaus. Já a Andrade Gutierrez se utilizaria dos serviços do lobista Fernando Soares, o "Fernando Baiano", preso e processado por corrupção e que atuaria na captação de

propinas para o PMDB na diretoria de Internacional da Petrobras. A maior parte do dinheiro que circulou no exterior já teve origem identificada, segundo a PF. "A constatação de que a Constructora Internacional Del Sur efetuou depósitos nas contas offshore de, pelo menos, três dirigentes da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Renato Duque, permite concluir por sua ligação com o esquema criminoso de cartel e propinas que afetou a Petrobras", afirma o relatório de análise. A investigação também verificou que a Andrade Gutierrez, nas informações que prestou à Receita Federal, informou ter contratado a empresa Technis Planejamento e Gestão em Negócios Ltda., de propriedade de Fernando Baiano, a título de prestação de serviços no valor total de R$ 3.164.560,00. Procurada a Andrade Gutierrez reafirmou " que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações" e que nem fez "qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja, nem participou de esquemas ilícitos de favorecimento a políticos". A empresa Odebrecht disse que nunca manteve relação ou negócios com a Construtora Del Sur e nega envolvimento com qualquer tipo de negócios ilícitos. Sobre a prorrogação da prisão de Alexandrino, a empresa afirmou que viu com espanto a a decisão do juiz federal Sérgio Moro. " Trata-se de medida ilegal, arbitrária, que não atende a nenhum dos requisitos legais", diz a empresa em nota. VOLTAR Fonte: Valor Econômico 25/06/2015 - Leilão pode mudar para ampliar uso de gás natural Por Rodrigo Polito Do Rio O governo está disposto a rever algumas regras dos leilões de energia para viabilizar a participação de um maior número de termelétricas a gás natural nas concorrências. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, está em estudo a redução do prazo de comprovação de contratação do combustível para que as térmicas obtenham a habilitação para participar dos leilões. "Pedir 25 anos de contrato está sendo um inibidor de entrada para o leilão. Talvez não seja tão necessário. Pode ser um contrato menor. O quanto [menor], isso pode ser discutido", afirmou ontem Tolmasquim, durante seminário sobre gás natural, no Rio de Janeiro.

Pela regra atual, as térmicas são obrigadas a apresentar à EPE um documento comprovando a garantia de suprimento de gás pelo fornecedor por um prazo de 25 anos. Segundo Tolmasquim, ainda não está definido para quanto poderá ser reduzido esse prazo. A ideia é que a medida seja implementada a partir dos leilões de 2016. Para o primeiro leilão A-5 deste ano, que negociou contratos de energia para início de fornecimento em 2020, foram inscritas 31 usinas a gás natural, com 15.605 megawatts (MW) de capacidade instalada. Desse total, porém, apenas sete usinas foram habilitadas, com um total de 4.348 MW. A medida em estudo pela EPE tem o apoio de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "A comprovação da reserva de gás por todo o período contratual da usina mostrou-se restritiva demais", disse Guilherme de Biasi, especialista de regulação da ANP. Para o diretor da Aneel Reive Barros, "é importante reavaliar a forma como os leilões estão sendo desenvolvidos". Estudos preliminares da EPE preveem um crescimento de 49% da oferta de gás natural até 2024, para 169 milhões de metros cúbicos diários. Para o mesmo período, a estatal de estudos energéticos projeta um crescimento de 54% da demanda pelo combustível, totalizando 147 milhões de metros cúbicos diários. De acordo com a diretora do departamento de Gás Natural do MME, Symone Araújo, a projeção de oferta do ministério para 2024 é um pouco mais otimista, de 172 milhões de metros cúbicos diários. Questionada sobre o assunto, não quis responder aos jornalistas. VOLTAR Fonte: Valor Econômico 25/06/2015 - Grandes petrolíferas já discutem negócios com o Irã Por Christopher Adams e Anjli Raval Financial Times Executivos da Royal Dutch Shell se reuniram com autoridades iranianas em Teerã para discutir a possibilidade de investir no setor energético do país. Foi a primeira vez que um grupo petrolífero internacional confirma ter realizado esse tipo de

negociação, às vésperas de o país firmar um possível acordo nuclear com o Ocidente. O encontro, realizado neste mês, comprova o crescente interesse das grandes petrolíferas pelo Irã, que ostenta a terceira maior reserva mundial de petróleo e gás, mas que precisará de dezenas de bilhões de dólares em investimento externo para realizar sua ambição de praticamente dobrar a sua produção até o fim da década. A Shell disse ao "Financial Times" que seus altos funcionários se reuniram com colegas em Teerã para discutir dívidas pendentes com a Companhia Nacional Iraniana de Petróleo por petróleo que foi vendido diretamente, mas não pago. "Eles também discutiram potenciais áreas de cooperação comercial, caso as sanções sejam suspensas. Costumamos reavaliar nossos registros de crescimento regularmente, e não excluímos nenhum país aberto ao investimento externo", disse a empresa. "Se um futuro cancelamento das sanções permitir, estaríamos interessados em examinar com o governo do Irã que papel a Shell pode desempenhar no desenvolvimento de seu potencial energético." O Irã produz atualmente cerca de 2,7 milhões de barris de petróleo ao dia. Mas relatório da consultoria em energia Wood Mackenzie, a ser publicado hoje, informa que o país poderá elevar a sua produção de petróleo em 600 mil b/d até o fim de 2017, se fechar um acordo nuclear com os Estados Unidos e a União Europeia, o que implicará a suspensão das sanções. Negociadores ocidentais deram-se prazo até 30 de junho para selar um acordo permanente, que coíba o programa nuclear iraniano em troca da reversão das sanções contra a república islâmica. Os ganhos de longo prazo para Teerã com tal acordo poderiam ser ainda maiores, segundo a Wood Mackenzie, que prevê aumento na capacidade total de produção para até 4,4 milhões de barris diários em 2025. Esse aumento, porém, exigiria investimentos de até US$ 50 bilhões, segundo a empresa. O Irã tem metas ainda mais ambiciosas, de elevar sua capacidade de produção de petróleo para cerca de 5 milhões de barris por dia até o fim dos próximos dez anos. Fontes que atuam no setor dizem que, para seduzir as empresas estrangeiras que saíram em 2010, o país prepara-se para substituir os antigos acordos de "recompra", que enfrentavam ampla rejeição, e vem formulando novos, com condições mais atraentes, que tratem os grupos estrangeiros como parceiros em empreendimentos conjuntos e não como contratados. "Os iranianos estão ávidos por trazer de volta as grandes petrolíferas", disse Fereidun Fesharaki, da consultoria Facts Global Energy. Ele destacou que os executivos-chefes da Shell, da francesa Total, da italiana Eni e da russa Lukoil reuniram-se neste mês, em Viena, com o ministro do Petróleo do Irã. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 25/06/2015 - A retomada do crescimento Por Ernesto Lozardo Em matéria de crescimento econômico inexiste um receituário de política que possa ser adotado em outros países. No entanto, uma coisa é certa: na ausência de oferta, estímulos ao consumo por meio da expansão fiscal, reduções de impostos, tributos e da taxa de juros sem que o setor produtivo esteja apto a responder aos estímulos à demanda criada, o resultado é inequívoco: risco de descontrole inflacionário, juros elevados, recessão, instabilidade cambial, elevado déficit fiscal e externo, e desemprego. Esse foi o legado do excesso de estímulos sem a correspondente oferta de bens e serviços no período de 2012 e 2014. Nos próximos dois anos, o caminho será do reequilíbrio das contas públicas, reformas fiscais, trabalhistas e previdenciárias que possibilitem a redução do nível de inflação, das taxas de juros, e da estabilidade cambial. Porém, essas medidas são necessárias, mas não suficientes para a retomada do crescimento. A taxa de crescimento poderá ficar estacionada em torno de 2% ao ano. Nesta década, o Brasil precisará dobrar essa taxa. O crescimento dependerá de políticas que favoreçam a expansão da oferta de bens e serviços, atendo-se aos seguintes aspectos: eficiência na execução do programa de concessões público na construção da infraestrutura (portos, aeroportos, ferrovias, rodovias e hidrovias); e realizar reformas microeconômicas. Essas duas agendas complementarão o reequilíbrio fiscal e assegurarão a aceleração do crescimento sustentável da economia nacional. Será preciso facilitar e ampliar a inserção da indústria de transformação na cadeia produtiva mundial Essas agendas poderão iniciar-se no momento da aprovação dos ajustes fiscais, da reforma da previdência, do reequilíbrio dos benefícios trabalhistas, da readequação das isenções fiscais da folha de pagamento aos 56 setores produtivos e da terceirização das atividades produtivas não estratégicas. São vários os caminhos para se estimular a oferta. Primeiramente, tolerância zero ao ativismo fiscal e à instabilidade tributária e regulatória do governo federal, pois, na incerteza, o setor privado paralisa investimentos reais, demite mão de obra, reduz estoques e investe em títulos do governo federal. Ademais, para aumentar a oferta, também será preciso facilitar e ampliar a inserção da indústria de transformação na cadeia produtiva mundial. Um dos atalhos mais eficientes para obter esse intento será tornar o custo da infraestrutura nacional compatível com o existente no mercado global. Portanto, a política de concessões pública de infraestrutura deve estimular a concorrência entre os participantes para

obter a menor tarifa, sem impor taxa de retorno aos concessionários; criar condições para, em parceria com o BNDES, as instituições do mercado de capitais sejam importantes parceiros na oferta de recursos para as obras de infraestrutura; eliminar o controle das tarifas públicas nos setores de energia, petróleo e gás; fomentar a competitividade das exportações por meio de taxas de câmbio competitivas e novas parcerias de comércio internacional; acabar com o protecionismo das importações, mas regulá-las por meio de tarifas; e promover o papel do Estado Empreendedor. A expansão da oferta também se dá por meio da flexibilidade das regras de ajustes salariais. A regra atual do salário mínimo equivale a supor que o pé de cada brasileiro é idêntico; portanto, todos devem calçar sapatos do mesmo tamanho. Essa fórmula não corresponde à realidade de cada empresa. Como o empresário conhece a base real de remuneração dos seus colaboradores, nesse caso há de se ter espaço à livre negociação regional e setorial sobre os ganhos de produtividade de cada trabalhador. O aumento do salário mínimo deveria resultar de dois componentes: da taxa da média do IPCA nos últimos três anos e, quanto ao fator produtividade, cada empresa o distribuiria entres seus colaboradores de acordo com resultados auferidos no ano anterior. Para ampliar a oferta, a proposta de 85/95 pontos (a soma da idade e do tempo de contribuição para mulher/homem) para a aposentadoria precisa ser aprimorada: manter o fator previdenciário para quem se aposentar em um período anterior a nova regra; inserir a progressividade da regra da aposentadoria até atingir 90/100, e coibir, sob a pena de perda da aposentadoria, o aposentado que permanecer no mercado de trabalho. É primordial recriar o papel do Estado Empreendedor. No Brasil, o Estado já teve essa atribuição. Ele promoveu as condições para o setor privado impulsionar a produtividade inovadora e a prosperidade das famílias. Os empreendedores privados são os que abrem as janelas da oferta de bens e serviços, da inovação e do progresso nacional. De sorte que, a retomada do crescimento econômico terá como combustível insubstituível a consistência da politica macroeconômica, a qual restaurará sua credibilidade; e o BNDES, por meio dos investimentos na infraestrutura em parceria com as instituições do mercado de capitais, será o motor de arranque desse processo. No país há uma elite econômica inovadora e próspera, pois conhece as ameaças patrimoniais que a globalização impõe aos seus negócios. Portanto, ao governo federal e aos representantes do Congresso Nacional cabem adotar políticas fiscalmente responsáveis, reduzindo o custo Brasil, socialmente justas, ecológica e economicamente prudentes. Essas são algumas sugestões que poderão iniciar uma agenda de reformas microeconômicas que ampliará a oferta e atenderá à demanda dos brasileiros, tornando a inflação e o custo Brasil mais civilizados. O sucesso das medidas de

ajustes fiscais e econômico conjugadas com a implementação de uma eficaz agenda microeconômica caracterizará o segundo mandato da presidente Dilma como o da restauração e da integração comercial com os principais atores no comércio internacional, notadamente China, União Europeia e Estados Unidos. Ernesto Lozardo é professor de Economia da EAESP-FGV. VOLTAR Fonte: Valor Econômico 25/06/2015 - Cemig perde batalha com União por renovação de hidrelétrica Por Natalia Viri e Maíra Magro De São Paulo e Brasília As ações da Cemig despencaram ontem na BM&FBovespa após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar o pedido da companhia para renovar automaticamente a concessão da hidrelétrica de Jaguara, por seis votos a dois. O julgamento, adiado diversas vezes, era amplamente aguardado pelo mercado porque essa usina, junto com São Simão, que venceu em janeiro e Miranda, cuja licença vence no próximo mês, são responsáveis por boa parte dos resultados da estatal mineira nos últimos trimestres com a venda de energia no mercado de curto prazo. Empresa não tem direito à renovação automática, disse a ministra Assusete Magalhães, que proferiu o voto decisivo Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) da Cemig, fecharam o pregão de ontem em baixa de 8,09%, a R$ 12,04. Assim que os votos foram proferidos no meio da tarde, chegaram a amargar queda de quase 10% e chegaram a entrar em leilão. Uma avaliação feita pelo Credit Suisse dá a magnitude da importância das