Avaliação de cultivares de alface em túnel baixo de cultivo forçado, na região de Jaboticabal-SP.

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Transcrição:

FIGUEIREDO, E.B.de.; MALHEIROS, E.B.; BRAZ, L.T. Avaliação de cultivares de alface em túnel baixo de cultivo forçado, na região de Jaboticabal-SP. Horticultura Brasileira, v. 20, n. 2, julho, 2002. Suplemento 2. Avaliação de cultivares de alface em túnel baixo de cultivo forçado, na região de Jaboticabal-SP. Eduardo Barretto de Figueiredo 1 ; Euclides Braga Malheiros 1 ; Leila Trevizan Braz 2 FCAV UNESP, 1 Departamento de Ciências Exatas, 2 Departamento de Produção Vegetal, 14884-900, Jaboticabal SP, dupiria@hotmail.com RESUMO Para avaliar o desempenho de cultivares de alface em túnel baixo de cultivo forçado, com solo coberto com filme de polietileno preto, foram estudadas doze cultivares dos grupos: lisa Babá de Verão, Karla, Elisa e Nacional; crespa Simpson, Hortência, Verônica e Grand Rapids e americana Laidy, Tainá, Lucy Brown e Raider, durante os meses de setembro e outubro. Foram considerados o peso da massa fresca da parte aérea (MFPA), o peso da massa seca da parte aérea (MSPA) e o número de folhas (NF). Para MFPA, as maiores médias foram observadas para as cultivares do grupo americana (Laidy, Raider, Tainá e Lucy Brown), que não diferiram entre si, e apenas Tainá diferiu da cultivar lisa (Nacional), sendo que para o grupo americana, a melhor cultivar foi Tainá; grupo lisa Karla e grupo crespa a melhor cultivar foi Verônica, apresentando as maiores médias dentro dos grupos.; para MSPA, novamente as cultivares do grupo americana (Tainá, Lucy Brown e Raider) apresentaram as maiores médias, diferindo apenas da cultivar do grupo lisa, Nacional. Para NF observa-se que as cultivares do grupo lisa (Karla e Elisa) apresentaram as maiores médias, diferindo apenas das cultivares do grupo crespa (Simpson e Hortência). O ciclo vegetativo para os grupos crespa e lisa foi de 70 dias e 75 dias para as cultivares do grupo americana. Palavras - chave: Lactuca sativa L., ambiente-de-cultivo, produtividade. ABSTRACT Evaluation of lettuce cultivars under low tunnel with black plastic mulching. This work was carried out at FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP, Brazil to evaluate the yield of 12 cultivars of lettuce under low tunnel, with black plastic mulching, during winterspring season. Were measured the production of dry matter, fresh matter and leaves number using the cultivars: Elisa, Karla, Babá de Verão, Nacional, Verônica, Hortência, Grand Rapids, Simpson, Lucy Brown, Laidy, Tainá and Raider. Results showed that to fresh matter the highest media were the cultivars Raider, Lucy Brown, Tainá and Laidy

and just Tainá differed of cultivar Nacional, being the best cultivar Tainá, Verônica and Karla, respectivaly for each group. To dry matter, again the cultivars Tainá, Lucy Brown and Raider showed the highest media, differing only of cultivar Nacional.To leaves number, butterhead cultivars Karla and Elisa showed the highest media,differing just of cultivars Simpson and Hortência. The vegetative cycle of plants was 70 days and 75 days for each plants group. Keywords: Lactuca sativa L., growth environment, yield. Nos últimos anos têm sido desenvolvidas diversas técnicas de cultivo protegido para hortaliças, visando minimizar riscos e garantir altas produtividades. Com a utilização de diversos ambientes de cultivo e da plasticultura, torna-se necessário avaliar o desempenho produtivo de cultivares nos diversos sistemas de cultivo para auxiliar os produtores nas tomadas de decisões. O cultivo de hortaliças em túneis baixos de polietileno transparente é uma técnica muito utilizada no sul do Brasil. Apresenta muitas vantagens como a ampliação do período de produção por meio do cultivo em épocas que a temperatura do ar, no ambiente externo, não favorece ou impossibilita o seu cultivo; a proteção das culturas ao vento e ao impacto das gotas de chuva; e também possibilita precocidade de colheita, alto rendimento e produtos de melhor qualidade (Robledo & Martin, 1981). Os túneis baixos são utilizados, principalmente em cultivo de espécies de pequeno porte como a alface e o morango. Em comparação às estufas, são estruturas mais fáceis de serem construídas, de menor custo, porém exigem um manejo mais intenso. Para um melhor desempenho dos túneis, de cultivo forçado, estes devem ser manejados de acordo com a região e com a época do ano. Nos dias mais quentes e ensolarados, as laterais são abertas pela manhã e abaixadas à tarde, com a finalidade de não permitir a elevação excessiva da temperatura do ar no seu interior durante o dia e para que a temperatura mínima não atinja valores prejudiciais às plantas durante a noite (Streck, et al., 1994). Em regiões de clima mais frio são utilizadas casas de vegetação ou túneis baixo de cultivo, visando principalmente a manutenção da temperatura a níveis mais elevados. Em regiões mais quentes como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, o objetivo principal da implantação de um sistema de cultivo protegido seria a redução da incidência de pragas e doenças e a proteção física contra as fortes chuvas, sem aumentar a temperatura interna (Caetano et al., 2000).

Segundo Kanazawa, s.d; Silva & Leal, 1997; Mary, 1998, as cultivares de alface diferem quanto a duração do período vegetativo e florescimento, sendo a duração deste estádio influenciada pelo fotoperíodo e principalmente pela temperatura. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo de cultivares de alface no período de inverno-primavera, dos grupos lisa, crespa e americana, utilizando-se o cultivo em túnel baixo, com cobertura do solo com polietileno preto, visando auxiliar no processo de tomada de decisão da cultivar a ser utilizada, neste sistema de cultivo, na região de Jaboticabal-SP. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi conduzido no Setor de Olericultura e Plantas Aromático- Medicinais da FCAV UNESP, Jaboticabal-SP, situado a 21 16 de latitude sul, 48º 19 de longitude oeste e 575 m de altitude, utilizando um delineamento em blocos casualizados, com doze cultivares dos Grupos: Lisa: Babá de Verão, Karla, Nacional e Elisa; Grupo Crespa: Simpson, Hortência, Verônica e Grand Rapids e Grupo Americana: Lady, Tainá, Lucy Brown e Raider, e três repetições. O ambiente estudado foi túnel de cultivo forçado, com altura de 1,5 m, com cobertura do solo com filme de polietileno preto de 25 micra. Cada unidade experimental foi constituída de uma área de 2,16 m 2 (1,20 m x 1,8 m), utilizando-se o espaçamento de 0,30 m x 0,30 m, e, para fins de análise, foram consideradas a média de cinco plantas por parcela. Utilizou-se irrigação localizada, por gotejamento, com quatro linhas por canteiro e espaçamento entre gotejo de 30 cm. As variáveis avaliadas foram: a) massa fresca da parte aérea em gramas (MFPA), b) massa seca da parte aérea em gramas (MSPA), após as plantas serem secadas em estufa com circulação de ar forçado a 65 C até atingirem peso constante, c) número de folhas por planta (NF), contando-se folhas com comprimento superior a 1,5 cm. As mudas foram produzidas em bandejas de 288 células e semeadas em 12 de agosto de 2001, transplantadas em 14 de setembro e colhidas em 22 e 27 de outubro, totalizando um ciclo vegetativo de 70 dias para cultivares dos grupos crespa e lisa, e 75 dias para cultivares do grupo americana.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da análise da variância são apresentados na Tabela 1. Para MFPA, as maiores médias foram observadas para as cultivares do grupo americana (Laidy, Raider, Tainá e Lucy Brown), que não diferiram entre si, e apenas Tainá diferiu da cultivar lisa (Nacional). Para a MSPA, novamente as cultivares do grupo americana (Tainá, Lucy Brown e Raider) apresentaram as maiores médias, diferindo apenas da cultivar do grupo lisa, Nacional. Para NF observa-se que as cultivares do grupo lisa (Karla e Elisa) apresentaram as maiores médias, diferindo apenas das cultivares do grupo crespa (Simpson e Hortência). Tabela 1. Valores de F, Coeficiente de Variação (CV) e médias obtidas na análise de variância para Massa Fresca da Parte Aérea (MFPA), Massa Seca da Parte Aérea (MSPA) e Número de Folhas (NF), de doze cultivares de alface, cultivadas em túnel baixo de cultivo forçado, com cobertura do solo com polietileno preto. FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP, 2001. Estatística Variáveis MFPA 1 MSPA 2 NF 3 F p/ cultivar 2,46 (0,07) 3,62 (<0,01) 3,72 (<0,01) CV (%) 39,53 33,59 26,18 Média das Cultivares: (g/ planta) (g/ planta) (/ planta) Babá de Verão (L) 165 AB 7,04 AB 29,55 AB Karla (L) 175 AB 10,05 AB 33,83 A Nacional (L) 046 B 3,42 B Elisa (L) 118 AB 5,44 AB 21,15 AB 33,33 A Simpson (C) 114 AB 5,98 AB 16,00 B Hortência (C) 157AB 9,83 AB 15,33 B Verônica (C) 218 AB 10,36 AB 20,67 AB Grand Rapids (C) 188 AB 10,57 AB 19,05 AB Laidy (A) 225AB 12,46 AB 17,85 AB Tainá (A) 270 A 13,70 A 19,65 AB Lucy Brown (A) 225 AB 13,28 A 17,60 AB Raider (A) 226 AB 14,81 A 21,55 AB */ Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey; 1 / MFPA: massa fresca da parte aérea; 2 MSPA: massa seca da parte aérea; 3 NF: número de folhas; 2 / L: cultivares do grupo lisa (ciclo de 70 dias); C: cultivares do grupo crespa (ciclo de 70 dias); A: cultivares do grupo americana (ciclo de 75 dias).

LITERATURA CITADA CAETANO L.C.S.; FERREIRA, J. M.; RIBEIRO L.J.; SILVA, M.F.V. Avaliação de cultivares de alface em condições de cultivo protegido no período de inverno. Horticultura Brasileira, Brasília, v.18, 2000. KANAZAWA, H. T. Manejo da estufa. In: Programa de plasticultura para o Estado de São Paulo. São Paulo: AEASP, s.d. p. 33-34. ROBLEDO, F. de P.; MARTIN, L.V. Aplicacion de los plasticos en la agricultura. Madrid: Mundial-Prensa, 1981, 553p. STRECK, N. A.; BURIOL, G. A.; ANDRIOLO, J. L. Crescimento da alface em túneis baixos com filme de polietileno perfurado. Ciência Rural, v.24, n.2, p.235-240, 1994.