COMO ELABORAR PROPOSTAS/ORÇAMENTOS DE PROJETOS INFORMAÇÕES BÁSICAS



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Transcrição:

INFORMAÇÕES BÁSICAS Normas e Procedimentos NP01 1

I INTRODUÇÃO Este instrumento tem a finalidade de auxiliar os Coordenadores de Projetos, docentes da Universidade de São Paulo, na elaboração de propostas/orçamentos de projetos que serão gerenciados pela FUSP. Para apresentação do Projeto, a Coordenação deverá descrever de maneira clara e sucinta o projeto: sua natureza; seu objetivo; a metodologia a ser utilizada; as etapas a serem cumpridas e seu cronograma físico; equipe de trabalho (se necessário a qualificação); a natureza dos resultados a serem obtidos e/ou entregues ao patrocinador do projeto (produtos, protótipos, relatórios, manuais técnicos, recursos de software, bancos de dados, publicações, direitos autorais, patentes, etc.); as obrigações das partes; o motivo da participação da USP, e demais desafios a serem enfrentados. A maior precisão no orçamento será alcançada quando se tem melhor compreensão do projeto, sua natureza, objetivos, metodologia a ser utilizada na obtenção de seus resultados, prazos, e demais fatores que o envolvam. II ELABORAÇÃO DE PROPOSTA/ORÇAMENTO DE PROJETO Na elaboração de proposta de atividades deve-se considerar que a maior parte das mesmas deverá ser executada por profissionais da USP ou a ela ligados. Uma sugestão que se pode adotar está nas possíveis porcentagens de 70% do valor do projeto para uso na USP, ou com pessoas da USP, outros profissionais contratados em CLT ou como autônomos, material permanente, obras ou reformas, custeio, etc., admitindo-se que, da ordem de 30% possam ser destinados a pagamentos a serviços e empresas. Esses percentuais são, contudo, meramente indicativos, cabendo à Coordenação do Projeto adotá-los ou não. Se não for possível adotar os limites aqui sugeridos deverá justificar, à priori, o motivo, devendo se for o caso, basear-se na possível especificidade das ações do projeto. a) Regra Geral: O orçamento detalhado do projeto deverá, necessariamente, ser submetido à prévia apreciação da Diretoria da FUSP antes da sua apresentação ao possível patrocinador do projeto, seja qual for sua natureza ou órgão financiador. A não observância desta regra poderá implicar na recusa da FUSP em gerir atividades do projeto. b) Instrumento Jurídico: Para se iniciar uma atividade de projeto é necessário um instrumento jurídico firmado entre a FUSP e a Entidade/Empresa interessada no desenvolvimento do projeto. Este instrumento poderá ser um convênio; contrato; ordem de serviços ou qualquer outro documento formal estabelecido pelas partes, devidamente acompanhado de uma Proposta/Orçamento. 2

A Diretoria Executiva da FUSP está à disposição para esclarecer e/ou fornecer outros termos dos mecanismos adotados, conforme a necessidade. Quando a USP recebe a incumbência de executar um projeto é devido à sua COMPETÊNCIA PROFISSIONAL, representada por seus docentes, pesquisadores, funcionários e alunos, os quais devem ser mencionados no projeto. Ao fazer o detalhamento do Orçamento/Proposta lembrar que o percentual de 70% deverá ser investido em pessoal, serviços de terceiros e outros na própria USP. A Proposta/Orçamento caracteriza-se como a tradução monetária dos recursos necessários. III ITENS IMPORTANTES NA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA/ORÇAMENTO DE PROJETO Recomenda-se a divisão por atividades, tarefas ou etapas, identificando a natureza e os objetivos de cada uma e a interdependência entre elas. 1. Obrigações Contratuais Grande número de projetos depende, durante a sua realização, de interações com seu patrocinador, seja para obtenção de dados e/ou informações, seja para eventuais ações interativas com outras entidades. Atrasos ou o não atendimento a certos requisitos poderão afetar os prazos, custos e, até mesmo a viabilidade do projeto, dependendo da situação. Uma clara definição das obrigações das partes é, também, fator importante para a plena definição e estabelecimento do orçamento. 2. Prazos Definir um cronograma de atividades, tarefas ou etapas tendo em conta a interdependência entre elas utilizando a unidade de tempo mais adequada ao projeto (dia, semana ou mês). Para o estabelecimento de prazos do projeto deve-se considerar: tempo necessário para obtenção dos recursos necessários; fase de contratação de bens e serviços (definição, fabricação, prazos de entrega, trâmites burocráticos de processos licitatórios ou de importação quando for o caso); 3

eventuais atrasos por parte de fornecedores; períodos de férias, condições climáticas e/ou outras situações que possam afetar na execução das atividades. 3. Recursos Necessários Definir, tão detalhadamente quanto possível, as quantidades físicas, especificação ou qualificação de todos os recursos necessários em cada etapa, fase ou tarefa, procurando estabelecer a época ou as datas em que se tornarão essenciais. O cronograma de execução (prazos) assim estabelecido servirá para a elaboração do cronograma de desembolsos (pagamentos) devem estar adequados ao cronograma de recebimentos para manter o equilíbrio financeiro durante a execução projeto. A maioria dos projetos requer, entre outros, os seguintes tipos de recursos para a sua realização: pessoal científico, pessoal técnico, pessoal administrativo; material de consumo; equipamentos e material permanente; serviços de terceiros viagens e estadas; material bibliográfico; 4. Preços e Reajustes Os custos do projeto devem ser estabelecidos conforme pesquisas e coletas de preços, observando sempre a definição de data-base da coleta, se atual ou se futura, consequentemente os devidos ajustes. Em geral, estima-se que os preços dos insumos são reajustados de acordo com índices de inflação, entretanto, deve-se ter cautela com preços que não sofreram reajustes por um determinado tempo; condições sazonais ou por outro motivo, pois nestes casos, os reajustes tendem a ser maiores. Nestas condições, a coleta de preços deve incorporar questões que possam indicar esta tendência e ajustar o orçamento adequadamente. Em contratos cuja duração é maior que 12 meses, a legislação brasileira permite, desde que expressamente inserido no contrato, reajustes de preços com periodicidade anual. Isto implica na necessidade de se prever os efeitos da inflação de custos durante os intervalos em que a receita não possa ser reajustada. Guardadas as devidas proporções, o mesmo acontece quando a formula de reajuste não atende adequadamente à expectativa de elevação de custos. As elevações de custos do projeto podem ser diferentes dos índices de inflação. 4

Lembre-se que os índices de inflação previstos nas fórmulas de reajuste são sempre de inflação passada e não refletem a elevação dos custos quando da realização dos gastos. Deve-se levar em conta, ainda, que as estimativas dos gastos futuros envolvem incertezas de todas as espécies e, portanto, devem ser acrescidas de uma adequada margem de segurança. Infelizmente, não se dispõe de um número ou fórmula mágica para a quantificação dessa margem de segurança. É comum haver situações em que a realização do projeto inclui o atendimento às diversas exigências dos patrocinadores dos projetos, tais como reuniões de coordenação, relatórios gerenciais ou de andamento, relatórios parciais ou finais, etc. Os custos envolvidos com tais atividades devem ser orçados adequadamente. 5. Despesas do Projeto No cômputo orçamentário, observar as despesas com: 5.1. Contratação de Pessoal O pessoal necessário ao projeto poderá ser contratado, conforme o caso, sob o regime da CLT Consolidação das leis do Trabalho por tempo indeterminado. Em certos casos, poderão ser admitidas contratações de profissionais autônomos (Pessoa Física) - sem vínculo empregatício, porém este tipo de contratação deverá ser para trabalhos especificamente técnicos devidamente descritos de forma clara e objetiva em plano de trabalho/atividades. 5.1.1 Pessoal Autônomo: Contratação de Serviços prestados por Pessoa Física. Qualquer contração de autônomos sem vínculo empregatício, esporádico ou não, com tempo determinado, sempre será mediante contrato de prestação de serviços, e há encargos de 20% sobre o valor dos serviços lembrando que este percentual não inclui os impostos a serem descontados na fonte da remuneração paga ao pessoal (ex: imposto de renda, INSS e Imposto sobre Serviços (a menos que o interessado tenha registro na prefeitura e comprove estar em dia com pagamento desse imposto). 5.1.2 Pessoal Celetista: Sob o regime de trabalho CLT a) Trabalho por tempo indeterminado: Em contratos desta natureza, no regime da CLT, os custos dos encargos sociais dependem do tempo que o empregado permanecer na empresa. Para duração maior que um ano, a incidência dos encargos sociais é da ordem de 80% mais os benefícios. Nos casos em que ocorrerem dispensas de empregados antes de se completar um ano, o percentual de encargos sociais sobre a remuneração aumenta na proporção inversa da duração do contrato de trabalho. 5

O pessoal celetista adquire vários direitos trabalhistas, cujo pagamento ocorre, freqüentemente, na rescisão do contrato de trabalho (ex.: férias não gozadas, décimo terceiro salário, etc.). A incidência de encargos sociais sobre a remuneração no caso pessoal celetista é de 80% mais benefícios tais como Vale Transporte (obrigatório e na forma da lei) e Vales Refeição e Vale Alimentação (facultativos e a critério da Coordenação). b) Trabalho por tempo determinado: Em Contratos por tempo determinado poderão ser feitos por prazo de até dois anos. Quando o contrato for feito por prazo inferior a dois anos, este poderá ser renovado só uma única vez e até completar o prazo mencionado. Os encargos sociais são semelhantes aos incidentes aos contratos por tempo indeterminado. Nestes casos, o encerramento do contrato no final do seu prazo não gerará nenhum custo adicional, mas se a rescisão for antecipada implicará em multa equivalente a 50% de toda remuneração que o empregado teria até o término do prazo contratual. Relembrando: Tanto para o pessoal celetista como pessoal autônomo, os percentuais acima mencionados não incluem os impostos retidos na fonte sobre a da remuneração paga - ex: Imposto de Renda, INSS e ISS (a menos que o contratado tenha registro na prefeitura e comprove o recolhimento regular desse imposto). c) Bolsistas: Não há qualquer tipo de desconto sobre bolsa. Bolsistas de graduação ou pós-graduação terão contratos baseados em Planos de Pesquisa e deverão estar participando regularmente de cursos de entidade de nível superior e apresentar documento comprobatório de sua matricula efetiva como aluno regular. As modalidades, tipo e respectivos valores mensais de bolsas podem ser consultados na tabela NP08_BOL01_Tabela de Valores de Bolsas. d) Pesquisadores/Docentes da USP Estes são considerados como profissionais autônomos. Se seu regime de trabalho na USP for RDIDP devem solicitar autorização da CERT para participação em atividades de projetos. As Resoluções 4542 e 4543 e alterações posteriores publicadas pela Reitoria devem ser observadas. O credenciamento junto à CERT é obrigatório. www.usp.br/cert/ 6

Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo Em alguns projetos, os patrocinadores exigem um ofício/carta da entidade executora, assinado pelo Diretor da Unidade, a cada prestação de contas, informando da liberação de docentes para dedicação de atividades em projetos, indicando nomes e número mensal de horas trabalhadas de cada um. OBS: O pagamento deverá ser efetuado como Pessoa Física. 5.2. Material de Consumo Incluem-se neste item, todos os materiais de consumo, sejam eles peças, componentes ou matérias primas para construção de protótipos, reagentes, sejam aqueles destinados ao processamento de dados, escritório, desenhos, pequenas ferramentas ou as de desgaste rápido, materiais para limpeza, manutenção e reparos de instalações e equipamentos, roupas profissionais, combustíveis e lubrificantes, etc. Materiais como pequenas ferramentas, grampeadores, porta-lápis, apontadores, caixas de entrada e saída e outros materiais de longa duração, mas de valor reduzido, são também classificados com materiais de consumo. 5.3. Material a ser importado Quando de tratar de materiais importados (não adquiridos no mercado nacional), devem ser acrescentadas ao custo FOB, as despesas de importação, tais como: frete internacional e frete local, seguro de transporte, despesas bancárias de remessa de numerário ao exterior, desembaraço alfandegário, etc. (atenção: estes gastos podem variar significativamente dependendo do valor, peso, volume, cuidados especiais no transporte e manuseio, etc. Antes de qualquer lançamento de previsão de importação no Orçamento/Proposta, recomenda-se ler atentamente o Regulamento de Licitações e Contratos da FUSP e a NP06_ IMP00 e se restar dúvidas, entrar em contato com a Setor de Importação da FUSP. Os custos com material importado incluem além do valor do material, despesas com transporte, seguro, desembaraço alfandegário, armazenagem, transporte local, serviços de despachante, etc. Considere que preços no exterior, também, estarão sujeitos a inflação e variação nos custos em decorrência da flutuação de taxas cambiais no mercado internacional. Além dos materiais mencionados no item 4.3, incluem-se neste item, todos os equipamentos e outros materiais, cuja utilização está prevista durante a execução das atividades propostas, os quais deverão ser adquiridos fora do território nacional. 7

Sendo assim, quando houver importação, é recomendável a compra de uma quantidade adicional de material para atender a eventuais necessidades extras, uma vez que a importação isolada desse adicional pode ser extremamente onerosa. 5.4. Material Permanente Este item inclui todos os equipamentos, máquinas, mobiliário, etc. indispensáveis ao desenvolvimento dos projetos. São itens de vida útil prolongada. Nos casos em que estes itens tiverem que ser importados, aplica-se aqui as mesmas observações relativas ao material de consumo importado. No caso de material permanente, a recomendação é, também, comprar jogos extras de peças de reposição. Quando se tratar de itens a serem locados ou emprestados, inclusive pertencentes à FUSP ou à USP, os valores da locação ou dos recolhimentos devidos à FUSP ou à USP deverão ser orçados no item Serviços de Terceiros. 5.5. Serviços de Terceiros Esta rubrica comporta despesas como serviços de processamento de dados prestados por terceiros, inclusive de softwares, consultoria, seguros contra incêndio, roubo de materiais, de equipamentos e/ou de instalações, seguro de vida e de acidentes, manutenção e reparos de equipamentos e/ou de instalações feitos por terceiros, aluguéis, traduções, pessoal extra para serviços eventuais, serviços de limpeza e segurança, serviços de instalações elétricas e hidráulicas, instalação de aparelhos de ar condicionado, de sistemas telefônicos, colocação de divisórias, reformas de instalações físicas, etc. Relembrando que estes serviços, quando prestados por terceiros - pessoas físicas (autônomos), sofrem a incidência dos encargos sociais de 20%. Caso haja necessidade de contratação de serviços de terceiros de estrangeiros, é vedada por lei, a contratação de estrangeiros portadores de visto de entrada no País como turista. O Visto tem que ser temporário ou de trabalho. 5.6. Viagens e Estadas Este item inclui despesas com passagens, hospedagem, transporte local (taxi, ônibus, etc.), refeições, etc. e despesas com obtenção de passaportes, vistos de entrada não podem ser reembolsadas. As despesas de viagem serão reembolsadas mediante apresentação de comprovantes hábeis, tais como: Notas Fiscais de hotéis, de restaurantes, tickets de passagens, recibos de táxi, etc., ficando dispensados da apresentação de comprovantes, somente aqueles para os quais não são fornecidos comprovantes, 8

como alguns casos de transporte coletivo urbano e outros. Taxas envolvidas não são permitidas para fins de reembolso. A FUSP só poderá legalmente fornecer recursos financeiros como Diárias, apenas para seus empregados contratados sob regime CLT, mas por uniformidade de procedimentos, adota para todos a mesma regra, isto é, todos têm que comprovar as despesas realizadas. 5.7. Material Bibliográfico Esta rubrica comporta despesas com aquisição de literatura técnica, tais como: livros, manuais, revistas, proceedings de congressos e demais publicações a serem utilizados no projeto. Quando se tratar de material didático como livros, apostilas e outros destinados a distribuição aos alunos em cursos deverão ser classificados na rubrica Material de Consumo. 5.8. Incidencias de Taxas 5.8.1 Incidências de Taxas: São aplicadas sobre o valor global do projeto. Destinação Taxa FUSP Recolhimento à USP Recolhimento à Unidade* Recolhimento ao Departamento* ISS- Imposto S/Serviços Instrução Consultar a Gerência/Diretoria da FUSP. Consultar as Resoluções da Reitoria da USP nºs. 4542 e 4543 e atualizações. Os valores serão destinados ao Fundo Único de Promoção à Pesquisa, à Educação, à Cultura e à Extensão Universitária da USP FUPPECEU-USP. Serão retidos quando da entrada de recursos na conta do projeto. O percentual é estabelecido pela própria Unidade. O percentual é estabelecido pela próprio Departamento. Será recolhido (5%) à Prefeitura Municipal de São Paulo-PMSP, exceto quando se tratar de projetos de pesquisa/desenvolvimento, alíquota será de (2%). (*) Quanto aos valores relacionados com a Unidade/Departamento caberá à Coordenação de projeto, e será de sua única e exclusiva responsabilidade, informar os percentuais estabelecidos pela Unidade/Departamento. 9

5.8.2 Despesas Gerenciais da FUSP Será retido diretamente toda vez que houver entrada de recursos na conta do projeto. De acordo com o valor anual do projeto, o percentual corresponderá a 5%, 8% ou 10%, sempre obedecendo à tabela vigente aprovada pelo Conselho Curador. Consulte a tabela e em caso de dúvida consulte a Gerência/Diretoria da FUSP. 5.8.3 Sobre itens de investimentos não haverá cobrança. 5.9. Outras despesas Devem ser considerados os valores do ISS - Imposto Sobre Serviços que são cobrados pela Prefeitura de São Paulo, cuja alíquota é aplicada no valor global do projeto. Em Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento-(P&D)...2% Outros Projetos...5% 6. Como Calcular o Valor a ser Cobrado 6.1 Primeiramente apura-se o total dos custos diretos, assim considerados todos os custos com pessoal e serviços de terceiros, incluindo encargos sociais, materiais de consumo, materiais permanentes e equipamentos, viagens, material bibliográfico e todas as outras. 6.2 Em seguida apura-se a soma dos percentuais devidos ao FUPPECEU, à Unidade e ao Departamento, à FUSP, e incidência de ISS e a correspondente expressão numérica em forma decimal (ex. 30% corresponde a 0,3 em sua forma decimal). 6.3 Divide-se o total dos Custos Diretos por (1 soma dos percentuais acima, em sua forma decimal). O resultado obtido é o valor a ser cobrado do patrocinador do projeto. Esse valor total poderá ser comprovado aplicando-se a ele o percentual total de taxas e apurando-se o valor líquido que deverá corresponder ao total dos Custos Diretos. 7. Cronogramas de Desembolsos e de Recebimento Uma vez estabelecido o orçamento global ou o preço do serviço, elaborar um cronograma de desembolsos com base nas datas de realização dos gastos para se determinar o cronograma de recebimentos. Cuidado especial deve ser tomado ao se estabelecer o cronograma de recebimentos, precavendo-se de algum e inevitável atraso na liberação dos pagamentos por parte dos patrocinadores dos projetos. 10

8. Reajustes de Preço Já comentado anteriormente, os reajustes de preços são mecanismos para recompor perdas passadas e a legislação brasileira atual só permite reajustes com periodicidade anual. A experiência demonstra que a aplicação de fórmulas baseadas em alguns índices de preços ou de inflação, dificilmente recompõe totalmente o poder aquisitivo da moeda da época da elaboração e orçamento. Assim, quanto maior for a duração do projeto, maior será a necessidade de se prever no custo inicial do projeto uma margem destinada à cobertura dessa perda. Alternativamente, poderão ser previstos no contrato algumas condições para revisão dos custos no escopo do projeto. 9. Autorizações Mínimas da USP para realização do projeto A realização de projetos através da FUSP se sujeita às seguintes autorizações mínimas: a) No caso de projetos de interesse de docentes, de um dado laboratório ou de um grupo de pesquisa é necessária a autorização do Departamento da Unidade a que o docente, laboratório ou grupo pertence; b) No caso de projetos de interesse de Núcleos de Pesquisa ou de Cultura e Extensão, a aprovação mínima será a do Pró-Reitor da respectiva área. 10. Considerações Finais Quando se elabora um orçamento para um novo projeto é indispensável calcular os valores com uma margem de folga, pois é inevitável o surgimento de imprevistos. No entanto, o coeficiente de segurança não poderá ser muito grande sob a pena de tornar o projeto tão caro que inviabilize a sua execução. Antes de apresentar formalmente a proposta, procure saber qual a verba disponível e qual a flexibilidade na sua reavaliação. Se a verba for insuficiente para a execução de todo o projeto, proponha a execução de parte do serviço. Se essa parte for bem executada, as possibilidades de viabilização de novos recursos para a complementação do projeto serão maiores. Em geral, somente os valores totais do orçamento global devem ser apresentados ao cliente. O orçamento detalhado deve ser guardado para futura utilização visando ao controle dos gastos na execução do projeto. Em caso de dúvida, a Gerência/Diretoria Executiva da FUSP estará à disposição para quaisquer esclarecimentos. 11