ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: FUNCIONAMENTO DE UMA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO ESTADO DO TOCANTINS

Documentos relacionados
Trabalho Completo - XXIV Encontro de Pesquisa Educacional do Nordeste - Reunião Científica Regional da ANPEd (2018) GT15 - Educação Especial

IV Seminário do Grupo de Pesquisa Deficiências Físicas e Sensoriais Faculdade de Filosofia e Ciências 26 e 27 de fevereiro de 2018 ISSN

Políticas públicas intersetoriais: como garantir o acesso e a permanência de pessoas com deficiência na escola

O ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM SURDEZ E CEGUEIRA NO MUNICÍPIO DE CACOAL - RO

CURSO: Pedagogia DISCIPLINA: Educação Inclusiva PROFESSORA ESP.: Glenny Gomes de Holanda

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Edital Nº 01 de 26 de abril de 2007.

DECRETO 7611/2011 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências

I - Apresentação. II - Marcos históricos e normativos SÚMULA: POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

RESOLUÇÃO Nº 030/2016 DE 17 DE JUNHO DE 2016

REGULAMENTAÇÃO INTERNA NÚCLEO DE APOIO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECÍFICAS NAPNE \CAMPUS BARREIRAS

DOCUMENTO ORIENTADOR PROGRAMA IMPLANTAÇÃO DE SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

O Atendimento Educacional Especializado - AEE

ATENA CURSOS MARGUETE DAL PIVA LONGHI. A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL: entre o ideal e o real. Passo Fundo

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO PROCESSO DE INCLUSÃO EM ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DA CIDADE DE PATOS- PARAÍBA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Julho de 2018

PLANO ANUAL DE ATIVIDADES 2016 NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE DA UFES

A PRÁTICA DE ENSINO NO ÂMBITO DO AEE. Keline Mayra de Santana; Claudia Danielle Oliveira de Lima; Rosiane Francisco da Silva

O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DO INTERIOR DO MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISE DOS ASPECTOS INCLUSIVOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001/2016

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE PATOS/PB

SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS: UM ESTUDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DE AVANÇO COGNITIVO PARA O ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

O USO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA EM SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DO MUNICÍPIO DE DOURADOS-MS

TECNOLOGIA ASSISTIVA - UM TEMA EM ASCENÇÃO Aplicação de Recursos de Tecnologia Assistiva na Educação

Palavras-chave: Educação Especial/Educação Inclusiva, Atendimento Educacional Especializado e Políticas Públicas.

Palavras-chave: Deficiência Intelectual, aluno, inclusão. Introdução

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: TECNOLOGIA ASSISTIVA E A COMUNICAÇÃO

DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA ALIADO AO USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NO ATENDIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL.

PROPOSTA DE PROJETO DE ENSINO

A IMPLANTAÇÃO DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS NA REDE PÚBLICA DE ENSINO EM CAMPO GRANDE-MS

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES EDUCACIONAIS DO (A) ALUNO (A) DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DAS ESCOLAS ESTADUAIS DE MACEIÓ/ALAGOAS

A ESCOLA REGULAR E OS DESAFIOS DA INCLUSÃO: ASPECTOS CONCEITUAIS E OPERACIONAIS

TECNOLOGIA ASSISTIVA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO

CONHECIMENTO DOS PROFESSORES ACERCA DA TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO REGULAR

Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: DO DIREITO À EDUCAÇÃO

NOME DO CURSO: O uso pedagógico dos recursos de Tecnologia Assistiva Nível: Aperfeiçoamento Modalidade: Presencial

SISTEMA PARA COACHING DE BRAILLE

Marcilene França da Silva (1); Eva Lídia Maniçoba de Lima (2)

ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA

NOME DO CURSO:O uso do sistema de FM no ambiente escolar Nível: Aperfeiçoamento Modalidade: Presencial

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS: FERRAMENTAS PARA USO DO COMPUTADOR

PEREIRA, Ana Célia da R. Autora Professora da Escola Municipal Prof. Anísio Teixeira

EDUCAÇÃO ESPECIAL EM OSASCO: DAS CLASSES ESPECIAIS AO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Da inclusão: Incluir por incluir?

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA ASSITIVA COMO UMA PRÁTICA INCLUSIVA NA FORMAÇÃO ACADEMICA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA PARTICULAR: VISÃO DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA.

NOME DO CURSO: Atendimento Educacional Especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva Nível: Aperfeiçoamento Modalidade: Presencial

RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO AÇÕES EDUCACIONAIS INCLUSIVAS

Palavras-chave: Educação Física. Produção Colaborativa de Práticas Corporais Inclusivas. Alunos público alvo da Educação Especial. 1.

Rodrigo Machado Merli Diretor Escolar da PMSP Pedagogo Didática de Ensino Superior PUC/SP Estudante de Direito

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO ESPECIALIZADO NAPE FACULDADE DE CALDAS NOVAS - UNICALDAS APRESENTAÇÃO

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NA EDUCAÇÃO: Ferramentas Facilitadoras de Inclusão Digital

Caderno 2 de Prova PR08. Educação Especial. Professor de. Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria Municipal de Educação. Edital n o 003/2009

UM ESTUDO SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DAS SRMs DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA CONSELHO SUPERIOR - CONSUP RESOLUÇÃO Nº 09, DE 28 DE MARÇO DE 2016

INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL. GT 05 (Comunicação Oral)

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

NOME DO CURSO: Atendimento Educacional Especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva Nível: Especialização Modalidade: Presencial

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADA À INCLUSÃO SOCIAL

A INCLUSÃO E O COTIDIANO NA E DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS NO CEPROCAMP/FUMEC

HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA PERSPECTIVA DA SAÚDE

Anexo B DEMONSTRATIVO DA INFRAESTRUTURA FÍSICA (IMÓVEL) IMÓVEL LOCALIZADO À xxxxxxxxxxxxx

Projeto de Pesquisa em Adaptação de Materiais Didáticos Especializados para Estudantes com Necessidades Especiais

Os direitos da pessoa com TEA e a prática da inclusão na Rede Municipal de Educação de Feira de Santana. Jayana Ribeiro Secretária de Educação

POLITICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL: SISTEMAS EDUCACIONAIS INCLUSIVOS E O TRABALHO EM REDE

GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NO ENSINO DA CARTOGRAFIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Ana Mayra Samuel da Silva, Elisa Tomoe Moriya Schlünzen, Ana Virginia Isiano Lima, Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos, Denner Dias Barros

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PROCESSO SELETIVO PARA ADMISSÂO DE PROFESSORES EM CARÁTER TEMPORÁRIO 2017

343 de 665 VIII SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS ISSN

SALA DE AULA EM SITUAÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

5. ANEXO DO PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL Ano letivo: Escolha um item.

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA

UMA REFLEXÃO SOBRE AS CONCEPÇÕES DE ESTÁGIO CURRICULAR E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O FUTURO LICENCIADO EM CIÊNCIAS AGRÍCOLAS.

INCLUSÃO ESCOLAR- O QUE A SALA DE RECURSOS TEM A VER COM ISSO?

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO BÁSICA RBEB

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM LEITURA E ESCRITA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO: ESTRATÉGIAS E DIFICULDADES DOS PROFESSORES

SABERES DOCENTES: ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO USO DOS RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

Tecnologia Assistiva: promoção da funcionalidade e independência da pessoa com deficiência intelectual

ATENDIMENTO EDUCATIVO ESPECIALIZADO COMO FACILITADOR DA INCLUSÃO: AEE E ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓICA JUNTO A ALUNOS COM DÉFICIT COGNITIVO

Caderno 2 de Prova AE02. Educação Especial. Auxiliar de Ensino de. Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria Municipal de Educação

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA EM POLÍTICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS

A PROVINHA BRASIL SOB A ÓTICA DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES

Material elaborado pela professora Tásia Wisch - PNAIC

INCLUSÃO ESCOLAR DE UMA CRIANÇA COM TEA: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA PAULO FREIRE 1

EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE ATENDIMENTOS A PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS

Parte 1 Código / Área Temática. Educação Especial

Plano de Acessibilidade Plano de promoção de acessibilidade e atendimento às pessoas

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Palavras-chave: Educação especial. Inclusão escolar. Atendimento educacional especializado.

Algumas discussões relacionadas à educação inclusiva no contexto social e principalmente o escolar

Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Três Corações Minas Gerais Julho de 2011

APRENDENDO E ENSINANDO NO ESTAGIO SUPERVISIONADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS. Uma instituição do grupo

O TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: ANALISE, REFLEXÃO E FORMAÇÃO EM FOCO.

ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE BRAGANÇA/PA

Caderno de Prova 2 PR08. Educação Especial. ( ) prova de questões Objetivas. Professor de

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: CONSTRUINDO CONHECIMENTOS COM PROFESSORES DA REDE PÚBLICA FUNDAMENTAL DE ENSINO

Transcrição:

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: FUNCIONAMENTO DE UMA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO ESTADO DO TOCANTINS Juniara Alves Nogueira 1 Dra. Adriana Garcia Gonçalves 2 INTRODUÇÃO Com o envolvimento dos governos e da comunidade, o movimento da inclusão foi ganhando espaço no âmbito escolar. De acordo com o documento da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008): O movimento atual pela inclusão é uma ação política, cultura, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentada na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstancias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola (p. 05). A inclusão de alunos público alvo da educação especial vem ocorrendo de forma gradativa, uma vez que se deve pensar na inclusão enquanto processo e não o fim em si mesmo. A escola precisa passar por inovações, por processos de adequação, como consta na lei para garantir a acessibilidade e a inclusão de todos os alunos. Conforme Glat (2007) apud Vitta (2011): A inserção de alunos com deficiências e outras condições que afetam a aprendizagem no ensino regular tem sido denominada genericamente, Educação Inclusiva, até mesmo na legislação. Entretanto, como visto, esse processo pode ocorrer por dois modelos educacionais conceitualmente distintos: Interação e Inclusão Escolar ou educação Inclusiva, propriamente dita. O primeiro caso também previa a escolarização de alunos com deficiências (geralmente oriundos do ensino especial) em classes comuns, porem eles só eram integrados na medida em que demonstrassem condições para acompanhar a turma, recebendo apoio especializado paralelo. Na proposta atual, esses alunos, independentemente do grau de comprometimento, devem ser absorvidos diretamente nas classes comuns do ensino regular, cabendo à escola a responsabilidade de se transformar, principalmente no que diz respeito à flexibilização curricular, para dar a resposta educativa adequada às suas. (GLAT, 2007, p. 24, apud, VITTA, 2011, p. 57). 1 Discente do curso de Pedagogia Universidade Federal do Tocantins UFT. 2 Doutora em Educação pela Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP campus de Marília. Docente do curso de Licenciatura em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. e-mail: adrigarcia33@yahoo.com.br 3343

Na educação inclusiva há a exigência que todas as pessoas, tanto no meio educacional, quanto no social devam participar e contribuir com o processo de ensino/aprendizagem dos alunos público alvo da educação especial. Sendo assim, a escola deverá propiciar o atendimento educacional especializado (AEE), de modo a atender todas as diferenças, no sentido de minimizar as dificuldades e propiciar apoio à escolarização. Nesse sentido, a educação deve, antes de tudo, pensar em uma escola que promova o ensino de qualidade. Para tanto, é necessário que haja a formação docente, entre todas as pessoas envolvidas na educação dessas crianças, jovens e adultos com deficiência. É necessário também pensar na elaboração de currículos a partir de uma pedagogia inclusiva, promovendo desta forma a interação de alunos público alvo da educação especial com os demais alunos. A educação dos alunos público alvo da educação especial ainda passa por grandes dificuldades quanto à aceitação dessas pessoas nas escolas regulares, pois efetivamente a escola deve romper com a homogeneização e ir ao encontro do respeito à diversidade. No documento da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é destacado que tal educação se depara com dificuldades e tropeçam no encontro com a diferença e a exclusão, sendo que o processo de democratização da educação sofreu grandes desafios, pois como é possível conceber uma educação que privilegia apenas um grupo de pessoas, sendo ela seguidora de uma ordem social. De acordo com o Documento Orientador do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais: As salas de recursos multifuncionais devem manter seu efetivo funcionamento, com oferta do atendimento educacional especializado AEE, aos estudantes público alvo da educação especial, matriculados em classes comuns do ensino regular, devidamente registrados no Censo Escolar MEC/INEP (BRASIL, 2010, p. 20). Entende-se então à importância do atendimento educacional especializado nas escolas regulares, podendo assim oferecer aos alunos público alvo da educação especial um atendimento complementar ou suplementar ao ensino da sala de aula regular em horário oposto o da mesma. Nessa direção, a norma técnica SEESP/GAB/Nº 11/2010 do Ministério da Educação e Secretaria de Educação Especial apresenta a seguinte orientação, em seu artigo 10: Determina que o Projeto Político Pedagógico da escola deve institucionalizar a oferta do AEE, prevendo na sua organização: I - salas de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; II matricula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola; III cronograma de atendimentos dos alunos; IV plano de AEE: identificação das necessidades educacionais especificas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; V professores para o exercício da docência do AEE; VI profissionais da educação: tradutores e intérprete da Língua Brasileira de Sinais, guia intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção; VII redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE (BRASIL, 2010, p. 03). 3344

O atendimento educacional especializado (AEE) enfatiza a oportunidade para a inclusão em escolas públicas dos alunos público alvo da educação especial. Recebendo como apoio as salas de recursos multifuncionais, com professores capacitados para trabalhar as especificidades de cada um, quer sejam elas, física, intelectual, visual, auditiva, transtorno global de desenvolvimento, altas habilidades/superdotação. As salas de recursos multifuncionais foram criadas para os professores trabalharem em horários diferentes ao da sala regular, com alunos que precisam de atendimento educacional especial. Segundo Manzini (2011), as salas de recursos multifuncionais (SRM) foram arquitetadas para fornecer atendimento especializado no interior da escola (p. 01). Tais salas servem de apoio à educação inclusiva, onde professores especializados devem ajudar a oferecer atendimentos necessários a todas as crianças, jovens e adultos de acordo com as suas necessidades. No Documento Orientador do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, destaca-se a composição disponível nas SRM, sendo eles: Equipamentos: 02 computadores, 02 estabilizadores, 01 impressora multifuncional, 01 roteador wareless, 01 mouse com entrada para acionador, 01 acionador de pressão, 01 teclado com colméia, 01 lupa eletrônica, 01 notbook 01 impressora Braille pequeno porte, 01 scanner com som, 01 maquina de escrever em Braille. Mobiliários: 01 mesa redonda, 04 cadeiras para mesa redonda, 02 mesas para computador, 02 cadeiras giratórias, 01 mesa para impressora, 01 armário, 01 quadro branco. Materiais didáticos pedagógicos: 01 software para comunicação aumentativa e alternativa, 01 esquema corporal, 01 sacolão criativo, 01 quebra cabeças de superpostos sequência lógica, 01 bandinha rítmica, 01 material dourado, 01 tapete alfabético encaixado, 01 dominó de associação de idéias, 01 memória de numerais, 01 alfabeto móvel e sílabas, 01 caixa tátil, 01 kit de lupas manuais, 01 alfabeto braille, 01 dominó tátil, 01 memória tátil, 01 plano inclinado suporte para livro 01 globo terrestre tátil, 01 calculadora sonora, 01 kit de desenho geométrico, 02 regletes de mesa, 04 punções, 02 soroban, 02 guias de assinaturas, 01 caixinha de números, 02 bolas com guizo (BRASIL, 2010, p. 16). É importante ressaltar que a cada ano, de acordo com as necessidades do município, os materiais, recursos e equipamentos devem ser alterados, tendo em vista a necessidade da qualidade para o atendimento dos alunos com as diferentes necessidades. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar o funcionamento de uma sala de recursos multifuncionais de um município de pequeno porte do Estado do Tocantins. MÉTODO A coleta de dados foi realizada em um município de pequeno porte do interior do Tocantins, que de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (2011), contava com uma população de 20.567 habitantes no ano de 2010, e de acordo com Gonçalves e Soares (2010) a Secretaria Municipal de Educação possuía duas salas de recursos multifuncionais (SRM) mantidas pela Secretaria Municipal de Educação. 3345

Portanto, o local para coleta de dados ocorreu em uma Escola Municipal que mantinha duas SRM, sendo uma no período da manhã e outra no período da tarde. A coleta de dados aconteceu no segundo semestre de 2012. Participaram deste estudo as duas professoras das SRM. A princípio foi realizado contato com a Secretaria Municipal de Educação por meio da pessoa responsável pela Educação Especial do município que permitiu a realização do estudo. Em seguida, já no interior da escola e com autorização da Secretaria Municipal da Educação, as duas professoras foram abordadas e consentiram com a pesquisa por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Assim, a coleta foi iniciada e o procedimento utilizado para coleta de dados foi a observação nas SRM, sendo realizadas cinco observações durante todo o período de aula em cada SRM, totalizando um total de 10 observações. Neste sentido, cabe apontar que, Observar é um processo e possui partes para seu desenrolar: o objeto observado, o sujeito, as condições, os meios e o sistema de conhecimentos, a partir dos quais se formula o objetivo da observação. (BARTON; ASCIONE, 1984, apud, BELEI, et al., 2008, p. 191). O objetivo da observação neste estudo foi o de buscar informações acerca das práticas pedagógicas, dos recursos disponíveis, ou seja, da rotina instituída nas SRM. Para isso, foi utilizado um diário de campo com roteiro pré-estabelecido para garantir que as informações mais pertinentes sejam registradas. O roteiro consistiu em identificação, contendo número de crianças atendidas, espaço físico utilizado, materiais disponíveis, atividades desenvolvidas pelos alunos, prática pedagógica da professora, rotina diária. Desta forma, o diário de campo representou um instrumento que permitiu sistematizar as ações observadas nas SRM de uma escola municipal de uma cidade do interior do Tocantins para posteriormente os resultados serem analisados. A análise dos dados foi organizada por meio de quatro categorias, sendo: ambiente físico, recursos disponíveis dinâmica de atendimento aos alunos e atuação da professora e atividades pedagógicas realizadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO A primeira categoria analisada referiu-se ao Ambiente físico: Foi possível observar que nas SRM da Escola Municipal falta espaço e iluminação adequados, embora na sala haja quatro lâmpadas, somente uma funciona. Assim, a sala não apresenta iluminação adequada. A mesma possui duas janelas e uma fica fechada com uma cortina por cima para bloquear a entrada de luz solar, evitando que o ambiente fique com temperatura elevada, mas, impede a claridade do ambiente. O registro das observações em diário de campo indica que: A Sala de Recursos Multifuncionais da Escola Municipal, continha duas janelas e uma porta, quatro lâmpadas, porém só funcionava uma, as paredes eram pintadas de duas cores, metade branca e metade azul escuro, havia também nas paredes recortes de números, de alfabeto, vogais, desenhos de relógio, árvore, mostruário dos 3346

números e alfabeto em Braille, tendo um espelho na parede e quadro negro, e no chão um carpete (Diário de campo 27/08/2012). Em relação ao espaço, este é pequeno, cerca de 20m², pois comportava vários móveis e materiais como, por exemplo, armário, estantes, mesas, cadeiras, computador, televisão, brinquedos e materiais didáticos. Assim, é possível perceber que há maior dificuldade de receber alunos em cadeira de rodas, pois fica muito difícil o manejo e a circulação da mesma neste ambiente. A segunda categoria é possível mencionar acerca dos Recursos Disponíveis: Quanto aos recursos pedagógicos, a SRM possui: recursos de baixa tecnologia assistiva, sendo quebra cabeça de madeira, sequência lógica, globo terrestre em relevo, materiais didáticos em Braille, um mouse adaptado com plug e um acionador, colmeia para teclado e um computador. Embora haja alguns recursos e materiais adaptados não estão disponíveis todos aqueles elencados no Documento Orientador do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais (BRASIL, 2006). Além disso, falta orientação para as professoras quanto ao uso destes recursos. É possível tal constatação, pois durante a observação realizada, foi perceptível a falta de conhecimento das professoras quanto à utilização da maioria dos recursos que estava disponível na sala e muito pouco eram utilizados pelas professoras. Neste sentindo, é importante salientar que o uso de tais recursos é de suma importância para a superação das necessidades, tanto educacionais, quanto para a vida cotidiana dos alunos. Segundo Bersch (2008), a utilização dos recursos para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis (p. 2). Deste modo, ressaltar-se a relevância de saber como trabalhar com tais recursos de Tecnologia Assistiva (TA), pois tais recursos proporcionarão autonomia e melhores condições para alcançar a escolarização. O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) em dezembro de 2007 aprovou por unanimidade o seguinte conceito de TA: Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (CAT, 2007, p.03). Assim, é indispensável que o professor da SRM conheça e saiba implementar tais recursos para contribuir com o processo de ensino e aprendizagem do aluno público alvo da educação especial. A terceira categoria estabelecida foi acerca da Dinâmica de atendimento aos alunos: Nas primeiras observações realizadas nas SRM, foi possível constatar que a sala não se encontrava conforme orientações dos documentos oficiais. E as professoras não possuíam formação específica para atuarem nestas salas. Não acontece de forma sistemática o atendimento que complemente ou suplemente as dificuldades da maioria dos alunos que frequenta a SRM observada. Ainda foi possível observar que o atendimento acontece de forma individualizada e muitas crianças sem 3347

diagnóstico recebem o atendimento, sendo a maioria com dificuldades de aprendizagem e fracasso no processo de alfabetização. De acordo com Sartoretto e Bersch (2013) as SRM devem conter mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, equipamentos e recursos específicos de acessibilidade para o atendimento de alunos público alvo da educação especial que precisarem do atendimento educacional especializado (AEE) que deve acontecer no contra turno escolar. Ainda explicita que a organização e administração da SRM são de responsabilidade da gestão escolar e o professor deve ter formação para o exercício na educação básica e conhecimentos específicos em educação especial em curso de formação continuada por meio de aperfeiçoamento ou especialização. Oliveira e Poker (2003, p. 237) afirmam acerca do sistema educacional inclusivo: A construção de um sistema educacional inclusivo exige ações direcionadas e planificadas no âmbito político-pedagógico, decorrentes da política e da administração assumidas pelo município, que viabilizarão ou não, investimentos para a formação continuada do educador e da equipe técnica do departamento de educação municipal [...]. A SRM funcionava em dois turnos, utilizando o mesmo espaço físico, sendo o horário matutino das 07h30 as 11h30 e o vespertino das 13h15 as 17h15. No turno matutino eram atendidos onze alunos de segunda à sexta feira, sendo dividido por dia da semana, em que cinco alunos iriam as segundas, terças e quartas-feiras; três alunos nas quintas-feiras; e quatro alunos nas sextas-feiras. No turno vespertino também eram atendidos onze alunos de segunda a quinta-feira, em que cinco alunos ficavam sendo atendidos nas segundas e quartas-feiras; e seis nas terças e quintas-feiras, pois na sexta-feira, no período em que a coleta foi realizada, a professora do período da tarde tinha uma dispensa do trabalho. A duração dos atendimentos proporcionados aos alunos dependia das necessidades individuais, sendo a média de uma e meia cada atendimento. Mas, infelizmente o que foi possível observar é que a maioria desses alunos é retirado da sala regular e atendido na SRM no mesmo horário do período em que estavam matriculados na sala regular. Conforme base legal, os documentos orientam que tal atendimento deve acontecer em horários oposto, ou seja, no contra turno do horário em que o aluno tem a efetiva matrícula na sala regular. Mas, o que foi possível perceber é que o atendimento dos alunos na SRM, na maioria das vezes, acontece no mesmo horário da sala regular. A quarta e última categoria analisada contemplou a Atuação da professora e atividades pedagógicas realizadas: Durante as observações da prática pedagógica das professoras na SRM, percebeu-se que alguns atendimentos poderiam ser realizados pelos (as) professores (as) das salas regulares por meio de aulas de reforço, o que não é o propósito das SRM. Mas, uma das professoras da SRM explicou que a demanda de alunos com dificuldades de aprendizagem é muito grande na escola e que estes precisavam de reforço, desse modo, passou-se a usar esse espaço para ajudar a escola a atender tal demanda. 3348

Para justificar tal fato, a professora afirmou que havia poucos alunos público alvo da educação especial, ou seja, com deficiências, tais como: intelectual, visual, auditiva, física; ou transtornos globais do desenvolvimento (autismo) ou altas habilidades/superdotação. A prática pedagógica das professoras é realizada como, por exemplo, por meio da releitura do alfabeto. Nesta atividade a professora instrui o aluno a repetir as letras e depois realiza uma atividade de pintar. Outra problemática constatada é o uso da SRM para a realização de atividades que os (a) professores (a) das salas regulares passavam para fazer em casa, no caso, as tarefas acadêmicas domiciliares. Tal fato pôde ser demonstrado por meio do registro em diário de campo: A aluna atendida no dia era bastante comunicativa e, de acordo com a professora não apresentava diagnóstico e sim dificuldade de aprendizagem. A atividade realizada com a aluna foi de leitura, em que ela demonstrou bastante dificuldade, tendo a professora que intervir na leitura vocalizando algumas palavras. Também foram realizados alguns exercícios de completar palavras em frases que a professora da sala regular havia passado para a aluna com tarefa de casa (Diário de campo 10/09/2012). Desta forma, a atuação da professora, bem como as atividades realizadas e desenvolvidas nas SRM, não está de acordo com o que é preconizado nos documentos legais e oficiais (BRASIL, 2008, 2009), pois o atendimento deveria preconizar a complementação e suplementação na formação do aluno, principalmente fazendo uso de recursos adaptados para a apropriação do aluno. Mas, o que foi possível observar é que as atividades tinham caráter de reforçar o conteúdo curricular e até mesmo o professor auxiliava a criança nos deveres escolares que deveriam ser feitos como tarefa para casa. CONCLUSÕES Foi possível concluir que o espaço físico não é o mais adequado, principalmente para atender alunos com deficiência física, devido ao espaço restrito. Além disso, muitos recursos que deveriam estar presentes nas SRM ainda não estavam e a falta de formação específica em educação especial para as professoras que atuam na SRM, dificulta ainda mais a utilização dos recursos e as estratégias que poderiam facilitar a aprendizagem do aluno público alvo da educação especial. Por isso, as professoras do estudo acabam realizando um trabalho cujo objetivo é de reforçar o conteúdo curricular e não de complementá-lo ou suplementá-lo como deveria acontecer. Assim, é imprescindível que cursos de formação, desde a formação inicial, quanto à continuada sejam realizados para que os professores das SRM se apropriem dos conhecimentos específicos e que venham a contribuir de forma positiva para a inclusão escolar do aluno público alvo da educação especial. REFERÊNCIAS BELEI, R.A, et al. O uso de entrevista, observação e videogravação em pesquisa qualitativa. Cadernos de educação, Pelotas, v. 30, p. 187 199, jan./jun, 2008. 3349

BERSCH, R. Tecnologia Assistiva e educação inclusiva. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. III Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores. Ensaios Pedagógicos: educação inclusiva: direito à diversidade. Brasília: MEC, 2008. p. 281-286. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC, 2008.. Resolução n. 4, de 2 de outubro de 2009, que institui diretrizes operacionais para o atendimento educacional especializado na educação básica, modalidade educação especial. Brasília: 2009.. Nota Técnica - SEESP/GAB/Nº11/2010. Disponível em: < portal.mec.gov.br/index.php?itemid=&gid=5294&option>. Acesso em 09 jan 2013.. Manual de orientação: programa de implantação de salas recursos multifuncionais. MEC, 2010. Disponível in: http://pt.scribd.com/doc/40605552/manual-de-orientacao- Programa-de-Implantacao-de-Sala-de-Recursos-Multifuncionais. Acessado em 10 de abril de 2012. CAT. Ata da Reunião VII, de dezembro de 2007. Comitê de Ajudas Técnicas. Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (CORDE/SEDH/PR) Disponível em:<http://www.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/ata_vii_reunião_do_comite_de_ajudas_té cnicas.doc> Acesso em 20.jan.10. GONÇALVES, A.G.; SOARES, I.A. Caracterização dos serviços e suportes de apoio da educação especial na perspectiva do ensino inclusivo em uma cidade do interior do estado do Tocantins. Anais. 10ª Jornada de Educação Especial, 2010, Marília SP. Marília SP: UNESP, 2010, p. 1-8. IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/resultados_dou/to2010.pdf Acesso em 21 de ago de 2011. MANZINNI, E.J. Possíveis variáveis para estudar as salas de recursos multifuncionais. Anais. VI Seminário Nacional de Pesquisa em Educação Especial: Prática pedagógica na educação especial: multiplicidade do atendimento educacional especializado, Nova Almeida Serra ES, 2011. OLIVEIRA, A. A. S.; POKER, R. B. Educação inclusiva e municipalização: a experiência em educação especial de Paraguaçu Paulista. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, SP, n. 3, v. 2, p. 233-244, jul./dez. 2002. 3350

SARTORETTO, M.L.; BERSCH, R. Atendimento Educacional Especializado AEE. 2013. Disponível em: < http://www.assistiva.com.br/aee.html>. Acesso em: 18 jun. 2013. VITTA, M.C. Políticas públicas para a inclusão escolar: desafios e perspectivas no município de Franca SP. 2011, 172 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Franca, 2011. 3351