I ENCONTRO DA ABM REGIONAL MG. Impactos do Crescimento Mínero- Metalúrgico e de Materiais no Estado de Minas Gerais

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Transcrição:

I ENCONTRO DA ABM REGIONAL MG Impactos do Crescimento Mínero- Metalúrgico e de Materiais no Estado de Minas Gerais Demandas e Qualificações dos Profissionais de Mercado Histórico e Importância da Mineração em MG Engº José Fernando Coura Presidente do Sindiextra e da Câmara da Indústria Mineral da FIEMG

Corrida do Ouro e Era do Diamante em Minas Gerais Brasil Colônia A partir de 1690: centenas de jazidas de aluvião nas vizinhanças de Ouro Preto, Mariana, Sabará e Caeté 1700 a 1780 - liderança de MG: produção de 2/3 a 3/4 do ouro e boa parte da produção nacional de gemas e diamantes.

Cidades prosperaram ao lado das minas: Ouro Preto, Sabará, Diamantina, Serro, Congonhas, São João del Rey, Tiradentes, Diamantina e outras. A produção mineral abriu estradas, implantou núcleos urbanos, unificou o território, criou uma estrutura administrativa própria e construiu a Estrada Real. Legado da Mineração no Período Colonial Entre 1700 e 1808 a população de Minas Gerais cresceu de 30.000 para 433.000 habitantes. O patrimônio histórico, as manifestações artísticas e culturais de Minas Gerais estão basicamente vinculados à atividade de mineração. Rugendas. Ouro Preto, 1824

Brasil Império Decresce o volume da produção mineral, concentrada em ouro e diamantes. No período de 1820-30, seis empresas de mineração se formaram na Inglaterra para explorar o ouro de MG: a St. John D el Rey Mining Company (Mineração Morro Velho) sobrevive até o final do século XX.

Marcos do Século XIX 1814: primeira corrida do ferrogusa. Altos-fornos instalados na Fábrica do Morro do Pilar. 1825: instalação da fábrica construída por Jean de Monlevade. 1876: criada a Escola de Minas de Ouro Preto, que formou os primeiros metalurgistas brasileiros. 1894: início da exploração de manganês no Morro da Mina em Conselheiro Lafayete, que atingiu produção em larga escala a partir de 1920, quando foi comprada pela United States Steel.

Século XX Primeiros anos do Século XX: constituição da Itabira Iron Ore Co. (capital inglês) => aquisição dos direitos das minas de ferro de Itabira e participação na estrada de ferro Vitória- Minas. Década de 1920: presidente Artur da Silva Bernardes incentivou a indústria siderúrgica nacional => Cia. Siderúrgica Mineira passa para Cia. Siderúrgica Belgo Mineira (investimento do grupo Arbed Luxemburgo). Década 1940: minas de Itabira são transferidas para o governo brasileiro. Criação da CVRD em 1942. Década de 1960: liberalização do setor mineral brasileiro ao capital estrangeiro => surgimento da MBR, Samitri, Ferteco, Alcoa, CBMM, Usiminas.

Cenários da Mineração e da Siderurgia O volume de investimento previsto para os próximos cinco anos nos setores Mineral e Siderúrgico não tem precedente na história brasileira; O desembolso do BNDES para o setor metalúrgico subiu 127%; Principais Estados - Mineração: Minas Gerais (71 por cento), Pará (27 por cento) e Mato Grosso do Sul (1 por cento). Fonte: Ibram/DNPM

Produto Interno Bruto Valores em US$ milhões 2003 2004 2005 2006 Brasil 552,2 663,6 881,8 1.067,4 PIB Total Minas Gerais 48,3 60,6 79,1 99,4* PIB Indústria Mineral (Transformação) Brasil Minas Gerais 86,1 7,6 109,4 10,7 136,9 13,0 169,2 17,0* * Dado preliminar

Arrecadação da CFEM 700 661,0 600 547,3 R$ milhões 500 400 300 200 326,1 151,8 406,0 205,5 465,9 240,3 265,6 356,8 100 0 2004 2005 2006 2007 2008* Brasil Minas Gerais * Até 13.11.2008

O Efeito Multiplicador da Mineração Cada unidade monetária produzida na mineração, gera outras 7 unidades monetárias na indústria de transformação. Cada emprego direto da indústria extrativa mineral desdobra-se em outros 5 empregos nas atividades de transformação mineral. Em 2007, foram registrados cerca de 220.000 empregos diretos na indústria mineral no Estado.

Mineração e Siderurgia GUERRA DE TALENTOS Talento é quem tem as competências para resolver problemas inéditos e/ou complexos, ou inventar novas soluções. (Economist 07/10/06)

Pesquisa realizada pela Fortune: Diagnóstico 62% afirmam que lutam contra a escassez de Profissionais. 82% procuram por especialistas, ou seja técnicos, engenheiros, etc #! " "! "# " $! "% &' (" )# *

Consórcio Mínero Metalurgico para Formação e Qualificação de Profissionais em MG CSN VALE V&M CSN VALE V & M GOVERNO MSOL GERDAU GERDAU ANGLO AMERICAN SAMARCO SAMARCO ANGLO AMERICAN SENAI - FIEMG MRS MSOL FERROUS SENAI - FIEMG USIMINAS GOVERNO MRS FERROUS USIMINAS

Foco do Consórcio e Público Alvo FOCO - Capacitação profissional demandada pelas empresas para os diferentes níveis da educação profissional. PÚBLICO ALVO - Cidadãos mineiros, com idade mínima de 18 anos, que tenham concluído o ensino médio e/ou possuam formação de nível técnico e/ou formação de nível superior.

Levantamento de Demandas Levantamento das demandas reais das empresas no período de 2008 a 2012, nos níveis superior, técnico e básico, para o quadro próprio e para as empresas prestadoras de serviços Vagas identificadas até o momento Para o quadro próprio - 18.992 Para o quadro das contratadas - 21.858 TOTAL 40.850

FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais; SINDIEXTRA Sindicato das Indústrias Extrativas de Ouro, Metais Preciosos, Diamantes e Pedras Preciosas, Areais, Pedras Ornamentais, Lenha, Madeiras, Minerais Metálicos e Não Metálicos do Estado de MG; Órgãos de governo nas esferas municipal, estadual, federal; Pólo de Excelência Mínero Metalúrgico; CEFET - CET (Fundação CSN) Universidades - UFMG, UFOP, UEMG Parcerias Estabelecidas Criação do Conselho de Administração e do Comitê Gestor

Formação Superior Secretaria de Inovação, Tecnologia e Ensino Superior Subsecretaria de Ensino Superior Pólo Mínero Metalúrgico Formação e Qualificação Profissional Formação Técnica Secretaria de Educação Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica PEP Usina do Trabalho Formação Básica Secretaria de Desenvolvimento Social Subsecretaria de Trabalho, Emprego e Renda

Apoio da Secretaria de Educação

Modelo Proposto Programa de Formação e Qualificação Profissional - Nível Básico Fase Teórica Instituição Profissionalizante Vínculo Aluno Instituição Formadora Bolsa Auxílio Fase Prática Empresa Vínculo Aluno Empresa Contrato Trabalho Cargo Aprendiz Acompanhamento Técnico Pedagógico

Próximos Passos Elaboração de Projetos para captação de recursos (PEP, FAT PLANTEQ / PLANSEQ, etc.) - Em andamento Definição da estrutura curricular adequada à demanda identificada; Detalhamento do plano de capacitação; Execução do plano de capacitação; Estruturação do Sistema de Monitoramento e Avaliação da qualidade da capacitação de profissionais demandada; Sistematização do Banco de Candidatos qualificados.

CONCLUSÃO Pensar globalmente Alinhar as estratégia, a organização e as pessoas; Formar e Qualificar Pessoas para um Mercado aquecido e na velocidade e quantidade necessárias para suportar o crescimento das empresas, dos Estados e do Brasil;

Engº José Fernando Coura Presidente do Sindiextra e da Câmara da Indústria Mineral da FIEMG 31 3282-7474 3223-402 sindiextra@fiemg.com.br Site: www.sindiextra.org.br